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01/11 - Lula sanciona lei que autoriza governo a mirar piso da meta fiscal em 2025
Veja os vídeos que estão em alta no g1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta sexta-feira (31) uma lei que autoriza o governo a manejar as contas públicas de 2025 mirando o limite inferior da meta fiscal. O Executivo trabalha com uma meta de déficit zero nas contas deste ano. O arcabouço fiscal prevê, no entanto, um intervalo de tolerância para que o objetivo seja considerado cumprido. Há duas bandas (superior e inferior): superávit de R$ 30,9 bilhões; ou déficit de R$ 30,9 bilhões. A lei sancionada por Lula estabelece que, em 2025, o governo poderá perseguir apenas a banda inferior da meta. As regras do arcabouço estabelecem que, para manter as contas dentro do objetivo, o Executivo pode limitar gastos. A mudança autoriza, portanto, que o governo congele um volume menor de despesas neste ano. O texto estabelece que o Executivo poderá contingenciar apenas o necessário para atender à meta inferior de 2025 (um déficit de R$ 30,9 bilhões nas contas). Aumentando, na prática, a margem de gastos do Planalto. O entendimento, embora não esteja em lei, é o que vem sendo adotado pela equipe econômica do governo. A legislação, aprovada pelo Congresso na última quinta (30) e sancionada por Lula um dia depois, apenas assegura que o Planalto siga com o critério. Disputa no TCU Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília Valter Campanato/Agência Brasil O reforço legal ocorreu depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) questionar a regra atualmente adotada pelo governo. O TCU chegou a decidir que o governo teria de rever o critério adotado em 2025 e mirar o centro da meta fiscal, que é de déficit zero. A equipe econômica avaliou que a mudança poderia levar a um bloqueio de até R$ 30 bilhões nas contas, levando a um colapso da máquina pública neste ano. O Planalto recorreu, e o relator do caso, ministro Benjamin Zymler, decidiu que o governo poderá continuar a adotar a regra em 2025. O TCU ainda definirá, em julgamento definitivo, se o governo será obrigado a perseguir o centro da meta nos próximos anos. LDO de 2026 A discussão sobre o parâmetro que deve ser adotado para a meta fiscal é um dos motivos que atrasaram a votação da proposta que define as diretrizes do Orçamento de 2026. O texto já teve a análise adiada sucessivas vezes na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso. Sob críticas do governo, o relator da proposta, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), incorporou em seu parecer mais recente a decisão do TCU que obriga o governo a mirar o centro da meta. As diretrizes orçamentárias estabelecem que as contas públicas deverão ter saldo positivo em 2026 — o chamado superávit. A meta é um saldo de R$ 34,2 bilhões, com um intervalo de tolerância (superior e inferior) para o cumprimento do objetivo. Gervásio Maia estabeleceu que, durante a execução do Orçamento de 2026, eventuais congelamentos e bloqueios de despesas terão de ser feitos mirando o superávit de R$ 34,2 bilhões.
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01/11 - Por dentro de um desmanche: veja como carros viram peças vendidas pela metade do preço
Por dentro do desmanche: como carros viram peças e reduzem custos As montadoras têm diversificado o seu tipo de negócio nos últimos anos. Algumas já não se apresentam apenas como “fabricantes”, mas como prestadoras de serviços de mobilidade. E isso tem refletido na forma como ofertam veículos, serviços (como de locação, por exemplo) e até peças de manutenção. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, inaugurou, em meados de agosto, o primeiro centro de desmontagem veicular da América Latina, com investimento de R$ 13 milhões. A unidade fica localizada em Osasco (SP) e marca a entrada da montadora no que o mercado chama de "reciclagem estruturada de veículos sinistrados e em fim de vida útil". 🚗 Na prática, a empresa reaproveita carros — inclusive de outras marcas — que não podem mais rodar, seja porque foram destruídos em acidentes, por exemplo, ou porque já estão fora de uso. A ideia é dar um destino certo a esses veículos, de forma a desmontar, reciclar e reaproveitar suas partes. "Numa iniciativa de economia circular, fazia muito sentido trazer peças e produtos de volta para o mercado. Geramos mais valor para a cadeia que ainda é menos explorada", afirma Alexandre Aquino, vice-presidente de economia circular da Stellantis para a América do Sul. Com o projeto, a empresa se torna a primeira montadora na América do Sul a investir em um espaço dedicado ao desmonte legal e rastreável de automóveis. Apesar de pioneira, no entanto, a Stellantis não é a única que vê no desmanche uma nova oportunidade de aumentar o faturamento. Em entrevista exclusiva ao g1, a Toyota afirmou que pretende entrar nesse segmento nos próximos anos. Centro de desmontagem veicular da Stellantis recebe carros de todas as marcas Divulgação | Stellantis Veja nesta reportagem o passo a passo do desmonte de carros e entenda o que tem impulsionado o crescimento deste mercado no Brasil. Qual é o tamanho do mercado de desmanche? Segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em parceria com a Dana Brasil, o mercado de reposição automotiva movimentou R$ 260 bilhões com a venda de peças em 2024. A estimativa do setor é que aproximadamente dois milhões de veículos cheguem ao fim da vida útil por ano. Ainda assim, dados da Associação Brasileira da Reciclagem Automotiva (Abcar) e do Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa do Estado de São Paulo (Sindinesfa), apontam que apenas 1,5% desse total recebe destinação adequada. "É importante destacar que essas empresas não seguem um padrão único de operação. A maioria é formada por negócios familiares, com funcionários que são da própria família, e sem estrutura industrial padronizada", explica Julio Cesar Luchesi de Freitas, presidente da Abcar. Esse cenário, segundo as entidades Abcar e Sindinesfa, revela um potencial de R$ 14 bilhões anuais em peças recuperáveis que ainda não é aproveitado pelo setor. Globalmente, o mercado de remanufatura movimentou US$ 70 bilhões (cerca de R$ 377 bilhões) em 2024, crescendo em média 9,3% ao ano. O avanço tecnológico e a maior rastreabilidade das peças têm impulsionado a formalização do setor, antes dominado por operações informais. Até o momento, no entanto, há apenas pouco mais de 5 mil desmontes homologados no Brasil, com um mercado estimado em R$ 2 bilhões, segundo a Abcar e o Sincopeças-SP. Centro de desmanche da Fiat tem capacidade para desmontar até 8 mil carros por ano Rafael Peixoto | g1 Combate ao comércio ilegal de peças A Lei do Desmanche (n.º 12.977), que regulamenta a atividade de desmontagem de veículos automotores no Brasil, foi sancionada em 20 de maio de 2014. O objetivo principal da legislação é organizar o setor e combater o comércio ilegal de peças, contribuindo para a redução de roubos e furtos de veículos. Entre as exigências previstas, a lei determina que os desmanches legais sejam credenciados, rastreáveis e sigam normas específicas, como a emissão de notas fiscais para as peças comercializadas e o registro das operações nos Detrans de cada estado. A despeito da lei, poucos estados cumprem com as regulamentações do desmanche de veículos terrestres no Brasil, segundo o presidente da Abcar. Assim, nem sempre é possível estabelecer quanto é o preço médio da peça remanufaturada no país. "É difícil ter um número exato para cada ponto. A legislação foi implementada em 2014, com a resolução saindo em 2016. Mas, na prática, entre todos os estados do Brasil, apenas São Paulo tem o sistema funcionando plenamente — desde o credenciamento até a rastreabilidade das peças", disse Julio Cesar Luchesi de Freitas, presidente da Abcar. Segundo Freitas, há iniciativas em andamento no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, mas ainda estão em fase de implementação. Outros estados estão "se movimentando", mas a lei não foi efetivamente colocada em prática. "Há empresas grandes, com até 100 funcionários, mas são minoria. Muitas têm apenas quatro colaboradores, e algumas nem possuem funcionários registrados. Ou seja, varia muito. Existe uma estimativa geral, mas não há dados precisos para afirmar com certeza", explicou Freitas. Em comparação ao mercado internacional, o Brasil tem uma frota menor de veículos em relação a países da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo — o que naturalmente resulta em um número inferior de peças disponíveis para reposição. O presidente da Abcar destaca, no entanto, que o desempenho brasileiro é proporcionalmente superior quando se trata de peças recuperadas. "Estima-se que o país recupere cerca de 30% a mais de peças em relação ao número de veículos sucateados. Isso acontece porque, ao contrário dos mercados europeu e norte-americano — que costumam reaproveitar apenas os componentes mais relevantes e descartam o restante devido à grande oferta de veículos e peças novas —, o Brasil aproveita uma maior variedade de peças, impulsionado pela menor disponibilidade de reposição nova no mercado", relatou Freitas. De onde vem o valor baixo das peças? Segundo o presidente da Abcar, é comum que os desmanches comercializem peças com descontos significativos. “Em média, os preços giram em torno de 50% abaixo do valor de uma peça nova”, afirma Freitas, reiterando que o que explica o preço mais baixo é justamente a eliminação do custo de produção. Conforme Freitas, o que explica o preço da peça mais barata é eliminar o custo de produção. "O custo operacional do processo de desmontagem acaba sendo mais barato do que o custo industrial na produção de uma nova peça", alega o executivo. O segmento de reposição automotiva envolve tanto peças originais quanto paralelas novas, além de incluir também as remanufaturadas. De acordo com a Stellantis, uma peça recondicionada pode evitar o desperdício de até 80% da matéria-prima necessária para a fabricação de uma nova. Para tornar essa economia mais visível, imagine uma engrenagem que tenha apenas algumas avarias. Se essa peça for recuperada e voltar funcionar, ela pode retornar para um carro que precisasse dessa peça, sem a necessidade de produzir uma totalmente nova. (Veja a imagem abaixo) Recuperar uma peça gera economia de 80% da matéria-prima que seria usada para produzir uma nova Gui Sousa | g1 A Stellantis, que tem apostado no setor para aumentar o faturamento, consegue vender peças por menos da metade do preço. Um exemplo, segundo Aquino, é o farol de um Jeep Commander. A peça, que chega a custar quase R$ 3.500 na internet, é revendido por R$ 1.500 na loja física e online da Circular AutoPeças após recuperado. O passo a passo do desmanche O procedimento é dividido em cinco etapas principais. Veja abaixo. Teste de motor e eletrônica: Nesta etapa inicial, os componentes são verificados para identificar quais ainda funcionam. O motor e a transmissão são colocados à prova com o carro ligado, para avaliar se ainda há condições de rodagem. Também são testados os sistemas eletrônicos, como faróis, lanternas, luzes internas e do painel. Descontaminação: Com o veículo no elevador, inicia-se a retirada de óleos, combustíveis e fluidos. O mecânico responsável remove o bujão do cárter — onde o óleo lubrificante do motor fica armazenado quando o carro está desligado. Em seguida, é retirado o líquido de arrefecimento, conhecido popularmente como “água do radiador”. Desmontagem: A desmontagem física do veículo ocorre em três fases: 1️⃣ Primeiro, todos os parafusos e pontos de fixação do motor, câmbio, rodas e eixos dianteiro e traseiro são soltos. 2️⃣ Depois, essas peças, que compõem o conjunto motriz do veículo, são retiradas. 3️⃣ Por fim, são removidos a lataria (tampas, capô e portas), os acabamentos externos (lanternas, faróis) e os internos (painel, volante, bancos e tapeçaria). Lavagem das peças: Todas as peças que ainda podem ser recuperadas ou vendidas são encaminhadas para limpeza. Fotografia: Após a lavagem, as peças são fotografadas para cadastro, recebem etiquetas do Detran e são publicadas para venda na internet. ⛔Peças de segurança, como airbags, freios e cintos de segurança não são reaproveitadas e seguem diretamente para reciclagem. O desmanche é basicamente feito em três etapas: soltar parafusos, retirar o conjunto motriz e os acabamentos Gui Sousa | g1 Em paralelo, uma linha separada cuida dos sistemas eletrônicos — fios, módulos e centrais de comando (ECUs) —, encaminhados para reciclagem especializada. “Desmontar um carro é mais fácil do que montar. Na desmontagem, é preciso se preocupar apenas com as peças que serão reutilizadas, não com o carro todo”, explica Martin Siroit, gerente de manufatura da Circular AutoPeças. LEIA MAIS Pacote da Tesla paga bilhões a Musk mesmo se ele não cumprir metas “ambiciosas como ir a Marte” Juros altos e fim do acordo comercial com a Colômbia pesam e produção de carros cai em setembro, diz Anfavea Honda anuncia investimento de R$ 1,6 bilhão em Manaus e o lançamento de sete novas motos Classificação, rastreabilidade e venda Etiquetas do Detran são colocadas em todas as peças para evitar fraude Rafael Peixoto | g1 Após desmontadas, as peças passam por uma limpeza com produtos biodegradáveis e são classificadas de 0 a 9 conforme seu estado de conservação (veja abaixo). Peças com notas de 0 a 4: enviadas para remanufatura; Peças com notas de 5 a 9: vendidas diretamente, sem recondicionamento. Cada componente recebe uma etiqueta de rastreamento emitida pelo Detran, com informações sobre origem, nota e procedência. A rastreabilidade das peças começa com a emissão de uma cartela, por parte do Detran de cada estado. Essa cartela conta com informações das 49 peças que podem ser vendidas no mercado. “A etiqueta mostra a classificação e garante transparência total ao cliente, com segurança e procedência legal”, explica Aquino. Essa cartela é atrelada a um veículo específico por meio do chassi e da placa. Cada etiqueta é destinada para uma peça (farol direito, farol esquerdo, volante e assim por diante). É através dessa etiqueta que o Detran pode fazer eventuais auditorias nas peças. Peças são lavadas e catalogadas após o desmanche Divulgação | Stellantis
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01/11 - Importadora dos EUA redireciona café brasileiro para o Canadá para escapar de tarifaço
Importadora dos EUA redireciona café brasileiro para o Canadá para escapar de tarifaço Atingido há quase três meses pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump ao Brasil, o setor de café dos Estados Unidos busca alternativas para reduzir o prejuízo decorrente da taxa. O café brasileiro responde tradicionalmente por um terço dos grãos no mercado dos EUA, o maior consumidor da bebida no mundo. Desde que a tarifa entrou em vigor, em 6 de agosto, importadores enfrentam custos mais altos, cargas do grão brasileiro paradas, contratos cancelados e preços até 40% mais altos para o consumidor, segundo a agência Reuters. A importadora Lucatelli Coffee é um exemplo. Após comprar US$ 720 mil em café brasileiro já sob a nova taxa, ela decidiu redirecionar o produto para o Canadá para escapar da tarifa de 50%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Para isso, armazenou o carregamento na Flórida, onde ele pode ser abrigado temporariamente sem a cobrança do imposto. No entanto, se a Lucatelli decidir vender o café brasileiro nos EUA, a empresa terá que pagar a tarifa de 50%. Steven Walter Thomas, dono da empresa, disse à Reuters que o envio do produto ao Canadá aumenta os custos com transporte, mas é compensado pela isenção da taxa. "É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café", diz Thomas. LEIA MAIS: Amantes de café nos EUA sentem inflação do café no bolso após tarifaço 'Eu estou pagando’: importadores de café dos EUA sofrem com taxa ao Brasil Xícara de café mais cara do mundo custa mais de R$ 3,6 mil e entra no Guinness Estoques no fim Enquanto torcem por um eventual acordo entre os governos do Brasil e dos EUA, as importadoras norte-americanas sofrem com o baixo nível de seus estoques e buscam substitutos para o café brasileiro com preços que ainda lhes permitam algum lucro. Algumas torrefadoras dos EUA cancelaram pedidos de café do Brasil, segundo a Reuters. O cancelamento teria custado entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 quilos, que hoje vale cerca de US$ 515, sem considerar as tarifas. Assim, aos torrefadoras evitaram a tarifa de 50% sobre contêineres de cerca de US$ 250 mil, mas ficaram sem café para vender. "Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente", disse Michael Kapos, da torrefadora Downeast Coffee Roasters, que fornece o produto para redes e mercados na Costa Leste dos EUA. A empresa conseguiu cancelar parte dos pedidos, mas não todos. Pelos contratos, o comprador arca com novas tarifas impostas após o fechamento do negócio. O cancelamento só ocorre se as duas partes concordarem, o que é difícil nos casos em que o café já foi embarcado. Kapos disse que a empresa testa cafés de outros países para substituir os grãos brasileiros, mas o custo é maior. Os preços de cafés da Colômbia, México e América Central subiram até 10% desde o anúncio da tarifa, em 9 de julho. Já o café brasileiro caiu cerca de 5%. Consumidora olha pacotes de café em supermercado em Union City, Nova Jersey, nos EUA, em outubro de 2025 REUTERS/Marcelo Teixeira Café ficou 41% mais caro nos EUA em um ano Ao mesmo tempo, os preços do café no varejo nos EUA têm aumentado constantemente desde o ano passado e devem subir ainda mais. Os preços do café moído e torrado nos supermercados dos EUA subiram 41% em setembro em relação ao ano anterior, de acordo com dados do governo americano. Parte da inflação é relacionada ao aumento dos preços globais do café, que teve produção mais baixo nos últimos anos por causa de problemas climáticos. Outra parte, no entanto, se deve às tarifas impostas pelo próprio governo americano. Os consumidores perceberam o aumento. "Não estou mais olhando muito para as marcas. Estou procurando as ofertas", disse à Reuters Sherryl Legyin, enquanto examinava as prateleiras de um supermercado em Nova Jersey, em outubro. Outra cliente, Yasmin Vazquez, percebeu a inflação de seu café instantâneo favorito. "Custava US$ 6 ou US$ 7, mas agora está sendo vendido por US$11. E parece que ficou menor", diz ela. LEIA MAIS: Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow Nove azeites brasileiros entram em guia dos melhores do mundo; confira De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior 'Tarifa é política, não comercial', diz importador Quando Trump impôs a tarifa de 50% sobre o Brasil, ele citou motivações comerciais e também políticas, acusando o Supremo Tribunal Federal de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Semanas depois, Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão pelo STF por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado, enquanto Trump e Lula começaram a dialogar. Os dois presidentes se reuniram no último domingo (26). Lula se disse estar otimista pelo fim das tarifas; Trump afirmou que o encontro foi “muito bom”, mas não garantiu necessariamente um acordo. Enquanto isso, Steven Walter Thomas, dono da Lucatelli Coffee, lamentou o aspecto político do tarifaço e o prejuízo que sofre com ele. "Não se trata de reciprocidade ou comércio, é punitiva, política e pessoal. É entre Trump e Lula", disse Thomas à Reuters. "O Brasil não está pagando, eu estou. Eu e meus clientes." Pacotes de café em mercado em Nova Jersey, EUA Reuters
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01/11 - Mega da Virada: apostas para prêmio recorde de R$ 850 milhões começam hoje; veja como jogar
Mega da Virada: Como o prêmio é calculado e quais chances de ganhar? As apostas para a Mega da Virada 2025 já podem ser feitas a partir deste sábado (1º). O concurso especial irá pagar o maior prêmio da história, de R$ 850 milhões — valor 33% superior ao da edição do ano passado, informou a Caixa Econômica Federal. Segundo a instituição, o prêmio pode ultrapassar R$ 1 bilhão, dependendo do volume arrecadado — ou seja, da quantidade de apostas feitas. Mudanças nas regras das loterias, em vigor desde agosto, também devem garantir um valor mais alto para quem acertar as seis dezenas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Uma portaria do Ministério da Fazenda elevou de 62% para 90% a parcela da premiação destinada à faixa principal da Mega da Virada. A medida amplia as chances de um prêmio bilionário, afirmou a Caixa. O sorteio da Mega da Virada será realizado em 31 de dezembro e a aposta simples, com seis números, custa R$ 6. Além do ajuste na distribuição do prêmio, outra novidade desta edição é a ampliação do horário para realizar apostas em todas as modalidades das Loterias Caixa, incluindo a Mega da Virada, a partir da próxima segunda-feira (3). Os apostadores terão uma hora adicional para adquirir cotas de bolões pelo aplicativo e pelo portal das Loterias Caixa, com o novo horário limite estendido até 20h30. Como jogar? As apostas podem ser feitas com volante específico da Mega da Virada em qualquer lotérica do país. Os jogos também podem ser feitos pelo portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa. Os clientes do banco também podem fazer apostas pelo Internet banking. ➡️ Como fazer um bolão? Para fazer um bolão, o apostador pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas — nesse caso, pode ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota. Além disso, as cotas também podem ser compradas no portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa, também com tarifa de serviço adicional de 35% do valor da cota. Para fazer o jogo, basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Segundo a Caixa, na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 18. As cotas, no entanto, não podem ser inferior a R$ 7. O banco ainda explica que é possível realizar um bolão de no mínimo dois e no máximo 100 cotas, e que é permitida a realização de no máximo dez apostas por bolão. "Em caso de bolão com mais de uma aposta, todas elas deverão conter a mesma quantidade de números de prognósticos", diz a Caixa, em nota. Mega da Virada paga o maior prêmio da história em 2023 Edi Sousa/Ato Press/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre a Mega da Virada: Quais são as faixas de premiação? Diferentemente da Mega-Sena e de outros concursos, a Mega da Virada não acumula. Isso significa que o prêmio é pago mesmo que nenhum apostador acerte as seis dezenas. Na prática, portanto, caso não haja um ganhador na primeira faixa (seis dezenas), o valor passa para os ganhadores da segunda faixa — e assim por diante. A divisão é esta: Primeira faixa – seis acertos (sena) Segunda faixa – cinco acertos (quina) Terceira faixa – quatro acertos (quadra) Quarta faixa – três acertos Quinta faixa – dois acertos Sexta faixa – um acerto Como o valor do prêmio é estipulado? De acordo com a Caixa Econômica Federal, a maior parte do prêmio vem da arrecadação com as vendas de bilhetes do próprio sorteio. Também incrementam a cifra da Mega da Virada os valores acumulados dos prêmios regulares da Caixa ao longo do ano. Onde conferir o resultado? Os sorteios das Loterias Caixa são realizados em São Paulo. Os apostadores da Mega da Virada podem acompanhar a transmissão ao vivo pela página da instituição no YouTube. Os números sorteados e o rateio do prêmio também ficam disponibilizados no site da Caixa após a realização do concurso. Como resgatar o prêmio? O sortudo poderá receber o prêmio nas agências da Caixa. Pelas regras, valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis após o ganhador se apresentar em uma agência. Os documentos necessários são o bilhete premiado ou o comprovante da aposta, além de documento pessoal com foto e CPF. A Caixa lembra que, se o bilhete foi emitido na lotérica, é importante que o ganhador se identifique no verso do bilhete premiado antes mesmo de sair de casa. As informações necessárias são: nome completo, número do documento de identificação e CPF. Dessa forma, diz a instituição, o apostador garante que ninguém mais retire o prêmio. O ganhador tem até 90 dias corridos, a partir da data do sorteio, para receber. Passado esse período, o prêmio prescreve e o valor é repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). No caso de prêmios de até R$ 2.112,00, como em outros concursos, os valores podem ser recebidos nas casas lotéricas. Veja os dez maiores prêmios da Mega da Virada até agora 2024: R$ 635,4 milhões 2023: R$ 588,8 milhões 2022: R$ 541,9 milhões 2021: R$ 378,1 milhões 2020: R$ 325,2 milhões 2017: R$ 306,7 milhões 2019: R$ 304,2 milhões 2018: R$ 302,5 milhões 2014: R$ 263,2 milhões 2015: R$ 246,5 milhões
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01/11 - 'Free flow': pedágio eletrônico chega a mais estradas de SP; veja trechos e valores
'Free flow': pedágio eletrônico passa a valer em mais estradas de SP; veja os valores Os motoristas que circulam entre cidades do interior e do litoral de São Paulo poderão pagar pedágio por meio do sistema "free flow" — que dispensa a parada do veículo para o pagamento — a partir deste sábado (1º). As novas regras para o modelo de pedágio eletrônico, aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em outubro do ano passado, trazem ainda uma série de descontos e isenções. (Veja mais abaixo) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Segundo a concessionária, serão seis pórticos, instalados nas seguintes cidades: Arujá; Mogi das Cruzes; Bertioga; Santos; Miracatu. Segundo o presidente da Concessionária Novo Litoral (CNL), João Couri, afirmou que a implementação do pedágio trará melhorias nas rodovias. "A rodovia já foi elevada a um novo padrão de segurança e também de trafegabilidade, onde todo o pavimento passou por um tratamento de aumento de indicadores e também a rodovia como um todo receberá R$ 5 bilhões de investimentos, principalmente em 90 quilômetros de duplicação, outros 80 quilômetros de vias marginais, várias passarelas", disse Couri. Entenda nesta reportagem: Qual o valor cobrado em cada pedágio? Quais os descontos e isenções concedidos? Como são as regras do free flow? O que muda entre a antiga e a nova regra? O que é o pedágio eletrônico (free flow)? O pedágio free flow aplica multa? Como acontece a cobrança do pedágio? Free flow coleciona reclamações Qual o valor cobrado em cada pedágio? Rodovia Pedro Eroles (Mogi-Dutra), trecho Arujá: R$ 1,56 por sentido; Rodovia Pedro Eroles (Mogi-Dutra), trecho Mogi das Cruzes: R$ 1,99 por sentido; Estrada da Pedreira: R$ 0,57 por sentido; Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (Mogi-Bertioga), trecho Bertioga: R$ 6,95 por sentido; Rodovia Manoel Hipólito Rego (Rio-Santos), trecho Santos: R$ 5,80 por sentido; Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, trecho Miracatu: R$ 5,59 por sentido. Volte ao início. Quais os descontos e isenções concedidos? De acordo com a concessionária, os descontos podem chegar a 20% sobre o valor da tarifa. Veja as regras para pagar menos: Usuários de tags têm 5% de desconto; Motociclistas são isentos da tarifa; Moradores de Mogi das Cruzes não pagam deslocamento no município; Moradores de Santos, nos bairros de Caruara, Iriri, Monte Cabrão e Cabuçu não pagam a passagem no município; Moradores do Taboão não pagam o pedágio em uma mesma viagem quando utilizam o acesso do km 38+300 da mesma rodovia; Usuários que cruzarem o pórtico na altura do km 40+800 da SP-088 e acessarem a Estrada da Pedreira (km 41+190), em ambos os sentidos, pagarão apenas pelo trecho efetivamente percorrido da SP-088. O valor é de R$ 0,57; Motoristas frequentes pagam menos, com 10% de desconto a partir da 11ª passagem e 20% a partir da partir da 21ª passagem. Segundo a concessionária, as reduções não são cumulativas e vale a maior. Volte ao início. Como são as regras do free flow? O Contran aprovou as novas regras para os pedágios eletrônicos em outubro do ano passado. O novo texto substituiu o conjunto de normas aprovadas em 2022. A nova lista de regras visa facilitar a comunicação dos usuários e o uso do sistema de pedágio eletrônico, permitindo que os motoristas transitem pelas rodovias sem precisar parar para efetuar o pagamento. O g1 listou as principais mudanças e como sua viagem acontecerá a partir do novo sistema. Veja abaixo todas as alterações. Volte ao início. O que muda entre a antiga e a nova regra? 💵 O prazo de pagamento do pedágio passa de 15 para 30 dias após o motorista passar pelo free flow; 🗓️ Caso a data limite para pagamento não seja considerada dia útil, o prazo será estendido até o próximo dia útil; 🙋 Os usuários podem contestar as passagens ou valores cobrados que julgar indevidos; 💳 Todos os dados sobre cobrança passam a estar disponíveis em um local centralizado, além do aplicativo Carteira Digital de Trânsito — onde o motorista já pode acessar a CNH e até ver quantas multas tomou; 🛑 Novas placas e símbolos instalados em todos os trechos onde o pedágio free flow de livre passagem é adotado, incluindo nos acessos das vias; 🚗 Motoristas passarão a pagar apenas pelo trecho percorrido; 🧑‍🏫 Órgãos e concessionárias promoverão campanhas educativas para explicar o funcionamento do novo pedágio; 📷 As imagens capturadas do veículo serão armazenadas nos sistemas por 90 dias contados da data da passagem, ou cinco anos para motoristas que não pagaram o pedágio; 🏡 Veículos registrados no exterior não poderão deixar o país até o pagamento de todas as passagens nos pedágios eletrônicos. Sinalização sobre pedágios eletrônicos aprovada pelo Contran Divulgação/Contran Volte ao início. O que é o pedágio eletrônico (free flow)? O pedágio eletrônico, ou free flow (“fluxo livre”, em inglês), é um sistema de cobrança que dispensa cabines de atendimento e não exige o uso de tag pelo motorista. Nesse sistema, o motorista não precisa reduzir a velocidade para que os dados do veículo sejam lidos. Outra vantagem é a cobrança proporcional ao trecho percorrido, já que o sistema identifica onde o carro entrou e saiu da rodovia. O pedágio eletrônico já é adotado em mais de 20 países, como Noruega, Portugal, Estados Unidos, Itália, China e Chile — um dos pioneiros na América Latina a implementar o sistema em suas rodovias. No Brasil, o sistema já funciona em rodovias federais, como a BR-101 (Rodovia Rio-Santos), e agora foi autorizado para uso em vias urbanas e rurais, abrangendo estradas e rodovias federais, estaduais, distritais e municipais em todo o país. Volte ao início. O pedágio free flow aplica multa? Não. A função do pedágio eletrônico é apenas identificar corretamente o veículo para realizar a cobrança. As câmeras e sensores instalados nos pórticos são usados exclusivamente para esse propósito. A multa por evasão de pedágio é aplicada apenas quando o pagamento não é efetuado. Trata-se de uma infração grave, com penalidade de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Volte ao início. Como acontece a cobrança do pedágio? O sistema de cobrança do free flow utiliza a mesma tecnologia das tags já comuns no Brasil, com avanços importantes para identificar corretamente cada tipo de veículo. Diversas câmeras e sensores são instalados nos pórticos fixos nas rodovias. Eles identificam os veículos com tag ou fazem a leitura das placas para determinar quem será cobrado. Algumas câmeras possuem lentes duplas para capturar imagens em 3D, permitindo identificar o tipo de veículo, o número de eixos e quais estão suspensos. Isso garante a cobrança correta de acordo com o porte do veículo, como no caso dos caminhões. Luzes infravermelhas são utilizadas para garantir a identificação dos veículos mesmo em condições adversas, como neblina ou fumaça. Volte ao início. Free flow coleciona reclamações A isenção da cobrança de pedágio na região de Mogi das Cruzes foi concedida após uma um pedido da prefeitura da cidade para garantir a isenção da cobrança para seus cidadãos. Arujá também entrou na Justiça com o mesmo pedido, mas não conseguiu o benefício. A prefeita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL), afirmou que “não tem cabimento o mogiano pagar para entrar e sair de sua cidade”. Além das duas cidades do Alto Tietê, a Justiça Federal de Guarulhos também determinou a suspensão das multas aplicadas a motoristas que passarem pelos pedágios do sistema de cobrança automática. Com a medida, os órgãos federais ficam proibidos de multar os motoristas que passarem pelos pórticos do sistema sem efetuar o pagamento, até nova decisão judicial. Na ação, o MPF argumenta que o modelo de cobrança apresenta falhas sistêmicas e problemas de transparência, apontando que um projeto-piloto da ANTT — chamado Sandbox Regulatório — registrou alto número de multas indevidas e dificuldades técnicas na identificação dos usuários. Volte ao início. Contran aprova novas regras para pedágio eletrônico em rodovias do país
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01/11 - Mega-Sena pode pagar R$ 34 milhões neste sábado
Como funciona a Mega-sena O concurso 2.935 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 34 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (1º), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última quinta (30), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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31/10 - Receita exigirá CPF em fundos de investimento para rastrear organizações criminosas
Superintendência da Receita Federal, em Brasília. Marcelo Camargo/Agência Brasil A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma nova norma que exige que os fundos de investimento identifiquem os CPFs dos cotistas finais. A medida tem como objetivo aumentar a transparência e combater crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a resolução mira o crime organizado. Em entrevista a jornalistas, em São Paulo, ele afirmou que atualmente há fundos que investem em outros fundos, criando estruturas que dificultam a identificação do CPF dos reais beneficiários. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Hoje, sabemos que, para esconder o dinheiro, você tem uma série de estratagemas. Um deles é criar fundos sobre fundos. Um fundo, que é cotista de outro fundo, que é cotista de outro fundo, e você não chega na pessoa física, que é o verdadeiro detentor daquela riqueza", afirmou o ministro. Com a nova norma, todos os fundos serão obrigados a informar o CPF das pessoas envolvidas, acrescentou. Assim, segundo Haddad, "se houver um esquema de pirâmide, de fundo que controla outros fundos, você vai ter que chegar no CPF da pessoa." Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Não tem mais aquela história de 'o cotista desse fundo é um outro fundo'. Você fala: 'bom, mas quem é o cotista desse fundo?' E assim sucessivamente, até você chegar à pessoa física", afirmou. Em nota, a Receita Federal informou que passará a receber mensalmente dos administradores de fundos de investimento dados sobre todos os fundos e seus cotistas, incluindo identificação, patrimônio líquido, número de cotas, CPF/CNPJ, entre outros. Os envios serão feitos por meio do sistema Coleta Nacional, que já são feitos regularmente ao Banco Central do Brasil (BC). "Estes relatórios representam avanço relevante, garantindo acesso a dados abrangentes e analíticos sobre fundos de investimento", informou o órgão. Medida vem após megaoperação A resolução começou a ser preparada após a megaoperação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) contra o PCC, em agosto, que desvendou a infiltração do crime organizado no setor financeiro. As investigações apontam que o esquema utilizava ao menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs — empresas de serviços financeiros digitais — para lavar dinheiro, mascarar transações e ocultar patrimônio. Além da lavagem de dinheiro do crime organizado, o esquema também gerava grandes lucros na cadeia de combustíveis, segundo a PF. Para viabilizar isso, centenas de empresas eram abertas para ocultar a origem e o destino dos recursos. A Polícia Federal também identificou que as transações eram realizadas por fintechs, em vez de bancos tradicionais, com o objetivo de dificultar o rastreamento dos valores ligados ao PCC. A Receita Federal constatou que uma dessas fintechs atuava como um “banco paralelo” da facção, movimentando mais de R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024. Os mesmos operadores também controlavam fintechs menores, formando uma segunda camada de ocultação. Boa parte dos recursos obtidos sem origem comprovada foi usada para comprar usinas sucroalcooleiras e expandir o grupo, que passou a controlar também distribuidoras, transportadoras e postos de combustíveis. Os lucros e o dinheiro lavado eram aplicados em fundos de investimento, com múltiplas camadas de ocultação destinadas a esconder os reais beneficiários. A Receita Federal identificou ao menos 40 fundos — multimercado e imobiliários — com patrimônio de R$ 30 bilhões, todos sob controle do grupo. Muitos eram fundos fechados com apenas um cotista. Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC Jorge Silva/Reuters 'Asfixia financeira' O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta que é necessário “asfixiar” financeiramente o crime organizado. Ele mandou um recado a Cláudio Castro (PL), pedindo que o governador do Rio de Janeiro mobilize a bancada de seu partido na Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do projeto que endurece as regras contra o devedor contumaz. 🔎 O devedor contumaz é o contribuinte que, de forma deliberada e recorrente, deixa de pagar impostos com o objetivo de burlar a legislação tributária. No contexto das megaoperações contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e contra o PCC, na Faria Lima, o ministro da Fazenda afirmou que, por trás desse tipo de sonegador, está o crime organizado. Segundo Haddad, há ações em andamento, em nível federal, para combater os lucros das facções — incluindo aqueles obtidos por meio de atividades no setor de combustíveis. "Essa é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio", afirmou. "Além da questão territorial — de cumprir mandado de prisão —, se não asfixiar o financiamento, não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando." Haddad defendeu o projeto que endurece regras contra o devedor contumaz como uma medida efetiva no combate à atuação das facções. "Essa é uma palavra chique para falar de sonegador. E, por trás de sonegador, o que tem, na verdade, é o crime organizado", declarou. "Ele se vale de estratégias jurídicas fraudulentas para evitar que as autoridades cheguem às pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas." Haddad afirmou que, em geral, a origem do crime organizado é ilícita, mas procura se misturar com atividades lícitas para lavar dinheiro. Ele deu como exemplo postos de gasolina, motéis e determinadas franquias de lojas utilizadas para ocultar recursos. "Então, é muito importante que o partido do governador Cláudio Castro [PL] não vote contra o projeto sobre o devedor contumaz como fez nesta semana", disse o ministro. Na quinta-feira (30), a Câmara aprovou o regime de urgência para o projeto que combate os grandes devedores de impostos. O texto, que já havia recebido o aval do Senado, deve ser levado em breve ao plenário pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo Haddad. Na votação pela urgência do projeto, o PL foi o partido com maior número de votos contrários: 35 deputados foram contra, enquanto 30 foram favoráveis. "Eu quero dizer ao governador Cláudio Castro com toda clareza: uma boa parte do crime organizado do Rio de Janeiro, especificamente do estado, está se escondendo por trás dessas estratégias jurídicas que esta lei visa coibir", afirmou o ministro da Fazenda.
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31/10 - Aneel mantém bandeira vermelha 1 em novembro, e conta de luz segue com cobrança a mais
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (31), que manterá o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para novembro. Isso significa um adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh - a bandeira já havia sido aplicada em outubro. 🔎A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas. Segundo a Aneel, o volume de chuvas abaixo da média e a redução dos níveis dos reservatórios segue desfavorável. "Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado", justificou a agência.  "Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda", complementou. Como funciona o sistema de cores 💡 O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Bandeira tarifária da conta de energia para novembro será vermelha patamar 1. Reprodução/TV Fronteira 💡 Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz. Saiba quanto custa cada bandeira: Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor: 🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra; 🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh); 🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh); 🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
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31/10 - Haddad defende 'asfixia financeira' ao crime organizado e manda recado a Cláudio Castro
Haddad defende 'asfixia financeira' ao crime organizado e manda recado a Cláudio Castro O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (31) que é necessário “asfixiar” financeiramente o crime organizado. Ele mandou um recado a Cláudio Castro (PL), pedindo que o governador do Rio de Janeiro mobilize a bancada de seu partido na Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do projeto que endurece as regras contra o devedor contumaz. 🔎 O devedor contumaz é o contribuinte que, de forma deliberada e recorrente, deixa de pagar impostos com o objetivo de burlar a legislação tributária. No contexto das megaoperações contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e contra o PCC, na Faria Lima, o ministro da Fazenda afirmou que, por trás desse tipo de sonegador, está o crime organizado. Segundo Haddad, há ações em andamento, em nível federal, para combater os lucros das facções — incluindo aqueles obtidos por meio de atividades no setor de combustíveis. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Essa é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio", afirmou. "Além da questão territorial — de cumprir mandado de prisão —, se não asfixiar o financiamento, não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando." Em entrevista a jornalistas no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo, Haddad defendeu o projeto que endurece regras contra o devedor contumaz como uma medida efetiva no combate à atuação das facções. "Essa é uma palavra chique para falar de sonegador. E, por trás de sonegador, o que tem, na verdade, é o crime organizado", declarou. "Ele se vale de estratégias jurídicas fraudulentas para evitar que as autoridades cheguem às pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas." Haddad afirmou que, em geral, a origem do crime organizado é ilícita, mas procura se misturar com atividades lícitas para lavar dinheiro. Ele deu como exemplo postos de gasolina, motéis e determinadas franquias de lojas utilizadas para ocultar recursos. "Então, é muito importante que o partido do governador Cláudio Castro [PL] não vote contra o projeto sobre o devedor contumaz como fez nesta semana", disse o ministro. Na quinta-feira (30), a Câmara aprovou o regime de urgência para o projeto que combate os grandes devedores de impostos. O texto, que já havia recebido o aval do Senado, deve ser levado em breve ao plenário pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo Haddad. Na votação pela urgência do projeto, o PL foi o partido com maior número de votos contrários: 35 deputados foram contra, enquanto 30 foram favoráveis. (veja os nomes mais abaixo) "Eu quero dizer ao governador Cláudio Castro com toda clareza: uma boa parte do crime organizado do Rio de Janeiro, especificamente do estado, está se escondendo por trás dessas estratégias jurídicas que esta lei visa coibir", afirmou o ministro da Fazenda. Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC Jorge Silva/Reuters
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31/10 - Mega da Virada: apostas para prêmio recorde de R$ 850 milhões começam neste sábado
Mega da Virada: Como o prêmio é calculado e quais chances de ganhar? As apostas para a Mega da Virada 2025 começam neste sábado (1º), informou a Caixa Econômica Federal. O concurso especial deste ano irá pagar o maior prêmio da história: R$ 850 milhões, valor 33% superior ao da edição do ano passado. Segundo a Caixa, o prêmio pode ultrapassar R$ 1 bilhão, dependendo do volume arrecadado — ou seja, da quantidade de apostas feitas. Mudanças nas regras das loterias, em vigor desde agosto, também devem garantir um valor mais alto para quem acertar as seis dezenas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Uma portaria do Ministério da Fazenda elevou de 62% para 90% a parcela da premiação destinada à faixa principal da Mega da Virada. A medida amplia as chances de um prêmio bilionário, afirmou a Caixa. O sorteio da Mega da Virada será realizado em 31 de dezembro e a aposta simples, com seis números, custa R$ 6. Além do ajuste na distribuição do prêmio, outra novidade desta edição é a ampliação do horário para realizar apostas em todas as modalidades das Loterias Caixa, incluindo a Mega da Virada, a partir da próxima segunda-feira (3). Os apostadores terão uma hora adicional para adquirir cotas de bolões pelo aplicativo e pelo portal das Loterias Caixa, com o novo horário limite estendido até 20h30. Como jogar? As apostas podem ser feitas com volante específico da Mega da Virada em qualquer lotérica do país. Os jogos também podem ser feitos pelo portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa. Os clientes do banco também podem fazer apostas pelo Internet banking. ➡️ Como fazer um bolão? Para fazer um bolão, o apostador pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas — nesse caso, pode ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota. Além disso, as cotas também podem ser compradas no portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa, também com tarifa de serviço adicional de 35% do valor da cota. Para fazer o jogo, basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Segundo a Caixa, na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 18. As cotas, no entanto, não podem ser inferior a R$ 7. O banco ainda explica que é possível realizar um bolão de no mínimo dois e no máximo 100 cotas, e que é permitida a realização de no máximo dez apostas por bolão. "Em caso de bolão com mais de uma aposta, todas elas deverão conter a mesma quantidade de números de prognósticos", diz a Caixa, em nota. Mega da Virada paga o maior prêmio da história em 2023 Edi Sousa/Ato Press/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre a Mega da Virada: Quais são as faixas de premiação? Diferentemente da Mega-Sena e de outros concursos, a Mega da Virada não acumula. Isso significa que o prêmio é pago mesmo que nenhum apostador acerte as seis dezenas. Na prática, portanto, caso não haja um ganhador na primeira faixa (seis dezenas), o valor passa para os ganhadores da segunda faixa — e assim por diante. A divisão é esta: Primeira faixa – seis acertos (sena) Segunda faixa – cinco acertos (quina) Terceira faixa – quatro acertos (quadra) Quarta faixa – três acertos Quinta faixa – dois acertos Sexta faixa – um acerto Como o valor do prêmio é estipulado? De acordo com a Caixa Econômica Federal, a maior parte do prêmio vem da arrecadação com as vendas de bilhetes do próprio sorteio. Também incrementam a cifra da Mega da Virada os valores acumulados dos prêmios regulares da Caixa ao longo do ano. Onde conferir o resultado? Os sorteios das Loterias Caixa são realizados em São Paulo. Os apostadores da Mega da Virada podem acompanhar a transmissão ao vivo pela página da instituição no YouTube. Os números sorteados e o rateio do prêmio também ficam disponibilizados no site da Caixa após a realização do concurso. Como resgatar o prêmio? O sortudo poderá receber o prêmio nas agências da Caixa. Pelas regras, valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis após o ganhador se apresentar em uma agência. Os documentos necessários são o bilhete premiado ou o comprovante da aposta, além de documento pessoal com foto e CPF. A Caixa lembra que, se o bilhete foi emitido na lotérica, é importante que o ganhador se identifique no verso do bilhete premiado antes mesmo de sair de casa. As informações necessárias são: nome completo, número do documento de identificação e CPF. Dessa forma, diz a instituição, o apostador garante que ninguém mais retire o prêmio. O ganhador tem até 90 dias corridos, a partir da data do sorteio, para receber. Passado esse período, o prêmio prescreve e o valor é repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). No caso de prêmios de até R$ 2.112,00, como em outros concursos, os valores podem ser recebidos nas casas lotéricas. Veja os dez maiores prêmios da Mega da Virada até agora 2024: R$ 635,4 milhões 2023: R$ 588,8 milhões 2022: R$ 541,9 milhões 2021: R$ 378,1 milhões 2020: R$ 325,2 milhões 2017: R$ 306,7 milhões 2019: R$ 304,2 milhões 2018: R$ 302,5 milhões 2014: R$ 263,2 milhões 2015: R$ 246,5 milhões
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31/10 - Consignado CLT: R$ 37 bilhões em contratos antigos já migraram para nova plataforma; trabalhadores poderão fazer portabilidade
O Ministério do Trabalho informou nesta sexta-feira (31) que mais de R$ 37 bilhões de contratos antigos de crédito consignado a trabalhadores do setor privado, referentes a 2,3 milhões de contratos, já migraram para a nova plataforma do Crédito do Trabalhador. Ainda restam cerca de 1 milhão de contratos a serem convertidos, a maioria com valores menores, acrescentou o governo. Entenda o novo consignado CLT, que vai valer para entregadores e motoristas de app Esses contratos antigos haviam sido fechados antes de março deste ano, quando o governo inaugurou a nova plataforma, na qual as operações podem ser fechadas por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). ➡️Com a migração desses contratos, explicou o Ministério do Trabalho, os trabalhadores poderão buscar a chamada portabilidade, ou seja, trocar os empréstimos atuais por outros — que ofereçam juros mais baixos. Os empréstimos também podem ser buscados diretamente nas instituições financeiras. A portabilidade dos contratos, segundo o governo, segue sendo feita pelos canais dos bancos. A partir de 1º de dezembro, novo prazo divulgado nesta sexta-feira (31), a operação também deverá estar disponível dentro da Carteira de Trabalho Digital. 💲Nesta modalidade, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. Com a migração dos contratos antigos, o consignado CLT movimentou R$ 82,1 bilhões desde março deste ano. Ao todo, foram fechados 12,2 milhões de contratos envolvendo 7,1 milhões de trabalhadores. O valor médio de empréstimo por pessoa é de R$ 11,4 mil. ➡️A ideia é que o trabalhador possa dar como garantia de até 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para operações de crédito, além de 40% da multa de demissão por justa causa, mas isso ainda não está regulamentado. O governo informou que ainda "prepara a implantação do sistema de garantias, medida que deve contribuir para uma nova redução das taxas de juros". O consignado CLT é o mais vantajoso do mercado financeiro atual Pegatroco/Divulgação Taxa de juros Segundo o Banco Central, o juro do consignado ao setor privado sobe para 3,9% ao mês em setembro e segue bem acima da linha para aposentados e servidores. O patamar ainda é o dobro da registrada no crédito com desconto em folha para aposentados (1,81% ao mês) e servidores públicos (1,84% ao mês) no mesmo período. Veja as taxas médias de juros de outras linhas de crédito em setembro: ➡️ Crédito pessoal não consignado: 5,99% ao mês; ➡️ Cheque especial das pessoas físicas: 7,61% ao mês; ➡️ Cartão de crédito rotativo: 15,15% ao mês. Sem teto no consignado ao setor privado Até o momento, não há teto nos juros da nova linha de crédito do consignado ao setor privado. As taxas cobradas são definidas livremente pelas instituições financeiras com base no perfil de cada cliente. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem defendido que não é necessário fixar um teto para os juros, pois as taxas cobradas, segundo a entidade, serão mais baixas com a garantia dos recursos do FGTS. No lançamento da nova modalidade de crédito, em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que, caso seja "observado que o sistema financeiro esteja abusando, o governo poderá estabelecer teto de juros no futuro". Em março, o governo publicou um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinando que o Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado será responsável por definir os parâmetros, termos e condições dos contratos para empréstimos garantidos com recursos do FGTS. Com isso, o governo abriu a porta para que seja criado, no futuro, um teto de juros na nova modalidade de crédito – caso julgue ser necessário.
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31/10 - Saiba como garantir uma boa produção de ovos e conheça novas variedades de mandioca
ovos Jakub Kapusnak O Globo Rural deste domingo (2) mostrou dicas para manter uma boa produção de ovos e apresentou novas cultivares de mandioca desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Confira a seguir. Boa produção de ovos O Hender Geraldo, de Pirenópolis (GO), entrou em contato com o Globo Rural para pedir uma cartilha sobre a criação de galinhas poedeiras, que são aquelas que botam ovos. O material da Embrapa Suínos e Aves reúne as melhores práticas para o bem-estar das aves. Há ainda informações sobre instalações, poleiros, ninhos e como garantir uma boa produção de ovos. 📲 Acesse aqui. Novas variedades de mandioca O programa deste domingo (2) também mostra novas variedades de mandioca. Confira cartilhas da Embrapa sobre cada uma delas a seguir: Cultivares com raízes de polpa rosada Cultivar de polpa amarela Cultivares de raízes amarela e creme
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31/10 - Em operação contra contrabando, Receita prende 27 pessoas e apreende mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais
Aeronave com mais de 500 iphones contrabandeados foi apreendida em Porto Belo (SC) Reprodução/Receita Federal A Secretaria da Receita Federal informou nesta sexta-feira (31) que uma operação contra o contrabando efetuou 27 prisões em flagrante e apreendeu mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais. Além disso, segundo o órgão, foram apreendidos: 3,5 toneladas de drogas apreendidas, sendo 600 quilos de cocaína; 215 mil litros de bebidas clandestinas; uma aeronave, que guardava mais de 500 smartphones; 220 veículos. Ainda de acordo com a Receita, os agentes frustraram o roubo de mil pistolas que estavam armazenadas em um posto alfandegário. E um prédio de 20 andares em Belo Horizonte foi interditado, sob indícios de atuação de uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, sonegação, contrabando e outros crimes. Só neste empreendimento, as estimativas iniciais apontam que as mercadorias apreendidas somam R$ 50 milhões, mas o montante pode aumentar. Realizada entre os dias 20 e 31 de outubro, a atividade mobilizou cerca de 400 servidores do Fisco, além de homens do Exército, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, de secretarias de Fazenda estaduais e do Ministério da Agricultura. Entre os resultados obtidos, está o fechamento de um laboratório clandestino que fabricava ilegalmente canetas emagrecedoras de uma conhecida marca no mercado. "Dentro da loja, a equipe da Receita Federal encontrou canetas falsificadas como se fossem da marca atuante no mercado, que eram preenchidas com substâncias que supostamente seriam o medicamento emagrecedor, mas armazenadas totalmente fora dos padrões exigidos", informou o Fisco. De acordo com o órgão, o laboratório, que disfarçava suas atividades através da fachada de uma loja de celulares. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo a Receita, a operação também busca desmantelar a estrutura do crime organizado, que se utiliza das pessoas e logística envolvidas no ingresso de mercadorias ilegais para introduzir drogas, armas, cigarros, bebidas e medicamentos falsificados. Chamada de Operação Fronteira, a ação é executada anualmente desde 2021. Trata-se da maior iniciativa do órgão direcionada à vigilância e repressão em pontos de fronteira terrestre, marítima e aérea. O trabalho, segundo o Fisco, está alinhado com o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que conta com a participação de 18 órgãos e prevê ações conjuntas de integração federativa da União com os Estados e Municípios, situados na faixa de fronteira, e na costa marítima. "Graças ao compartilhamento de inteligência e potencialização do uso de recursos, a ação consegue atingir estruturas importantes para o crime organizado", informou a Receita Federal. O secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, defendeu o uso de inteligência em operações como essa. Segundo ele, é possível enfrentar o crime organizado sem disparar um único tiro sequer. Barreirinhas informou ainda que a Receita passa por uma restruturação interna que vai levar à instalação de uma delegacia do Fisco, além de 10 novas delegacias de repressão a crimes no país. O secretário informou que, em breve, a Receita atuará na regulamentação para combate ao uso de criptoativos por organizações criminosas. O g1 apurou que o texto deve sair nas próximas semanas e vem sendo costurado junto com o Banco Central e com a Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Superintendência da Receita Federal, em Brasília. Marcelo Camargo/Agência Brasil
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31/10 - Leilão do Detran-SP tem moto Dafra Super 100 por R$ 450 e Jeep Compass por R$ 25 mil
Como funcionam os leilões O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) vai realizar um novo leilão de carros e motos na próxima semana. Os veículos, que foram recolhidos por infrações de trânsito, estão disponíveis para visitação até esta sexta-feira (31). O lote mais barato é por uma moto Dafra Super 100, de 2009, com lance inicial de R$ 450. Já o mais caro é um Jeep Compass de 2019, com lances a partir de R$ 25 mil. O leilão acontece de forma virtual até a próxima semana, mas os veículos estão em dois pátios para vistiação: um em Itapira (SP) e outro em Jaguariúna (SP). A visitação pública acontece até esta sexta-feira (31), das 9h às 17h. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Atenção às datas de lances públicos: Veículos conservados destinados à circulação: acontece no dia 4 de novembro, às 9h; Sucata aproveitável e sucata com motor inservível: acontece no dia 5 de novembro, às 9h; Sucata para reciclagem: acontece no dia 6 de novembro, às 9h. Chevrolet Vectra GT-X custa R$ 12.950, exatos R$ 5.549 mais em conta que um iPhone 17 Pro Max 2TB Divulgação | Detran-SP Neste leilão, existem: 🚗 26 veículos aptos a circular; ⚙️ 26 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 🔧 83 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; ♻️ 27 sucatas para fundição e reciclagem. Segundo o edital do leilão, um carro apto a circular significa que ele pode retornar a andar em via pública, ficando o comprador responsável pelo registro do veículo perante o órgão ou entidade executivo de trânsito, com o pagamento das respectivas taxas. O Detran-SP não é responsável pelas peças e afirma que o comprador já está ciente da situação mecânica do veículo, não aceitando posteriores reclamações. Neste leilão, a Dafra Super 100 de 2009 é a moto mais barata, com lance mínimo de R$ 450. Já o carro mais em conta é um Peugeot 206 Selection de 2003, com lance partindo de R$ 1 mil. Dafra Super 100 de 2009, com lance mínimo de R$ 450 divulgação/Detran-SP Veja outros destaques do leilão Honda CG 150 Titan de 2007 Lance inicial: R$ 900 Honda C100 Biz de 2001 Lance inicial: R$ 800 Suzuki Intruder de 2010 Lance inicial: R$ 500 Honda CG 160 Fan ESDI de 2017 Lance inicial: R$ 1.250 Chevrolet Corsa Wind de 1996 Lance inicial: R$ 1.800 Nissan Sentra de 2011 Lance inicial: R$ 2.500 Honda CG 160 Fan 2022 Lance inicial: R$ 3.200 Renault Sandero GTline de 2011 Lance Inicial: R$ 3.000 Fiat Punto Attractive de 2011 Lance inicial: R$ 5.000 Jeep Compass Sport de 2010 Lance inicial: R$ 5.000 Hyundai Azera com lance de R$ 5.000, R$ 2.999 mais barato que o iPhone 17 de 254 GB (R$ 7.999) divulgação/Detran-SP A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, mas são vedadas as participações de: Servidores do Detran-SP e parentes de servidores até o segundo grau; Leiloeiro, seus parentes até segundo grau e membros de sua equipe de trabalho; Proprietários, sócios e/ou administradores dos pátios terceirizados, licitados ou conveniados onde se encontram custodiados os veículos, seus parentes até segundo grau e os membros da equipe de trabalho; Pessoas físicas e jurídicas impedidas de licitar e contratar com a administração, sancionadas com as penas previstas nos incisos III e IV do art. 156 da Lei federal n.º 14.133, de 2021 ou, ainda, no art. 7º da Lei federal n.º 10.520, de 17 de julho de 2002. Veja dicas para participar de leilões Leilão de veículos feito pelo Detran-SP divulgação/Governo de São Paulo Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Leilões particulares De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda; Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados; Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.
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31/10 - Petrobras reduz em 1,7% preço do gás natural para distribuidoras
A Petrobras informou nesta sexta-feira (31) que reduzirá em média 1,7% o preço dos contratos de gás natural firmados com distribuidoras, a partir do início de novembro, em comparação com o trimestre anterior. Os contratos preveem atualizações trimestrais na parte do preço atrelada à molécula do gás, que varia conforme as oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio entre o real e o dólar. No trimestre que começa em novembro de 2025, o preço de referência do petróleo Brent registrou alta de 2,18%, enquanto o real se valorizou 3,83% frente ao dólar — ou seja, passou a ser necessário menos reais para comprar a moeda americana, informou a Petrobras. Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula de gás vendida às distribuidoras acumula queda de cerca de 33%, segundo a empresa. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 As variações por distribuidora dependem dos produtos contratados com a Petrobras. O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens e pelos tributos federais e estaduais, explicou a companhia. A atualização não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel. Veja a nota da Petrobras na íntegra "A Petrobras informa que, em 1/11/25, conforme os contratos acordados com as distribuidoras, os preços de venda da molécula de gás serão atualizados, com redução média de cerca de 1,7% em relação ao trimestre anterior. Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do preço do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Para o trimestre que inicia em novembro de 2025, a referência do petróleo Brent subiu 2,18% e o câmbio teve apreciação de 3,83% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar reduziu 3,83%). Desde dezembro 2022, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 33%. As variações por distribuidora dependem dos produtos contratados com a Petrobras. O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A atualização anunciada para 01/11/25 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel." Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado após demissão de Jean Paul Prates Jornal Nacional/ Reprodução
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31/10 - Amazon não demitiu 14 mil funcionários por crise financeira, mas por 'cultura', diz CEO da empresa
Logo da Amazon, gigante da tecnologia. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo O presidente da Amazon, Andy Jassy, afirmou que as demissões anunciadas pela big tech nesta semana não foram motivadas por uma crise financeira, mas por questões de "cultura". A declaração foi feita durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre. "A redução da força de trabalho não foi realmente impulsionada por motivos financeiros, nem mesmo é realmente por causa de IA", disse Jassy. "É cultura". Segundo ele, o crescimento da Amazon criou muitas camadas de trabalhadores, o que "pode levar à desaceleração e retardar a tomada de decisões". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De acordo com o Business Insider, Andy Jassy enfatizou que, com a transformação contínua da IA, nunca houve um momento mais crítico para a empresa operar de forma mais enxuta e ágil. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Os cortes de 14 mil trabalhadores atingem áreas de apoio e estratégicas, como recursos humanos e publicidade. A empresa afirmou que a redução é global, mas não detalhou quais países foram afetados. Segundo a agência Reuters, as demissões fazem parte de um plano que pode resultar em cerca de 30 mil cortes de empregos no total. A empresa acrescentou aproximadamente 32 mil trabalhadores entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, chegando a uma força de trabalho de 1,58 milhão de pessoas. Nos últimos dois anos, a Amazon já havia feito cortes menores em áreas como dispositivos, comunicações e podcasting. Ainda segundo a Reuters, a big tech encerrou o terceiro trimestre com a unidade de nuvem AWS registrando aumento de 20% na receita. A empresa projeta vendas líquidas entre US$ 206 bilhões e US$ 213 bilhões no quarto trimestre. A AWS responde por 60% da receita operacional total da Amazon. iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais Apple anuncia o novo Iphone 17 Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais
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31/10 - Transporte por aplicativo dispara, mas está ausente em 4 mil cidades, segundo prefeituras
O número de municípios brasileiros que oferecem serviços de transporte por aplicativo cresceu 65% entre 2020 e 2024, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2024. Esse é um dos dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e integra uma coleção de resultados sobre a infraestrutura das cidades. Mesmo com o avanço, o serviço ainda é minoria no país: apenas um em cada quatro municípios brasileiros tem esse tipo de serviço. Entre os 5.568 municípios que responderam ao levantamento, 1.465 (26%) informaram possuir serviços como Uber, 99 ou Cabify em operação. A maioria (73%, 4.084 cidades), porém, declarou não contar com esse tipo de serviço. Os outros 21 municípios (0,4% do total) não informaram a situação ou recusaram a responder Em comparação, os meios tradicionais de transporte continuam predominando. Veja abaixo o percentual de municípios que informaram ter cada um dos modais: 🛥️ Barco: 9% (506 municípios) 🚉 Metrô: menos de 1% (21 municípios) 🏍️ Mototáxi: 53% (2925 municípios) 🚕 Táxi: 80% (4427 municípios) 🚂 Trem: 2% (106 municípios) 🚐 Van: 60% (3338 municípios) ✈️ Avião: 3% (192 municípios) 🤳 Serviço por aplicativo (Uber, Cabify, 99Taxi e outros): 26% (1465 municípios) 🚌 Ônibus intermunicipal: 78% (436 municípios) 🚎 Ônibus intramunicipal: 31% (1735 municípios) Veja os vídeos que estão em alta no g1 Tamanho dos municípios influencia no uso de modais de transporte Para a pesquisadora Caroline Santos, do setor de Pesquisa e Gestão Pública do IBGE, a avaliação dos dados deve considerar o tamanho dos municípios. "O que a gente percebe pela análise dos dados é que o transporte rodoviário é predominante. A nossa malha rodoviária é gigante. A presença desse transporte está diretamente relacionada ao tamanho dos municípios e tem uma relação muito direta com o tamanho da população", explica. A pesquisadora também associa a menor presença de ônibus intramunicipais (aqueles que circulam localmente entre bairros de uma mesma cidade) com o tamanho dos municípios. Cidades menores dependem mais de transportes intermunicipais, que geralmente são de responsabilidade estadual. A maioria (81%) das cidades do Brasil tem até 20 mil habitantes e, entre as 4,1 mil que informam não ter transporte por aplicativo, 3,3 mil tem até esse tamanho. De acordo com a pesquisadora, o crescimento na presença de aplicativos de transporte foi alavancado pelos municípios com mais habitantes. Apenas um em cada quatro municípios brasileiros tem serviços de transporte por apps, segundo pesquisa do IBGE. Heloise Hamada/G1 A pesquisadora explica que esse dado deve ser lido em conjunto com a presença do transporte público. "A presença do transporte oferecido pelos municípios e estados é justamente o que sinaliza, o que mostra o serviço de aplicativo aumentando". "Olhando esse dado de serviço por aplicativo, o crescimento dele foi grande para municípios na faixa de 50 a 100 mil habitantes. Vejo isso como um reflexo desse esgotamento da nossa malha, e talvez da falta de planejamento". Rio de Janeiro lidera na cobertura de transporte por apps, Piauí e Paraíba ficam atrás O Rio de Janeiro é o estado com maior proporção de municípios atendidos por aplicativos de transporte: 62% das cidades fluminenses oferecem o serviço. Em seguida aparecem São Paulo (48%) e Santa Catarina (45%). Na outra ponta, estados como Piauí e Paraíba estão entre os que têm menor presença desse tipo de transporte, segundo o IBGE. Veja no mapa: Dados sobre enchentes no Rio Grande do Sul e igualdade racial são novidades na pesquisa As pesquisas MUNIC e ESTADIC trazem resultados sobre a infraestrutura administrativa de municípios e estados, como informações de recursos humanos, governança e instrumentos de gestão migratória. Os dados sobre transporte por aplicativos apareceram pela segunda vez nas pesquisas. A novidade nessa edição foi um capítulo especial com informações sobre o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024 e a inclusão de dados sobre igualdade racial. O levantamento revela que 37% dos municípios atingidos pelas enchentes não emitiram avisos à população, sendo que 115 não possuíam um sistema de alertas e outros 55 tinham o sistema, mas optaram por não usá-lo. Nos dados estaduais, a pesquisa aponta que oito estados não tinham reserva de vagas para negros, quilombolas, indígenas e ciganos em concursos em 2024. São eles: Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás. Para a pesquisadora, o dado mostra que a política de cotas, que tem mais de 15 anos, não está sendo cumprida. No entanto, ela avalia que a presença desse resultado é um avanço que veio de demandas do Ministério da Igualdade Racial, possibilitando a existência de dados para formular políticas públicas. "A continuidade dessa análise pode nos munir de informações para que a gente veja se está ou não surtindo efeito, se as ações que estão sendo implementadas hoje para que a gente possa reduzir a desigualdade", conclui. Transporte por aplicativo dispara, mas está ausente em 4 mil cidades, segundo prefeituras
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31/10 - INSS faz acordo para restituir cobranças indevidas de consignados
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) firmou pela primeira vez um acordo para devolver cobranças indevidas em empréstimos consignados. O Instituto e o Banco BMG assinaram um termo de compromisso que prevê a restituição de cerca de R$ 7 milhões cobrados indevidamente de mais de 100 mil beneficiários. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o INSS, o valor será abatido na próxima fatura do cartão do banco. O órgão informou ainda que está em negociação com outras instituições financeiras para adotar medidas semelhantes. O termo de compromisso firmado exclusivamente com o Banco BMG também estabelece ajustes nos procedimentos para novos empréstimos consignados. Um deles é a obrigatoriedade de registrar, por meio de videochamada gravada, o aceite do contratante no momento da contratação. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 O termo também prevê o compromisso do banco de não compartilhar dados pessoais com terceiros, como correspondentes bancários, salvo quando houver autorização do titular ou em situações previstas em lei. O banco também se comprometeu a suspender a prática de venda casada de seguros junto aos empréstimos consignados. Os empréstimos consignados vinculados a benefícios do INSS, como aposentadorias e pensões, vinham sendo alvo de diversas reclamações de beneficiários. A principal queixa era de cobranças indevidas, o que levou o instituto a suspender vários contratos com bancos nos últimos meses para apurar as irregularidades. INSS suspende acordo com quatro bancos Nos últimos dias, o INSS suspendeu cautelarmente o contrato com quatro instituições financeiras, que ficam proibidas de oferecer novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) em 16 de outubro. As instituições afetadas são: Banco Inter, Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito e Paraná Banco. Segundo a publicação, a medida foi necessária para interromper irregularidades nos serviços de empréstimo consignado e proteger o interesse público até a conclusão das investigações. No dia 10 de outubro, o INSS havia suspendido o contrato com o Banco Master. Em agosto, o instituto também havia suspendido a autorização de outras oito instituições financeiras. Bancos e financeiras afirmaram ter sido surpreendidos pela suspensão preventiva de novas operações de crédito consignado determinada pelo INSS. Master, Inter, Facta e Paraná Banco disseram cumprir todas as normas do setor e manter diálogo com o Instituto para restabelecer os serviços. As instituições reforçaram o compromisso com a transparência, a conformidade regulatória e o respeito aos aposentados e pensionistas. A Cobuccio Sociedade de Crédito não respondeu ao pedido de comentário. Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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31/10 - Desemprego fica em 5,6% em setembro e repete mínima histórica, diz IBGE
Desemprego fica estável em setembro e repete mínima histórica A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Esse foi o terceiro trimestre móvel consecutivo em que o índice permaneceu em 5,6%, repetindo a mínima histórica do indicador, iniciado em 2012. No mesmo período de 2024, a taxa estava em 6,4%. Ao todo, 6,045 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 3,3% (menos 209 mil) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (menos 809 mil) na comparação com o mesmo período de 2024. A população ocupada permaneceu estável em 102,4 milhões, mas ainda em nível recorde, crescendo 1,4% no ano (um avanço de 1,4 milhão de pessoas empregadas). O nível da ocupação — proporção de pessoas ocupadas no total da população em idade de trabalhar — ficou em 58,7%, estável no trimestre e 0,3 ponto percentual (p.p.) acima do registrado um ano antes. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Formalização cresce e bate novo recorde O número de trabalhadores empregados no setor privado atingiu 52,7 milhões no trimestre encerrado em setembro, o maior contingente da série histórica — ainda que sem variações significativas em relação às comparações temporalmente próximas. Desse total, os empregados com carteira assinada (excluindo domésticos) chegaram a 39,2 milhões — novo recorde do IBGE — com estabilidade no trimestre e alta de 2,7% (mais 1 milhão de trabalhadores) em 12 meses. Já os empregados sem carteira ficaram em 13,5 milhões, números estáveis no trimestre e 4,0% abaixo do registrado no ano anterior (menos 569 mil pessoas). No setor público, o contingente chegou a 12,8 milhões de pessoas, o que significa uma alta de 2,4% no ano. A informalidade alcançou 37,8% da população ocupada — o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores — mantendo o mesmo nível do trimestre anterior e abaixo do visto em setembro de 2024 (38,8%). Entre os informais, os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, números considerados estáveis no trimestre e 4,1% acima do ano passado (mais 1 milhão). Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses, indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025". Desemprego fica em 5,6% em setembro Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 5,6% Taxa de subutilização: 13,9% População desocupada: 6,045 milhões População ocupada: 102,4 milhões População fora da força de trabalho: 65,9 milhões População desalentada: 2,6 milhões Empregados com carteira assinada: 39,2 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões Trabalhadores informais: 38,7 milhões Análise por setor Apesar da estabilidade no total de ocupados, dois dos dez grupos de atividade analisados pelo IBGE registraram expansão: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+3,4%, ou mais 260 mil pessoas); Construção (+3,4%, ou mais 249 mil). Por outro lado, houve retração em: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,4%, ou menos 274 mil pessoas); Serviços domésticos (-2,9%, ou menos 165 mil). Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, o avanço da ocupação se concentrou em: Transporte, armazenagem e correio (+6,7%, ou mais 371 mil pessoas); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+3,9%, ou mais 724 mil). O único recuo significativo foi novamente em Serviços domésticos (-5,1%, ou menos 301 mil). "Nesse terceiro trimestre, a queda no número de trabalhadores ficou concentrada no comércio [segmentos de alimentos/bebidas; vestuário e calçados] e serviços domésticos. Parte dessa perda foi compensada pela expansão de trabalhadores na agropecuária e construção, o que contribuiu para a estabilidade da população ocupada total”, disse Beringuy. Renda real e massa salarial também registram máximas O rendimento médio real habitual atingiu R$ 3.507, maior valor da série histórica, se mantendo estável no trimestre e 4% acima do registrado um ano antes. A massa de rendimento real totalizou R$ 354,6 bilhões, novo recorde histórico, com alta anual de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões). Na comparação trimestral, apenas uma categoria de ocupação teve aumento no rendimento: alojamento e alimentação (5,5%, ou mais R$ 122), com estabilidade nas demais. Por outro lado, em comparação ao trimestre de julho a setembro de 2024, houve aumento em cinco categorias: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,5%, ou mais R$ 134); Construção (5,5%, ou mais R$ 145); Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,9%, ou mais R$ 184); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,3%, ou mais R$ 199); Serviços domésticos (6,2%, ou mais R$ 79). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. “Mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores alcançados no primeiro semestre de 2025”, avalia Beringuy. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Divulgação/Agência Brasil Entenda como o desemprego é calculado no Brasil
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31/10 - Ibovespa sobe e fecha acima dos 149 mil pontos pela 1ª vez na história; dólar cai
Desemprego fica em 5,6% em setembro O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, bateu um novo recorde nesta sexta-feira (31) e fechou acima dos 149 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar, por sua vez, encerrou o pregão praticamente estável, com queda de 0,01%, cotado a R$ 5,3798. Investidores acompanharam a divulgação dos novos dados de emprego no Brasil e seguiram atentos à temporada de balanços corporativos. Nos Estados Unidos, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), também ficaram no radar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nesta sexta-feira (31), o destaque ficou com o desemprego medido pela Pnad Contínua. A taxa ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, mantendo-se se em relação ao trimestre encerrado em agosto, quando o índice já havia atingido o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. ▶️ No campo corporativo, o mercado continua acompanhando os resultados do terceiro trimestre deste ano. Ontem, a Vale divulgou o seu balanço e apontou um lucro de US$ 2,68 bilhões — alta de 11% frente ao mesmo período de 2024 e acima das projeções de analistas. As ações da Vale subiram 1,88% e ajudaram a manter a bolsa no campo positivo. 🔎 As ações da mineradora têm forte influência sobre o Ibovespa devido ao seu peso na composição do índice. Assim, quando os papéis da companhia avançam, costumam impulsionar o desempenho da bolsa como um todo. ▶️ No cenário internacional, os resultados das gigantes de tecnologia continuam no foco dos investidores. A Apple registrou lucro de US$ 27,46 bilhões no trimestre, um avanço de 86,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a Amazon teve ganho de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao terceiro trimestre de 2024. ▶️ Na agenda americana, os investidores aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, discursou às 10h30, enquanto Raphael Bostic, do Fomc, apresenta sua visão sobre os próximos passos da instituição às 13h. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,23%; Acumulado do mês: +1,08%; Acumulado do ano: -12,94%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,30%; Acumulado do mês: +2,26%; Acumulado do ano: +24,32%. Desemprego no Brasil A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice se manteve estável em relação ao trimestre encerrado em agosto, quando o desemprego já havia atingido o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. No trimestre concluído em julho, o resultado também foi o mesmo. Já em maio, a taxa era de 6,2%, e, no mesmo período de 2024, havia alcançado 6,6%. Ao todo, 6,045 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 3,3% (menos 209 mil) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (menos 809 mil) na comparação com o mesmo período de 2024. A população ocupada permaneceu estável em 102,4 milhões, mas ainda em nível recorde, crescendo 1,4% no ano (mais 1,4 milhão). Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, destaca que, na véspera, com dados do Caged, que mostraram a criação de 213 mil empregos formais em setembro — acima das 180,7 mil vagas previstas pelos economistas — fizeram o mercado ficar apreensivo pelos números de hoje. Contudo, o resultado foi bem-recebido. “A taxa de desemprego ter se mantido mostra um sinal positivo para a perspectiva de menor aquecimento no mercado de trabalho”, diz Tavares. 🔎 A taxa de desemprego é um dos principais termômetros da atividade econômica. Quando o desemprego está baixo, significa que mais pessoas estão empregadas, consumindo e movimentando a economia. Isso pode gerar pressão sobre os preços — ou seja, inflação. Falas de membros do Fed A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, afirmou hoje que não via justificativa para o corte de juros realizado esta semana. Segundo ela, o cenário atual mostra um mercado de trabalho equilibrado e uma inflação que deve permanecer acima da meta de 2% por mais tempo. “Não vi necessidade de cortar as taxas esta semana. E seria difícil cortá-las novamente em dezembro, a menos que haja evidências claras de que a inflação cairá mais rápido do que o esperado ou que o mercado de trabalho esfriará mais rapidamente." Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, reduziu a taxa básica de juros pela segunda vez no ano, em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4%. O presidente do Fed, Jerome Powell, justificou a medida como forma de evitar uma piora no mercado de trabalho. Logan, que não tem direito a voto no comitê este ano, disse que os dados disponíveis — mesmo com a paralisação do governo — não indicam necessidade de estímulos adicionais. Ela destacou que o consumo segue acima da tendência, empresas investem em inteligência artificial e centros de dados, e que os riscos ao emprego ainda podem ser monitorados. Logan também apoiou a decisão de interromper a redução do balanço patrimonial do Fed, citando sinais de que ele já se aproxima de um tamanho adequado. EUA em paralisação pelo 31º dia A paralisação parcial do governo dos EUA completa hoje 31 dias, aproximando-se do recorde histórico de 35 dias. Apesar do agravamento dos impactos sobre a população e os serviços públicos, não há expectativa de que o impasse seja resolvido neste fim de semana. O Congresso só deve retomar as votações na próxima semana, mantendo o cenário de incerteza. O bloqueio orçamentário é resultado de um impasse entre parlamentares sobre os gastos públicos. Embora haja sinais de que alguns congressistas estejam buscando um acordo, ainda não há clareza sobre os termos de uma possível solução. Enquanto isso, os efeitos da paralisação se intensificam. Famílias de baixa renda temem a interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que distribui cerca de 9 bilhões de dólares por mês a 42 milhões de pessoas. O Departamento de Agricultura afirma que não poderá manter os pagamentos após 1º de novembro sem a aprovação de um novo orçamento. Além disso, o setor aéreo também sente os reflexos. Atrasos e interrupções em voos já afetam até mesmo senadores, e líderes do setor expressaram preocupação em reunião na Casa Branca. Em meio à pressão, o presidente Trump sugeriu eliminar o filibuster no Senado para encerrar o shutdown, mas enfrenta resistência dentro do próprio partido. Bolsas globais O mercado americano conseguiu recuperar parte das perdas da véspera nesta sexta-feira (31), impulsionado por resultados positivos de grandes empresas de tecnologia. Amazon e Apple divulgaram lucros acima do esperado, o que animou os investidores. A Amazon teve forte desempenho graças ao crescimento do setor de computação em nuvem e ao aumento nas vendas, mesmo com a inflação. No terceiro trimestre, a companhia apresentou um lucro líquido de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao mesmo período de 2024. Já a Apple foi beneficiada pela boa recepção da nova linha de iPhones, apesar das tensões comerciais globais. O lucro líquido da companhia foi de US$ 27,46 bilhões, alta de 86,4% em relação ao ano passado. Com isso, os três principais índices de Wall Street fecharam em alta. Enquanto o S&P 500 subiu 0,29%, aos 6,841.83 pontos, o Nasdaq Composite avançou 0,61%, aos 23,725.89 pontos. Já o Dow Jones Industrial Average teve ganhos de 0,08%, aos 47,562.13 pontos. Na Europa, os mercados fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores diante dos balanços corporativos divulgados ao longo da semana. Além disso, a decisão do Banco Central Europeu de manter os juros inalterados e a desaceleração da inflação na zona do euro reforçaram a percepção de que a economia segue dentro do esperado, mas sem grandes estímulos no curto prazo. Os principais índices europeus registram perdas: o índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,5%. Na Alemanha, o DAX caiu 0,67%, enquanto o FTSE 100, no Reino Unido, teve baixa de 0,44%. Na França, o CAC 40 recuou 0,44%, e na Itália o FTSE MIB avança 0,06%. Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. Na China, os investidores aproveitaram os ganhos recentes para realizar lucros, após os índices locais atingirem os maiores níveis em uma década. A trégua comercial entre China e EUA, com promessas de redução de tarifas e retomada de compras agrícolas, perdeu força como fator de impulso, dando lugar à atenção sobre os resultados das empresas chinesas e à economia local. O índice de Xangai caiu 0,81%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores empresas de Xangai e Shenzhen, recuou 1,47%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,43%. Em contrapartida, o índice Nikkei, de Tóquio, subiu 2,12%, e o Kospi, de Seul, avançou 0,50%. Já Taiwan e Cingapura registraram leves quedas de 0,19% e 0,07%, respectivamente. *Com informações da agência de notícias Reuters. Notas de dólar. Reuters
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31/10 - Contas públicas têm déficit de R$ 17,5 bilhões em setembro; dívida sobe para 78,1% do PIB
As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro deste ano, informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira (31). 🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se o contrário acontece, o resultado é de superávit primário. 🔎O resultado não leva em conta o pagamento dos juros da dívida pública, e abrange o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Economistas alertam que excesso de gastos fora da meta compromete credibilidade das contas públicas Segundo o Banco Central (BC), houve piora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 7,3 bilhões. Esse também foi o pior resultado, para setembro, desde 2023, mês em que houve um rombo de R$ 18,1 bilhões. Os valores não foram ajustados pela inflação. Veja abaixo o desempenho que levou ao déficit das contas em setembro deste ano: governo federal registrou saldo negativo de R$ 15 bilhões; estados e municípios tiveram saldo deficitário de R$ 3,5 bilhão; empresas estatais apresentaram superávit de R$ 996 milhões. Contas públicas registram novo rombo em setembro deste ano, revela Banco Central Adriana Foffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo Parcial do ano No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 79,2 bilhões — o equivalente a 0,84% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, houve uma melhora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 93,6 bilhões (1,08% do PIB). No caso somente do governo federal, o resultado ficou negativo em R$ 99,6 bilhões na parcial deste ano, informou o BC, contra um déficit de R$ 105,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2024. Para este ano, a meta fiscal do governo federal é de zerar o rombo das contas públicas. Mas, pelas regras do arcabouço fiscal, que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 43,3 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. Após despesas com juros Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 102,2 bilhões nas contas do setor público em setembro. ➡️No acumulado em 12 meses até setembro, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 1,02 trilhão, ou 8,16% do PIB. 🔎Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores. O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Segundo o BC, as despesas com juros nominais somaram R$ 984,8 bilhões (7,89% do PIB) em doze meses até setembro deste ano. Dívida pública A dívida do setor público consolidado subiu 0,6 ponto percentual em setembro deste ano, avançando para 78,1% do PIB — o equivalente a R$ 9,75 trilhões. A proporção com o PIB é considerada por especialistas como o conceito mais apropriado para medir e comparar a dívida das nações. E o formato de cálculo do FMI é adotado internacionalmente. ➡️Este é o maior nível para a dívida pública desde novembro de 2021, quando a dívida somava 78,2% do PIB. ➡️No acumulado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, em pouco mais de dois anos e meio, a dívida já avançou 6,4 pontos percentuais. A alta na dívida está relacionada, principalmente, com o aumento de gastos públicos. ➡️Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), conceito internacional — que considera os títulos públicos na carteira do BC —, o endividamento brasileiro foi bem maior em setembro: 90,5% do PIB. ➡️Em cerca de 90% do PIB, o patamar da dívida brasileira está bem acima de nações emergentes e de países da América do Sul, ficando próxima de nações da Zona do Euro (segundo dados do FMI). Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras: a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arrecadação; a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano; o arcabouço busca justamente conter o crescimento da dívida pública no futuro. Sem um corte robusto de despesas, necessário para manter de pé o arcabouço fiscal, especialistas em contas públicas estimam que a regra terá de ser abandonada nos próximos anos. 🔎Eles argumentam que, no atual formato, as regras ficarão insustentáveis. Por conta disso, preveem uma expansão maior da dívida pública no futuro, o que pode resultar em aumento das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras ao setor real da economia. Analistas do mercado financeiro estimaram, na semana passada, que a dívida pública brasileira deve atingir 93,3% do PIB em 2034 (pelo conceito brasileiro) — patamar distante dos países emergentes e mais próximo da Europa. ➡️Pelo conceito adotado pelo FMI, a dívida brasileira superaria 100% do PIB em 2034.
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31/10 - Brasil enfrenta tarifa mais alta do que a China após acordo entre Trump e Xi Jinping
Donald Trump e Xi Jinping firmam compromissos para reduzir tensão comercial entre EUA e China O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) uma redução das tarifas de importação sobre produtos chineses, que passaram de 57% para 47%. A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping. Com a medida, o gigante asiático — principal rival econômico dos EUA — passou a pagar taxas mais baixas do que o Brasil. Os produtos brasileiros enfrentam hoje alíquotas de até 50% para entrar no mercado americano, embora existam várias exceções. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além do Brasil, a Índia também enfrenta tarifas de até 50% impostas por Donald Trump. No caso indiano, a medida foi uma resposta à manutenção das compras de petróleo russo pelo país, contrariando as sanções dos EUA em meio à guerra na Ucrânia. Já o Brasil foi penalizado após Trump acusar o país de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. No último domingo (26), Trump e o presidente Lula (PT) se encontraram na Malásia para discutir as relações comerciais. A reunião, que durou cerca de 45 minutos, aumentou as expectativas sobre uma possível redução das tarifas impostas pelos EUA. “O que importa em uma negociação é olhar para o futuro. A gente não quer confusão, quer resultado”, afirmou Lula. Trump, por sua vez, disse que, apesar de o encontro ter sido “muito bom”, isso não garante um acordo imediato. “Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo estão pagando cerca de 50% de tarifa.” Na reunião, os líderes decidiram iniciar um processo de negociação bilateral. Já na segunda-feira (27), representantes comerciais dos dois países realizaram a primeira reunião. Participaram das conversas o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro. O grupo definiu um calendário de reuniões focado nos setores mais afetados pelas tarifas. Segundo o ministro do Desenvolvimento e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ainda não há data marcada para uma nova reunião. Lula e Trump se encontram na Malásia. Ricardo Stuckert/PR O encontro entre Trump e Xi Jinping A reunião entre o presidente dos EUA e o líder chinês ocorreu na madrugada desta quinta-feira, na Coreia do Sul. Segundo Trump, em troca da redução na tarifa sobre produtos da China, Pequim deve: retomar a compra de soja americana; manter o fluxo de exportação de terras raras; e combater o comércio ilícito de fentanil. O encontro, que durou quase duas horas, foi o primeiro entre os dois chefes de Estado desde o retorno de Trump à Presidência, em janeiro. Na prática, representou um avanço nas tentativas de reduzir as tensões da guerra comercial entre os dois países. Além da redução da tarifa geral, os EUA se comprometeram a cortar pela metade os tributos sobre produtos relacionados ao fentanil, passando de 20% para 10%. Trump também afirmou que a China vai comprar “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas. 🏥 O que é fentanil? É uma droga sintética muito potente, que vicia 50 vezes mais do que a heroína. Atualmente, é o principal responsável pelas mortes por overdose de opioides nos EUA. Mas também pode ser prescrito por médicos no país, como analgésico. O entendimento firmado nesta quinta evita a tarifa de 100% sobre produtos chineses que Trump havia ameaçado. Além disso, estende por cerca de um ano uma trégua comercial delicada entre as duas maiores economias do mundo. Outro ponto relevante do acordo entre os líderes envolve as chamadas terras raras. A China concordou em suspender, por um ano, os controles de exportação anunciados neste mês sobre esses insumos. 🔎 As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos presentes em vários países. A maior parte das reservas conhecidas está concentrada na China, com o Brasil entre os principais detentores. Esses elementos são essenciais para a produção de smartphones, carros elétricos e outras tecnologias avançadas, o que os torna estratégicos para a indústria global. Esses novos controles globais exigiriam licenças de exportação para produtos que contivessem até vestígios desses elementos, com o intuito de impedir seu aproveitamento em aplicações militares. Outros pontos do entendimento entre Trump e Xi são: Suspensão das restrições de exportação dos EUA, que impediam empresas de adquirir tecnologia americana, como equipamentos usados na produção de semicondutores. Compromisso da China em comprar soja dos EUA. Segundo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, o país prometeu adquirir 25 milhões de toneladas por ano ao longo dos três próximos anos. Suspensão temporária de novas tarifas portuárias pelos EUA. O governo Trump aceitou suspender por um ano a aplicação de novas taxas a embarcações construídas, registradas ou pertencentes à China. Colaboração no combate ao tráfico de fentanil. A China se comprometeu a fornecer aos EUA uma “cooperação significativa” para diminuir o envio de precursores químicos da substância — inclusive via Canadá e México — em troca da redução da tarifa para 10%. * Com informações da agência de notícias Reuters. Donald Trump em encontro com Xi Jinping REUTERS/Evelyn Hockstein
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31/10 - Reforma tributária obriga empresas a revisar cadastros de clientes e sistemas fiscais; veja o que muda
Entenda o que muda com a Reforma Tributária Alguma empresa da qual você é cliente pediu recentemente a atualização do seu endereço? Em tempos de tantos golpes, especialmente no ambiente digital, a reação mais comum é desconfiar. Mas, desta vez, o motivo do pedido pode ser outro: a reforma tributária. Com o início da transição para o novo modelo tributário, previsto para 2026, companhias que não revisarem e atualizarem suas informações fiscais poderão enfrentar cobranças indevidas, autuações e limitações no uso de créditos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para evitar esses problemas, muitas empresas já estão fazendo ajustes operacionais, como o recadastramento de clientes, fornecedores e produtos. Segundo Wendell R. dos Santos, tributarista do L.O. Baptista Advogados, a revisão dessas informações é um dos pontos mais sensíveis do processo de adaptação. “A lógica de incidência dos tributos sobre o consumo será alterada, e o domicílio fiscal do comprador [do produto ou serviço] passará a ser decisivo para definir a alíquota aplicável e para garantir a correta distribuição da receita entre estados e municípios.” Atualmente, os impostos são cobrados no local de origem do produto ou serviço. Com a reforma, a tributação passará a ocorrer no destino — onde o bem ou serviço é consumido. 🔎 Com o modelo dual de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a reforma tributária propõe mudanças na forma como a arrecadação é distribuída como forma de reduzir distorções entre os estados. Para isso, ICMS, ISS, PIS e Cofins serão substituídos por dois novos tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal. Dados desatualizados e riscos fiscais Os especialistas ouvidos pelo g1 destacam que, a partir do ano que vem, informações detalhadas sobre a localização dos clientes — como endereço completo e código do município — deverão constar nos documentos fiscais eletrônicos, com validade jurídica. “Ou seja, esse cadastro dos clientes deixa de ser apenas uma ferramenta comercial e se torna um elemento indispensável para a conformidade fiscal da empresa no novo sistema”, explica Rayan Felipe Sartori, advogado tributarista do escritório Gaia Silva Gaede. 🚨Embora empresas possam solicitar a atualização do endereço de clientes em razão da reforma tributária, outros dados cadastrais não são exigidos, como número de documentos de identificação (RG, CPF ou passaporte), data de nascimento ou informações sensíveis. Além disso, o tributarista destaca que a atualização cadastral não se limita à base de clientes: a revisão deve abranger toda a estrutura de dados fiscais da empresa, incluindo dados de fornecedores, produtos, serviços e estabelecimentos. 🧑‍💼 No caso dos fornecedores, será necessário verificar o regime tributário — como Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumido ou regimes especiais — para assegurar o correto aproveitamento de créditos e evitar erros nas notas fiscais. 🛒 Já para produtos e serviços, será preciso atualizar a classificação fiscal — Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS) — e vinculá-la aos novos códigos tributários. Essa atualização definirá a alíquota aplicável e indicará se haverá incidência do Imposto Seletivo, destinado a itens com impacto sobre a saúde ou o meio ambiente. 🏢 Quanto aos estabelecimentos, cada unidade — matriz, filiais ou centros de distribuição — deverá estar corretamente identificada. Informações como o Código de Município (IBGE) e o novo CNPJ alfanumérico, também previsto para entrar em vigor a partir do próximo ano, precisam estar atualizados. Diante das mudanças, Morvan Meirelles Costa Junior, tributarista e sócio do escritório Meirelles Costa, destaca que a revisão cadastral deixou de ser uma tarefa apenas operacional e passou a ser uma parte estratégica da conformidade tributária. “A integração entre as áreas de compras, fiscal e TI [tecnologia da informação] é fundamental — as informações precisam ser consistentes desde a cotação até a emissão da nota fiscal.” Segundo Junior, falhas ou inconsistências nos cadastros — mesmo que causadas por dados desatualizados — podem gerar impactos tributários. Entre os principais riscos estão: ⚠️ Aplicação incorreta de alíquotas: erros no código do município, dado essencial para a tributação, podem levar à cobrança equivocada do IBS. ⚠️ Autuações e penalidades: informações incompletas ou imprecisas podem resultar em notificações fiscais e sanções por descumprimento das normas. ⚠️ Comprometimento do crédito tributário: inconsistências cadastrais podem comprometer o uso dos créditos de IBS e CBS ao longo da cadeia, afetando o princípio da não cumulatividade e elevando o custo tributário das operações. Reforma tributária freepik
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31/10 - Imposto de Renda: Receita paga lote residual da restituição nesta sexta; veja se vai receber
IRPF: pagamento do lote residual acontece em 31 de outubro; veja como consultar A Receita Federal começa a pagar o lote residual de restituições do Imposto de Renda do mês de outubro de 2025 nesta sexta-feira (31). Esse lote contempla restituições de declarações de 2025 transmitidas fora do prazo e com pendências solucionadas pelos contribuintes, além de restituições residuais de exercícios anteriores. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao todo, 248.894 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 602,9 milhões. Desse total, R$ 349,3 milhões serão destinados a contribuintes que têm prioridade legal no recebimento. Veja abaixo: 6.627 idosos acima de 80 anos 36.714 contribuintes entre 60 e 79 anos 5.040 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 10.871 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 158.775 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou optarem por receber a restituição via PIX; Outros 30.867 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários. imposto de renda 2025 Divulgação Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Prazo para resgate Segundo a Receita Federal, o pagamento das restituições será feito apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte, para evitar erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino. Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita ainda oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo agente financeiro Banco do Brasil pelo prazo de um ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal Banco do Brasil pelos seguintes meios: Site, acessando https://www.bb.com.br/irpf Ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após isso, deve-se aguardar nova tentativa de crédito. Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária". Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1
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31/10 - Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de novembro
A Caixa Econômica Federal iniciará os pagamentos de novembro do Bolsa Família 2025 no próximo dia 14. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para novembro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 14/11 Final do NIS: 2 - pagamento em 17/11 Final do NIS: 3 - pagamento em 18/11 Final do NIS: 4 - pagamento em 19/11 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/11 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/11 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/11 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/11 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/11 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/11 Para dezembro, a previsão de pagamentos é: Dezembro: de 10/12 a 23/12. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo
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31/10 - Feriados de novembro: saiba quais são, quem tem direito à folga e como funciona a remuneração
As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados Novembro está para começar e já é aguardado com expectativa pelos trabalhadores: o penúltimo mês do ano terá três feriados nacionais, conforme o calendário oficial. O primeiro deles acontece já neste domingo (2). Entre os feriados do mês, no entanto, apenas um ocorre em dia útil — o que pode proporcionar uma pausa no meio da semana ou permitir emenda para quem tem folga na sexta, no sábado ou no domingo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja abaixo os feriados nacionais de novembro. 2 de novembro: Finados (domingo); 15 de novembro: Proclamação da República (sábado); 20 de novembro: Consciência Negra (quinta-feira). O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é feriado nacional desde 2023. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro daquele ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes disso, a data não integrava o calendário nacional nem era considerada ponto facultativo, e a folga dependia de legislação estadual ou municipal. ⚠️ Vou trabalhar, e agora? Quem for escalado para trabalhar na data tem direitos assegurados, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Abaixo, o g1 explica os direitos dos trabalhadores em relação aos feriados nacionais a partir das seguintes perguntas: Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Quais são os meus direitos? Remuneração em dobro ou folga? Quem define? Tenho compromissos religiosos no dia de Finados. A empresa pode me obrigar a trabalhar? E quando o feriado cai aos sábados ou domingo? Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Qual é o próximo feriado de 2025? 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Apesar do artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos. Volte ao índice. 2. Quais são os meus direitos? A legislação trabalhista brasileira determina que o trabalho exercido durante os feriados deve ser remunerado em dobro. "A não ser que o empregador ofereça uma folga compensatória", explica o advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli. Volte ao índice. Saiba quais feriados caem em fim de semana ou dia útil e como isso afeta o trabalho Esdras Pereira/g1 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A definição do tipo de compensação — seja pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória — é geralmente definida em acordo entre empregadores e sindicatos, por meio da Convenção Coletiva de Trabalho. Na ausência desse acordo, a decisão pode ser negociada diretamente entre empregador e funcionário. No entanto, é essencial que as duas partes concordem com o que for decidido, e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação. Volte ao índice. 4. Tenho compromissos religiosos no dia de Finados. A empresa pode me obrigar a trabalhar? Sim. A empresa pode exigir o trabalho em dias de feriado, especialmente em setores essenciais que não podem interromper suas atividades. Por outro lado, situações específicas — como compromissos religiosos ou circunstâncias pessoais do empregado — podem ser negociadas diretamente com o empregador. O artigo 70 da CLT estabelece que, exceto trabalho em atividades indispensáveis ou cuja autorização de funcionamento esteja previamente estabelecida por meio de normas legais (ou negociação coletiva), o trabalho em dias de feriados religiosos e nacionais é vetado. "É recomendável que a empresa demonstre flexibilidade nessas situações, buscando soluções que conciliem as necessidades do serviço com os direitos e interesses pessoais do empregado, respeitando acordos individuais e coletivos", explica Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. Volte ao índice. 5. E quando o feriado cai no sábado ou no domingo? Quando o feriado cai no sábado ou domingo, as regras são as mesmas dos demais feriados — ou seja, os empregados têm as mesmas obrigações e direitos. A folga compensatória ou o pagamento em dobro dependem de o trabalhador exercer ou não suas atividades nesses dias. Se o sábado ou o domingo já forem dias de folga, o feriado não altera a rotina. Mas, para quem trabalha nessas datas, o feriado garante o direito ao descanso remunerado: a empresa deve pagar em dobro ou conceder folga compensatória. “Mesmo quando o feriado cai no sábado ou domingo, ele permanece como dia de repouso obrigatório, conforme a CLT e a Constituição Federal. Portanto, deve ser respeitado como descanso remunerado, sem necessidade de compensação, salvo previsão em acordo ou convenção coletiva”, explica Elisa Alonso, do RCA Advogados. A regra é a mesma para qualquer feriado, independentemente do dia da semana em que ocorre, exceto quando houver negociação coletiva que estabeleça condições específicas. Volte ao índice. 6. Faltei ao trabalho apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A ausência, quando há determinação do empregador para o comparecimento, pode ser interpretada como insubordinação — ou seja, desobediência a uma ordem direta de um superior. "Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Por isso, esse tipo de desligamento costuma ser precedido por advertências formais e tentativas de correção de conduta. Volte ao índice. 7. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras gerais sobre trabalho em feriados valem tanto para empregados fixos quanto para temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou à folga compensatória. Porém, aqueles que possuem contratos de trabalho temporário podem ter condições específicas previstas no acordo firmado. Volte ao índice. 8. E para os trabalhadores intermitentes? No caso do funcionário contratado pelo regime de trabalho intermitente — previsto na CLT desde a Reforma Trabalhista de 2017 —, o pagamento por trabalho em feriados deve ser definido no momento da admissão. O contrato precisa especificar o valor da hora trabalhada, já incluindo os adicionais referentes a feriados ou horas extras. "Assim, o trabalhador intermitente recebe o valor previamente acordado para os dias em que presta serviço, inclusive em feriados", explica o advogado Luís Nicoli. Volte ao índice. 9. Qual é o próximo feriado de 2025? Depois de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira — o que pode permitir emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou encerra o expediente mais cedo. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: Volte ao índice. 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31/10 - Globo é eleita a melhor empresa de Comunicação do país no prêmio TOP30, da Veja Negócios
Manuel Belmar recebe, em nome da Globo, o prêmio TOP30 – As Melhores Empresas do País. Claudio Gatti A Globo foi eleita a melhor empresa de Comunicação do Brasil no prêmio "TOP30 – As Melhores Empresas do País", promovido pela revista Veja Negócios. Os vencedores da primeira edição do ranking foram anunciados na noite desta quinta-feira (30), em evento realizado no Hotel Palácio Tangará, em São Paulo. Ao todo, a premiação reconheceu empresas de destaque em 30 diferentes setores da economia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Manuel Belmar, CFO da Globo, representou a empresa na cerimônia. “Em uma indústria que se transforma em tempo real, a Globo cresce com consistência, impulsionada por uma estratégia clara: investir em conteúdo de qualidade, em tecnologia de ponta e em modelos de negócio sustentáveis", disse. "Esse reconhecimento é para todos que fazem a Globo todos os dias. Pessoas que entendem que comunicar é construir pontes, inspirar e transformar”, acrescentou o executivo. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O objetivo do ranking, elaborado a partir de uma parceria entre a Editora Abril e a agência de classificação de risco Austin Rating, é reconhecer as empresas que se sobressaem por desempenho, solidez e excelência em gestão. Para a análise dos dados, a Austin Rating considerou os balanços anuais mais recentes (2022, 2023 e 2024) das empresas avaliadas. A definição dos vencedores foi feita com base em indicadores como receita líquida, ativo total, patrimônio líquido, lucro líquido, margem líquida, retorno sobre investimento e nível de endividamento. Segundo a Veja Negócios, a Austin Rating avaliou 10 mil empresas com base em um banco de dados construído ao longo de 39 anos. A análise foi realizada individualmente, "sem consolidação de grupos, garantindo uma análise mais transparente e comparável", afirmou a organização.
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30/10 - Mega-Sena, concurso 2.934: prêmio acumula e vai a R$ 34 milhões
G1 | Loterias - Mega-Sena 2934 O sorteio do concurso 2.934 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (30), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 34 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 09 - 17 - 23 - 26 - 33 - 59 5 acertos - 31 apostas ganhadoras: R$ 37.328,03 4 acertos - 2.803 apostas ganhadoras: R$ 680,49 O próximo sorteio da Mega será no sábado (1º). Mega-Sena, concurso 2.934 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
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30/10 - Keeta, a delivery chinesa de comida, começa operação no Brasil; veja as cidades onde funcionará
Aplicativo de delivery Keeta começará a operar no Brasil. Reprodução/LinkedIn Keeta O aplicativo de delivery Keeta, subsidiária internacional da empresa chinesa Meituan, começará a operar no Brasil. Com a promessa de investir US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em cinco anos, a companhia lançou seu aplicativo piloto em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (30). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "A iniciativa traz para o país toda a expertise global e a tecnologia de ponta da Meituan, prometendo uma experiência aprimorada para os usuários da Keeta no Brasil e no mundo", diz a empresa em seu site oficial. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Onde o aplicativo vai funcionar? A empresa lançou, inicialmente, um aplicativo piloto, com operação em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo. De acordo com a companhia, o aplicativo já conta com mais de mil marcas de restaurantes e mais de 2 mil entregadores parceiros na região. "Estamos trazendo entregas baseadas em IA [inteligência artificial], com On-Time Promise [promessa de entrega no prazo], comissão mais baixa e suporte 24 horas para consumidores, restaurantes e entregadores parceiros", informou a Keeta em seu perfil no LinkedIn.
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30/10 - MP do setor elétrico muda regra para cálculo do preço do petróleo e pode elevar arrecadação
André Trigueiro: Brasil vive 'contradição' com autorização para pesquisas de petróleo na Foz do Amazonas A medida provisória do setor elétrico, aprovada nesta quinta-feira (30) em comissão mista do Congresso, incluiu uma mudança na regra de cálculo do preço de referência do petróleo no Brasil. Isso mudaria, por consequência, o valor dos royalties. A proposta prevê que o valor do petróleo seja definido com base em cotações internacionais, o que pode aumentar a arrecadação do governo federal e dos governos estaduais sobre a produção no país. O tema dividiu entidades do setor (veja mais abaixo). Atualmente, o preço de referência é calculado por uma resolução da ANP, aprovada em julho, que usa uma fórmula técnica combinando diferentes tipos de óleo combustível com teores específicos de enxofre. O valor é usado para calcular royalties e participações governamentais pagos pelas empresas que exploram petróleo no país. Pelo novo texto, o preço passaria a ser definido a partir da média das cotações divulgadas por agências internacionais reconhecidas, que registram transações reais entre empresas independentes. Se não houver dados disponíveis, será aplicada a metodologia da Lei 14.596/2023, usada em operações entre empresas vinculadas para fins de imposto de renda. O relatório também prevê que o preço de referência será detalhado por decreto presidencial, considerando o tipo de petróleo e a localização do campo. Reações do setor A mudança gerou reação de entidades da indústria. O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) criticou a medida, afirmando que ela introduz insegurança jurídica e pode desestimular investimentos, especialmente em campos de menor produtividade. “Vincular o cálculo às regras de preço de transferência desvirtua a lógica técnico-econômica e cria insegurança”, disse o IBP. Já a Associação Nacional dos Refinadores Privados (RefinaBrasil) apoiou a proposta e afirmou que o modelo atual gera perda de arrecadação e desestimula o refino no país. “A atual defasagem faz o Brasil perder até R$ 83 bilhões em arrecadação em uma década. A mudança traz racionalidade econômica e segurança jurídica”, afirmou a entidade.
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30/10 - Maior ataque hacker do país foi feito a partir de quarto de hotel em Brasília, próximo ao Alvorada
Operação da PF mira ataque hacker O ataque hacker que causou o maior prejuízo já registrado pelo sistema financeiro nacional foi lançado a partir de um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasilia. 🏨 O hotel é um dos mais caros da capital federal – e fica a menos de 1 quilometro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. De acordo com informações da investigação da Polícia Federal, obtidas pela TV Globo, o ataque foi cometido em 30 de junho e resultou no desvio de R$ 813 milhões de bancos. "Os criminosos se reuniram em um hotel aqui em Brasília exatamente no momento em que o dinheiro estava sendo subtraído da conta desse banco privado", explicou o coordenador-geral de Combate a Fraudes Cibernéticas da PF, delegado Valdemar Latance Neto. Nos dias seguintes à ação, uma parte dos criminosos fugiu do Brasil. Alguns partiram para a Europa. Um outro grupo fretou um avião com destino à Argentina. Os responsáveis pelo ciberataque foram os alvos da segunda fase da operação Magna Fraus, desencadeada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo. Agentes foram às ruas para cumprir 26 mandados de prisão e outros 42 mandados de busca e apreensão, em seis estados e no Distrito Federal. Até a última atualização, 12 pessoas haviam sido presas no Brasil e outras sete no exterior, com a ajuda da Interpol: seis na Espanha e uma na Argentina. PF faz operação contra ataques hackers ao PIX Os agentes também apreenderam veículos, joias, relógios, itens de luxo, armas, munições, além de cerca de R$ 1 milhão em criptoativos. Funcionário vendeu senhas de sistema Esse ataque foi possível a partir do sistema da empresa C&M, que prestava serviço de interligação de bancos menores à rede do Banco Central. Um funcionário da C&M vendeu senhas de acesso aos criminosos. Ele foi preso dias depois da ação. Segundo a Polícia Federal, o dinheiro foi desviado de contas pertencentes a bancos e instituições de pagamento e que eram usadas para gerenciar transferências feitas por seus clientes via PIX. O Banco Central informou que não houve invasão do sistema PIX propriamente, e que não houve prejuízo para clientes de bancos. Os investigados podem responder por organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Operação mirou ataque hacker a sistemas ligados ao PIX Reprodução/PF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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30/10 - Justiça do Rio de Janeiro aprova pedido de recuperação judicial da Ambipar
Ambipar: entenda como a empresa passou de queridinha do ESG para à beira da falência A Justiça do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta-feira (30) o pedido de recuperação judicial da Ambipar. A companhia havia protocolado o pedido na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro neste mês, em meio a uma crise de caixa e risco de pagamento acelerado de dívidas de bilhões de reais. O pedido inclui outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações. Nos Estados Unidos, a Ambipar Emergency Response, que faz parte do grupo, entrou com um pedido de falência dentro das regras do Capítulo 11, que é o equivalente americano à recuperação judicial. Segundo a empresa, as medidas foram tomadas depois que surgiram suspeitas de irregularidades em operações financeiras (chamadas de swap) feitas pela antiga diretoria financeira. Essas suspeitas vieram à tona após a saída repentina do antigo diretor financeiro, João de Arruda. A Ambipar afirmou que o episódio abalou a confiança do mercado e fez alguns credores cobrarem o pagamento antecipado de dívidas. A situação se agravou no fim de setembro, quando as ações da Ambipar despencaram depois da troca de diretor financeiro. O cargo passou a ser ocupado por Ricardo Garcia, que também é o responsável pela área de relações com investidores. No pedido apresentado à Justiça, os advogados da empresa informaram que já há uma investigação criminal em andamento para apurar a conduta do ex-diretor e de seus aliados. O que está acontecendo com a Ambipar? A crise financeira da Ambipar se intensificou no segundo semestre de 2025, após uma série de eventos que abalaram a confiança do mercado e comprometeram sua saúde financeira. O problema teve início com uma operação financeira complexa realizada pela antiga equipe de finanças, que gerou grandes perdas e elevou os riscos para a companhia. No final de setembro, a Ambipar conseguiu da Justiça do Rio de Janeiro uma medida cautelar que, entre outras proteções, suspendeu cláusulas contratuais que poderiam acelerar o vencimento de dívidas do grupo e exigir o cumprimento imediato de obrigações relevantes. Na prática, as medidas evitaram que credores cobrassem todos os pagamentos de uma vez enquanto a empresa tentava se reorganizar financeiramente. O pedido de proteção por parte da Ambipar foi motivado por uma operação de crédito da companhia com o Deutsche Bank, que exigiu garantias adicionais e consumiu rapidamente um valor elevado do caixa da empresa. No pedido, mencionado no despacho que concedeu a tutela cautelar, a companhia citou riscos de cláusulas de vencimento cruzado (cross-default) que poderiam gerar um rombo de R$10 bilhões e levar à insolvência imediata do grupo. 🔎Cláusulas de vencimento cruzado são regras estabelecidas em contratos de dívida que fazem uma obrigação vencer antecipadamente se outra dívida do mesmo devedor não for paga ou entrar em atraso. Desde que obteve a primeira medida cautelar — confirmada após recurso do Deutsche Bank —, as ações da Ambipar acumularam, até a véspera, um tombo de 93%, em meio a especulações sobre o risco de uma eventual recuperação judicial da companhia. Em um ano, os papéis já caíram 95,67%. Mais tarde, a saída repentina do diretor financeiro da companhia, João Arruda, levantou suspeitas de irregularidades e piorou a crise de gestão, que começou a aparecer nos resultados da empresa. No segundo trimestre de 2025, a Ambipar voltou a registrar prejuízo, repetindo o desempenho negativo do primeiro trimestre. Segundo o balanço financeiro, o prejuízo foi de R$ 134,1 milhões, revertendo o lucro de R$ 45,5 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Nas últimas semanas, a Ambipar enfrentou uma série de reveses. Entre eles, a B3 anunciou a retirada das ações da empresa de nove índices da bolsa, e a companhia perdeu o selo de ações verdes, devido a preocupações com sua governança e situação financeira. Ao mesmo tempo, investidores que aplicaram em Certificados de Operações Estruturadas (COEs) ligados à companhia viram seu dinheiro praticamente desaparecer. Esses COEs, distribuídos por corretoras como XP e BTG Pactual, prometiam retornos elevados e aparente proteção do capital. Na prática, porém, expuseram os investidores a riscos pouco conhecidos. A história da Ambipar Fundado em 1995 pelo empresário Tércio Borlenghi Neto, o Grupo Ambipar surgiu como uma empresa brasileira voltada para soluções ambientais. Ao longo de quase três décadas, transformou-se em uma multinacional presente em 41 países e cinco continentes, com mais de 23 mil funcionários. Em 2019, a empresa passou por um processo de mudança e de reestruturação societária, o que consolidou suas operações em duas áreas principais: Ambipar Environmental, especializada na gestão e valorização de resíduos, e a Ambipar Response, com o atendimento emergencial de acidentes químicos e ambientais. Na prática, a companhia, trata e reaproveita o lixo, separando, reciclando e transformando resíduos em novos materiais ou energia sempre que possível, seguindo o conceito de economia circular. Em julho de 2020, A Ambipar estreou na Bolsa de valores brasileira, a B3, tornando-se a primeira empresa de gestão ambiental a ser listada no país. A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) registrou forte demanda, com pedidos que superaram em 10 vezes a quantidade de papéis disponíveis. Um ano depois, as ações chegaram a valorizar 50%, consolidando a companhia como uma das favoritas dos investidores. A entrada da Ambipar na B3 coincidiu com um período em que o compromisso das empresas com questões ambientais ganhava destaque. Na época, a pauta ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) também estava em alta no Brasil e no mundo, impulsionada pela pandemia de coronavírus — que aumentou a pressão por práticas sustentáveis e responsabilidade corporativa. Após estrear com sucesso na bolsa brasileira, a Ambipar investiu R$ 1,5 bilhão na compra de 22 empresas em um ano, ampliando um portfólio que já incluía 10 aquisições anteriores. A expansão acelerada entre 2020 e 2022 levou o grupo a adquirir companhias na América do Norte, Europa e Brasil, como a americana Witt O’Brien’s e a britânica Enviroclear. No entanto, a estratégia de crescimento agressivo sem foco em lucro ou geração de caixa se mostrou insustentável. Segundo o especialista em reestruturação Max Mustrangi, foram 40 aquisições em menos de cinco anos em um setor de baixa margem. A valorização do dólar também agravou a situação, aumentando o peso das dívidas externas e levando a empresa a enfrentar prejuízos e pedir recuperação judicial. O Grupo Ambipar Divulgação
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30/10 - Brasil cria 213 mil empregos formais em setembro; queda de 15,5% em comparação ao mesmo mês de 2024
A economia brasileira gerou 213 mil empregos formais em setembro deste ano, informou nesta quinta-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em agosto: ➡️2,29 milhões de contratações; ➡️2,08 milhões de demissões. Veja os vídeos que estão em alta no g1 📈 O resultado representa queda de 15,5% em relação a setembro do ano passado, quando foram criados cerca de 252,3 mil empregos com carteira assinada. 👉🏽 Esse também foi o pior resultado para meses de setembro desde 2023, ou seja, em dois anos. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, observou que o resultado de setembro veio acima da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma mediana de 175 mil vagas formais criadas no mês passado. “Número não é novidade para o ritmo que a economia vem se comportando, apesar dos juros altos. Muitos setores da economia reclamando dos juros altos”, declarou o ministro. Atualmente, a taxa Selic, fixada pelo Banco Central para conter as pressões inflacionárias, está em 15% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. Veja os resultados para os meses de agosto: 2020: 299,7 mil vagas fechadas; 2021: 330,2 mil empregos criados; 2022: 278,5 mil vagas abertas; 2023: 204,7 mil vagas abertas. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,71 milhão de empregos formais foram criados no país de janeiro a setembro deste ano. 📈 O número representa queda de 14% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram abertas 1,99 milhão de vagas com carteira assinada. Essa foi a menor geração de empregos para os seis primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram abertas 1,59 milhão de vagas formais. Ao fim de setembro de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,91 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com agosto deste ano (48,69 milhões) e com relação a setembro de 2024 (47,51 milhões). Segundo dados do SEBRAE e CNAE, uma padaria é aberta a cada seis minutos no país Reprodução: EPTV Empregos por setor Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro de 2025 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas nas cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.286,34 em setembro deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a agosto de 2025 (R$ 2.306,94,). Na comparação com setembro do ano passado, houve alta no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.268,99. Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em agosto. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa da série histórica iniciada em 2012.
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30/10 - Preço do leite: entenda efeitos da desvalorização no campo após 6ª queda seguida nas cotações
Produção de leite Reprodução/TV Gazeta O preço do leite cru pago ao produtor baixou 4,2% em setembro deste ano, na comparação com agosto. Essa é a sexta baixa consecutiva nas cotações no campo, apontam dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, em Piracicaba (SP). 📝Entenda, abaixo na reportagem, os principais fatores listados pela instituição para explicar o cenário nos últimos meses e veja efeitos da desvalorização no campo. O movimento de desvalorização deve persistir até o fim de 2025, segundo projeções de agentes do setor consultados pelo Cepea. "Tendo em vista que o mercado doméstico está bastante abastecido", justifica. A queda nas cotações fizeram com que a média dos preços do leite entre os maiores centros produtores nacionais (Média Brasil) fechasse em R$ 2,4410 o litro em setembro de 2025. Uma baixa real de 19% na comparação com o mesmo mês no ano passado. Que fatores explicam cenário de baixas? O Cepea analisa a movimentação do setor e aponta que: De um lado, observa-se crescimento consistente da produção ao longo de 2025, sustentado por investimentos realizados após margens mais favoráveis em 2024 A sazonalidade da primavera e do verão, com melhora das pastagens, também impulsiona a oferta. O ICAP-L (Índice de Captação de Leite) subiu 5,8% de agosto para setembro e acumula alta de 12,2% no ano, indicando forte ampliação da produção Além do avanço interno, a disponibilidade total de leite foi reforçada pelo aumento de 20% nas importações de lácteos em setembro, totalizando 198,1 milhões de litros em equivalente leite, dos quais quase 80% correspondem a leite em pó O mercado interno permanece amplamente abastecido, mesmo com crescimento de 11% nas exportações de setembro Efeitos O cenário aponta para continuidade da pressão de baixa a curto prazo: "As sucessivas quedas podem provocar desaceleração gradual da produção, mas parte desse efeito tende a ser compensada pelo aumento sazonal típico da safra das águas, sobretudo no Sudeste e no Centro-Oeste. O volume deve continuar crescendo, mas em ritmo menor que o habitual, sugerindo início de ajuste na oferta", analisa. Preço do leite pago ao produtor cai em agosto Balança comercial As importações recuaram 4,8% entre janeiro e setembro de 2025, na comparação com o acumulado do mesmo período do ano passado, somando1,65 bilhão de litros equivalentes. O volume é considerado alto pelos agentes do setor, aponta o Cepea. As exportações diminuíram 36,7% no mesmo período, somando 52,9 milhões de litros. "Essa abundância de oferta tem mantido o mercado saturado. A produção segue em alta e sem sinais de desaceleração no curto prazo, enquanto o consumo permanece incapaz de crescer no mesmo ritmo, resultando em estoques elevados e em margens industriais comprimidas, sobretudo nos segmentos de UHT e muçarela", aponta o Cepea. Derivados 🧀 Pesquisa do Cepea realizada com o apoio da OCB mostra que, em setembro, o leite UHT, queijo muçarela e o leite em pó registraram respectivas desvalorizações de 2,87%, 2,08% 1,66%, no atacado paulista. Custos de produção na indústria A combinação de custos fixos elevados e de baixa rentabilidade na indústria tem levado à redução dos preços pagos ao produtor, agravando as tensões nas negociações. "Muitos produtores relatam dificuldades para cobrir o custo de produção. [...] Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) recuou 0,9% na Média Brasil. Contudo, essa redução é pequena diante da queda das cotações, resultando em estreitamento das margens dos pecuaristas", detalha. O aumento dos preços dos grãos também deteriorou o poder de compra do produtor: em setembro, foram necessários 26,5 litros de leite para adquirir um saco de 60 kg de milho, alta de 5,4% frente a agosto. Embora levemente abaixo da média dos últimos 12 meses (27,5 litros), a tendência indica perda de rentabilidade e cautela crescente nos investimentos. Levantamento da USP aponta aumento de 18% no valor do leite em 2025 Queda em maio Após quatro altas seguidas nos preços no início de 2025, o Custo Operacional Efetivo (COE) caiu 0,72% em maio na “média Brasil”. A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025. Produção de leite em propriedade no RS Reprodução/RBS TV O preço do leite ao produtor caiu quase 4% em maio deste ano, na comparação com abril de 2025, quando os valores já demonstravam movimento de queda. O principal motivo para o recuo, segundo o Cepea, foi a desvalorização de insumos voltados à nutrição do rebanho. 📈Na média entre os maiores centros produtores nacionais, o preço do litro de leite captado fechou a R$ 2,6431o litro, com quedas de 3,9% frente ao de abril/25 e de 7,4% em relação ao de maio/24 nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que integram a Média Brasil. "Esse cenário favorece investimentos na atividade, assegurando oferta mais consistente. Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia", explica os pesquisadores do Cepea. Altas nos preços no início do ano O preço do leite ao produtor iniciou 2025 com altas nos preços. O alimento subiu 3,3% na comparação em janeiro e fevereiro. A valorização do leite cru foi motivada pela maior competição das indústrias pela matéria-prima. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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30/10 - Senado aprova MP com novas regras para o setor elétrico e teto para despesas com tarifa social
Mudança nas regras do setor elétrico pode beneficiar mais de 60 milhões de brasileiros, calcula o governo O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (30) a medida provisória que altera regras do setor elétrico. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai à sanção presidencial. A MP precisava ser aprovada pelo Congresso Nacional até 7 de novembro para não perder validade. A proposta prevê, entre outros pontos, um teto para os gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – mecanismo que financia políticas públicas, como tarifa social, Luz para Todos e subsídios às energias renováveis. Além disso, a MP prevê a abertura gradual do mercado de energia, permitindo que todos os consumidores — inclusive residenciais — possam escolher o fornecedor de eletricidade. Hoje, essa opção está disponível apenas para grandes empresas. Também há uma nova forma de calcular royalties do petróleo (veja mais abaixo). Antes de o texto ser aprovado por Câmara e Senado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do texto, disse que o governo e líderes parlamentares fecharam acordo para retirar do texto um dispositivo sobre contratações obrigatórias de energia das termoelétricas a gás — tema que será tratado na votação de um veto relacionado ao projeto das eólicas offshore. “[Esse trecho] é uma matéria ainda pendente no Congresso Nacional”, afirmou Braga. “Tivemos de retirar para garantir a votação, já que há posição contrária do governo”, completou. Trabalhadores realizam obra para melhorar qualidade da energia elétrica em Alter do Chão, no Pará Divulgação O que muda? Veja abaixo o que mudará com a MP em relação ao sistema que vigora atualmente: CDE – Conta de Desenvolvimento Energético Como é hoje: A CDE financia políticas públicas, como tarifa social, Luz para Todos e subsídios às renováveis. Os valores são pagos pelos consumidores via tarifa. Como fica: Haverá um teto de gastos a partir de 2027, com base no orçamento real de 2025. Se faltar dinheiro, será criado o Encargo de Complemento de Recursos (ECR) — pago apenas por quem se beneficia da CDE. Quem fica isento? Famílias de baixa renda; Beneficiários do Luz para Todos e da CCC; Custos administrativos da CDE, CCC e RGR; Estados que não estavam conectados ao SIN até 2009. Royalties do petróleo O texto também muda a forma de calcular royalties e participações governamentais pagos pelas empresas que exploram petróleo no país. (leia mais aqui) Como é hoje: O preço de referência é calculado por uma resolução da ANP, aprovada em julho, que usa uma fórmula técnica combinando diferentes tipos de óleo combustível com teores específicos de enxofre. Como fica: A MP prevê que o valor seja definido com base em cotações internacionais, o que pode aumentar a arrecadação do governo sobre a produção de petróleo no país. O tema dividiu entidades do setor. Plataforma P-63 da Petrobras Divulgação/Petrobras Abertura do mercado de energia Como é hoje: Só grandes consumidores podem escolher livremente seu fornecedor de energia. Como fica: Todos os consumidores poderão escolher, em fases: Indústrias e comércio: até 24 meses; Consumidores residenciais: até 36 meses; Será criado o Supridor de Última Instância (SUI), para garantir fornecimento emergencial em caso de falhas. Armazenamento de energia Como é hoje: Regra ainda incipiente e sem incentivos amplos. Como fica: Armazenamento entra no planejamento oficial do sistema elétrico; Incentivos fiscais (PIS/Cofins/IPI) para baterias até 2026; Equipamentos poderão entrar no REIDI, com benefícios tributários. Micro e minigeração (energia solar residencial) Como é hoje: Proposta inicial previa cobrança de R$ 20 a cada 100 kWh compensados. Como fica: A cobrança foi excluída pela Câmara (233 x 148). Ou seja, não haverá tarifa extra para quem instala painéis solares em casa no modelo de autoconsumo local. Comercialização de gás 👉🏽 A MP autoriza a Pré-Sal Petróleo (PPSA) – empresa pública que representa a União na gestão dos contratos de partilha de produção – a comercializar diretamente o gás natural da União, para reduzir tarifas e estimular a indústria. Corte de geração Uma alteração também determinou que os geradores de usinas eólicas e solares deverão ser ressarcidos quando houver redução da produção de energia elétrica causados por fatores externos. 👉🏽 Segundo o texto, os geradores serão ressarcidos por meio de encargos de serviços do sistema.  "Os montantes de corte de geração devem ser somados à geração verificada para fins de cálculo e revisão de garantia física e no cálculo do consumo líquido para o autoprodutor", diz o texto. Caso o texto seja aprovado pelo Congresso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) terá até 60 dias para apurar os valores dos cortes de geração a partir de 1º de setembro de 2023 até a data de publicação da lei.  Também deverá encaminhar os resultados à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que deverá calcular os ressarcimentos e processar as devidas compensações, em um prazo de 90 dias, contado da data de publicação desta lei, para os eventos que ainda não tenham sido objeto de compensação.
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30/10 - Aplicativo do Santander fica fora do ar e clientes reclamam nas redes sociais
Fachada de agência do Santander Divulgação O aplicativo do Santander apresenta instabilidade nesta quinta-feira (30) e gerou uma onda de reclamações de clientes nas redes sociais. Os principais relatos indicavam que os usuários não conseguiam fazer login no app, nem completar transações com o PIX. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava pelo menos 390 reclamações feitas até às 12h18. Procurado, o Santander afirmou que registrou uma "instabilidade parcial e momentânea" do seu aplicativo na manhã desta quinta-feira. "A questão foi solucionada e o aplicativo opera normalmente para os clientes", disse o banco em nota. Aplicativo do Santander apresentava instabilidade nesta quinta-feira (30). Reprodução/Arquivo pessoal Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Nas redes sociais, vários clientes do banco reclamavam do aplicativo. Em resposta às marcações no X, o Santander pedia desculpas pelo ocorrido. "Identificamos uma instabilidade que já está sendo regularizada pelo nosso time", disse o banco. Veja abaixo: Initial plugin text Veja as reclamações dos clientes nas redes sociais: Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text
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30/10 - ‘O Brasil não está pagando, eu estou’: importadores de café dos EUA sofrem após 85 dias de tarifaço
Consumidora olha pacotes de café em supermercado em Union City, Nova Jérsei, nos EUA, em outubro de 2025 REUTERS/Marcelo Teixeira As importadoras norte-americanas de café brasileiro reviram seus estoques enquanto torcem por um eventual acordo entre Estados Unidos e Brasil, quase três meses após o tarifaço de 50% começar a valer. O café brasileiro responde tradicionalmente por um terço dos grãos no mercado dos EUA, o maior consumidor da bebida no mundo. Desde que a tarifa entrou em vigor, em 6 de agosto, importadores enfrentam custos mais altos e buscam alternativas para o café brasileiro. A medida causa estragos em toda a cadeia do café nos EUA: há cargas do grão brasileiro paradas, contratos cancelados e preços até 40% mais altos para o consumidor, segundo a agência Reuters. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Steven Walter Thomas, dono da importadora norte-americana Lucatelli Coffee, lamentou a tarifa e disse que ela é política, não comercial. "Não se trata de reciprocidade ou comércio, é punitiva, política e pessoal. É entre Trump e Lula", disse Thomas à Reuters. "O Brasil não está pagando, eu estou. Eu e meus clientes." LEIA MAIS: Trump responde a fazendeiros dos EUA, cita Brasil e diz que tarifaço os salvou Plano de Trump para importar carne argentina irrita fazendeiros dos EUA Xícara de café mais cara do mundo custa mais de R$ 3,6 mil e entra no Guinness Redirecionamento para outros países Quando Trump impôs a tarifa de 50% sobre o Brasil, ele citou motivações comerciais e também políticas, acusando o Supremo Tribunal Federal de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Semanas depois, Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão pelo STF por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado, enquanto Trump e Lula começaram a dialogar. Os dois presidentes se reuniram no último domingo (26). Lula se disse estar otimista pelo fim das tarifas; Trump afirmou que o encontro foi “muito bom”, mas não garantiu necessariamente um acordo. Enquanto isso, os estoques de café nos EUA devem chegar ao limite em dezembro, o que pressiona torrefadores e redes de cafeterias a encontrar alternativas viáveis. Para evitar a tarifa, empresas como a Lucatelli Coffee estão redirecionando o café brasileiro para outros países. A Lucatelli importou US$ 720 mil em café brasileiro já sob a nova taxa. O carregamento foi armazenado em um depósito alfandegado na Flórida, onde ele pode ser armazenado temporariamente sem a cobrança do imposto. Mas se a Lucatelli decidir vendê-lo nos EUA, a empresa terá que pagar a tarifa de 50%. Thomas, que fornece para redes como a Brooklyn Water Bagel Company, da Flórida, disse à Reuters que está enviando parte do café brasileiro ao Canadá. A medida aumenta os custos com transporte, mas evita a tarifa de 50%. "É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café", resume. LEIA MAIS: Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow Nove azeites brasileiros entram em guia dos melhores do mundo; confira De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Alternativas caras Algumas torrefadoras dos EUA cancelaram pedidos de café do Brasil, segundo a Reuters. O cancelamento teria custado entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 quilos, que hoje vale cerca de US$ 515, sem considerar as tarifas. Assim, aos torrefadoras evitaram a tarifa de 50% sobre contêineres de cerca de US$ 250 mil, mas ficaram sem café para vender. "Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente", disse Michael Kapos, da torrefadora Downeast Coffee Roasters, que fornece o produto para redes e mercados na Costa Leste dos EUA. A empresa conseguiu cancelar parte dos pedidos, mas não todos. Pelos contratos, o comprador arca com novas tarifas impostas após o fechamento do negócio. O cancelamento só ocorre se as duas partes concordarem, o que é difícil nos casos em que o café já foi embarcado. Kapos disse que a empresa testa cafés de outros países para substituir os grãos brasileiros, mas o custo é maior. Os preços de cafés da Colômbia, México e América Central subiram até 10% desde o anúncio da tarifa, em 9 de julho. Já o café brasileiro caiu cerca de 5%.
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30/10 - Acordo entre Trump e Xi Jinping: como a trégua entre EUA e China pode afetar o Brasil e o mundo
Donald Trump e Xi Jinping firmam compromissos para reduzir tensão comercial entre EUA e China O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, selaram nesta um acordo que reduz a tensão comercial entre os dois países nesta quinta-feira (30). Enquanto os EUA vão diminuir as tarifas médias sobre produtos chineses para 47% — cerca de 10 pontos percentuais abaixo do valor anterior — a China aceitou suspender por um ano as restrições à exportação de terras raras, retomar a compra de soja americana e reforçar o combate ao tráfico de fentanil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O entendimento, fechado em uma reunião na Coreia do Sul, encerra a rodada de negociações sobre as sobretaxas aplicadas em abril e ajuda a reduzir o clima de tensão entre as duas potências. Para especialistas, a trégua entre EUA e China traz um alívio temporário para as cadeias globais de suprimentos e para o comércio internacional. O g1 explica a seguir como o acordo pode afetar a economia mundial, e quais os impactos diretos para o Brasil. Cadeias de produção e tecnologia Um dos pontos centrais do acordo são as terras raras, elementos essenciais para tecnologia, carros, aviões e defesa, que estavam no centro da disputa entre EUA e China. 🪨 O que são? São 17 metais, como praseodímio, disprósio e neodímio. Apesar do nome, não são raros nem terras, mas sua extração e refino são complexos. China é líder, e o Brasil ocupa a segunda posição no ranking. A maior parte das reservas e do processamento desses elementos está na China — o que dá ao país uma vantagem estratégica. Como forma de retaliação às tarifas impostas por Trump, a China restringiu recentemente as exportações desses minerais, o que prejudicou empresas do mundo todo e expôs o quanto os norte-americanos dependem desses elementos. Agora, com o anúncio de trégua nas tarifas, as indústrias fora do país asiático que dependem da extração desses minerais ganham mais previsibilidade no acesso aos insumos. “As terras raras são agora o instrumento mais eficaz que a China pode acionar”, afirmou Zongyuan Zoe Liu, pesquisadora sênior do Council on Foreign Relations, à ABC News. “O restante do mundo não possui capacidade produtiva disponível ou acessível a preços viáveis.” “Eles entendem que esse não é um poder que poderão usar para sempre. Por isso, querem aproveitá-lo enquanto ainda causa impacto”, completou Liu. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Chips de inteligência artificial Apesar de a exportação de chips da gigante Nvidia não ter sido discutida na reunião, essa também é uma área sensível para os dois países. Isso porque 25% das vendas da empresa americana, líder mundial em tecnologia usada em sistemas como o ChatGPT, dependem do mercado chinês. “Há uma interdependência muito clara: os chineses precisam desses chips, e as empresas americanas não querem perder o mercado. Isso força os dois lados a negociar”, afirma José Roselino, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, explica que a escassez global de chips já tem causado impactos concretos. “A Honda, no México, precisou interromper a produção de carros, e no Brasil o setor automotivo teme ter de fazer o mesmo. Com o acordo entre China e EUA, essas restrições internacionais tendem a diminuir — ou pelo menos a aliviar”, afirma. A leitura dos especialistas é que se o acordo não tivesse sido firmado, a disputa poderia ter provocado paralisações em diversos setores — como fábricas da indústria que são dependentes de insumos dos dois países —, pressionado os preços de commodities como soja, milho, petróleo e minerais, e até desacelerado o crescimento global, já que EUA e China são pilares do comércio e do investimento internacional. O economista-chefe da BGC Liquidez vê o acordo como uma sinalização de maior entendimento entre Trump e Xi, oferecendo conforto e redução das incertezas aos mercados globais. “Isso deve aliviar alguns fluxos de comércio que estão obstruídos, como chips, e melhorar a volatilidade dos mercados”, afirma. Impactos para o Brasil Para o Brasil, o acordo pode afetar setores como agricultura e mineração. A retomada das compras de soja americana pode reduzir a demanda pelo grão brasileiro, pressionando preços e volumes. Segundo a Reuters, antes do encontro entre Trump e Xi, a China já havia comprado carregamentos da safra 2025 dos EUA. Hoje, o secretário do Tesouro dos EUA, Scot Bressent, afirmou que o país asiático comprará no mínimo 25 milhões de toneladas métricas de soja por ano nos próximos três anos, o suficiente para encher cerca de 833 mil caminhões ou 350 navios graneleiros. 🔎 Atualmente, a China é o maior comprador de soja do mundo, e o Brasil é seu principal fornecedor. No primeiro semestre de 2025, os portos do sul do país — Santos, Paranaguá, Rio Grande e São Francisco do Sul — responderam por quase 66% das exportações para a China. Dados da Administração Geral da Alfândega da China (GACC) mostram que, em setembro, enquanto a China não importou soja dos EUA, os embarques brasileiros aumentaram 29,9% em relação ao ano anterior, chegando a 10,96 milhões de toneladas, ou 85,2% do total importado pelo país asiático. Segundo o professor Roselino, os produtores de soja dos EUA fazem parte da base política do Trump, e estavam sendo prejudicados com a suspensão das importações de soja pelos chineses. Por isso, resolver essa questão era importante para equilibrar a política interna americana. “O interesse dos produtores americanos pesou muito nessa negociação, e acabou abrindo oportunidades para o Brasil ganhar espaço no mercado de soja”, explica o professor da UFSCar. Para Murillo Oliveira, especialista em investimentos e comércio exterior da Saygo Comex, a volta das compras chinesas de soja americana pode reduzir, ainda que de forma marginal, as exportações brasileiras do grão, que tem peso fundamental na balança comercial do país. "Mesmo assim, o Brasil deve manter relevância como fornecedor e aproveitar a oportunidade de diversificar suas relações comerciais, fortalecendo laços com os EUA no campo dos minerais estratégicos", afirma. Terras raras O acordo entre as duas potências mundiais também deixou claro a valorização das terras raras. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior reserva mundial desses minerais, mas ainda não dispõe de tecnologia em larga escala para processá-las. Na prática, os minerais extraídos são exportados como matéria-prima bruta, sem que o país se beneficie da produção de produtos derivados. Por exemplo, o material retirado em Serra Verde, em Goiás, segue para o exterior. Em entrevista ao g1 neste mês, Jonathan Colombo, engenheiro e professor do MBA em ESG de Mudanças Climáticas e Transição Energética da FGV, explica que, embora o Brasil tenha acesso a esses recursos, isso não significa que o país consiga aproveitá-los da melhor forma. Relação Brasil-EUA No último domingo (26), os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram para avançar nas negociações sobre tarifas dos EUA impostas às exportações brasileiras. Foi o primeiro encontro oficial entre os líderes, que antes haviam se falado apenas por telefone ou brevemente na ONU. Após a reunião, Lula disse a jornalistas que o encontro foi “surpreendentemente bom” e garantiu: “Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”. O Brasil deve solicitar a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período de negociação, mas ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. “Esperamos em pouco tempo, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil”, afirmou à época do encontro o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, destacando que Lula está disposto a discutir “todos os setores e áreas de comércio bilateral, e também a questão de minerais críticos e terras raras”. Trump, por sua vez, elogiou Lula e a reunião que tiveram, mas reforçou que a boa relação com o presidente brasileiro não garantiria um acordo ou a redução de tarifas. Com a trégua entre as duas maiores economia do mundo e menos barreiras imprevisíveis entre China e EUA, o comércio global tende a se normalizar, beneficiando o Brasil como exportador. No entanto, se os EUA se tornarem preferenciais para produtos agrícolas ou industriais, o país pode enfrentar maior concorrência ou perder fluxos comerciais que antes eram favoráveis. Donald Trump em encontro com Xi Jinping REUTERS/Evelyn Hockstein
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30/10 - Com meta de zerar rombo, governo tem déficit de R$ 100 bilhões em suas contas até setembro
As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 100,4 bilhões na parcial deste ano, até o mês de setembro, informou Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30). 🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo. Se as receitas excedem as despesas, o resultado é um superávit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública. O resultado representa uma melhora em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um resultado negativo de R$ 108,7 bilhões (corrigido pela inflação). Esse foi o pior resultado, para este período, desde 2022, quando foi registrado um superávit de R$ 37,7 bilhões nas contas do governo. Economistas alertam que excesso de gastos fora da meta compromete credibilidade das contas públicas 📈 Nos nove primeiros meses deste ano, houve um aumento real de 3,5% na receita líquida, após as transferências constitucionais a estados e municípios, totalizando R$ 1,68 trilhão. 📈 Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 1,78 trilhão de janeiro a setembro deste ano, com uma alta real de 2,8% no período. Meta fiscal O resultado até setembro deste ano está distante da meta fiscal deste ano, que é de zerar o déficit nas contas do governo. ➡️Pelas regras do arcabouço fiscal, entretanto, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Essa é uma banda existente em relação ao objetivo central. ➡️Para fins de cumprimento da meta fiscal, também poderão ser excluídos outros R$ 43,3 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. ➡️Na prática, portanto, o governo poderá registrar um resultado negativo de até R$ 74,3 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. O Tesouro Nacional estima, para este ano, um resultado negativo de R$ 73,5 bilhões em 2025 (no limite do autorizado). ➡️A autorização para realização de gastos fora da meta fiscal, por conta de exceções, é uma crítica constante de analistas ao regramento adotado para as contas públicas. A percepção é que isso dificulta o equilíbrio fiscal. Questionado sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o governo deve buscar o centro da meta nos próximos anos, sem usar o intervalo de tolerância, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o momento é de colocar os argumentos do governo. Caso a decisão do TCU valesse para 2025, disse ele, não seria factível buscar o centro da meta, dado o adiantado do ano. "Poderia implicar em um contingenciamento [bloqueio de gastos] de R$ 20 bilhões a 30 bilhões. Não poderia fazê-lo sem criar um colapso da máquina publica [restando poucos meses para o fim do ano]', afirmou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Mês de setembro Somente em setembro deste ano, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 14,5 bilhões, de acordo com os dados oficiais. O resultado representa uma piora em comparação com setembro do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 5,43 bilhões (corrigido pela inflação). Esse foi o pior resultado, para meses de setembro, desde 2020, quando, por conta de despesas extraordinárias da Covid-19, o rombo fiscal somou R$ 104 bilhões. 📈 Os números mostram que a receita líquida (após transferências aos estados e municípios) subiu 0,6% em termos reais em setembro, atingindo R$ 172,3 bilhões - impulsionada pela arrecadação recorde no período (que contou com a alta do IOF). 📈 Ao mesmo tempo, também foi registrado aumento de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024. As despesas totais somaram R$ 186,8 bilhões em setembro, com uma alta real de 5,7%.
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30/10 - Ibovespa tem 4º recorde seguido, com foco em acordo entre EUA e China e balanços corporativos; dólar sobe
Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia do Sul O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou o 4º dia consecutivo de recordes nesta quinta-feira (30), aos 148 mil pontos. Mais cedo, chegou a renovar sua máxima intradia, atingindo 149.234 pontos, por volta das 12h. Já o dólar fechou em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,3804. Os desdobramentos da política monetária norte-americana e os movimentos diplomáticos entre EUA e China estão no centro das atenções dos investidores. Além disso, dados econômicos locais e a divulgação de resultados corporativos no Brasil e no exterior também influenciaram no rumo da bolsa brasileira ao longo do dia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Após reunião com Xi Jinping, Donald Trump anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar disso, o mercado reagiu com cautela. ▶️ Nos Estados Unidos, investidores acompanharam os discursos de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros na véspera. ▶️ No Brasil, dados do Caged mostraram que o país gerou 213 mil empregos formais em setembro deste ano. O número representa uma queda de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado e foi o pior resultado para setembro desde 2023. ▶️ Por fim, a temporada de balanços segue movimentando o Ibovespa. O índice caminha para uma nova máxima histórica nesta quinta-feira, que marcando o 19º recorde do índice em 2025. O destaque do dia é o resultado da Vale, que será divulgado após o fechamento do mercado e pode influenciar o desempenho da bolsa na sexta-feira (31). Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,22%; Acumulado do mês: +1,09%; Acumulado do ano: -12,93%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,78%; Acumulado do mês: +1,74%; Acumulado do ano: +23,69%. Trump e Xi Jinping firmam acordo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que chegou a um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, para reduzir as tarifas aplicadas a produtos chineses. Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%. Em troca, Pequim deve: retomar a compra de soja americana; manter o fluxo de exportação de terras raras; e combater o comércio ilícito de fentanil. Trump também disse que o país asiático vai comprar "quantidades enormes" de soja e outros produtos agrícolas. Trump afirmou que Xi prometeu uma "ação firme" sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país. “Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan. O Ministério do Comércio da China confirmou que o país e os EUA concordaram em estender sua trégua comercial temporária por mais um ano, como parte de um acordo que eles alcançaram depois que as principais autoridades econômicas se reuniram na Malásia na semana passada. Os dois líderes se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre Trump e Xi desde o retorno do republicano à presidência dos EUA em janeiro, durou quase duas horas. EUA em paralisação pelo 30º dia A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 30º dia nesta quinta-feira (30), sem previsão de encerramento. No Capitólio, o Senado se reúne, mas ainda não há votação marcada para reabrir o governo. Enquanto isso, os impactos da falta de financiamento se intensificam, atingindo programas essenciais e milhões de cidadãos. Um dos pontos mais críticos é o risco de interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que beneficia mais de 40 milhões de americanos e pode ficar sem recursos já neste sábado (1º). A pressão sobre os parlamentares aumenta, e há sinais de que as negociações entre os partidos começam a ganhar força, ainda que lentamente. Líderes como o senador John Thune indicam que há mais diálogo entre democratas e republicanos nos bastidores. Junto a isso, a volta de Trump de sua viagem à Ásia também pode influenciar os rumos das conversas. Enquanto isso, milhares de servidores públicos continuam afastados ou trabalhando sem remuneração. A crise já afeta serviços essenciais: na quarta-feira, a Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou a suspensão temporária de voos em aeroportos importantes por falta de pessoal. Agenda econômica Entre os indicadores, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,36% em outubro, após ter avançado 0,42% em setembro — uma queda mais acentuada do que o previsto, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. A expectativa dos analistas ouvidos pela Reuters apontava para uma queda de 0,22% no período. Com o resultado de outubro, o IGP-M acumula alta de 0,92% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da composição do IGP-M e que mede a variação dos preços no atacado, recuou 0,59% em outubro, após ter registrado alta de 0,49% em setembro. “Em outubro, os preços ao produtor foram influenciados pela queda de importantes matérias-primas agropecuárias, como leite in natura, café em grão, soja e bovinos”, explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE. No âmbito do IPA, as matérias-primas brutas apresentaram deflação de 1,41% em outubro, revertendo a alta de 1,47% observada em setembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, desacelerou para uma alta de 0,16% em outubro, ante 0,25% no mês anterior. Em outubro, a tarifa de eletricidade residencial caiu 1,78%, após ter registrado alta de 4,76% no mês anterior, conforme os dados do IGP-M. Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,21% no período, repetindo a variação registrada no mês anterior. Na agenda, investidores também repercutem uma série de resultados corporativos divulgados na véspera e aguardam novos balanços para esta quinta-feira. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam o dia em queda, refletindo a reação dos investidores ao anúncio de Donald Trump sobre a redução de tarifas aplicadas à China, após reunião com o presidente Xi Jinping. Segundo dados preliminares, o S&P 500 caiu 0,99%, aos 6.822,16 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 1,57%, aos 23.581,14 pontos. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,24%, aos 47.518,62 pontos. As ações da Alphabet, controladora do Google, dispararam mais de 8% após a companhia registrar receita acima de US$ 100 bilhões e lucro próximo de US$ 35 bilhões, superando com folga as projeções dos analistas. Já a Meta, dona do Facebook, viu seus papéis despencarem mais de 9%, mesmo com resultados sólidos, após alertar sobre um aumento significativo nas despesas previstas para 2026. A Microsoft também apresentou números positivos, mas suas ações recuaram 2% diante da surpresa com os altos investimentos em infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial. Perto da abertura, os índices futuros operavam em baixa: o S&P 500 recuava 0,2%, o Dow Jones caía 0,4% e o Nasdaq também registrava queda de 0,2%. Na Europa, as bolsas fecharam majoritariamente em queda com os investidores atentos à divulgação de resultados financeiros de grandes empresas e à decisão de juros do Banco Central Europeu. Dados de crescimento econômico também ficaram no radar, aumentando a sensibilidade do mercado. O índice STOXX 600 caiu 0,1%, enquanto o DAX, na Alemanha, caiu 0,02%. O CAC 40, em Paris, registrou queda de 0,53%, e o FTSE MIB, em Milão, recuou 0,09%. A única exceção foi Londres, onde o FTSE 100 avançou 0,04%. Na Ásia, os mercados fecharam com desempenho misto. As bolsas chinesas caíram após a reunião entre Trump e Xi Jinping, que resultou em uma trégua comercial já esperada pelos investidores. Apesar dos sinais de alívio nas tensões, o mercado se manteve cauteloso, com receio de que o acordo não traga mudanças significativas. No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,73%, e o CSI300 recuou 0,80%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,24%. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,03%, o Kospi, em Seul, avançou 0,14%, e o Taiex, em Taiwan, teve leve queda de 0,03%. Em Cingapura, o Straits Times caiu 0,16%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86 Reprodução/TV Globo
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30/10 - Brasil com menos álcool: entenda o que está por trás da mudança e como o mercado reage
Queda no consumo de bebidas alcoólicas vira oportunidade para bares e indústrias Aos 23 anos, Gabrielle Ribeiro decidiu parar de consumir bebidas alcoólicas. Reuniu todas as garrafas que tinha em casa e as colocou dentro de um saco de lixo. A influenciadora digital trocou as festas por noites de sono, os dias de ressaca por trilhas matinais e os copos de drinks por suplementos. Perdeu 16 quilos, passou a economizar até R$ 300 por semana e, de quebra, conquistou milhares de seguidores ao compartilhar a sua história nas redes sociais. "Parar de beber foi a melhor coisa que eu fiz por mim. É mais interessante acordar no domingo e postar foto de uma medalha de corrida do que ficar com aquela ressaca moral", brinca. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Gabrielle não está sozinha. Cerca de 53% dos brasileiros que consomem álcool reduziram a ingestão no último ano, segundo o Datafolha. A pesquisa ouviu 1.912 pessoas. Entre os jovens da geração Z, de 16 a 30 anos, apenas 45% afirmam beber — bem menos que nas gerações anteriores, aponta uma pesquisa da MindMiners feita com 3 mil pessoas. Já entre os Millenials (que hoje têm entre 31 e 41 anos) 57% mantêm o hábito. Na geração X (entre 42 e 61 anos), o número sobe para 67%, e entre os Boomers (entre 62 e 78 anos), chega a 65%. O bem-estar, a estabilidade emocional e o controle financeiro estão entre as razões que têm levado muita gente a repensar sua relação com o álcool. Nem todos, porém, passaram por uma ruptura como a de Gabrielle. Há quem nunca tenha se identificado com o sabor ou com a ideia de beber. É o caso de Rayane Moreira, que cresceu vendo o álcool causar conflitos em casa. "Como é que eu vou beber para espairecer e trago problemas para dentro de casa?", questionava ainda na adolescência. Mesmo depois de deixar uma religião que proibia o consumo, ela manteve a decisão. Em encontros sociais, prefere sucos, refrigerantes ou água. E quando decide beber, opta por drinks zero álcool — os chamados mocktails — ou vinhos. Histórias como as de Rayane e Gabrielle mostram um comportamento que tem sido mais frequente em gerações mais novas — e que tem mexido no mercado. O consumo de cervejas sem álcool no Brasil cresceu mais de 200% entre 2020 e 2023, passando de 197,8 milhões para 649,9 milhões de litros, segundo a Euromonitor. A expectativa é que o volume se aproxime de 1 bilhão de litros em 2025. O país já é o segundo maior mercado mundial de cerveja zero, apontam os dados da World Brewing Alliance (WBA), associação comercial internacional da indústria cervejeira. O cenário revela um público mais aberto à moderação e à experimentação. Mesmo quem continua bebendo, faz isso com mais critério. Essa busca por qualidade impulsiona rótulos premium. Maurício Porto, proprietário do bar Caledonia, já sente os impactos. Especialista em uísques e coquetelaria, ele conta que a procura por mocktails cresceu tanto que o estoque chega a acabar em alguns dias. A carta da casa tem cinco coquetéis sem álcool, preparados com técnicas de infusão de especiarias e clarificação — técnica para tornar o líquido mais claro e límpido —, o mesmo cuidado dado às versões tradicionais. "Hoje, eu vejo efetivamente que os coquetéis sem álcool saem (...) as pessoas tinham preconceito e passaram a perder. A qualidade dos coquetéis sem álcool melhorou muito". A indústria também tem se ajustado. A Ambev, maior cervejaria do país, afirma que rótulos como Bud Zero, Corona Cero e Stella Pure Gold têm ganhado força, e a companhia projeta que o segmento de cervejas sem álcool cresça até cinco vezes mais rápido que o das tradicionais até 2028. Na Diageo, gigante global de destilados premium, o foco é diversificar e sofisticar a experiência. A empresa aposta em marcas como Seedlip e Ritual Zero Proof e em versões 0.0 de clássicos como Guinness e Tanqueray. "Não é sobre beber mais, mas sobre beber melhor", afirma Guilherme Martins, vice-presidente de Inovação e Marketing. Essas transformações mostram que o setor está longe de enfrentar uma crise. Pelo contrário: o novo comportamento do consumidor abriu espaço para inovação, qualidade e novas experiências. Ao longo desta reportagem, entenda por que o país está bebendo menos, como essa transição afeta o setor e de que forma a moderação e a "gourmetização" do consumo estão redesenhando o cenário das bebidas no Brasil. Por que os jovens bebem menos? Crise ou oportunidade? O que dizem as empresas? Há quase um ano, Gabrielle Ribeiro decidiu parar de consumir bebidas alcoólicas por conta da saúde Gabrielle Ribeiro Por que os jovens bebem menos? A geração Z é a que menos consome álcool. Gabrielle e Rayane são exemplos dessa mudança no perfil de consumo. O álcool perdeu o papel de símbolo social entre os mais novos, que preferem investir tempo e energia em experiências ligadas à saúde, bem-estar e estabilidade emocional. Entre os que não bebem: 58% dizem simplesmente não ter interesse; 34% não gostam do sabor; 30% preferem evitar os efeitos físicos e emocionais da bebida; 19% citam a busca por qualidade de vida; 17% mencionam razões religiosas. Rayane Moreira nunca se sentiu atraída pela bebida Rayane Moreira O levantamento da MindMiners também relaciona a queda de consumo a questões financeiras. Entre os motivos apontados pelos jovens para reduzir o consumo, aparecem frases como: "Estou gastando muito dinheiro" e "Menos gasto com bebidas". Além disso, a geração Z tem menor renda disponível, o que influencia diretamente a frequência e o volume de consumo. O diretor de estratégia da Ambev ressalta que "o jovem historicamente consome menos do que a média da população", o que está bastante relacionado a um fator econômico. "A renda disponível é menor", diz. O preço também é uma barreira para outros tipos de bebidas — incluindo até mesmo a categoria de cerveja sem álcool. Ainda segundo o levantamento da MindMiners, por exemplo, a classe C é a que menos conhece e consume essa categoria, reforçando a perspectiva de que os valores também limitam o acesso para esse público Crise ou oportunidade? De maneira geral, a mudança no comportamento dos consumidores não necessariamente representa uma ameaça à indústria de bebidas, mas sim uma reconfiguração do mercado, impulsionada por consumidores mais exigentes, moderados e abertos à experimentação. Dados da Nielsen, por exemplo, indicam que o segmento de cervejas sem álcool é o que mais cresce no país, com desempenho anual três vezes superior ao das cervejas tradicionais. Mesmo entre quem ainda consome álcool, há sinais de mudança: 41% dos entrevistados disseram ter alterado a frequência de consumo no último ano, e 43% pretendem reduzir ainda mais, motivados principalmente por saúde e questões econômicas, segundo dados da MindMiners. 🍸 Outro indicativo importante da mudança no perfil de consumo é a prática que ficou conhecida como "zebra stripe" — que é quando o consumidor alterna entre bebidas com e sem álcool. A prática, segundo especialistas, tem ganhado força no mercado, especialmente entre os jovens. "A pessoa vai intercalando e, no final da noite, tomou seis cervejas, mas só três tinham álcool (...) isso permite prolongar o tempo de consumo sem perder o controle, reforçando a ideia de equilíbrio, que não significa restrição total, mas moderação consciente", explica Gustavo Castro, da Ambev. Além da moderação, o baixo consumo tem impulsionado a valorização da experiência e da qualidade. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por bebidas premium, que oferecem sabor, sofisticação e identidade. "A busca por rótulos premium, como os uísques single malt (que cresceram 10% nos últimos três anos), mostra que o prazer está menos na embriaguez e mais na descoberta sensorial, se tornando até mesmo um hobby", afirma Maurício. O bar Caledonia tem cinco drinks não alcoólicos em sua carta de bebidas Maurício Porto O que dizem as empresas? Na outra ponta dessa transformação estão as empresas, que viram na moderação uma oportunidade de ouro. A Ambev, maior cervejaria do país — com faturamento anual em torno de R$ 77 bilhões —, tem acompanhado de perto a virada de comportamento dos consumidores e ampliado o portfólio de produtos com teor alcoólico reduzido. O diretor de estratégia e insights, Castro, diz que o segmento de cervejas sem álcool da companhia cresceu 15% em volume de vendas no segundo trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, e deve crescer cinco vezes mais rápido que o das cervejas tradicionais até 2028. Marcas como Bud Zero, Corona Cero, Stella Pure Gold e Brahma Zero têm ganhado protagonismo e hoje estão entre as mais estratégicas para o futuro da Ambev. A Corona Cero, em especial, simboliza bem essa nova fase: lançada no Brasil em 2022, ela é a primeira cerveja do mundo com infusão de vitamina D e apenas 51 calorias, unindo o sabor clássico da marca à tendência de produtos associados ao bem-estar e à saúde. “Antigamente, as pessoas tomavam cerveja zero por restrição; hoje elas escolhem tomar por opção”, afirma Castro. A Diageo, gigante global de destilados premium, também reforçou seu movimento estratégico. Em setembro de 2024, a empresa comprou a marca de bebidas sem álcool Ritual Zero Proof, expandindo seu portfólio e consolidando sua liderança no mercado de destilados sem álcool nos Estados Unidos. Por ora, o rótulo não está disponível no Brasil e há uma razão para isso: segundo a própria empresa, o consumidor brasileiro valoriza mais marcas já conhecidas e tende a experimentar versões 0.0 de bebidas familiares, em vez de marcas inéditas. Exemplo disso é a Tanqueray 0.0%. A novidade mantém o perfil de sabor e os botânicos do gin tradicional, marca mais famosa da Diageo, mas sem álcool. A empresa também investe em formação profissional, e mantém parcerias com bares que ditam tendências, ajudando a desenvolver novos cardápios e técnicas de coquetelaria. Indústrias têm ampliado o portfólio de bebidas zero álcool para atender à nova demanda Ambev e Diageo O bar Caledonia também vê oportunidade nessa mudança de consumo. Originalmente dedicado à cultura do uísque, o bar se reinventou para acompanhar a crescente demanda por coquetéis sem álcool. Maurício observa que a mudança não se dá por abstinência total, mas por uma escolha consciente de beber menos e melhor. Para ele, o maior desafio na criação de mocktails é simular a sensação do álcool — não necessariamente o sabor, mas a complexidade e a estrutura que ele confere à bebida. Para isso, o bar investe em técnicas avançadas como clarificação, infusão de especiarias e uso de ingredientes sofisticados, como xaropes, soluções salinas e até salmoura de azeitona. Hoje, o Caledonia oferece cinco opções de coquetéis sem álcool, que não se limitam a versões doces ou simplificadas. “Não é porque ele é um drink não alcoólico que ele tem que ser um negócio doce de grudar o paladar. Paladar infantil e não alcoólico não são a mesma coisa”, pontua Maurício. A proposta é criar bebidas que sejam gostosas e complexas por si só, sem a pretensão de imitar os alcoólicos. A evolução da carta de mocktails começou com o "Ginger Lemonade", inspirado no clássico Dark & Stormy, e ganhou força após um campeonato promovido pela Monin, fabricante de xaropes premium. Em 2023, dois novos coquetéis foram incorporados, e em 2024, mais dois foram criados para ampliar a diversidade da oferta. O sucesso é evidente: há dias em que o estoque de mocktails se esgota, como aconteceu com o "Oliver Twist", que vendeu 50 unidades em um único dia. Maurício vê essa transformação como parte de um movimento maior, em que o ato de beber se torna um hobby. “Você não tá bebendo pra ficar doidão. Você tá bebendo pra entender um negócio, pra descobrir”, resume. Empregadores têm até sexta para regularizar FGTS de trabalhadores domésticos; veja como fazer
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30/10 - Regras que limitam antecipação do saque-aniversário do FGTS entram em vigor no sábado; entenda
Limitar antecipação do saque-aniversário corrige uma das maiores injustiças, diz Haddad As novas regras que limitam a antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) entram em vigor a partir do próximo sábado (1º), informaram o Ministério do Trabalho e a Caixa Econômica Federal. A instituição financeira explicou que, até lá, está realizando os ajustes necessários nos seus sistemas para implementar as restrições anunciadas pelo Conselho Curador do FGTS no começo deste mês. "Até essa data [próximo sábado], permanece válida a sistemática atual", acrescentou a instituição financeira, em resposta ao g1. O Ministério do Trabalho informou que, entre 2020 e 2025, as operações de antecipação do FGTS somaram R$ 236 bilhões. Dos atuais 42 milhões de trabalhadores ativos do FGTS, 21,5 milhões (51%) aderiram ao saque-aniversário. Desses, cerca de 70% realizaram operações de antecipação do saldo junto às instituições financeiras. Conselho do FGTS estabelece limites novos para antecipação do saque-aniversário O que é o saque-aniversário 🔎 Por meio do saque-aniversário, criada em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o trabalhador pode sacar parte do saldo de sua conta do FGTS, uma vez por ano, no mês de seu aniversário. A adesão ao saque-aniversário é opcional. 🔎 Com o início do saque-aniversário, os bancos também passaram a ofertar uma linha de crédito para antecipar os valores que podem ser sacados anualmente pelos trabalhadores. Sobre esses valores, há cobrança de taxa de juros. 🔎 Até o próximo sábado, os trabalhadores podem antecipar várias parcelas por meio de empréstimos buscados em bancos, sem limite, assim como realizar várias operações ao mesmo tempo (simultâneas). Também não há limite para o valor do empréstimo. O que foi alterado 📅 Com a nova regra, que vale a partir de sábado, a antecipação dos recursos do saque-aniversário ficará limitada a somente cinco parcelas nos primeiros doze meses, considerado de transição. Após esse prazo, a antecipação ficará limitada a três parcelas (o equivalente a três anos de saques). 💳 Outra mudança é que o trabalhador poderá fazer, somente uma vez por ano, a contratação de crédito para antecipar parcelas do saque-aniversário do FGTS. Pela regra atual, não há limite e era possível fazer várias operações anualmente, as chamadas "operações simultâneas". 🗓️ Além disso, os bancos terão "prazo mínimo" de 90 dias, contados a partir da data de opção pelo saque-aniversário, para autorizar a linha de crédito. Pelas regras atuais, não há um prazo mínimo. Segundo o governo, 26% da concessão do crédito acontece no mesmo dia em que o trabalhador adere ao saque-aniversário. 💵Com as alterações, também haverá um limite de R$ 500 de antecipação do saque aniversário por parcela sacada. Pelas regras anteriores, não havia limite de valor. "Antes, o trabalhador podia antecipar o valor integral da conta. Agora, o limite mínimo é de R$ 100 e o máximo de R$ 500 por saque-aniversário. Dessa forma, o trabalhador poderá antecipar até cinco parcelas de R$ 500, totalizando R$ 2.500", explicou o Ministério do Trabalho. ➡️Novas regras para antecipação de crédito do saque-aniversário do FGTS: veja quem poderá aderir e outras respostas Posição do governo O Ministério do Trabalho do governo Lula já fez várias críticas ao saque-aniversário do FGTS. Uma delas é que os trabalhadores ficam desamparados ao aderir à antecipação se forem demitidos (pois os valores são dados em garantia). Outra é que a modalidade reduz o valor de recursos disponível no FGTS, utilizado para o financiamento imobiliário e obras de infraestrutura no país. No começo de outubro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a antecipação do saque-aniversário se transformou em uma armadilha grande para os trabalhadores. Ele afirmou que, ao aderir à modalidade, o trabalhador tem seus recursos bloqueados, ao ser demitido, se antecipar os recursos por meio das linhas de crédito com os bancos. "Tem efeito colateral, que é o enfraquecimento do FGTS como fundo de investimento, seja na habitação, no saneamento ou na infraestrutura. E tem outro efeito colateral para o trabalhador, que é quando ele é demitido, tem sua conta defasada porque ele gastou de forma antecipada muitas vezes sem planejar", disse Marinho, na ocasião. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a limitação da antecipação do saque-aniversário deixou de lado uma das "maiores injustiças" contra o trabalhador brasileiro. "A decisão do [ministro do Trabalho] Marinho deixou de lado uma das maiores injustiças contra o trabalhador. Imagina você permitir a um trabalhador antecipar até 30 anos de saque-aniversário. Imagina o valor da 30ª prestação anual trazida a valor presente [com desconto alto por conta dos juros cobrados]. Nunca vi nada tão escandaloso quanto isso", disse Haddad, também em outubro. Críticas do mercado financeiro Para Eduardo Lopes, presidente da Zetta, uma associação criada por empresas de tecnologia com objetivo de promover a competitividade, a antecipação do saque aniversário é mais abrangente, por englobar qualquer pessoa que tenha saldo no FGTS. ➡ No ano passado, mais de 130 milhões de pessoas que eram elegíveis ao saque-aniversário, contra cerca de 48 milhões de trabalhadores com carteira assinada (que podem buscar o consignado do CLT), estimou o presidente da Zetta. "O saque-aniversário é uma linha de crédito que é acessada por muitas pessoas que estão negativadas. A gente fez a pesquisa no ano passado e, em torno de 70% das pessoas que acessavam essa linha, estavam negativadas. Ou seja, elas não tinham acesso a nenhuma ou outra linha de crédito, só tinham acesso à antecipação do saque aniversário, porque tinha essa garantia muito firme", avaliou Eduardo Lopes, da Zetta, neste mês. Para ele, as restrições impostas pelo Conselho do FGTS aos empréstimos do saque-aniversário do FGTS terão "impacto bastante grande na oferta de crédito" para a população de baixa renda. Ele observou, também, que a linha difere muito do crédito consignado ao trabalhador do setor privado com garantia do FGTS, modalidade lançada no governo Lula. "Dizer que as pessoas que agora não conseguirem na antecipação do FGTS vão para o crédito trabalhador [consignado CLT]... Não, com certeza. Só de olhar os números, são 80 milhões de pessoas que não vão ter acesso [ao consignado], elas não estão empregadas. Dizer que vai haver uma migração, não procede. São muito diferentes as linhas de crédito. É como comparar laranjas com bananas", concluiu Eduardo Lopes. ➡️Antecipação do saque-aniversário ou consignado CLT: veja diferenças entre as linhas de crédito Em artigo, Bruno Barsanetti, doutor em economia pela Northwestern University, e Arthur Kuchenbecker é doutor em economia pela FGV EPGE, avaliam que o FGTS é um importante mecanismo de segurança contra o desemprego, mas impõe um custo de oportunidade significativo ao manter o patrimônio do trabalhador imobilizado em um ativo de baixo rendimento. "A nova evidência empírica sugere que a implementação do saque-aniversário não simplesmente 'desbloqueou' o uso de uma poupança compulsória, mas promoveu uma gestão financeira mais eficiente para as famílias e permitiu modalidades mais sustentáveis de crédito. Ao invés de limitar o saque-aniversário, alternativas mais produtivas aos trabalhadores envolveriam o aprimoramento das formas de rentabilidade ou a flexibilização do trade-off [troca] com o saque-rescisão", avaliaram os analistas.
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30/10 - Como um ex-lavador de pratos criou a Nvidia, 1ª empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor
O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo Já ouviu falar em "Jensanity"? Este foi o nome dado para a comoção provocada pelo presidente da Nvidia, Jensen Huang, em uma feira de tecnologia em Taiwan, no fim de maio. Huang, de 62 anos, é considerado um herói em seu país de nascimento. O ex-lavador de pratos se tornou um dos dez mais ricos do mundo depois de migrar para os Estados Unidos e criar a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo e a primeira da história a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, feito atingido nesta quarta-feira (29) Não foi a primeira vez que a Nvidia dominou o noticiário A fabricante de chips vem ganhando espaço por ser um dos maiores expoentes na inteligência artificial. E central na disputa entre EUA e China pela liderança nessa tecnologia. O valor das ações da Nvidia multiplicou por 12 vezes nos últimos três anos. Nesse meio tempo, a empresa impulsionou o surgimento de sistemas avançados de IA, como ChatGPT, Claude e outros. Nesta quarta-feira (29), a fortuna de Jensen era avaliada em US$ 178 bilhões, segundo a Forbes. Ele aparecia como a oitava pessoa mais rica do mundo. Mas a fama da Nvidia começou anos atrás, no mundo dos games. Abaixo, veja curiosidades sobre a empresa mais valiosa do mundo. Quem é Jensen Huang? O que faz a Nvidia? Por que a Nvidia está crescendo? O que quer dizer Nvidia? Jensen Huang, CEO da Nvidia, durante feira em Taiwan em junho de 2024 REUTERS/Ann Wang/File Photo Quem é Jensen Huang? O imigrante taiwanês Jen-Hsun Huang, que hoje é conhecido pelo nome Jensen Huang, fundou a Nvidia em 1993, junto com dois sócios. Atualmente, Huang é dono de cerca de 3% da companhia, que se entrou para a bolsa de valores de Nova York em 1999. O imigrante ex-lavador de pratos que fundou a Nvidia Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os EUA. Os dois estudaram em um instituto que funcionava como um reformatório, e Jensen tinha que lavar os banheiros do local, conforme uma reportagem da BBC de 2024. Aos 15 anos, Huang conseguiu um emprego em uma lanchonete, lavando pratos e servindo mesas. Segundo ele, esta foi uma "excelente" escolha trabalhista. "Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro", disse o fundador da Nvidia. LEIA TAMBÉM: Nvidia é a primeira empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor Apple atinge US$ 4 trilhões em valor de mercado pela primeira vez Por que cada vez mais analistas falam em 'bolha' da IA prestes a estourar Criança segura cartaz dizendo 'Jensen, eu te amo', do lado de fora de um restaurante onde o fundador da Nvidia jantou, em Taiwan, em maio deste ano Ann Wang/Reuters Huang estudou engenharia elétrica na Universidade Estadual de Oregon e se formou engenheiro em 1984. Ali ele também conheceu a esposa, Lori. Depois, fez mestrado em Stanford, na Califórnia, e trabalhou em empresas de tecnologia. Em 1993, fundou a Nvidia ao lado de Chris Malachowsky e Curtis Priem. A ideia surgiu durante um papo deles em uma lanchonete da mesma rede em que Jensen trabalhava lavando pratos. O que faz a Nvidia? A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. Seus principais produtos neste setor são as unidades de processamento gráfico (GPU, na sigla em inglês) H100 e A100. A empresa também já lançou o Blackwell (B100), a geração mais avançada, com maior capacidade, desempenho e eficiência, projetada para superar a H100. A fabricação de chips vai além da inteligência artificial: a Nvidia produz versões para computadores pessoais desses componentes, importantes especialmente para o funcionamento de games. Foi nesse setor, inclusive, que a empresa ficou mundialmente conhecida (saiba mais abaixo). Principal produto da Nvidia, o H100, é de longe o chip mais demandado do setor e custa dezenas de milhares de dólares por unidade. Segundo a empresa especializada TrendForce, o ChatGPT requer cerca de 30 mil GPUs (chips) para funcionar. "Os GPUs são mais difíceis de encontrar do que drogas", ironizou Elon Musk, em um evento organizado pelo "Wall Street Journal" em 2023. A Nvidia concebe seus processadores, mas não os fabrica em um local próprio, assim como fazem a AMD ou a Apple. A maioria de seus produtos é fabricada pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, ou TSMC, referência mundial nesse setor. E a infraestrutura da IA não seria possível sem centenas de empresas taiwanesas, grandes e pequenas, que fornecem os componentes e o know-how de fabricação necessários para produção dos complexos sistemas de IA da Nvidia. LEIA MAIS: Como serão os futuros data centers no espaço? Entenda por que um data center consome tanta energia Jensen Huang cercado por fãs na Computex, feira de tecnologia que aconteceu em maio, em Taiwan Ann Wang/Reuters Fama nos games 🎮🎮🎮 Antes de dominar os chips de inteligência artificial, a empresa era completamente dedicada às placas de vídeo, que servem para melhorar a qualidade dos gráficos em jogos e vídeos. Como escolher uma placa de vídeo para jogar A Nvidia lançou sua primeira GPU em 1999, com o boom da internet, e desenvolveu produtos para data centers, infraestrutura que permite a uma empresa obter uma potência de processamento de dados reservada até então a pesquisadores ou grandes empresas tecnológicas. As duas principais concorrentes da Nvidia no mercado de placas gráficas são duas empresas americanas: AMD (Advanced Micro Devices) e Intel. Por que a Nvidia está crescendo? Os resultados da Nvidia são explicados principalmente pelos altos investimentos de outras companhias em sistemas de inteligência artificial. A Nvidia é uma das poucas que vende chips usados no treinamento de modelos de IA. A construção desses sistemas depende de milhares de chips como o H100. A Huawei e seus pares chineses tentam há anos se igualar à Nvidia na produção de chips de ponta que possam competir com os produtos da empresa norte-americana para modelos de treinamento da IA. Assim como a AMD, a Nvidia foi proibida de vender seus chips de ponta para a China, ainda no governo de Joe Biden. Isso faria, teoricamente, com que os rivais asiáticos não pudessem competir com os avanços dos EUA na inteligência artificial. Mas o lançamento de uma versão do robô conversador (chatbot) Deepseek, em janeiro deste ano, colocou essa ideia em xeque. Em uma semana, a IA chinesa virou o assunto mundial: todos queriam saber como foi possível criar um chatbot que seria semelhante ao ChatGPT, sem os chips da Nvidia e supostamente por um custo muito abaixo. Jensen Huang fala sobre os chips da Nvidia durante a Computex, feira de tecnologia na China Ann Wang/Reuters O que quer dizer Nvidia? Segundo reportagem da BBC, o nome da empresa mistura: NV são as iniciais de "nova/próxima visão" ("new vision", em inglês) VID é uma referência a vídeo — uma relação com as placas gráficas para computadores que foram o negócio que deu fama à empresa e o nome também remete à palavra "invidia", que é usada em latim para se referir à inveja. Segundo a agência France PresseHuang é um empresário atípico, de modos diretos e aparência descontraída. Assim como a vestimenta preta usada por Steve Jobs, cofundador da Apple, as roupas de couro que Huang frequentemente usa durante suas apresentações tornaram-se uma marca registrada. Huang é partidário da "tolerância ao risco" e propenso a que uma empresa "seja suficientemente flexível para mudar de trajetória rapidamente". Pouco depois do nascimento da Nvidia, o grupo desistiu de um contrato com os fabricantes de videogames Sega para se reorientar a um novo processador capaz de competir no mercado de computadores pessoais (PCs). Nessa mudança, a empresa quase faliu, segundo a AFP. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas
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30/10 - Empregadores têm até sexta para regularizar FGTS de trabalhadores domésticos; veja como fazer
Ministério do Trabalho vai notificar 80 mil empregadores que devem FGTS de domésticos O prazo para mais de 80 mil empregadores regularizarem o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores domésticos termina na sexta-feira (31). O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) começou a enviar notificações em 17 de setembro, por meio do Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET) — plataforma oficial de comunicação do órgão com empregadores de todo o país, voltada para facilitar o cumprimento de obrigações trabalhistas. Veja como funciona. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De acordo com relatório divulgado em primeira mão pelo g1, cerca de 80,5 mil empregadores não haviam depositado o FGTS até setembro. No total, são mais de 154 mil trabalhadores domésticos em todo o país, com débitos que somam mais de R$ 375,1 milhões. Entre os estados, São Paulo concentra os maiores números: 26,5 mil empregadores, 53 mil trabalhadores e quase R$ 136 milhões em débitos. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia também registram valores expressivos. Já estados como Roraima, Amapá e Acre apresentam os menores volumes, com valores totais devidos inferiores a R$ 1 milhão, o que reflete as diferenças regionais no mercado de trabalho doméstico formalizado. Veja abaixo: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devido para trabalhadores domésticos por estado Arte/g1 Veja vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O que acontece após o prazo? A ação, coordenada pela Coordenação Nacional de Fiscalização do Trabalho Doméstico e de Cuidados (Conadom), terá caráter orientativo neste primeiro momento, estimulando a regularização voluntária. Após o prazo desta sexta-feira (31), empregadores que não regularizarem a situação poderão ter seus processos encaminhados para notificação formal e levantamento oficial dos débitos, para cobrança e multa. A Inspeção do Trabalho recomenda que empregadores acompanhem regularmente as mensagens no DET, para evitar perda de prazos e possíveis prejuízos legais. (Saiba como atualizar o cadastro no sistema) Os empregadores que ainda não regularizaram a situação, devem acessar o DET para verificar a existência de mensagens e providenciar o pagamento dos valores devidos ao FGTS. Para o trabalhador, por sua vez, a orientação é a de acompanhar regularmente o aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal, para verificar se os depósitos estão sendo feitos corretamente em sua conta vinculada. (Veja passo a passo como fazer a consulta) Se perceber falta de recolhimento ou valores diferentes do esperado, é importante conversar com o empregador e solicitar a regularização. Esse monitoramento frequente é essencial para garantir que o direito ao FGTS seja cumprido corretamente. As notificações enviadas em setembro foram elaborados a partir do cruzamento de informações do eSocial com as guias registradas e pagas à Caixa Econômica Federal, que indicam possíveis débitos no recolhimento do FGTS. Além de incentivar a regularização, a ação busca reforçar a importância do cumprimento das obrigações trabalhistas no setor doméstico, envolvendo empregadores, entidades sindicais e trabalhadores. Como verificar os débitos Para verificar se há pendências no recolhimento do FGTS, o empregador deve acessar o eSocial e identificar as guias mensais que não foram pagas. Todos os encargos trabalhistas – como as contribuições ao INSS, o Imposto de Renda (quando devido), os 8% de FGTS e a parte destinada à multa rescisória – são reunidos em uma única guia mensal. A consulta das pendências pode ser feita na aba “Folha de pagamento – Consultar Guias Pagas” do portal eSocial. Caso necessário, o passo a passo detalhado para essa verificação está disponível no Manual Pessoa Física – Empregador Doméstico, no site oficial do governo federal. Mais de 80 mil empregadores devem regularizar FGTS de trabalhadores domésticos Reprodução/Pixabay DET é obrigatório para MEIs e empregadores domésticos Desde agosto de 2024, o Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET) passou a ser obrigatório para Microempreendedores Individuais (MEIs) e para empregadores de trabalhadores domésticos. A plataforma, administrada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, funciona como um canal oficial de comunicação do órgão com os empregadores. Sua finalidade é simplificar o cumprimento das obrigações trabalhistas. De acordo com o governo, todos os CPFs e CNPJs já têm cadastro automático no DET. No entanto, desde agosto do ano passado, os usuários devem acessar a plataforma para atualizar seus dados de contato. Esse procedimento é gratuito. (Veja como fazer) As informações fornecidas pelo empregador servem para o envio de comunicados da Inspeção do Trabalho, como atos administrativos, fiscalizações, intimações, notificações, decisões administrativas e avisos em geral. ❌ Não há multa pela não atualização do cadastro, de acordo com o ministério. "Acontece que, caso o empregador receba uma notificação pelo DET e seus dados de contato não estejam atualizados, ele não receberá o alerta da mensagem recebida", explica o órgão. Nesses casos, se o empregador não acessar o DET e não atender à notificação do auditor, ele poderá ser autuado por não apresentar os documentos exigidos, por perder os prazos de defesa, entre outros motivos. As mensagens recebidas na caixa postal do DET têm validade legal, e o governo considera que o usuário toma ciência delas automaticamente após 15 dias. Essas notificações não precisam ser publicadas no Diário Oficial da União nem enviadas por correio. Para MEIs e empregadores com trabalhador doméstico registrado, todas essas regras entraram em vigor no ano passado. Independentemente do prazo, a atualização do cadastro pode ser feita a qualquer momento, informa o Ministério do Trabalho e Emprego. Para os demais empregadores, a obrigatoriedade do DET já estava em vigor há mais tempo. Como consultar o saldo do FGTS CNPJ passará a ter letras e números; veja quem será afetado e o que muda
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30/10 - Mega-Sena pode pagar R$ 7 milhões nesta quinta-feira
Como funciona a Mega-sena O concurso 2.934 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (30), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (28), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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30/10 - Comissão do Congresso deve votar nesta quinta relatório de MP com mudanças no setor elétrico; entenda a discussão
Parlamentares devem votar nesta quinta-feira (30) o relatório da medida provisória (MP) que propõe uma ampla reformulação nas regras do setor elétrico. A análise estava prevista para terça (28), mas foi adiada após um pedido de vista coletiva (mais tempo para estudo da proposta). A MP, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), perde a validade no dia 7 de novembro. Se aprovada na comissão mista, a medida ainda precisará passar pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Braga acolheu 109 das mais de 400 emendas apresentadas por parlamentares e destacou que a intenção do texto é tornar o setor mais eficiente e competitivo, sem aumentar custos para os consumidores. Entre os principais pontos estão a fixação de um teto para os gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a abertura gradual do mercado livre de energia, permitindo que todos os consumidores — inclusive residenciais — possam escolher o fornecedor de eletricidade, algo hoje restrito a grandes empresas. 🔎 A CDE é um fundo setorial que financia políticas públicas no setor elétrico, como a tarifa social para famílias de baixa renda, o programa Luz Para Todos, subsídios a fontes renováveis e compensações a consumidores que geram sua própria energia, como os que usam painéis solares. Mercado livre de energia elétrica pode chegar a comércio e residências em até 2 anos Teto para a CDE O relatório estabelece um limite máximo de arrecadação para as despesas da CDE, exceto as voltadas a políticas públicas. O teto valerá a partir de 2027, com base no orçamento real da CDE de 2025. O valor estimado para 2024 é de R$ 49,2 bilhões, mas o relator ressalta que o montante não deve ser totalmente utilizado. Para eventuais insuficiências de recursos, o texto cria o Encargo de Complemento de Recursos (ECR), financiado pelos beneficiários da própria CDE, proporcionalmente ao benefício obtido. Ficam isentos do ECR: beneficiários do Luz Para Todos; consumidores de baixa renda; beneficiários da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC); custos administrativos da CDE, CCC e RGR; e perdas de energia em estados cujas capitais não estavam integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2009. Abertura do mercado livre de energia O texto prevê que todos os consumidores poderão escolher o fornecedor de energia elétrica. O cronograma de implantação será escalonado: até 24 meses após a sanção da MP, para consumidores industriais e comerciais; até 36 meses, para os demais consumidores. Também será criado o Supridor de Última Instância (SUI), responsável por garantir o fornecimento emergencial em caso de falhas ou interrupções no sistema. Armazenamento de energia O parecer inclui o armazenamento de energia no planejamento da expansão da rede elétrica e cria regras de remuneração e acesso para incentivar o uso de baterias e tecnologias de flexibilidade. O texto prevê isenção de PIS/Pasep, Cofins e IPI, além de redução a zero do imposto de importação de equipamentos de baterias (BESS) até 2026. O item também foi incluído no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI). Micro e minigeração O relatório estabelece nova cobrança no Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), com exceção da microgeração de autoconsumo local, como residências com painéis solares. A taxa será de R$ 20 para cada 100 kWh compensados, com atualização anual pelo IPCA, e valerá até 31 de dezembro de 2028. Comercialização de gás pela PPSA O relatório também autoriza a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) a comercializar o gás natural da União, com o objetivo de reduzir tarifas e estimular o desenvolvimento industrial.
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30/10 - Encontro entre Trump e Xi Jinping, da China, tem redução de tarifas e acordos sobre fentanil e exportação de terras raras
Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia do Sul O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que fechou um acordo com Xi Jinping, presidente da China, para reduzir tarifas sobre produtos chineses na quinta-feira (30). Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Em troca, Pequim deve: retomar a compra de soja americana; manter o fluxo de exportação de terras raras; e combater o comércio ilícito de fentanil. Os dois se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, durou quase duas horas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%. Trump também disse que o país asiático vai comprar "quantidades enormes" de soja e outros produtos agrícolas. 🏥 O que é fentanil? É uma droga sintética muito potente, 50 vezes mais viciante do que a heroína. Hoje é o principal medicamento responsável pelas mortes por overdose de opioides nos EUA. Mas também pode ser prescrito por médicos no país, como analgésico. ➡️ A China é a principal fonte dos precursores químicos usados para produzir o fentanil. Em 2019, segundo reportagem da BBC, Pequim classificou o fentanil como um narcótico controlado. Mas o comércio de algumas substâncias envolvidas na produção da droga, muitas delas com finalidades legítimas, continua permitido, e traficantes buscam maneiras de burlar a lei. Trump afirmou que Xi prometeu uma "ação firme" sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país.  “Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan. Sobre o fornecimento de terras raras, o republicano afirmou que os dois fecharam um acordo renovável de um ano. “Todas as questões sobre terras raras foram resolvidas, e isso é para o mundo”, disse Trump. 🪨 O que são terras raras? São um grupo formado por 17 metais, como o praseodímio, o disprósio e o neodímio. Eles são essenciais para a tecnologia moderna, como na fabricação de smartphones e TVs de tela plana. Também têm papel fundamental na estratégia militar, usados em aviões de caça e drones. O presidente americano falou ainda que os países "trabalharão juntos" para resolver a guerra da Ucrânia. Já no caminho de volta para os Estados Unidos, Trump afirmou que alguns assuntos não foram abordados. Entre eles, os chips de inteligência artificial Blackwell, da Nvidia. O produto é alvo de tensão entre os países por causa das restrições de exportação impostas pelos EUA. Como um ex-lavador de pratos criou a Nvidia, 1ª empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor Após o encontro, o presidente chinês disse, em pronunciamento, que os dois países "não devem cair no ciclo vicioso da vingança" e que os times econômicos das potências chegaram a soluções consensuais para as divergências entre os dois países. Por fim, Xi afirmou que eles têm "boas perspectivas de cooperação em inteligência artificial". No início do encontro, Xi afirmou que, há poucos dias, os negociadores comerciais de ambos os países alcançaram um “consenso fundamental sobre como tratar as principais preocupações mútuas”. Ele acrescentou que está disposto a continuar trabalhando com Trump para fortalecer a base das relações entre China e EUA. “Vamos ter uma reunião muito bem-sucedida, não tenho dúvida disso. Mas ele é um negociador muito duro”, disse Trump ao apertar a mão de Xi, no começo da reunião. Durante o encontro, as ações chinesas chegaram a subir para o maior nível em uma década, mas recuaram horas depois. O índice de referência Shanghai Composite Index subia até 0,2%, para 4.025,70 pontos nas negociações da manhã, atingindo seu nível mais alto desde 2015. Os setores bancário, de seguros e de bebidas alcoólicas lideraram os ganhos, embora o sentimento geral permanecesse cauteloso. Em Hong Kong, o Hang Seng Index, subiu 0,6% após retomar as negociações, interrompidas por um feriado na quarta-feira (29). O yuan, moeda chinesa, alcançou seu valor mais alto em quase um ano frente ao dólar, enquanto investidores apostam em uma possível diminuição das tensões comerciais que têm impactado o comércio global. Nos últimos dias, bolsas de valores ao redor do mundo — de Wall Street a Tóquio — registraram recordes. Pouco antes do encontro, Trump afirmou em uma rede social que os EUA aumentariam imediatamente os testes de armas nucleares, citando o crescimento do arsenal chinês. O republicano se recusou a responder à pergunta de um repórter sobre essa publicação durante a reunião. Trump ordena que Departamento de Defesa inicie testes com armas nucleares Disputa comercial A guerra comercial entre os dois países reacendeu neste mês depois que a China propôs ampliar drasticamente as restrições às exportações de minerais de terras raras, essenciais para tecnologias de ponta — um setor dominado pelo país asiático. Trump chegou a prometer retaliar com tarifas adicionais de 100% sobre as exportações chinesas, além de outras medidas, incluindo possíveis restrições às exportações para a China de produtos feitos com softwares americanos — ações que poderiam ter abalado a economia global. LEIA MAIS 'Torpedo do Juízo Final': conheça Poseidon, o míssil testado por Putin que pode causar 'tsunami' radioativo Donald Trump em encontro com Xi Jinping REUTERS/Evelyn Hockstein
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29/10 - Câmara aprova projeto de corte de gastos que limita auxílio por incapacidade e Seguro Defeso
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o projeto com medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo, como a limitação do Seguro Defeso, do auxílio-doença e compensação aos regimes próprios de previdência. Foram 286 votos a favor e 146 votos contrários. O o projeto segue para votação pelo Senado. Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta A proposta trouxe de volta temas que estavam em uma medida provisória (MP) que perdeu a validade na Câmara no começo do mês. Por isso, o governo costurou uma estratégia para incluí-los em um projeto que trata sobre regularização patrimonial. (veja mais abaixo) As alterações tentam compensar um rombo de cerca de R$ 30 bilhões no orçamento do próximo ano, criado pela decisão do Congresso de não analisar a MP. Entre outros pontos, o texto limita a 30 dias o prazo de validade de auxílio por incapacidade temporária concedido por análise documental (Atestmed). Para benefícios com prazo superior, será necessária perícia presencial ou com o uso de tecnologia de telemedicina. Atualmente, não existe prazo na lei. Medida semelhante foi feita com as compensações entre Regime Próprio de Previdência, administrado pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), e os regimes estatutários de previdência, controlados por Estados e municípios. O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), incluiu no texto a previsão de que a despesa federal com a compensação financeira entre os regimes será limitada à dotação orçamentária específica na data de publicação do Orçamento de cada ano. O projeto também limita as compensações tributárias, situações em que as empresas usam créditos fiscais para abater tributos. Pelo texto aprovado, a compensação será considerada indevida quando a empresa usar um crédito que não tem relação com a sua atividade econômica. Só com esta medida o governo espera arrecadar cerca de R$ 10 bilhões no próximo ano. "A nosso ver, a inclusão de tais medidas colaborará significativamente para o aperfeiçoamento do texto, bem como para o cumprimento das metas de resultado fiscal", afirmou o relator, deputado Juscelino Filho (União-MA). O deputado federal Juscelino Filho (União Brasil-MA) em imagem de arquivo Câmara dos Deputados Seguro Defeso O Seguro Defeso, benefício previdenciário pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca, também é alterado pela proposta. Segundo o texto, o benefício exigirá: necessidade de registro do beneficiário no CadÚnico; a previsão de cruzamentos de informações de cadastros oficiais; a transferência da competência para processamento de requerimentos de concessão do benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); a necessidade de comprovação do exercício da atividade pesqueira e de domicílio na área abrangida ou limítrofe àquela em que foi instituído o período de defeso. Seguro Defeso, benefício previdenciário pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca, também é alterado pela proposta. Divulgação/Ministério da Pesca e Aquicultura Pé de Meia A proposta também inclui o programa Pé de Meia no piso constitucional da educação ao classificar o incentivo como uma bolsa de estudos para estudantes matriculados no ensino médio. A economia prevista pelo Ministério da Fazenda é de R$ 4,8 bilhões, mas integrantes da base governista afirmam que o valor pode chegar a R$ 10 bilhões. “Com a inclusão do Pé de Meia no piso da educação, significa R$13 bilhões a menos para educação, assistência, permanência e política de expansão das universidades e institutos federais. Aqui tem um ataque pesado ao ensino superior”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). Regularização de bens O corte de gastos foi feito dentro de um projeto que também estabeleceu um programa de regularização patrimonial. O novo regime permite a adesão em duas modalidades: para a atualização do valor dos bens; para a regularização dos bens que não tenham sido declarados ou tenham sido declarados com omissões. O programa permite a regularização de recursos, bens ou direitos de pessoas com domicílio no Brasil em 31 de dezembro de 2024 ou que tenham tido propriedade no país antes deste período. No caso das pessoas físicas que atualizarem valores de móveis ou imóveis, será cobrado Imposto sobre a Renda de 4% sobre a diferença entre o valor da aquisição e o valor atualizado. Para as pessoas jurídicas, será permitida a inclusão do bem com valor atualizado de mercado no ativo permanente do seu balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2024, com a diferença sendo tributada com a alíquota definitiva de 4,8% de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e de 3,2% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O programa durará até 90 dias a partir da entrada em vigor da lei. O pagamento do imposto devido poderá ser feito em cotas entre os valores de R$ 1 mil. A primeira cota deverá ser paga até o último dia útil do mês de apresentação da declaração e as demais reajustadas com juros equivalentes à taxa Selic. "Assim, o texto combina justiça tributária, eficiência arrecadatória e segurança jurídica, oferecendo aos contribuintes instrumentos adequados para atualização patrimonial e regularização fiscal, enquanto proporciona ao erário receitas adicionais mediante adesão voluntária, caracterizando solução equilibrada entre os interesses públicos e privados envolvidos", afirmou o relator.
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29/10 - Haddad defende cooperação na segurança com o RJ, após STJ manter fechada refinaria suspeita de envolvimento com facção
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) vai entrar em contato com a Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) para explicar por que a refinaria Refit, localizada em Manguinhos, deve permanecer interditada — contrariando a posição do governo fluminense. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabelecer o fechamento do complexo. Haddad critica governador do RJ e defende asfixia financeira contra crime organizado A decisão do STJ, assinada pelo presidente Herman Benjamin, acolheu pedido da PGFN e anulou uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que havia autorizado, na segunda-feira (27), a retomada das atividades da Refit. “A doutora Anelize [Linze, procuradora da Fazenda Nacional] vai entrar em contato com o governador Cláudio Castro amanhã para explicar toda a problemática que o Rio está enfrentando”, disse Haddad, acrescentando que a medida se justifica porque, “aparentemente, o governador não tem conhecimento integral da situação”. O ministro afirmou que a união entre as procuradorias federal e estadual é essencial para combater irregularidades no setor de combustíveis e defendeu que o estado tem a ganhar com a cooperação. Segundo Haddad, essa articulação é necessária para evitar “cenas como as de ontem”, em referência à operação policial que deixou mais de 120 mortos em comunidades da Zona Norte do Rio. “Ninguém pode imaginar que esse tipo de situação vá atrair turista, investimento, ou que a arrecadação dele [Castro] vai aumentar”, completou o ministro. Entenda o caso A Refit foi interditada em setembro em uma operação conjunta da Receita Federal e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob suspeita de irregularidades fiscais e operacionais. Segundo o diretor-geral da ANP, Artur Watt Net, não havia evidências de que a refinaria realizava, de fato, o processo de refino de combustível, já que importava produtos praticamente prontos, como gasolina e óleo diesel. Mesmo com um passivo tributário de quase R$ 10 bilhões, o governo do Rio de Janeiro havia atuado para reabrir a refinaria, argumentando que o fechamento colocaria em risco o plano de recuperação judicial da empresa. A defesa apresentada pelo procurador-geral do estado, Renan Miguel Saad, estimava que a reabertura garantiria R$ 1 bilhão em débitos fiscais e R$ 50 milhões mensais em repasses ao estado. A decisão do TJ-RJ, agora suspensa, determinava a liberação total das atividades da refinaria e previa uma perícia técnica multidisciplinar, com prazo de cinco dias para avaliar as condições de operação, segurança e cumprimento das exigências fiscais e regulatórias. Irregularidades apontadas pela ANP De acordo com relatório da agência, foram encontradas as seguintes falhas na Refit: Descumprimento nas regras de armazenamento de combustíveis de três distribuidoras; Suspeita de importação irregular de gasolina não especificada, declarada incorretamente como nafta; Ausência de evidências de refino de petróleo; Uso de tanques não autorizados pela ANP e armazenamento de produtos de classe de risco superior; Falta de comprovação da comercialização e do uso adequado dos combustíveis.
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29/10 - Congresso tenta derrubar restrições à antecipação do saque-aniversário do FTGS, mas governo resiste
O relator de um projeto de corte de gastos, deputado Juscelino Filho (União-MA), decidiu retirar do texto a derrubada das restrições impostas pelo governo à antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FTGS). Inicialmente, o projeto previa acabar com as restrições, mas o governo resistia. Ao levar o texto à votação no plenário, Juscelino retirou esse trecho. Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta A divergência entre governo e parte da Câmara sobre esse teme vinha dificultando o avanço do projeto de lei, que traz medidas sugeridas pela gestão Lula para a contenção dos gastos públicos. O texto da contenção de gastos também estabelecia que eventuais mudanças no saque-aniversário precisam passar antes pelo Congresso. Originalmente, o projeto relatado por Juscelino tratava apenas de atualização patrimonial de bens e imóveis. O governo, entretanto, pegou "carona" na tramitação da matéria para incluir medidas fiscais que ajudarão o governo a fechar as contas para o Orçamento de 2026. O trecho envolvendo o saque-aniversário, por outro lado, foi incluído simultaneamente por Juscelino sem aval do governo. A iniciativa conta com a resistência em especial do Ministério da Fazenda. Principal obstáculo À GloboNews, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), admitiu que a questão do saque-aniversário era o principal imbróglio sobre o projeto de lei. Ele chegou a dizer que a votação poderia ser adiada. Em função do impasse, Guimarães participou de uma reunião no início da tarde desta quarta-feira (29) com o secretrário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-MA), e o relator, Juscelino Filho. 🔎Por meio do saque-aniversário, criado em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o trabalhador pode sacar parte do saldo de sua conta do FGTS, anualmente, no mês de seu aniversário. A adesão ao saque-aniversário é opcional. No começo de outubro, o Conselho Curador do FGTS anunciou as mudanças na antecipação do saque-aniversário. Com a nova regra, fica restringida a linha de crédito que antecipa parcelas dessa modalidade de saque do FGTS. Essa antecipação vem sendo feita atualmente por bancos, com cobrança de juros. G1 em 1 Minuto: Entenda o que mudou no saque-aniversário do FGTS Em média, quem adere ao saque-aniversário vem sacando até oito anos de FGTS por contrato de antecipação. Agora, haverá um limite de R$ 500 por parcela antecipada e o trabalhador poderá antecipar até 5 parcelas nos primeiros 12 meses (período de transição), totalizando no máximo R$ 2,5 mil. Antes, não havia teto de valor nem de quantidade de parcelas.
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29/10 - Globoplay completa 10 anos com Oscar inédito, crescimento em assinantes e novas produções originais
O Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo, completará 10 anos em novembro e apresentou, na quarta-feira (29), um balanço da primeira década de operação no Brasil, além dos planos e perspectivas para os próximos anos. Segundo executivos, a marca — que já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês (saiba mais abaixo) — continua a acompanhar as mudanças no comportamento do público e deve focar em ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais nos próximos anos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça “A gente costuma dizer que o Globoplay é o nosso caçula dentro do Grupo Globo. Completamos 10 anos no ano em que a plataforma conquistou o primeiro Oscar do Brasil, com um original co-produzido pelo Globoplay", disse Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Financeiros da Globo. "É um marco muito especial, em um momento em que grande parte das nossas métricas de sucesso continua avançando", completou. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo Julia Rueff, diretora-executiva do Globoplay, a plataforma chega ao décimo ano de operação consolidada como um dos principais serviços de streaming do país. A marca já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês e testá entre os líderes em engajamento, segundo dados da Kantar Media. “Temos uma proposta de valor única: o melhor do 'ao vivo' com o melhor do 'on demand' [sob demanda, na tradução para o português]”, afirmou, referindo-se a conteúdos que o usuário pode assistir quando quiser, em vez de depender de uma grade fixa de programação, como acontece na TV tradicional. A executiva destacou que o serviço cresceu 42% em base de assinantes em 2024 e mantém um ritmo de expansão de 30% neste ano, com mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumidas. A força da transmissão ao vivo também segue como um diferencial da plataforma: 67% das horas assistidas são de conteúdos ao vivo, incluindo esportes, música e entretenimento. Manuel Belmar reforçou o papel do Globoplay no desenvolvimento do audiovisual nacional. “Desde o início, o Globoplay nasceu com esse DNA de conexão entre marcas e conteúdos. Quando o mercado entendeu o potencial de combinar o gratuito com o modelo por assinatura, nós já estávamos lá”, disse. O executivo também ressaltou a importância de acompanhar as mudanças no comportamento do público, ao passo em que mira a competição no mercado global de streaming. “O desafio é entender para onde o público está indo, oferecendo soluções e inovando permanentemente”, afirmou. “No Brasil, o Globoplay tem uma posição quase incomparável, somos um gigante pronto para competir. Sempre competimos desde sempre com os grandes players de escala.” Estratégia de conteúdo Globoplay logo TV Globo Responsável pela curadoria de conteúdo da plataforma, Tatiana Costa afirmou que o foco é ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais. “Queremos falar com o público jovem, expandir para além do eixo Rio-São Paulo e atrair mais homens para a plataforma. Hoje, 65% do nosso público é composto por mulheres acima de 35 anos”, explicou. Para 2026, o Globoplay planeja um crescimento de 68% nas produções originais, incluindo séries, novelas e documentários. Entre os destaques anunciados estão: “Paranoia”, nova série em desenvolvimento com o criador de Euphoria, Ron Leshem, voltada ao público jovem; Adaptação de “Uma Mulher no Escuro”, segundo livro de Raphael Montes, após o sucesso de "Dias Perfeitos"; O lançamento do centésimo documentário original da plataforma, consolidando o Globoplay como “a casa dos documentários”. Os Estúdios Globo também criaram uma nova frente de produção multiplataforma de dramaturgia curta. O primeiro título é "Vida Paralelas", de Walcyr Carrasco, e que terá 40 capítulos. A obra está em fase de roteiro e ainda não tem data prevista de publicação no Globoplay. "Dias Perfeitos", série Original Globoplay Divulgação O Globoplay também celebra seus 10 anos destacando o impacto do filme "Ainda Estou Aqui", que marcou um feito histórico ao conquistar o primeiro Oscar do Brasil para uma produção original da plataforma. Dirigido por Walter Salles, o longa-metragem disputava o troféu com "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia). “Foi um ano espetacular para o Globoplay, o ano de 2025. 'Ainda Estou Aqui’ levou milhões de pessoas aos cinemas — a maior bilheteria do cinema nacional — e também é o filme mais consumido no Globoplay. A gente tem um orgulho muito grande de colocar a nossa assinatura nele.” Antes de chegar ao Globoplay, em abril, o filme permaneceu 21 semanas em cartaz e foi visto por mais de 5,8 milhões de pessoas nos cinemas em 42 países. Fernanda Torres em 'Ainda estou aqui' (2024) Divulgação Crescimento em publicidade Julia Rueff também comemorou o desempenho comercial da plataforma, que teve alta de 86% em receita publicitária em 2024. “Se somos relevantes para o consumidor, também somos relevantes para a publicidade. Temos uma combinação de receptividade, impulsionamento e lembrança de marca, com crescimento de dois dígitos ano após ano”, afirmou. Segundo os executivos da plataforma, o Globoplay caminha para atingir equilíbrio financeiro. “Em abril, devemos fechar pela primeira vez no azul, com projeção positiva para o ano que vem”, disse. O Globoplay ocupa hoje o segundo lugar de audiência no Brasil, segundo a Kantar Media. Para 2026, a plataforma promete seguir apostando em formatos inovadores, como os microdramas, e em parcerias com produtoras nacionais e internacionais, reforçando o papel estratégico da integração entre as diferentes janelas da Globo. “Temos a força da TV aberta, da TV por assinatura e do streaming. Essa combinação é muito poderosa”, afirmou Manuel Belmar. Manuel Belmar, Julia Rueff e Tatiana Costa participam de evento sobre os 10 anos do Globoplay, em SP g1
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29/10 - Fed corta juros dos EUA pela 2ª reunião seguida, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano
Foto de arquivo: O presidente dos EUA, Donald Trump, observa Jerome Powell, seu indicado para presidir o Federal Reserve (Fed), durante discurso na Casa Branca, em Washington, EUA, em 2 de novembro de 2017. REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (29), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Esse foi o segundo corte consecutivo nos juros do país — e o segundo em 2025. Na reunião anterior, realizada em 17 de setembro, o Fed encerrou um período de nove meses sem reduções, ao ajustar a taxa para a banda de 4% a 4,25% ao ano. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A decisão desta quarta foi motivada pela preocupação do BC dos EUA com o enfraquecimento do mercado de trabalho, apesar da escassez de dados atualizados sobre a taxa de ocupação — consequência do shutdown, que já dura 29 dias. 🔎 O shutdown é a paralisação parcial do governo dos EUA quando o Congresso não aprova o orçamento. Durante o período, órgãos públicos suspendem serviços não essenciais — incluindo a divulgação de dados econômicos. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado, que os ganhos de emprego desaceleraram neste ano, enquanto a taxa de desemprego aumentou ligeiramente. "Indicadores mais recentes são compatíveis com esses movimentos", diz o texto. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Ele também disse que o corte de juros em dezembro está "longe" de ser uma certeza. (leia mais abaixo) Enquanto isso, a divulgação excepcional dos dados de inflação — realizada apesar do shutdown — mostrou números abaixo do esperado. Esse resultado levou o Fed a priorizar a preocupação com o mercado de trabalho em vez de focar no avanço dos preços. Isso acontece porque o banco central dos EUA tem um mandato duplo: precisa estimular o emprego e controlar a inflação. 🤔 De um lado, cortes nos juros costumam tornar o ambiente mais favorável ao mercado de trabalho. Do outro, também podem pressionar a inflação ao tornar o crédito mais acessível. "O Comitê busca alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza em relação às perspectivas econômicas permanece elevada. O Comitê está atento aos riscos que afetam os dois lados de seu duplo mandato e avalia que os riscos de enfraquecimento do emprego aumentaram nos últimos meses", declarou o Fomc. ➡️ A política de juros nos EUA gera reflexos no Brasil. Quando as taxas americanas caem, tende a diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada. Além disso, há possíveis efeitos sobre o câmbio, com valorização do real frente ao dólar. (leia mais abaixo) A decisão desta quarta-feira foi a sétima desde que Donald Trump assumiu como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro — e a segunda com redução dos juros. Desde a posse, o cenário econômico se tornou mais adverso diante da guerra tarifária promovida pelo republicano. Economistas, agentes do mercado e o próprio Fed têm destacado os impactos nos EUA das sobretaxas aplicadas por Trump. Um dos principais receios é o aumento da inflação ao consumidor americano, uma preocupação que levou o BC do país a postergar a decisão de reduzir os juros. Nos últimos meses, no entanto, dados de um mercado de trabalho mais fraco indicaram uma desaceleração da economia americana, permitindo o corte pelo Fed. Ao mesmo tempo, a inflação permaneceu sob controle, embora continue acima da meta de 2% da instituição. "A inflação subiu em relação ao início do ano e continua um pouco elevada", declarou o Fomc em comunicado. O colegiado também afirmou que "continuará monitorando as implicações das novas informações para as perspectivas econômicas" e que está "preparado para ajustar a política monetária, se necessário, caso surjam riscos que possam comprometer o alcance de seus objetivos". Apenas dois integrantes do Fomc votaram contra a decisão desta quarta: Stephen Miran, indicado ao Fed pelo presidente Donald Trump, que defendeu reduzir os juros em 0,50 ponto, e Jeffrey Schmid, que preferia manter a taxa inalterada. O que disse Jerome Powell O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Em entrevista a jornalistas, ele também comentou as expectativas para a próxima decisão sobre os juros. “Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões fortemente divergentes sobre como proceder em dezembro”, afirmou. “Uma nova redução da taxa básica na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável. Longe disso: a política monetária não está em um curso pré-determinado", acrescentou. Os mercados acionários recuaram nos EUA após os comentários de Powell sobre as perspectivas para a política monetária, enquanto investidores diminuíram as apostas em novos cortes de juros. Em comunicado, o Fomc também anunciou que vai encerrar, em dezembro, o programa de aperto quantitativo (QT) — processo em que o banco central reduzia gradualmente o volume de títulos que possui, retirando dinheiro do sistema financeiro. 🔎 Com isso, o Fed passará a reinvestir os recursos de títulos que vencem, mantendo a liquidez no mercado. Isso significa que mais dinheiro ficará disponível para empréstimos, aliviando o custo do crédito e oferecendo apoio à economia e ao mercado de trabalho, que têm mostrado sinais de desaceleração. Sobre o assunto, Powell afirmou que houve “um aperto mais significativo” nas condições de crédito de curto prazo nas últimas semanas. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Reuters Ataques ao Fed Donald Trump intensificou sua ofensiva contra o Federal Reserve desde que assumiu a Presidência. Na terça-feira (28), ele voltou a criticar o presidente da instituição, Jerome Powell, ao chamá-lo de “incompetente” durante um jantar com empresários em Tóquio. "Temos um chefe incompetente do Fed. Temos um cara ruim, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo", afirmou. Trump acrescentou que gostaria de ver Scott Bessent no comando do banco central dos EUA, mas disse que seu secretário do Tesouro recusou a ideia. “Estou pensando nele para o Fed, mas ele não aceitará o cargo. Ele gosta de ser secretário do Tesouro.” Após meses criticando Powell — a quem já chamou de "burro" e "teimoso" — o republicano também passou a mirar na indicação de nomes alinhados à sua agenda econômica. A Suprema Corte dos EUA vai analisar em janeiro a tentativa de Donald Trump de demitir Lisa Cook da diretoria do Fed. Enquanto isso, ela permanece no cargo. O republicano também já nomeou Stephen Miran para substituir Adriana Kugler, diretora que antecipou sua renúncia em agosto. Caso a Justiça confirme a demissão de Lisa Cook, Trump terá garantido ao menos duas indicações para a diretoria do Federal Reserve. Em meio às movimentações no Fed, caso Trump alcançasse a maioria de aliados no conselho da instituição — que tem sete membros —, ele teria maior influência sobre a aprovação das nomeações nos 12 bancos regionais. Assim, ampliaria sua interferência sobre a política monetária. Efeito dos juros no Brasil — e nos mercados Juros mais baixos nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos. Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que direcionam seus recursos para os EUA, fortalecendo o dólar. Dessa forma, quando os juros caem por lá, investidores podem buscar oportunidades em outros países, como o Brasil, aumentando o fluxo de capital e valorizando o real em relação à moeda norte-americana. Além disso, um dólar mais fraco reduz a pressão sobre a inflação por aqui, com reflexos no ciclo de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil. Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington, EUA (maio/2020) Kevin Lamarque / Reuters
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29/10 - Santander Brasil tem lucro líquido de R$ 4 bilhões no 3º trimestre, acima das expectativas
O Santander Brasil teve um lucro de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (29) e ficou acima das previsões de analistas, que esperavam cerca de R$ 3,7 bilhões. Segundo o banco, o bom desempenho veio principalmente de uma melhora na rentabilidade — ou seja, o quanto ele consegue lucrar com o dinheiro que administra — e de um aumento nos ganhos com clientes, apesar de ter sido necessário reservar mais recursos para cobrir possíveis calotes. Essas reservas para perdas com empréstimos, conhecidas como “provisões”, cresceram 10,5% em um ano e somaram R$ 7,51 bilhões. 🔎 Esse valor é separado para o caso de pessoas ou empresas não conseguirem pagar o que devem. A recuperação de dívidas atrasadas também aumentou, chegando a R$ 986 milhões. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 Mesmo assim, na comparação com o segundo trimestre, o banco conseguiu reduzir ligeiramente essas provisões e melhorar a recuperação de crédito, o que indica um sinal de melhora recente na inadimplência. O Santander explicou que o aumento das dívidas em atraso ao longo do ano foi influenciado por fatores da economia, como os juros ainda altos, que dificultam o pagamento de empréstimos, e o crescimento dos pedidos de recuperação judicial. A margem financeira — basicamente, o quanto o banco ganha com empréstimos e investimentos — ficou quase estável, em R$ 15,2 bilhões. O resultado com clientes cresceu 11%, mas o desempenho nas operações de mercado (como aplicações financeiras e câmbio) registrou perda de R$ 1,3 bilhão, contra um ganho de R$ 325 milhões um ano antes. Mesmo com isso, o retorno sobre o patrimônio (indicador que mede o lucro em relação ao valor que os acionistas têm no banco) subiu para 17,5%, ante 16,4% no trimestre anterior. Empréstimos e financiamentos A carteira total de crédito do Santander — o volume total de empréstimos e financiamentos — chegou a R$ 688,8 bilhões, um aumento de 3,8% em um ano. Já o índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) subiu para 3,4%, contra 3,1% em junho, refletindo principalmente atrasos entre pessoas de menor renda e pequenas empresas. O indicador que mede o surgimento de novos calotes (chamado “NPL formation”) ficou em R$ 6,6 bilhões, com alta de 12,5% em relação a 2024. O banco afirmou que parte desse aumento veio de empréstimos que já estavam atrasados no primeiro semestre e acabaram sendo contabilizados agora. No crédito rural, o banco reduziu o volume de empréstimos tanto para pessoas físicas (queda de 16,5%) quanto para empresas do setor (queda de 7,8%). No fim de setembro, o Santander Brasil tinha um índice de capitalização de 15,2%, um nível considerado confortável. O banco também reduziu o número de agências e funcionários: agora são 961 lojas e 51,7 mil empregados, contra mais de 1,2 mil agências e 55 mil funcionários um ano atrás. Fachada de agência do Santander Divulgação
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29/10 - Ibovespa supera os 148 mil pontos e renova recorde com corte de juros nos EUA; dólar fecha a R$ 5,35
Trump critica o presidente do Fed e espera substituí-lo em alguns meses O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (29) em alta de 0,82%, aos 148.633 pontos, atingindo uma nova máxima histórica. Este foi o 18º recorde do índice em 2025, segundo dados da B3. Ao longo da sessão, o principal índice da bolsa também superou os 149 mil pontos pela primeira vez. Depois, perdeu força. Já o dólar fechou em leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,3580. O mercado reagiu à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, de cortar os juros do país. Além disso, o cenário geopolítico continuou em evidência, com avanços nas negociações comerciais entre EUA e China e movimentações diplomáticas de Donald Trump na Ásia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reduziu as taxas de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. Juros mais baixos no país beneficiam mercados emergentes, com o brasileiro. ▶️ Esse foi o segundo corte consecutivo nas taxas do país, e veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. O ânimo dos investidores só não foi maior porque o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em entrevista a jornalistas que não há consenso para a próxima decisão do colegiado. ▶️ Ontem, o Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que revoga as tarifas impostas ao Brasil pelo governo Trump. Apesar disso, a medida deve enfrentar resistência na Câmara, onde os parlamentares aprovaram uma norma que restringe tentativas de derrubar as tarifas do republicano. ▶️ Na Ásia, Donald Trump segue em encontros com líderes internacionais e aumenta a expectativa para a reunião com o presidente chinês, Xi Jinping. A China confirmou que os dois chefes de Estado devem se encontrar na quinta-feira, na Coreia do Sul. ▶️ Já a Nvidia fez história nesta quarta-feira ao se tornar a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, após uma ascensão meteórica que consolidou sua posição na corrida global da inteligência artificial. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,63%; Acumulado do mês: +0,67%; Acumulado do ano: -13,30%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,68%; Acumulado do mês: +1,64%; Acumulado do ano: +23,57%. Fed corta juros dos EUA O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, veio em linha com as expectativas do mercado. Esse foi o segundo corte consecutivo nos juros do país. Na reunião anterior, realizada em 17 de setembro, o Fed encerrou um período de nove meses sem reduções, ao ajustar a taxa para a banda de 4% a 4,25% ao ano. A decisão desta quarta foi motivada pela preocupação do BC dos EUA com o enfraquecimento do mercado de trabalho, apesar da escassez de dados atualizados sobre a taxa de ocupação — consequência do shutdown, que já dura 29 dias. Enquanto isso, a divulgação excepcional dos dados de inflação — realizada apesar do shutdown — mostrou números abaixo do esperado. Esse resultado levou o Fed a priorizar a preocupação com o mercado de trabalho em vez de focar no avanço dos preços. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Em entrevista a jornalistas, ele também comentou as expectativas para a próxima decisão sobre os juros. “Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões fortemente divergentes sobre como proceder em dezembro”, afirmou. “Uma nova redução da taxa básica na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável. Longe disso: a política monetária não está em um curso pré-determinado", acrescentou. Senado americano dá aval a projeto contra tarifas O Senado dos EUA aprovou na noite da terça-feira (28) um projeto de lei que prevê a anulação das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil, incluindo produtos como petróleo, café e suco de laranja. 💰 Apesar do aval do Senado, a proposta — apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia — tem poucas chances de avançar. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara, controlada pelos republicanos. Recentemente, a Casa implementou novas regras que permitem à liderança barrar o avanço de projetos relacionados a tarifas. Além disso, Trump poderia vetar a proposta. Para o senador Kaine, as votações são uma maneira de forçar o Senado a debater “a destruição econômica causada pelas tarifas”. Na prática, portanto, a medida tem principalmente caráter simbólico e busca expor a insatisfação com a política tarifária do governo Trump. Além disso, o projeto é visto como um teste da adesão dos senadores republicanos à política comercial de Trump. O texto propõe revogar o estado de emergência nacional, mecanismo usado pelo presidente para impor tarifas de importação de até 50% sobre produtos brasileiros desde agosto. Nesse sentido, a votação no Senado, que terminou com placar de 52 a 48 pela aprovação, evidenciou uma resistência dentro do Partido Republicano às tarifas impostas por Trump. Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução, ao lado de todos os democratas. Foram eles: Susan Collins (Maine) Mitch McConnell (Kentucky) Lisa Murkowski (Alasca), Rand Paul (Kentucky) Thom Tillis (Carolina do Norte). Bolsas globais Os mercados internacionais encerraram o dia de olho na decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros. Em Wall Street, os índices fecharam sem direção definida após o comunicado do Fed. As ações recuaram pouco depois que Jerome Powell afirmou que o corte de juros em dezembro “está longe" de ser uma certeza. O S&P 500 encerrou estável, aos 6.890,73 pontos. Já o Dow Jones recuou 0,15%, aos 47.632,65 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,55%, aos 23.958,47 pontos. Na véspera, os três principais indicadores haviam fechado em recorde histórico pelo terceiro pregão consecutivo. As bolsas europeias encerraram em sua maioria com queda, enquanto os investidores seguiam cautelosos antes da decisão de juros norte-americanos. Além disso, a temporada de balanços na região também foi movimentada, com os resultados de empresas como: Airbus, UBS, Banco Santander, Equinor, Deutsche Bank, BASF, Adidas, GSK e Endesa. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,10%, aos 575,19 pontos, o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,64%, aos 24.124,21 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,19%, aos 8.200,88 pontos. Na contramão de seus pares, o FTSE 100, de Londres, destoou dos demais e subiu 0,61%, aos 9.756,14 pontos. Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados por balanços corporativos positivos e pelo otimismo com as negociações entre os EUA e a China. As ações chinesas atingiram o maior nível em dez anos, com destaque para os setores de energia e metais. Na China, o índice de Xangai subiu 0,7%, alcançando o nível mais alto desde 2015, enquanto o CSI300 avançou 1,19%, o maior patamar desde 2022. Em Tóquio, o Nikkei ganhou 2,17%; em Seul, o Kospi subiu 1,76%; e em Taiwan, o Taiex avançou 1,24%. Já em Cingapura, o Straits Times teve leve queda de 0,24%. O mercado de Hong Kong permaneceu fechado por feriado local. *Com informações da agência de notícias Reuters. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP
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29/10 - Trump diz que chegou a acordo comercial com a Coreia do Sul
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (29) que um acordo comercial foi fechado com a Coreia do Sul. A declaração fez o won se valorizar frente ao dólar, já que o pacto promete reduzir a incerteza que pairava sobre a economia sul-coreana, fortemente dependente do comércio exterior. “Nós conseguimos, conseguimos. Chegamos a um acordo”, disse Trump, ao ser questionado se o pacto havia sido firmado, antes de participar de um jantar oferecido pelo presidente sul-coreano, Lee Jae Myung. “Firmamos nosso acordo, praticamente concluído”, acrescentou mais tarde. Os países finalizaram um acordo que inclui tarifas sobre automóveis e especifica os compromissos de investimento da Coreia do Sul, segundo Kim Yong-beom, assessor do presidente sul-coreano. De acordo com Yong-beom, o acordo prevê uma redução para 15% das tarifas que ambos os países impõem mutuamente sobre os automóveis. Inclui também um plano de investimentos sul-coreanos no valor de 350 bilhões de dólares (R$ 1,8 trilhão) nos Estados Unidos, "dos quais 200 bilhões de dólares (R$ 1,07 trilhão) serão em dinheiro e 150 bilhões de dólares (R$ 805 bilhões) para cooperação no setor de construção naval", afirmou. Sem o acordo, fabricantes sul-coreanos de automóveis e aço teriam de pagar tarifas de 25%, o que os colocaria em desvantagem frente aos concorrentes japoneses, que pagam 15% após o pacto firmado entre Tóquio e Washington. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 A cúpula entre Trump e Lee ocorreu durante a viagem do presidente dos EUA por três países asiáticos, iniciada na Malásia, com uma reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático. Autoridades sul-coreanas afirmaram que os dois países ainda estão “profundamente” divididos sobre a parte financeira de um pacote de investimentos de US$ 350 bilhões, já que Seul tenta reduzi-lo ao ampliar a fatia de empréstimos e garantias. Xi e Trump vão se reunir na Coreia Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque A China confirmou que o presidente Xi Jinping se reunirá com Donald Trump na quinta-feira (30), na Coreia do Sul, em um encontro amplamente aguardado por investidores e agentes do mercado, que esperam uma trégua após meses de tensões comerciais. “Os dois chefes de Estado discutirão em profundidade questões estratégicas e de longo prazo das relações bilaterais”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira (29), sem mencionar diretamente o acordo comercial que os líderes das duas maiores economias do mundo devem tratar na cidade portuária de Busan. “Estamos dispostos a trabalhar em conjunto com os Estados Unidos para garantir resultados positivos neste encontro e dar novo fôlego ao desenvolvimento contínuo das relações entre China e EUA”, afirmou Guo Jiakun. Mais cedo nesta quarta-feira, Trump declarou, a bordo do avião presidencial Força Aérea Um, que ele e o presidente Xi alcançarão “um bom acordo” para ambos os países, enquanto seguiam rumo à Coreia do Sul. A expectativa pelo encontro entre Trump e Xi ajudou a estabilizar os mercados no último mês, após novas tensões elevarem o temor de que ambos se afastassem das negociações destinadas a encerrar a guerra tarifária que abalou as cadeias globais de suprimentos. Washington atribui a escalada da guerra comercial aos novos controles de exportação de terras raras impostos por Pequim, enquanto a China alega que o conflito se intensificou após os EUA restringirem ainda mais os investimentos de empresas chinesas em território americano. Xi permanecerá na Coreia do Sul de quinta a sábado para participar da reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e realizar uma visita de Estado. Trump, no entanto, não participará da cúpula regional. Washington e Pequim também divergem sobre o comércio de fentanil, semicondutores avançados, controles de terras raras e exportações de soja. *Com informações das agências Reuters e France Presse O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de um jantar de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) oferecido pelo presidente sul-coreano Lee Jae-myeung em Gyeongju, Coreia do Sul Reuters
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29/10 - Com valor recorde, Nubank ultrapassa Petrobras e lidera ranking das maiores empresas do país
O Nubank alcançou um novo marco no mercado financeiro ao atingir valor de mercado de US$ 76,97 bilhões, ultrapassando a Petrobras (US$ 74,67 bilhões) e se consolidando como a empresa mais valiosa do Brasil, segundo dados do site Companies Market Cap, divulgados nesta terça-feira (28). Com esse desempenho, o banco digital também supera nomes tradicionais como Itaú (US$ 72,54 bilhões), Vale (US$ 49,60 bilhões) e BTG Pactual (US$ 49,60 bilhões), completando o grupo das cinco companhias brasileiras de maior valor na Bolsa. Na América Latina, o Nubank ocupa a segunda posição, atrás apenas do Mercado Livre, que vale US$ 116,1 bilhões. Em escala global, a fintech figura como a 40ª maior empresa do setor financeiro, à frente de gigantes internacionais como BNY Mellon (US$ 75,62 bilhões), Barclays (US$ 75,05 bilhões) e US Bancorp (US$ 73,55 bilhões). Veja vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 As ações do Nubank acumulam alta de 53,7% em 2025, encerrando o pregão de terça a US$ 15,93 — próxima do recorde histórico de US$ 16,30, registrado em 22 de setembro. Veja o ranking das 10 companhias brasileiras com maior valor de mercado: Nubank, com US$ 76,97 bilhões Petrobras, com US$ 74,67 bilhões Itaú Unibanco, com US$ 72,69 bilhões Vale, com US$ 49,60 bilhões BTG Pactual, com US$ 49,41 bilhões Santander Brasil, com US$ 40,94 bilhões Ambev, com US$ 34,88 bilhões Bradesco, com US$ 33,29 bilhões Weg, com US$ 33,13 bilhões Klabin, com US$ 24,01 bilhões Em outubro, a Nu Holdings, controladora do Nubank, conquistou o 4º lugar no ranking das 100 empresas que mais crescem em 2025, elaborado pela revista Fortune, que destaca companhias de capital aberto com maior crescimento médio nos últimos três anos. A Nvidia ficou na liderança, seguida pela Royal Caribbean, do setor de cruzeiros, e pela Supermicro, fornecedora de soluções para data centers. O ranking reúne empresas de capital aberto que apresentaram o maior ritmo de expansão nos últimos três anos, com base em indicadores como receita, lucro e retorno aos acionistas. A metodologia considera a variação da receita, o crescimento do lucro por ação e o retorno total obtido pelos investidores no período analisado. “Mais do que os números, este reconhecimento comprova que nosso modelo operacional digital e de baixo custo é eficiente. Ao usar tecnologia para manter uma estrutura enxuta, conseguimos repassar economias aos clientes e estimular o crescimento orgânico”, afirmou Cristina Junqueira, diretora de crescimento (Chief Growth Officer) da Nu Holdings. De acordo com o relatório do segundo trimestre, o banco digital alcançou 123 milhões de clientes, com taxa de atividade mensal superior a 83% e receita recorde de US$ 3,7 bilhões — um aumento de 40% em relação ao ano anterior. O custo médio para atender cada cliente ativo permanece estável, em US$ 0,8 por mês. Banco mais valioso da América Latina Nos últimos anos, o Nubank tem disputado com o Itaú Unibanco o posto de banco mais valioso da América Latina. Em fevereiro, o Itaú retomou a liderança após uma queda superior a 15% nas ações do Nubank em um único dia. Em maio de 2024, o Nubank reassumiu o topo do ranking regional ao registrar lucro de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre, alta superior a 160% em relação ao mesmo período do ano anterior. Naquele momento, o Nubank tinha valor de mercado estimado em R$ 297 bilhões, ante R$ 288 bilhões do Itaú. Em janeiro de 2025, o Nubank também superou o Itaú em número de clientes. Dados do Banco Central indicam que, no último trimestre de 2024, o banco digital contava com cerca de 100,8 milhões de clientes, ante 98,5 milhões do concorrente. Hoje, a instituição ocupa o terceiro lugar entre os maiores bancos do país em número de correntistas, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (157,5 milhões) e do Bradesco (110,5 milhões). Nubank é a maior das fintechs do Brasil Getty Images via BBC
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29/10 - Quem é o CEO da Kodak, filho de costureira e zelador, que tenta resgatar ícone da fotografia da falência
O CEO da Kodak que tenta resgatar ícone da fotografia da crise Desde que a Kodak saiu da falência, em 2013, o executivo James Continenza, de 63 anos, assumiu a presidência da empresa, com a missão de recolocar nos trilhos uma das marcas mais icônicas da história da fotografia e que perdeu espaço com a popularização das câmeras digitais e dos smartphones. O executivo, de origem ítalo-americana, filho de uma costureira e de um zelador, costuma circular pessoalmente pelas fábricas da Eastman Kodak, que hoje emprega cerca de 4 mil pessoas, segundo o jornal britânico Financial Times. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? “Quando você anda por lá, encontra gente da classe trabalhadora, feliz em te ver e conversar com você”, disse em entrevista ao Financial Times nesta semana. “Muitos funcionários de grandes empresas passam 30 ou 40 anos sem nunca conhecer o CEO. Isso, para mim, é inacreditável.” Continenza construiu sua carreira recuperando companhias em crise. Passou por empresas de telecomunicação como AT&T e Lucent e se especializou em “turnaround” — o processo de reerguer negócios em dificuldade. Entrou no conselho de administração da Kodak a convite dos credores, em 2013. Foi nomeado presidente executivo do conselho em 2019, e CEO da empresa em julho de 2020. Desde então, trocou o escritório pelas visitas a clientes, fornecedores e unidades de produção. Ao Financial Times, o executivo contou que, quando chegou à empresa, a burocracia era enorme e as decisões demoravam demais. “Levava dias para marcar uma reunião com meus diretores e semanas para que cada divisão apresentasse informações básicas, como quem eram seus principais clientes”, afirmou. “Era como dirigir um carro vendado.” O executivo disse, ainda, que atualmente reduziu a hierarquia e centralizou decisões em um grupo menor de executivos. “Simplificamos tudo. Cada área foca no que faz melhor”, contou ao jornal britânico. Jim Continenza, presidente da Kodak. Divulgação/Kodak Continenza afirmou, ainda, que um dos momentos mais marcantes de sua gestão foi uma visita que fez ao Museu George Eastman, em Rochester, estado de Nova York, onde está localizada a sede da companhia. Lá, viu câmeras inovadoras criadas pela Kodak — mas que nunca tiveram sucesso comercial. “Gastamos milhões nesses projetos e tivemos pouco retorno. Eu preferia ter investido esse dinheiro nos funcionários e acionistas”, disse ao Financial Times. Do auge à queda A trajetória da Kodak começou em 1879, quando George Eastman registrou sua primeira patente para uma máquina de revestimento de chapas. Em 1888, lançou sua primeira câmera por US$ 25 (R$ 134,23 na cotação atual), com o slogan: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Durante o século XX, dominou o mercado mundial de filmes e câmeras, tornando-se um símbolo da era analógica. Câmeras Kodak Instamatic: Lançadas em 1963, as câmeras Instamatic usavam filmes em cartucho de fácil carregamento, tornando a fotografia amadora mais acessível e popular. Divulgação Mas, ironicamente, foi uma tecnologia criada dentro da própria empresa — a fotografia digital, em 1975 — que iniciou seu declínio. A Kodak demorou a apostar nesse novo modelo de negócio e perdeu espaço rapidamente. Nos anos 1990, as vendas despencaram, e em 2012 a companhia pediu falência, com dívidas de cerca de US$ 6,75 bilhões (R$ 36 bilhões). Em 1975, Steven Sasson, enquanto trabalhava na Kodak, inventou a primeira câmera digital do mundo Divulgação A partir de 2020, a Kodak diversificou suas atividades e passou a produzir também insumos farmacêuticos a pedido do governo dos EUA. Hoje, mantém a fabricação de filmes para cinema, produtos químicos industriais e licencia sua marca para diferentes itens de consumo. Mesmo assim, o peso das dívidas continua sendo um desafio. Em junho, a empresa informou que não tem recursos suficientes para quitar cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) em débitos. O relatório financeiro da companhia reconheceu que essa situação “levanta dúvidas” sobre sua capacidade de manter as operações no longo prazo. No segundo trimestre deste ano, a Kodak registrou prejuízo de US$ 26 milhões e queda de 1% na receita em relação a 2024. Plano de recuperação Para reduzir custos e tentar estabilizar as contas, a Kodak encerrou seu antigo plano de previdência privada — que era superfinanciado — e criou um novo modelo para os funcionários atuais. Parte do dinheiro liberado será usada para pagar dívidas. Segundo o Financial Times, Continenza espera concluir esse processo, conhecido como “reversão da previdência”, até o ano que vem, e diz ter alternativas de financiamento caso o cronograma atrase. Segundo ele, ainda levará cerca de dois anos para que a estratégia de recuperação seja totalmente executada. Atualmente, a empresa concentra seus investimentos em três frentes: impressão comercial, materiais e produtos químicos avançados — como revestimentos para baterias e antenas — e farmacêutica, com a produção de reagentes aprovados pela agência americana FDA, a Anvisa dos Estados Unidos. Além disso, mantém a produção de filmes analógicos, que voltaram a ser procurados por fotógrafos e cineastas, e continua licenciando a marca Kodak para outros produtos. Segundo Continenza, cerca de 90% da reestruturação da companhia já foi concluída. “Quando terminar, vou sair”, afirmou ao jornal britânico. “Aí será a hora de outra pessoa assumir e levar a Kodak para o próximo capítulo.” Logo da Kodak Divulgação
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29/10 - Cláudio Castro fica no Rio nesta quarta, onde receberá ministros de Lula
Claudio Castro ameniza tom das críticas ao governo federal sobre operação no Rio O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse ao blog que ficará no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (29), onde participará de reuniões sobre a operação policial desta terça, que se tornou a mais letal da história do estado. Em seguida, ele vai receber os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Casa Civil, Rui Costa. Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Castro confirmou a decisão após um ruído sobre a possibilidade de viajar a Brasília. “Vou me reunir com as forças de segurança e aguardar o ministro Lewandowski aqui no Rio”, afirmou o governador. Mais cedo, Rui Costa disse que ele e Lewandowski iriam ao estado para tratar da crise na segurança pública fluminense após a megaoperação no Complexo do Alemão e na Penha, que deixou 64 mortos, incluindo quatro policiais. Lula deve se reunir com ministros ainda na manhã desta quarta-feira para discutir o tema. Claudio Castro dá entrevista após operação policial que deixou mais de 60 mortos PABLO PORCIUNCULA / AFP
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28/10 - Comissão adia análise da MP que prevê mudanças no setor elétrico
Um pedido de vista coletiva (mais tempo para análise) suspendeu, nesta terça-feira (28), a análise do relatório da medida provisória que propõe mudanças estruturais no setor elétrico. A discussão será retomada nesta quarta-feira (29), às 11h. Entre os principais pontos da proposta estão: a fixação de um teto para os gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com correção anual pelo IPCA a partir de 2027; e a abertura gradual do mercado livre de energia, permitindo que todos os consumidores, inclusive residenciais, possam escolher de quem comprar eletricidade — algo hoje restrito a grandes empresas. A MP perde a validade no dia 7 de novembro. Ou seja, precisa ser aprovada até lá para não perder a validade. Raio-x da política: Reforma do setor elétrico divide opiniões O que é a CDE A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é um fundo setorial que financia políticas públicas do setor elétrico. Criada por lei, ela custeia ações como: a tarifa social para famílias de baixa renda; o programa Luz para Todos; a geração de energia em áreas isoladas; subsídios a fontes renováveis; e compensações a microgeradores, como consumidores que produzem energia solar. Principais mudanças propostas O relator da MP, senador Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou o parecer nesta terça e informou ter acolhido 109 das mais de 400 emendas apresentadas por parlamentares. Segundo ele, a votação deve ocorrer na próxima semana no Senado. Teto para a CDE Braga propõe um limite máximo de arrecadação para as despesas da CDE — exceto as que se destinam a políticas públicas. O teto começará a valer a partir de 2027, com base no orçamento real da CDE de 2025. O valor estimado para 2024 é de R$ 49,2 bilhões, mas o relator destacou que o montante não deve ser integralmente utilizado. Para eventuais insuficiências de recursos, o texto cria o Encargo de Complemento de Recursos (ECR), que será financiado pelos beneficiários da própria CDE, na proporção do benefício obtido. Ficam isentos do pagamento do ECR: beneficiários do Luz para Todos; consumidores de baixa renda; beneficiários da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC); custos administrativos da CDE, CCC e da Reserva Global de Reversão (RGR); e perdas de energia em estados cujas capitais não estavam ligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até 9 de dezembro de 2009. Abertura do mercado livre de energia O relatório prevê que todos os consumidores poderão, de forma escalonada, escolher o fornecedor de energia elétrica. O cronograma de implantação será: até 24 meses após a sanção da MP, para consumidores industriais e comerciais; até 36 meses, para os demais consumidores. O texto também cria a figura do Supridor de Última Instância (SUI) — empresa responsável por garantir o fornecimento emergencial de energia em caso de falhas ou interrupções. Armazenamento de energia O parecer inclui sistemas de armazenamento no planejamento da expansão da rede elétrica, com regras de remuneração e acesso para estimular o uso de tecnologias que aumentem a flexibilidade e a segurança do sistema. Braga propõe incentivos fiscais para sistemas de baterias de armazenamento de energia (BESS), incluindo isenção de PIS/Pasep, Cofins e IPI, além de redução a zero da alíquota de importação desses equipamentos até 2026, antecipando os efeitos da reforma tributária de 2027. O texto fixa ainda um limite de renúncia fiscal de R$ 1 bilhão, monitorado por relatórios bimestrais da Receita Federal. Caso o teto seja atingido, a isenção será automaticamente extinta no mês seguinte, após audiência pública no Congresso, seguindo o modelo do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). Comercialização de gás pela PPSA O relatório também autoriza que a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) possa comercializar o gás natural da União, com o objetivo de reduzir tarifas e incentivar o desenvolvimento industrial.
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28/10 - Senado dos EUA aprova projeto de lei para encerrar tarifas de Trump contra o Brasil
Perguntas e respostas sobre o encontro entre Lula e Trump O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta terça-feira (28) um projeto de lei que prevê a anulação das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil, incluindo produtos como petróleo, café e suco de laranja. Apesar do aval do Senado, a proposta — apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia — tem poucas chances de avançar. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara, controlada pelos republicanos. Recentemente, a Casa implementou novas regras que permitem à liderança barrar o avanço de projetos relacionados a tarifas. Além disso, Trump poderia vetar a proposta. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para o senador Kaine, as votações são uma maneira de forçar o Senado a debater “a destruição econômica causada pelas tarifas”. Na prática, portanto, a medida tem principalmente caráter simbólico e busca expor a insatisfação com a política tarifária do governo Trump. Além disso, o projeto é visto como um teste da adesão dos senadores republicanos à política comercial de Trump. O texto propõe revogar o estado de emergência nacional, mecanismo usado pelo presidente para impor tarifas de importação de até 50% sobre produtos brasileiros desde agosto. Nesse sentido, a votação no Senado, que terminou com placar de 52 a 48 pela aprovação, evidenciou uma resistência dentro do Partido Republicano às tarifas impostas por Trump. Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução, ao lado de todos os democratas. Foram eles: Susan Collins (Maine), Mitch McConnell (Kentucky), Lisa Murkowski (Alasca), Rand Paul (Kentucky) e Thom Tillis (Carolina do Norte). Aliados de Trump têm demonstrado desconforto com a política comercial do presidente, especialmente em um momento de instabilidade econômica. O Escritório de Orçamento do Congresso, órgão apartidário, afirmou no mês passado que as tarifas estão entre os fatores que devem elevar o desemprego e a inflação, além de reduzir o crescimento econômico neste ano. Segundo a agência de notícias Associated Press, o senador democrata Tim Kaine, autor da proposta, pretende apresentar novas resoluções para suspender tarifas impostas a outros países, como o Canadá, ainda nesta semana. Lula e Trump se encontram na Malásia. Ricardo Stuckert/PR Brasil-EUA: o que esperar das negociações? A aprovação do projeto ocorre em um momento de progresso nas negociações entre Brasil e Estados Unidos. No domingo (26), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram por aproximadamente 45 minutos, o que elevou a expectativa de exportadores quanto a uma possível redução das tarifas. “O que importa em uma negociação é olhar para o futuro. A gente não quer confusão, quer resultado”, afirmou Lula. Trump, por sua vez, disse que, apesar de o encontro ter sido “muito bom”, isso não garante um acordo imediato. “Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo estão pagando cerca de 50% de tarifa.” No encontro, os líderes decidiram iniciar um processo de negociação bilateral. Já na segunda-feira (27), representantes comerciais dos dois países realizaram a primeira reunião. Participaram das conversas o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro. O grupo definiu um calendário de reuniões focado nos setores mais afetados pelas tarifas. Segundo o ministro do Desenvolvimento e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ainda não há data marcada para uma nova reunião. Na segunda-feira, Lula afirmou que “não existem temas proibidos” para negociação, demonstrando abertura para discutir desde minerais estratégicos até açúcar e etanol. O presidente também propôs a suspensão temporária das tarifas durante o período de negociações, como ocorreu nos acordos com México e Canadá. O governo brasileiro também contestou a justificativa apresentada pelos EUA para a imposição das tarifas. Lula entregou a Trump um documento que aponta um superávit de US$ 410 bilhões acumulado pelos EUA na balança comercial com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos. “No G20, só três países têm superávit com os EUA: Brasil, Reino Unido e Austrália”, destacou o presidente. O encontro foi descrito como cordial. Trump disse ter sido “uma grande honra” conversar com Lula, e os dois chegaram a cogitar visitas recíprocas, ainda sem data definida. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Amcham e outros setores empresariais consideraram o diálogo “um avanço concreto” e esperam que um acordo seja fechado nas próximas semanas. “Esperamos concluir em pouco tempo uma negociação bilateral que trate dos setores afetados”, afirmou Vieira.
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28/10 - Mega-Sena, concurso 2.933: prêmio acumula e vai a R$ 7 milhões
G1 | Loterias - Mega-Sena 2933 O sorteio do concurso 2.933 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (28), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 01 - 18 - 22 - 42 - 48 - 50. 5 acertos - 12 apostas ganhadoras: R$ 85.025,66 4 acertos - 1.231 apostas ganhadoras: R$ 1.366,22 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (30). Concurso 2.933 da Mega-Sena Caixa / Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
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28/10 - Congresso vai votar proposta que permite que isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil valha por tempo indeterminado
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta terça-feira (28) que o Congresso Nacional vai analisar um projeto que retira o tempo de vigência de cinco anos da política de isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF) que ganham até R$ 5 mil para indeterminado. O texto será votado em sessão do Congresso Nacional que acontecerá na próxima quinta-feira (30). Segundo o presidente, a solicitação foi feita pelos líderes do governo no Congresso e do Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Jaques Wagner (PT-BA). O texto, apresentado em março deste ano, busca modificar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que ela permita que benefícios tributários que busquem "atender ao critério da progressividade tributária" presente na Constituição Federal sejam concedidos pelo governo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Essa alteração permitirá que o aperfeiçoamento da legislação de tributação sobre a renda de pessoas físicas preconizado na proposição do Poder Executivo federal, com vistas à promoção de equidade e justiça fiscal, seja permanente", justificou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Com isso, o projeto que isenta do Imposto de Renda (IR) ganhos mensais de até R$ 5 mil, que está em votação no Senado Federal, não terá vigência de cinco anos e durará por tempo indeterminado. Relatório pode ser apresentado nesta semana O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da proposta, afirmou que vai avaliar, juntamente com o presidente do Senado e líderes partidários, a viabilidade de apresentar seu relatório nesta semana. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e senador Renan Calheiros. Reprodução/ TV Globo Segundo ele, porém, a apresentação do projeto também pode acabar ficando para a próxima semana, quando todas as sessões serão presenciais. "É a matéria mais importante que tramita no Congresso Nacional. Levarei em conta a necessidade de que o projeto vá do Senado para a sanção do presidente da República', acrescentou o senador. No caso de alteração do projeto, ele terá de passar novamente pela análise da Câmara dos Deputados. Ele informou, ainda, estar trabalhando com cenários distintos. Entre as possibilidades, citou: emendas de redação; supressão de matérias, desmembramento do projeto; votação da forma que está e apresentação um projeto com alterações para que, apreciado pelo Senado, vá imediatamente para a Câmara dos Deputados. Relembre o projeto No projeto apresentado em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 2.824 para R$ 5 mil. Com isso, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar IR. Além de ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. A Câmara elevou esse valor para R$ 7,35 mil. Impacto para o contribuinte com a isenção do IR Arte/g1 Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano. O projeto do governo impede que cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras.
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28/10 - Uber recua em restrição ao Black e mantém modelo que seria excluído em 2026; entenda
Uber recua em restrição ao Black e mantém modelo que seria excluído em 2026 A Uber recuou de sua decisão de restringir o uso do Citroën Basalt na categoria Black e manteve o modelo autorizado a operar até 31 de dezembro de 2026, segundo comunicado divulgado pela empresa na segunda-feira (27). A medida foi anunciada após reclamações de motoristas, que reagiram ao comunicado da Uber que previa a exclusão do modelo da categoria premium. O Renault Kardian, que também havia sido retirado da relação de veículos aceitos para 2026, continua sem permissão. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Neste mês, a Uber anunciou mudanças nos critérios para aceitar veículos nas categorias Black e Comfort — consideradas de nível premium pela empresa — a partir do próximo ano. Veja na tabela abaixo quais modelos serão excluídos da categoria Black a partir de 5 de janeiro de 2026, após permissão concedida ao Citroën Basalt. Carros excluídos da categoria Black Citroën Basalt divulgação/Citroën Uber Black A empresa também atualizou outras regras. Nas principais capitais do país, o Volkswagen Virtus só será aceito no Black se for fabricado a partir de 2025. Já modelos como Renault Duster, Volkswagen Nivus e Honda City só poderão operar na categoria se foram fabricados a partir de 2023. Para os demais modelos, os veículos precisam ter fabricação mínima de 2019 nas seguintes cidades: São Paulo (SP) Porto Alegre (RS) Curitiba (PR) Brasília (DF) Florianópolis (SC) Vitória (ES) Fortaleza (CE) Goiânia (GO) Enquanto isso, carros fabricados a partir de 2018 serão aceitos nos municípios de: Belo Horizonte (MG) Recife (PE) Salvador (BA) Campinas (SP) Já para o Rio de Janeiro (RJ), o critério é mais flexível: veículos fabricados a partir de 2017 poderão atuar na categoria. Para que um carro seja aceito na categoria Black, além do modelo, a Uber estabelece critérios como: ar-condicionado; quatro portas; cores permitidas: preto, chumbo, prata, cinza, azul-marinho, marrom ou branco. Uber Comfort A categoria Comfort, que está logo abaixo da Black, também terá mudanças. O único modelo que será excluído da categoria Comfort, independentemente do ano de fabricação, é o sedã Renault Logan. A nova regra começa a valer em 6 de janeiro de 2026. Veja o ano mínimo de fabricação que cada modelo precisa ter para continuar a operar na categoria Comfort: As exigências para os veículos da categoria Comfort incluem: ar-condicionado; quatro portas. Os motoristas também devem ter mais de 100 viagens em outras categorias da plataforma (exceto Uber Moto, Envios Moto e Uber Táxi). A média mínima de avaliação varia conforme a cidade: 4,85 pontos para Brasília, Caxias do Sul, Curitiba, Joinville, Londrina e Porto Alegre; 4,80 pontos para as demais cidades do país. Aplicativo da Uber ganha botão de emergência para acionar PM
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28/10 - Isenção de R$ 5 mil no IR: governo admite possibilidade de projeto adicional para evitar perda de arrecadação
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e senador Renan Calheiros. Reprodução/ TV Globo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta terça-feira (28) que pode ser necessário o envio de um projeto adicional para garantir a chamada "neutralidade" da proposta que isenta do Imposto de Renda (IR) ganhos mensais de até R$ 5 mil. E que reduz o imposto para quem recebe até R$ 7,35 mil. As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda, após reunião com o relator do projeto no Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL). O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, sendo necessária, ainda, a análise do Senado Federal. Haddad citou estudos de outros órgãos, como a Instituição Fiscal Independente (IFI) e de técnicos do Senado Federal, cenários nos quais poderia haver uma perda de arrecadação com a proposta (leia mais abaixo). Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta Isso porque as compensações (tributação de quem ganha mais de R$ 50 mil por mês) não seriam suficientes para compensar a perda de arrecadação, assim como de técnicos do Senado. As perdas seriam de R$ 1 bilhão a R$ 4 bilhões por ano. "O que o senador [Renan Calheiros] colocou é que, em caso da confirmação de um déficit de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, o Senado pode dar sua contribuição aprovando um projeto complementar para não colocar em risco a neutralidade fiscal do projeto que pode ser apreciado essa semana", afirmou Haddad. "Vamos analisar com cautela, sopesar isso, uma vez que estamos muito próximos do equilíbrio. Vamos julgar a conveniência de eventualmente um projeto complementar, como ele se colocou à disposição de fazer. Vamos bater os cálculos na Fazenda", prosseguiu o ministro em declaração a jornalistas. Fernando Haddad lembrou que o projeto envolve um valor de R$ 31 bilhões em compensações, e pontuou que valores entre R$ 1 bilhão e R$ 4 bilhões de perdas, apontados pelos estudos independentes, são "facilmente ajustáveis", estando próximos da neutralidade fiscal exigida por lei. Relatório pode ser apresentado nesta semana Já o senador Renan Calheiros afirmou que vai avaliar, juntamente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e lideres partidários, a viabilidade de apresentar seu relatório nesta semana. Segundo ele, porém, a apresentação do projeto também pode acabar ficando para a próxima semana, quando todas as sessões serão presenciais. "É a matéria mais importante que tramita no Congresso Nacional. Levarei em conta a necessidade de que o projeto vá do Senado para a sanção do presidente da República', acrescentou o senador. No caso de alteração do projeto, ele terá de passar novamente pela análise da Câmara dos Deputados. Ele informou, ainda, estar trabalhando com cenários distintos. Entre as possibilidades, citou: emendas de redação; supressão de matérias, desmembramento do projeto; votação da forma que está, e apresentação um projeto com alterações para que, apreciado pelo senado, vá imediatamente para a câmara dos deputados. Relembre o projeto No projeto apresentado em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 2.824 para R$ 5 mil. Com isso, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar IR. Além de ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. A Câmara elevou esse valor para R$ 7,35 mil. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano. O projeto do governo impede que cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras.
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28/10 - Apple atinge US$ 4 trilhões em valor de mercado pela primeira vez
Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha A Apple ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado nesta terça-feira (28), se tornando a terceira grande empresa de tecnologia a atingir o marco. O avanço ocorre em meio à forte demanda pelos modelos mais recentes do iPhone, o que reduziu os temores sobre o ritmo lento da companhia na corrida pela inteligência artificial (IA). As ações da Apple subiram 0,2%, para US$ 269,20 no início do pregão, atingindo um recorde histórico. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A empresa se junta à Nvidia e à Microsoft no grupo das companhias com valor de mercado acima de US$ 4 trilhões. A Nvidia lidera com mais de US$ 4,5 trilhões. Já a Microsoft voltou ao "clube" nesta terça após alta de 2,2% nas ações, impulsionada por um acordo com a OpenAI para transformar a criadora do ChatGPT em uma corporação de benefício público (entenda mais abaixo). Apple iPhone 17 Pro Nic Coury/AFP Desde o lançamento dos novos iPhones 17 em 9 de setembro, os papéis acumulam alta de cerca de 13%, em uma reviravolta que levou a empresa a registrar ganhos no acumulado do ano pela primeira vez em 2025. No início do ano, as ações da Apple tiveram dificuldades por causa da concorrência acirrada na China e das incertezas sobre o impacto das tarifas dos Estados Unidos em países asiáticos como China e Índia, onde ficam seus principais centros de produção. A postura cautelosa da Apple em relação à inteligência artificial tem levantado dúvidas sobre sua capacidade de acompanhar o principal motor de crescimento do setor nas próximas décadas. Relatos recentes indicam que a empresa perdeu executivos de IA para a Meta e que o lançamento do pacote Apple Intelligence, que inclui integração com o ChatGPT, foi adiado, assim como a atualização do assistente de voz Siri, prevista agora para o próximo ano. Entre abril e junho, a Apple apresentou os melhores resultados trimestrais em anos, com crescimento de dois dígitos em segmentos importantes e projeções acima das expectativas de analistas. A divulgação dos resultados do quarto trimestre está marcada para 30 de outubro. Microsoft de volta ao clube dos US$ 4 tri Logo da Microsoft Unsplash O valor de mercado da Microsoft voltou a ultrapassar os US$ 4 trilhões após a empresa estreitar sua parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT. Um novo acordo elimina uma restrição imposta desde 2019, quando as duas companhias firmaram uma parceria que concedia à Microsoft direitos sobre grande parte do trabalho da OpenAI em troca do fornecimento de serviços de computação em nuvem, essenciais para o desenvolvimento das tecnologias da startup. Com a popularização do ChatGPT, essas limitações se tornaram um ponto de tensão entre as empresas. Segundo as companhias, a Microsoft continuará com uma participação de cerca de US$ 135 bilhões, o equivalente a 27%, no OpenAI Group PBC, que será controlado pela OpenAI Foundation, uma organização sem fins lucrativos. LEIA TAMBÉM: O que se sabe sobre o suposto vazamento de 183 milhões de contas do Gmail, Outlook e Yahoo Amazon anuncia corte de 14 mil postos de trabalho Saiba quanto custa o dispositivo que diz se seu cocô está saudável iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais 'Atendimento de bilhões': o dia que Bill Gates trabalhou na startup de sua filha Mãe processa Roblox e Discord após filho de 15 anos sofrer abuso online
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28/10 - Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow O governo federal proibiu nesta terça-feira (28) o pó para preparo de café em sachê Fellow Criativo, da marca Cafellow. A proibição foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão veta a comercialização, distribuição, fabricação propaganda e uso do produto. Segundo a Anvisa, a proibição ocorreu por três motivos: o produto contém extrato de cogumelo Agaricus Bisporus, “ingrediente não avaliado quanto à segurança de uso em alimentos”; a embalagem e a propaganda dizem que ele serve para 'controle de insulina' e ‘diminui o colesterol’. A Anvisa diz que essas alegações não foram aprovadas pela agência; o produto, apontado como pó para preparo de café, contém no rótulo “informações que podem causar erro e confusão em relação à natureza do produto, podendo levar o consumidor a entender que se trata de café”. Questionada pelo g1, a Cafellow informou que suspendeu a comercialização, distribuição e propaganda do produto. A empresa disse que está tomando as "providências administrativas e técnicas para que ele seja devidamente registrado na Anvisa" para que as vendas possam ser retomadas (veja resposta na íntegra). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Pó para preparo da café em sachê Fellow Criativo, da marca Cafellow Divulgação 'Café em sachê' Em seu site, a marca diz que o Fellow Criativo tem os ingredientes café torrado e moído 100% arábica, extrato de cogumelo e aromatizantes. A embalagem tem a inscrição "pó para preparo de café", sabor caramelo e baunilha. As palavras "café em sachê" aparecem acima, em destaque. No site da empresa, o produto também é descrito como "café arábica com extrato de cogumelo". A Cafellow ainda vende outros dois tipos em seu site, também em sachê, que não foram alvo de proibição da Anvisa nesta terça. Fellow Determinado, apontado como café torrado e moído na embalagem. A empresa aponta ele como "café puro". Fellow Sensual, indicado como pó para preparo de café "sabor cereja e framboesa com maca peruana". Assim como o Fellow Criativo, ele tem a inscrição "café em sachê" em destaque na embalagem e é descrito no site como "café arábica com maca peruana". ENTENDA: Pó de café pode ter impurezas, mas há restrições; saiba mais Veja como diferenciar café e pó sabor café no supermercado Saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira Pureza do café Segundo a legislação brasileira, para ser considerado café, o produto precisa conter apenas o grão. A lei permite que ele possua até 1% de impurezas naturais do café (galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (como pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva daninhas). Mas ela proíbe completamente os chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão. Questionada pelo g1, a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que representa o setor, informou que o pó para preparo de café Fellow Criativo não é registrado na entidade. "Nosso Programa de Certificação de Cafés Torrados não certifica produtos que usam misturas", disse Celírio Inácio, diretor executivo da Abic. A entidade recomenda que os consumidores adquiram somente cafés certificados com o Selo de Pureza e Qualidade da associação. O que diz a Cafellow Em resposta, a Cafellow disse que irá suspender a comercialização do produto. Veja a nota na íntegra: A Cafellow, em respeito aos seus clientes e parceiros, vem a público esclarecer os fatos recentes envolvendo o produto FELLOW CRIATIVO. Nosso compromisso fundamental sempre foi, e continua sendo, a saúde, o bem-estar e a segurança de nossos consumidores. Pautamos nossa atuação pela transparência, qualidade e inovação responsável. Em virtude de uma recente Resolução (RE) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que dispõe sobre a comercialização do referido produto, informamos que a Cafellow acatará integralmente a decisão da agência. Desta forma, estamos iniciando a suspensão provisória e imediata da comercialização, distribuição e publicidade do Fellow Criativo em todos os nossos canais de venda. A Cafellow informa que já está adotando todas as providências administrativas e técnicas necessárias para que o CAFÉ FELLOW CRIATIVO seja devidamente registrado junto à ANVISA, de acordo com todas as normas sanitárias vigentes, visando retomar sua comercialização o mais breve possível. Reforçamos nossa total confiança na qualidade do nosso produto e agradecemos a compreensão e a confiança depositada em nossa marca. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais através de nossos canais de atendimento. Sachês do Cafellow criativo Divulgação
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28/10 - Governo quer esperar votação de projeto que limita gastos antes de enviar propostas de alta de arrecadação, diz Haddad
Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (28) que o governo quer esperar votação de um projeto que limita gastos antes de enviar propostas de alta de arrecadação. As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda, a jornalistas. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou na última quinta (23) que a Casa deve avançar nas medidas de corte de despesas nesta semana. Nesta terça, Motta confirmou a expectativa de votar a proposta nesta quarta (29). "A parte mais em incontroversa, que é colocar um pouco de ordem na questão do gasto primário, isso, possivelmente, possa ser incorporado num projeto que já está em tramitação", mencionou o ministro. "O presidente Hugo [Motta] me ligou várias vezes a semana passada e disse que dois ou três parlamentares estariam disponíveis para incorporar a parte incontroversa da MP, que mal ou bem responde por 60% no do problema que nós temos para resolver até o final do ano", completou Haddad. Após reunião na Residência Oficial da Câmara nesta terça, ficou acertada a inclusão das propostas de corte de gastos no projeto que autoriza a atualização de valores patrimoniais nas declarações de Imposto de Renda. O acerto foi feito entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o deputado Juscelino Filho (União-MA), relator do projeto. ➡️Segundo Haddad, os projetos de aumento de arrecadação, por meio da elevação de tributos, representam, em sua visão, uma "parte residual para fechar o orçamento do ano que vem". "Então vai ficar fácil, depois dessa votação [de projetos que limitam os gastos], encontrar um equacionamento mais simples pra fechar a peça orçamentária", acrescentou Haddad. "Eu penso que existe, da parte do Congresso, inclusive da parte do mercado, manifestações. Até as 'fintechs' fizeram uma proposta, para equalizar a relação das 'fintechs' e dos bancos", ponderou. "Estamos avaliando, para verificar depois dessa votação dessa semana, que diz desrespeito aos gastos públicos, como é que nós vou complementar qual a melhor maneira de a gente complementar [com alta de tributos]", afirmou o ministro da Fazenda. Motta confirma que Câmara vai votar corte de gastos na próxima semana Entenda o problema A equipe econômica corre contra o tempo para tentar reequilibrar o orçamento do ano que vem depois que o Congresso Nacional derrubou, neste mês, a medida provisória do governo que elevava uma série de impostos. ➡️Na proposta derrubada pelo Legislativo, o governo tinha elevado imposto sobre bets, fintechs, LCI e LCA, JCP, mudado IR de investimentos, limitado compensações e incluído pé-de-meia no piso de educação, entre outras. Entenda o que previa a MP derrubada na Câmara e como fica agora o imposto sobre bets e aplicações O Ministério da Fazenda não divulgou ainda a estimativa oficial do impacto da derrubada da MP neste ano e no próximo. Esse cálculo é o que vai dimensionar o tamanho do ajuste que terá de ser buscado com as novas propostas. ➡️Mas, estimativas iniciais de analistas apontam para um efeito de mais de R$ 20 bilhões neste ano e de mais de R$ 30 bilhões em 2026 (com as medidas de aumento de impostos e limitação de gastos derrubadas). Ou seja, impacto, por baixo, de mais R$ 50 bilhões até o fim do governo Lula. As medidas compensatórias podem ser propostas de novos aumentos de tributos, de redução de benefícios fiscais (isenções ou reduções de impostos concedidos a empresas), ou cortes de gastos. Do lado do corte de gastos, o governo tem indicado que enviará novamente, ao Legislativo, a limitação de compensações tributárias (que estava na Medida Provisória), a inclusão do programa pé-de-meia no piso da Educação (reduzindo verbas ao setor), mudanças no seguro-defeso e no AtestMed. Na parte de aumento de tributos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já informou que vai apresentar novas propostas de tributação das fintechs — plataformas de serviços financeiros digitais. A equipe econômica também tem indicado que pretende tentar elevar, novamente, a taxação das bets, empresas de apostas online. Haddad e Hugo Motta dão entrevista coletiva à imprensa Marina Ramos/Câmara dos Deputados
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28/10 - 'Te fazem uma lavagem cerebral': como vítima de golpe do falso advogado perdeu R$ 255 mil
Golpe do falso advogado: aposentada perdeu 255 mil reais Uma aposentada de Parobé, no Rio Grande do Sul, viveu um pesadelo que começou com uma simples mensagem no celular. Do outro lado da tela, uma pessoa que se passava por sua advogada dizia que o processo da pensão por morte do marido estava prestes a ser concluído — e que, para liberar o valor, bastava fazer um depósito. "Eles te fazem uma lavagem cerebral", disse a mulher que preferiu não ser identificada. E o que parecia o desfecho de uma longa espera virou um golpe que lhe custou R$ 255 mil, as economias de toda uma vida. “A pessoa me mandou ligar urgente, dizendo que eu tinha uma quantia muito alta para receber e que precisava fazer o depósito para liberar o dinheiro”, contou a aposentada. O golpe foi aplicado por criminosos que usaram documentos e dados reais de advogados para enganar vítimas em busca de benefícios judiciais. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha operava em vários estados e chegou a criar contas falsas em nome de profissionais da área jurídica, simulando inclusive audiências e trocas de mensagens com timbre oficial. Golpistas agiam com dados reais de advogados A mulher conta que, no início, tudo parecia legítimo. “Eles falavam com autoridade, mandavam comprovantes, documentos da Justiça. Eu cheguei a acreditar que era mesmo a minha advogada”, relembra. Aposentada chegou a perder R$ 225 mil em golpe de falso advogado Reprodução Durante semanas, ela trocou mensagens com uma mulher que dizia se chamar Leandra — nome de uma advogada real, que teve a identidade usada pelos criminosos — e com um suposto assistente, identificado como Guilherme. Ao todo, foram nove depósitos bancários, feitos em poucos dias. “Eu perdi R$ 255 mil. Era uma reserva que eu tinha guardado com muito sacrifício”, lamenta a vítima. A quadrilha insistia em novos pagamentos, dizendo que faltavam apenas “taxas finais” para a liberação de R$ 452 mil. Quando desconfiou, já era tarde: o dinheiro havia sido transferido para contas falsas em nome de terceiros. "Que valores são esses? Porque eu não peço valores de clientes antecipadamente de forma alguma, né? Eles foram no processo da Justiça Federal, fizeram prints da procuração, mostraram para ela um comprovante no meu nome, onde constava os dados da minha conta bancária, claro que uma conta falsa, né? E ela acreditou", comenta a verdadeira Leandra Wichmann, advogada no processo da aposentada. Especialistas reforçam que pagamentos judiciais nunca são feitos por PIX ou transferência direta. O dinheiro é depositado em juízo, e o cliente só o recebe por meio de alvará de pagamento. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida.
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28/10 - Trump critica o presidente do Fed e espera substituí-lo em alguns meses
Trump critica o presidente do Fed e espera substituí-lo em alguns meses O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (28) que há uma longa lista de pessoas que podem assumir a presidência do Federal Reserve (Fed), criticando o atual chair Jerome Powell no momento em que o banco central se prepara para se reunir nesta semana. "Temos um chefe incompetente do Fed... temos um cara ruim no Fed, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo", disse Trump em declaração foi feita a líderes empresariais em um jantar em Tóquio durante sua viagem de uma semana à Ásia. O presidente republicano acrescentou que queria que Scott Bessent assumisse o controle do banco central dos EUA, mas que seu chefe do Tesouro recusou: "Estou pensando nele para o Fed... mas ele não aceitará o cargo. Ele gosta de ser (secretário) do Tesouro, então não estamos pensando nele". 🔎Jerome Powell se tornou presidente do Fed em 5 de fevereiro de 2018, com mandato de quatro anos. Ele foi reconduzido para um segundo mandato no banco central americano, que começou em 23 de maio de 2022. O mandato de Powell termina em maio de 2026. Indicado por Trump e renomeado ao cargo pelo ex-presidente dos EUA, Joe Biden, ele é advogado se tornou o primeiro não economista a liderar o Fed em 40 anos. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 A crítica de Trump ocorre às vésperas da próxima reunião do Fed para decidir a taxa de juros da maior economia do mundo. Na última reunião, em setembro, o banco central americano reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4% a 4,25% ao ano. Esse foi o primeiro corte de juros em nove meses. O único voto contrário foi de Stephen Miran, indicado ao Fed pelo presidente Donald Trump, que defendeu uma redução maior dos juros. Para a reunião de amanhã, a expectativa do mercado financeiro é de que as autoridades do Federal Reserve reduzam os custos dos empréstimos de curto prazo dos EUA pela segunda vez este ano, em um esforço para evitar uma maior desaceleração do mercado de trabalho. As críticas de Trump ao Fed Essa não é a primeira vez que Donald Trump critica o presidente do banco central americano. As investidas do republicano contra o Federal Reserve se intensificaram nos últimos meses. Em junho, o presidente dos Estados Unidos chamou Jerome Powell de "burro" e "teimoso", pouco antes de o banqueiro central participar de uma audiência na Câmara dos EUA. "Deveríamos estar pelo menos dois a três pontos abaixo", afirmou Trump, em uma publicação nas redes sociais antes da participação de Powell na audiência. Ele também disse esperar que "o Congresso realmente acabasse com essa pessoa muito burra e teimosa". O republicano vem cobrando publicamente uma redução mais agressiva dos juros nos EUA e, recentemente, tentou demitir Lisa Cook, diretora da instituição — um ato inédito na história do Fed. A Justiça dos Estados Unidos, porém, suspendeu a decisão e manteve Cook no cargo, o que foi visto pelo mercado como uma defesa da independência do banco central. O governo Trump também tentou impedir a participação da diretora nas últimas reuniões do Fed, mas sem sucesso. O caso, que envolve acusações de suposta fraude hipotecária contra Cook, foi levado à Suprema Corte e está previsto para ser analisado e julgado no início do próximo ano. Quem são os indicados à presidência do Fed? Cinco pessoas ainda disputam a cadeira da presidência do banco central dos Estados Unidos. Os nomes dos cotados foram anunciados nesta segunda-feira (28) pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, em conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, o avião oficial da Casa Branca. O presidente Donald Trump afirmou que pretende escolher o indicado antes do fim do ano. Kevin Hassett – Trabalha na Casa Branca como conselheiro econômico e é aliado próximo de Trump. Ele já criticou o Fed por não cortar os juros rapidamente e defende mudanças para alinhar o banco central à visão do presidente; Christopher Waller – Atual governador do Fed, economista de formação. Ele apoia cortes de juros quando necessários, mas preza pela reputação do banco e evita envolvimento em política partidária; Michelle Bowman – Vice-presidente do Fed para Supervisão, tem experiência em bancos e no governo. É favorável a reduzir regras para grandes bancos e também apoiou cortes de juros este ano; Kevin Warsh – Ex-governador do Fed, participou da crise financeira de 2008 e tem experiência no mercado financeiro americano. Hoje, critica algumas ações do banco central e defende mudanças para cortar juros e melhorar a eficiência; Rick Rieder – Executivo da BlackRock, especialista em investimentos e renda fixa. Acredita que o Fed poderia ser mais “inovador” e já defendeu cortes maiores nos juros para estimular a economia. *Com informações da agência Reuters Jerome Powell durante uma coletiva de imprensa após decisão sobre taxas de juros, em 17 de setembro de 2025. Reuters
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28/10 - Ibovespa fecha aos 147 mil pontos e tem novo recorde, com foco em Fed e reunião entre EUA e China
EUA e Japão fecham acordo sobre minerais críticos e terras raras O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um novo recorde histórico no fechamento desta terça-feira (28), aos 147.429 pontos, em alta de 0,31%. O dólar, por sua vez, encerrou em queda de 0,19%, cotado a R$ 5,3597. O desempenho positivo do mercado mais uma vez acompanhou as negociações dos Estados Unidos com seus parceiros comerciais na Ásia. Nesta terça, o destaque ficou com o acordo assinado entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi (saiba mais abaixo). O mercado também aguarda a reunião entre Trump e o presidente da China, na quinta-feira, e segue na expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), prevista para amanhã. ▶️ Trump chegou ao Japão na última segunda-feira, em mais uma etapa de sua viagem pela Ásia. O presidente norte-americano e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram nesta terça-feira um acordo para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras por meio de mineração e processamento. Ambos os países buscam fortalecer suas cadeias de suprimento de terras raras, utilizadas em setores que vão da energia renovável à eletrônica e à indústria automobilística. ▶️Além disso, o mercado segue em compasseo de espera pelo encontro de Trump com o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para a próxima quinta-feira (30), na Coreia do Sul. A expectativa é que os representantes debatam sobre um possível acordo entre os dois países, após meses de tensão comercial entre os líderes das duas maiores economias do mundo. ▶️Ainda no exterior, investidores ficam em compasso de espera pela decisão de política monetária do Fed, prevista para amanhã. A expectativa é que a instituição faça um novo corte de juros. Nesta terça, Trump voltou a criticar o presidente da instituição, Jerome Powell. ▶️Por aqui, as atenções ficaram voltadas para as novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que o governo vai esperar a votação do projeto que limita gastos antes de propor novas medidas para aumentar a arrecadação. Após a derrubada da MP que elevava impostos sobre bets e fintechs, o foco agora é controlar despesas e repor perdas de receita. ▶️Entre os indicadores, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de outubro, que recuou 1,1% e apontou que os varejistas seguem em nível pessimista. Já o indicador de confiança da construção, medido pelo FGV IBRE, recuou 0,7 ponto no mês, interrompendo o avanço em setembro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,60%; Acumulado do mês: +0,70%; Acumulado do ano: -13,27%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,86%; Acumulado do mês: +0,82%; Acumulado do ano: +22,57%. Acordos entre EUA e Japão Os Estados Unidos e o Japão fecharam nesta terça-feira (28) um acordo para garantir o fornecimento de minerais usados em tecnologias como carros elétricos, eletrônicos e energia limpa. O anúncio foi feito durante a visita do presidente norte-americano, Donald Trump, ao país asiático. O objetivo de Trump é reduzir a dependência da China, que hoje domina mais de 90% do processamento desses materiais e vem impondo novas restrições às exportações. Pelo acordo, os dois países vão trabalhar juntos para facilitar a exploração e o licenciamento desses minerais, além de buscar práticas de mercado mais justas. Eles também pretendem criar estoques de segurança e cooperar com outras nações para fortalecer a cadeia de suprimentos. "O acordo ajudará ambos os países a fortalecer a segurança econômica, promover o crescimento econômico e, assim, contribuir continuamente para a prosperidade global", segundo a Casa Branca. Agora, a expectativa fica pelo encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping. Os líderes devem se encontrar na próxima quinta-feira (30), na Coreia do Sul, para debater um possível acordo entre as duas potências. Investidores também aguardam os próximos passos nas negociações bilaterais entre os EUA e o Brasil. A expectativa é que os representantes dos dois países voltem a se encontrar em breve — a próxima reunião, no entanto, ainda não tem hora marcada. Arrecadação do governo No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça que o governo vai aguardar a votação do projeto que limita os gastos públicos antes de enviar novas propostas para aumentar a arrecadação. A ideia é equilibrar o orçamento de 2026 após o Congresso derrubar a medida provisória que elevava impostos sobre bets, fintechs e investimentos. Segundo o ministro, o foco neste momento é aprovar medidas de controle de despesas, e só depois discutir eventuais aumentos de tributos. Ele destacou que a parte principal do ajuste — cerca de 60% do problema — pode ser resolvida com o projeto em tramitação na Câmara, que deve ser votado nesta quarta-feira (29). Com a queda da MP, o governo perdeu receitas estimadas em mais de R$ 50 bilhões até o fim do mandato de Lula. Para compensar, o Ministério da Fazenda avalia novas formas de taxar fintechs, empresas de apostas online e rever benefícios fiscais. Bolsas globais O encontro de Trump com parceiros comerciais na Ásia e a expectativa pela nova decisão de juros do Fed também mexeram com os mercados internacionais nesta terça-feira. Em Wall Street, os principais índices acionários registraram novas máximas recordes no fechamento, com destaque para ações da Nvidia e para o maior otimismo dos investidores antes dos principais resultados corporativos desta semana. De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,24%, aos 6.890,95 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,80%, aos em 23.827,49 pontos. O Dow Jones Industrial Average, por sua vez, avançou 0,34%, aos 47.706,65 pontos. Na Ásia, as bolsas da China e de Hong Kong devolveram os ganhos recentes e fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores antes das conversas entre os líderes. O índice de Xangai caiu 0,22% e o Hang Seng recuou 0,33%. Em outras regiões, o Nikkei do Japão perdeu 0,58%, o Kospi da Coreia do Sul caiu 0,80% e o S&P/ASX 200 da Austrália teve baixa de 0,48%. Os principais índices de Wall Street abriram em máximas recordes após previsões positivas de empresas como UnitedHealth e UPS, enquanto a Apple ultrapassou US$ 4 trilhões em valor de mercado pela primeira vez, impulsionada pela forte demanda do novo iPhone. O Dow Jones Industrial Average subia 0,44% na abertura, para 47.752,35 pontos. O S&P 500 avançava 0,33%, a 6.897,74 pontos, enquanto o Nasdaq Composite tinha alta de 0,55%, para 23.766,463 pontos. *Com informações da agência de notícias Reuters. Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
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28/10 - Açúcar cristal: entenda por que cotação alcança menor patamar em 4 safras no mercado de SP
O preço do açúcar cristal atinge menor patamar em quatro safras no mercado de SP Getty Images via BBC As cotações médias do açúcar cristal registram queda nos últimos dias de outubro de 2025 no mercado spot de São Paulo, com compra e venda imediata de ativos. Os preços atingiram o menor patamar das últimas quatro safras, indicam as análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP). Flexibilidade das usinas e excedente global 📉No dia 22 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq para o açúcar (cor Icumsa 130 a 180) fechou a R$ 112,02 para a saca de 50 quilos. Esse é menor patamar nominal desde o encerramento de abril de 2021. "A pressão vem da maior flexibilidade das usinas em reduzir os valores de suas ofertas, especialmente quando a negociação envolve o tipo cristal Icumsa 180", detalha o Cepea. Pesquisadores ressaltam que projeções indicando excedente global têm resultado em queda nas cotações internacionais do açúcar demerara. Etanol Reprodução Biocombustível As cotações dos etanóis no mercado paulista fecharam os últimos dias outubro em alta. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, apesar da desvalorização do petróleo, o etanol ainda deve seguir competitivo em SP. "A sustentação veio sobretudo da postura firme de vendedores. Além disso, a proximidade do encerramento da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul reforça o suporte às cotações", aponta o Centro de Estudos da Esalq-USP. Do lado do comprador Do lado comprador, muitos continuaram afastados das aquisições, preferindo acompanhar os movimentos do mercado, após a redução do preço da gasolina A por parte da Petrobras, anunciada no último dia 20. Entre 20 e 24 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7527/litro, livre de impostos, ICMS e PIS/Cofins. A marca representa alta de 0,59% em relação ao período anterior. 'Tamo Aí': Saiba como funciona a produção de etanol e açúcar em uma usina Para o anidro, o Indicador Cepea/Esalq subiu 1,07%, a R$ 3,1411 o litro, já par ao valor líquido de impostos. Com demanda aquecida, o volume de etanol hidratado vendido pelas usinas paulistas quase dobrou no fim no início de outubro na comparação com a semana anterior, segundo análise do Cepea publicada pelo g1 no dia 15 de outubro. Etanol: movimento de preços desde maio Os preços, contudo, seguem estáveis no spot paulista no período. Veja cotações, abaixo e entenda movimento no mercado desde maio deste ano, na reportagem. "Os valores ofertados por usinas para novos lotes atraíram distribuidoras. Ressalta-se que, nos últimos três anos, a quantidade comercializada de hidratado cresceu de setembro para outubro", reforçam os pesquisadores do Cepea. "Neste ano, especificamente, compradores também estão atentos aos menores estoques nas usinas frente aos de 2024, contexto que pode estar estimulando os negócios neste mês", completam. Cotações estáveis Apesar do cenário de maior liquidez, levantamentos do Cepea mostram que as cotações seguiram estáveis no spot paulista. Os indicadores apontam ainda pequeno recuo nos preços, após altas registradas em setembro de 2025. Veja, abaixo. ⛽Entre 6 e 10 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7156 o litro, já livre de impostos como ICMS e PIS/Cofins, pequeno recuo de 0,4% sobre o período anterior. ⛽Para o anidro, a variação foi negativa em ligeiro 0,36%, com o Indicador Cepea/Esalq a R$ 3,1126 o litro, valor líquido de impostos. Etanol hidratado O movimento de sete altas consecutivas no preço do etanol hidratado começou a perder força na primeira semana de setembro em São Paulo. A demanda reduzida pelo biocombustível explicava a interrupção nos reajustes nas cotações, segundo o Cepea. O indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,7813 o litro, sem ICMS e PIS/Cofins, entre os dias 8 e 12 de setembro. O valor equivale à desvalorização de 0,06% frente ao período anterior. Do lado vendedor, a participação foi tímida, com vendas pontuais. "As distribuidoras realizaram pequenas aquisições fora do mercado paulista. Inclusive, o volume de hidratado captado no spot ao longo da última semana foi o menor da safra 2025/26. No comparativo anual, a quantidade negociada caiu pela metade, uma redução de 48,4%", aponta o Cepea. Anidro segue firme O levantamento do Cepea mostra também que os preços do etanol anidro seguem firmes, mas o volume comercializado também foi restrito. O Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 3,274 o litro, sem considerar os impostos. Uma alta de 2,85%. Quanto às exportações, em agosto, o total de etanol embarcado pelo Brasil somou 178,6 milhões de litros, 2,74% a mais que no mês anterior e se caracterizando como um recorde, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 Agosto e setembro Em setembro, o Indicador Cepea/Esalq mensal do etanol hidratado fechou a R$ 2,7583/litro, uma alta de 3,25% na comparação com agosto deste ano. Para o anidro (modalidade spot e contratos), a elevação foi de 4,33% no mesmo comparativo, com o Indicador a R$ 3,0999/litro. Em relação a setembro de 2024, na comparação anual, o Indicador do hidratado se valorizou 10% e o do anidro, 7,32%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de setembro). "As negociações seguiram limitadas em setembro. Compradores mostraram menor interesse frente ao atual cenário de fraco desempenho das vendas dos biocombustíveis no segmento varejista. Na posição dos vendedores, alguns participaram de maneira mais efetiva, mas boa parte continua fora do mercado spot", afirma o Cepea. Julho: menor volume de vendas O volume de etanol hidratado - álcool comum utilizado para abastecimento de veículos - vendido na primeira semana de julho no Estado de São Paulo foi o menor da safra 2025/26, que começou em 1º de abril deste ano. A quantidade, em litros, foi de quase 20 milhões a menos, representando uma queda de 40,4% quando comparado ao período anterior. Etanol: entenda o que faz movimento de quedas nos preços do biocombustível perder força O Cepea aponta que os compradores de etanol se mantiveram abastecidos com as compras feitas em semanas anteriores e, por isso, se afastaram do mercado, que é quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista. Já os agentes de usinas, por outro lado, guiados pelos estoques de combustível reduzidos, mantiveram os valores pedidos na maior parte dos casos. 📄LEIA MAIS Etanol: entenda o que faz movimento de quedas nos preços do biocombustível perder força Queda nos preços perdeu força em junho O preço do etanol hidratado registrou quinto período de queda consecutivo no mercado spot do estado de São Paulo, quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista, na primeira quinzena de junho de 2025. 📉De 9 a 13 de junho, o Indicador Cepea/Esalq, o etanol hidratado fechou em R$ 2,5 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro fechou a R$ 2,9 o litro, no valor líquido. Pesquisadores do Cepea indicam, porém, que o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu a força. "Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos". Gasolina ou etanol? Saiba como escolher o combustível mais vantajoso 🌧️As chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot na época. ✈️A valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista. Preço do etanol é o mais alto para o mês de setembro desde 2021 no estado de São Paulo Maio: maior queda da safra Levantamento do Cepea mostrou que o preço do etanol hidratado caiu com mais força na última semana de maio devido ao aumento da oferta. As chuvas registradas em algumas regiões de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul paralisaram pontualmente as atividades nas unidades industriais, mas com pouco efeito sobre as cotações. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que a postura de demandantes foi de cautela. Em especial no fechamento do mês, as filas de retiradas de etanol nas usinas diminuíram. De 26 a 30 de maio, o indicador Cepea do hidratado fechou em R$ 2,6100 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,83% no comparativo ao período anterior – foi a maior queda da safra 2025/26. Para o anidro, o indicador Cepea/Esalq caiu 1,62%, a R$ 3,0564/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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28/10 - Tarifaço vai cair? Entenda os próximos passos na negociação do Brasil com os EUA
Perguntas e respostas sobre o encontro entre Lula e Trump A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aconteceu no último domingo (26), marcou um novo capítulo das negociações entre os dois países e aumentou a expectativa da indústria sobre uma possível redução das tarifas às exportações brasileiras. No encontro, que durou cerca de 45 minutos, os líderes se comprometeram a iniciar o processo para uma negociação bilateral, em busca de uma solução para o tarifaço imposto por Trump. A primeira reunião entre os representantes comerciais dos dois países aconteceu na segunda-feira (27). (Saiba mais abaixo) "O que interessa em uma mesa de negociação é o futuro, é o que você vai negociar para frente. A gente não quer confusão, a gente quer negociação. A gente não quer demora, quer resultado", afirmou Lula na véspera. O presidente norte-americano, por sua vez, disse a jornalistas que apesar de ter feito uma boa reunião com Lula, isso não garantiria um acordo entre os dois países. (Saiba mais abaixo) Entenda abaixo o ponto a ponto do que foi discutido até agora e quais os próximos passos nas negociações entre os dois países. Negociação bilateral Suspensão das tarifas Déficit na balança comercial Visitas recíprocas Pressão do empresariado brasileiro Negociação bilateral O que foi discutido até agora? A primeira reunião com os representantes norte-americanos para dar início a uma negociação bilateral aconteceu na segunda-feira (27), e contou com a participação do ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa, e do assessor especial da Presidência, embaixador Audo Faleiro. Segundo Rosa, os representantes concordaram com um cronograma de reuniões com foco nos setores mais afetados pelas tarifas. A ideia é construir um acordo satisfatório para ambas as partes. Quais os próximos passos? A expectativa é que o cronograma de reuniões estabelecido pelos representantes brasileiros e norte-americanos seja seguido nas próximas semanas, caso não haja nenhuma intercorrência. Segundo o ministro do desenvolvimento e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no entanto, ainda não há data marcada para uma nova reunião. Já sobre os pontos a serem discutidos na negociação, o presidente Lula afirmou na segunda-feira que não houve nenhuma contrapartida apresentada pelos norte-americanos até o momento, enfatizando que "não existem temas proibidos". "Se ele quiser discutir a questão de minerais críticos, de terras raras, se quiser discutir etanol, açúcar, não tem problema. Eu sou uma metamorfose ambulante na mesa de negociação. Coloque o que quiser que eu estou disposto a discutir todo e qualquer assunto", disse. Trump, por sua vez, disse que apesar de a reunião com o presidente brasileiro ter sido "muito boa", não garantia necessariamente um acordo entre os dois países. “Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa”, afirmou o republicano. Volte para o início. Suspensão das tarifas O que foi discutido até agora? Segundo Vieira, outro ponto levantado por Lula durante o encontro de domingo, seria a possibilidade de suspensão das tarifas durante o período de negociação. O presidente norte-americano, por sua vez, teria apenas declarado que instruiria sua equipe para dar início ao processo de negociação bilateral. Quais os próximos passos? Segundo o chanceler, os representantes brasileiros devem voltar a abordar a possibilidade de suspensão das taxas, argumentando que a situação seria semelhante ao que aconteceu com o México e com o Canadá, por exemplo, que tiveram as alíquotas suspensas temporariamente por Trump durante as tratativas do acordo. Até agora, no entanto, ainda não há previsão de se e quando as taxas devem ser suspensas, nem detalhes sobre um acordo comercial mais amplo. Volte para o início. Déficit na balança comercial O que foi discutido até agora? O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, afirmou no domingo que Lula também deixou claro que a motivação usada pelos EUA para impor a elevação de tarifas para o restante do mundo não se aplica ao Brasil, uma vez que o país tem déficit na balança comercial com os norte-americanos. Quais os próximos passos? O presidente brasileiro afirmou na última segunda-feira que chegou a entregar um documento para Trump que mostrava que as informações de que os EUA tinham déficit comercial com o Brasil — ou seja, que importavam mais do que exportavam do país — eram "infundadas". "Nós provamos que houve superávit de US$ 410 bilhões em 15 anos. Só no ano passado foram quase US$ 22 bilhões de superávit para os Estados Unidos. Em todo o G20 só há três países em que os Estados Unidos são superavitários: Brasil, Reino Unido e Austrália”, disse Lula. Nesse caso, é esperado que o argumento continue sobre a mesa de negociação nas próximas reuniões, em meio às tentativas do governo de reduzir as tarifas impostas ao Brasil. Volte para o início. Visitas recíprocas O que foi discutido até agora? O diálogo entre os presidentes do Brasil e dos EUA, segundo seus representantes, foi bastante amistoso. Enquanto Trump afirmou ter sido "uma grande honra" estar com Lula, reiterando acreditar que conseguiriam fechar "bons negócios para ambos os países", Lula disse que a conversa com o republicano foi "ótima" e que a agenda comercial e econômica foi debatida de forma "franca e construtiva". Quais os próximos passos? Com a aproximação, os presidentes chegaram a combinar, no domingo, visitas recíprocas entre seus respectivos países. Segundo Vieira, Trump teria manifestado a vontade de vir ao Brasil, ao passo que Lula teria dito que iria "com prazer" aos EUA no futuro. Até o momento, no entanto, não há nenhuma data confirmada para essas eventuais visitas. Volte para o início. Trump e Lula em primeiro encontro formal, na Malásia. REUTERS Pressão do empresariado brasileiro O que foi discutido até agora? Em reunião com empresários brasileiros após o encontro com o presidente Trump, no domingo, Lula afirmou que estava agradecido pela conversa e comemorou que os líderes conseguiram fazer uma reunião que "parecia ser impossível" de ser realizada nos EUA ou no Brasil. Por aqui, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Câmara do Comércio Americana (Amcham) para o Brasil e representantes de outros setores deram sinalizações positivas sobre o encontro entre os líderes, afirmando que a reunião foi um "avanço concreto" rumo às negociações do tarifaço e indicando esperar uma solução em breve de ambas as partes. Quais os próximos passos? Com o impacto das tarifas, diversos setores já têm sinalizado a necessidade de um acordo rápido entre o Brasil e os Estados Unidos para redução das taxas. Segundo Vieira, a expectativa é que um acordo seja concluído já nas próximas semanas. "Esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil", disse Vieira no domingo, sem dar mais detalhes sobre quando o acordo deve ser concluído. Volte para o início.
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28/10 - Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta terça-feira
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio O concurso 2.933 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (28), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso do último sábado (18), uma aposta levou o prêmio de R$ 96 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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28/10 - Bets da Paraíba e caça-níqueis online do RJ funcionam fora dos estados, contrariando lei federal
Bets da Paraíba e caça-níquel online do RJ funcionam fora do estado, contrariando lei Sites de bets e caça-níqueis online regularizados pela Paraíba e pelo Rio de Janeiro funcionam além dos limites permitidos pela lei. O g1 testou seis plataformas de jogos online e conseguiu fazer apostas sem que o jogador estivesse nos respectivos estados, o que contraria a legislação federal. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A lei das bets, de 2023, autoriza a União, os estados e o DF a explorar os serviços de loterias, apostas de quota fixa e cassinos online. No entanto, as apostas devem ser feitas dentro dos territórios. O Art. 35-A. da lei 14.790 diz: "Os Estados e o Distrito Federal são autorizados a explorar, no âmbito de seus territórios, apenas as modalidades lotéricas previstas na legislação federal." Um apostador que mora no estado de SP não poderia jogar, por exemplo, em um site do Rio de Janeiro ou da Paraíba. Segundo o pesquisador Luiz César Loques, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Direito Rio e autor do livro "Direito e regulação das apostas no Brasil", esse tipo de aposta é irregular. Tem uma sugestão de reportagem? Escreva para o g1 "O primeiro problema é a concorrência desleal e uma chamada guerra entre os estados, o que não é bem-vindo. Se um estado X não respeita o limite de geolocalização do estado Y, eu estou criando um incentivo para se desrespeitar a regra", diz o especialista. Loques diz que também é possível que as empresas cometam infrações administrativas ao abrir a plataforma para localização em outro estado, além de configurar quebra de um termo do contrato. Prefeituras aprovam leis para criar mais de 70 loterias municipais; governo diz que são irregulares Cidade de 2,3 mil habitantes suspende bets municipais após arrecadar R$ 8 milhões em 10 meses Segundo Telma Rocha Lisowski, professora de Direito Constitucional e Direito Administrativo na Universidade Presbiteriana Mackenzie, cabe aos estados fiscalizar se as empresas autorizadas respeitam as regras. "Os estados podem fazer suas leis e decretos do Executivo [para definir] como vão funcionar os serviços de apostas e podem ter as penalidades em caso de descumprimento por parte das empresas", diz. Apostas realizadas em sites do RJ e da PB Reprodução Procurada pelo g1, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SAP), do Ministério da Fazenda, afirmou que cabe a cada ente "a garantia do cumprimento dessa regra na exploração da atividade". Afirmou também que notifica União ou estados para a tomada de providências. "Em casos de descumprimento reiterado, há a possibilidade de acionamento da Advocacia Geral da União, para que medidas judiciais sejam tomadas", completou. O g1 também questionou as empresas aprovadas pelos estados para saber se receberam alguma notificação, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O contato foi feito por meio do e-mail informado pelas empresas em seu registro à Receita Federal. Checagem dos sites O g1 tentou acessar 52 sites de bets e caça-níqueis estaduais apontados pelos estados como autorizados a funcionar e conseguiu fazer apostas em seis deles: 4 de 12 sites na Paraíba e 2 de 33 no Rio de Janeiro. 💡Tem uma ideia de reportagem? Mande sua sugestão para o g1 Para checar se era possível apostar nesses sites, o g1 fez depósitos mínimos nas seis bets, num total de R$ 80. As apostas foram feitas de São Paulo, como valores entre R$ 2 e R$ 7 nos sites registrados no Rio e na Paraíba. Os valores depositados não serão resgatados. Em todos eles foi possível registrar um perfil, realizar um depósito (R$ 10 ou R$ 20, conforme o valor mínimo de cada casa) e apostar em partidas de futebol masculino no Campeonato Italiano, no Taça do Paraguai e na Copa Libertadores da América (enquadradas como quota fixa, as bets). Superintendente da Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), Francisco Petrônio de Oliveira Rolim, afirmou em nota ao g1 que a Lotep "mantém rotina permanente de acompanhamento e fiscalização por meio da Gerência Técnica e de Fiscalização (GTF) e do setor de Inteligência Estatal". Informou também que instaura procedimentos para apurar irregularidades. "Confirmada a ocorrência, a Lotep notifica o operador lotérico para adoção das medidas administrativas cabíveis, podendo o processo resultar em advertência, suspensão, aplicação de multas e/ou revogação da autorização, nos termos da legislação estadual aplicável", disse. A Lotep, da Paraíba, informa de forma pública que arrecadou R$ 1,7 milhão com as bets ao longo de 2025 e autoriza "fomentar ações e projetos" na saúde, educação, esporte, assistência social e segurança pública. O governo do Rio de Janeiro não se pronunciou até a publicação da reportagem. Outros sites abrem, mas acesso é negado Ao todo, são 52 bets estaduais em funcionamento pelo país. Além dos seis sites em que é possível realizar apostas, outros 8 puderam ser acessados da cidade de São Paulo: outros 4 no RJ; 2 no Paraná; 1 no Sergipe; e 1 no Tocantins. No entanto, não foi possível realizar cadastro nem apostar nestas oito plataformas. Os sites identificaram a localização do apostador e bloquearam a tentativa. Sites que identificam localização do apostador e impedem o registro Reprodução O governo do Sergipe afirmou que o serviço de apostas da Lotese está "tecnicamente restrito ao território do estado" e que "adota postura de tolerância zero para irregularidades que violem a territorialidade autorizada". De acordo com o governo do Paraná, os sites são fiscalizados e tanto plataformas quanto meios de pagamentos devem capturar a geolocalização e bloquear o acesso quando estiver fora do estado. O acesso é autorizado fora do estado, afirma, para apostadores realizarem saques de valores ganhos com apostas no PR mesmo sem precisarem estar presencialmente no estado. "O site pode ser acessado de qualquer lugar do planeta, mas somente são permitidas apostas feitas no Paraná", diz o governo do Paraná. Estados com bets Cinco estados brasileiros possuem bets próprias em funcionamento atualmente: além de Rio de Janeiro e Paraíba, Paraná, Sergipe e Tocantins oferecem os serviços em sites próprios ou por meio de autorização a empresas privadas. Maranhão e Minas Gerais possuem plataformas de jogos online, mas não oferecem bets. Ao todo, 17 estados já têm leis aprovada para liberar apostas online, com ou sem as bets (veja no mapa acima). Amapá e Ceará, por exemplo, estão entre aqueles que alteraram a lei após 2023 para inserir a possibilidade de ter bets próprias. O g1 apurou junto aos estados que Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e São Paulo estudam criar loterias locais — SP é o único estado a confirmar que não incluirá o serviço de bets. Há também bets municipais pelo país, conforme levantamento do g1 identificar ao menos 70 cidades que aprovaram leis locais para explorar jogos online. Até segunda-feira (27), a única em funcionamento era a bet de Bodó (RN), que arrecadou R$ 8 milhões em dez meses. No entanto, a prefeitura suspendeu os serviços em meio a um imbróglio legal com o Governo Federal. *Colaborou: Artur Nicoceli O que dizem as partes: Loteria do Estado da Paraíba Francisco Petrônio de Oliveira Rolim, superintendente da Lotep "A autorização concedida pela Lotep se restringe ao Estado da Paraíba, em consonância com a legislação vigente. Ressalta-se, contudo, que a publicidade e o cadastramento de apostadores podem ocorrer em todo o território nacional, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a competência dos estados para explorar e regulamentar loterias locais. A Lotep mantém rotina permanente de acompanhamento e fiscalização por meio da Gerência Técnica e de Fiscalização (GTF) e do setor de Inteligência Estatal. São monitorados o comportamento operacional e o cumprimento das normas por parte dos credenciados e autorizados. Quando há conhecimento de qualquer indício de irregularidade, é instaurado procedimento de apuração para verificação dos fatos. Confirmada a ocorrência, a Lotep notifica o operador lotérico para adoção das medidas administrativas cabíveis, podendo o processo resultar em advertência, suspensão, aplicação de multas e/ou revogação da autorização, nos termos da legislação estadual aplicável. A Lotep reitera seu comprometimento com a legalidade, a transparência e a integridade da gestão pública, mantendo atuação alinhada à legislação estadual e federal vigente e entendimentos do Supremo Tribunal Federal sobre o tema." Governo do Rio de Janeiro: O Rio de Janeiro não se pronunciou até a publicação da reportagem. Governo do Paraná: "Conforme edital de credenciamento (001/2023) da Lottopar, os concessionários estaduais só podem explorar o serviço de loterias e apostas dentro do estado do Paraná. Para atender a esse requisito, os concessionários integram seus sistemas à plataforma de gestão e meios de pagamentos contratados pela Lottopar, devendo capturar a geolocalização do apostador e reportar à plataforma. Os domínios dos sites ficam disponíveis em território nacional e internacional, mas não permitem cadastros e nem apostas de pessoas localizadas fora do território paranaense. Ou seja, o site pode ser acessado de qualquer lugar do planeta, mas somente são permitidas apostas feitas no Paraná. Pessoas que possuam cadastros realizados em território paranaense podem acessar sua conta fora do estado apenas para retirada de saldo, medida que visa proteger o direito do consumidor. Os sites são fiscalizados constantemente pela Lottopar, especialmente os que têm licença no território paranaense. Até o momento, não há situações constatadas de sites que comercializam apostas fora do estado do Paraná. O descumprimento regulatório gera consequências e pode resultar na suspensão do site. Em caso de descumprimento contratual quanto à geolocalização, a Lottopar notificará a empresa, impondo prazo máximo de 48 horas para esclarecimentos ou regularização, e adotará as medidas jurídicas cabíveis. A Lottopar arrecadou cerca de R$ 60 milhões entre outorgas fixas e trimestrais desde 2024. O edital publicado em 2023 determinou uma outorga fixa de R$ 5 milhões para contratos de cinco anos. São dois modelos de outorgas: Outorga Fixa – que dá direto à exploração dos serviços - e Outorga variável - paga trimestralmente com base na operação do trimestre anterior. Trimestralmente as concessionárias pagam para a Lottopar uma taxa de 6% da receita bruta do operador (GGR), classificados com os royalties. Desse total, 1% dos royalties são destinados para a manutenção da Lottopar e 5% para investimentos em áreas sensíveis como segurança pública, habitação popular e ações sociais." Governo de Sergipe "Embora o site da Lotese (empresa que tem a participação majoritária do Banco do Estado de Sergipe - Banese) possa ser acessado a partir de qualquer lugar do mundo, a Agrese esclarece que o exercício efetivo da aposta (registro da aposta, aceitação e liquidação) está tecnicamente restrito ao território do estado de Sergipe. Sistemas de autorização de transação impedem a efetivação de apostas quando a origem do jogo for identificada fora dos limites territoriais autorizados. Para garantir a territorialidade da exploração e a integridade das operações, a Lotese, único operador autorizado a explorar loterias pelo estado de Sergipe, deve implementar e manter, entre outros, os seguintes controles técnicos e de conformidade (seguranças previstas no regulamento que está em aprovação): Geolocalização por IP e dispositivo/móvel Detecção e bloqueio de VPN Coleta de informações sobre o dispositivo utilizado Validação por múltiplos fatores, Sistemas de KYC (Know Your Customer) e soluções automatizadas de monitoramento e detecção de frautes. Ao constatar operação ou oferta de apostas fora da territorialidade de Sergipe, a Agrese instaura procedimento técnico-administrativo, notifica o operador e estabelece prazo para adoção de medidas técnicas imediatas e para regularização documental, observando o contraditório e a ampla defesa. Persistindo a irregularidade ou em caso de reincidência, a agência aplica sanções progressivas (advertência, multa, suspensão, revogação da autorização), sem prejuízo de outras medidas administrativas ou judiciais cabíveis." Secretaria de Prêmios e Apostas (SAP), do Ministério da Fazenda "Na prestação do serviço público de aposta de quota fixa, é determinação legal que a competência para regulação e autorização da atividade, em âmbito nacional, seja do Ministério da Fazenda. A Lei possibilita aos estados e ao Distrito Federal tal atividade, desde que no âmbito de seus territórios. Cabe ao ente, que explora ou outorga este serviço, a garantia do cumprimento dessa regra na exploração da atividade. Contudo, uma vez identificada a exploração de forma ilegal, extrapolando os respectivos territórios, a SPA/MF notifica o ente responsável, para a tomada das devidas providências. Em casos de descumprimento reiterado, há a possibilidade de acionamento da Advocacia Geral da União, para que medidas judiciais sejam tomadas. O problema legal é o descumprimento do que diz expressamente o art. 35-A da Lei nº 14.790, de 2023, que estabelece que “[os] Estados e o Distrito Federal são autorizados a explorar, no âmbito de seus territórios, apenas as modalidades lotéricas previstas na legislação federal”, resultando, ainda, em exploração de um serviço público estadual fora do território do estado, em oposição ao Pacto Federativo, previsto na Constituição.” Por fim, reforçamos que a área de fiscalização da SPA/MF analisou os sites listados e constatou que quatro deles, dos estados do Paraná, Sergipe e Tocantins, cumprem a legislação, pois, embora possam ser acessados, não permitem cadastros ou apostas fora de seus territórios."
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28/10 - EUA e Japão fecham acordo sobre minerais críticos e terras raras
EUA e Japão fecham acordo sobre minerais críticos e terras raras O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram nesta terça-feira um acordo para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras por meio de mineração e processamento, informou a Casa Branca em comunicado. O acordo foi assinado durante a visita de Trump ao Japão, parte de sua viagem mais ampla pela Ásia, enquanto ambos os países buscam fortalecer suas cadeias de suprimento de terras raras, utilizadas em setores que vão da energia renovável à eletrônica e à indústria automobilística. Segundo o comunicado, os Estados Unidos e o Japão planejam cooperar por meio do uso de instrumentos de política econômica e de investimentos coordenados para acelerar o desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais críticos e terras raras. A China processa mais de 90% das terras raras do mundo e recentemente ampliou suas restrições às exportações, incluindo novos elementos em sua lista de controle e intensificando a supervisão sobre produtores estrangeiros que dependem de materiais chineses. Os Estados Unidos, por sua vez, possuem apenas uma mina de terras raras em operação e estão correndo para garantir o fornecimento de minerais vitais para veículos elétricos, sistemas de defesa e manufatura avançada. Trump deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira. Como parte do acordo, os Estados Unidos e o Japão concordaram em simplificar e desregulamentar os prazos e processos de licenciamento para minerais críticos e terras raras, além de abordar políticas de mercado distorcidas e práticas comerciais desleais. Ambos os países também considerariam um esquema de estocagem complementar e cooperariam com outros parceiros internacionais para garantir a segurança das cadeias de suprimento, acrescentou o comunicado da Casa Branca. "O acordo ajudará ambos os países a fortalecer a segurança econômica, promover o crescimento econômico e, assim, contribuir continuamente para a prosperidade global", afirma o documento. LEIA MAIS Mais comum que ouro, terras raras estão no centro de disputa geopolítica; entenda Terras raras: o que são, onde estão e por que os EUA se importam com elas O interesse dos EUA As chamadas terras raras são um grupo de 17 elementos químicos encontrados em abundância em vários países. A maior parte desses minerais está concentrada em dois pontos: na China e no Brasil. Eles são imprescindíveis para a indústria. Agora, a reserva brasileira é alvo do imbróglio com Trump. A maior concentração desses territórios está na China, o que faz do país um monopólio. Esse cenário tem preocupado Trump. E a China não detém só o território, mas também o refino. Depois de extraídos, os elementos passam por processos complexos de separação e refino até se tornarem utilizáveis. Essa etapa também é dominada pelo país, que lidera a produção mundial de ímãs. O controle é ainda maior em relação a certos elementos. Os mais leves — com exceção de neodímio e praseodímio — são mais abundantes e fáceis de extrair. Por exemplo: a União Europeia importa de 80% a 100% desse grupo da China. Para os elementos mais pesados, a dependência chega a 100%. O domínio chinês acendeu alertas no Ocidente. Nos últimos anos, EUA e UE começaram a formar reservas estratégicas de terras raras e outros materiais críticos. Esta matéria está em atualização. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma cerimônia de assinatura durante uma reunião bilateral com a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, no Palácio de Akasaka, em Tóquio, Japão, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein
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28/10 - Venezuela suspende acordo de gás com Trinidad e Tobago após exercícios militares com EUA
Navio de guerra dos EUA atraca no Caribe, perto da Venezuela O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, suspendeu nesta segunda-feira (27) o acordo energético com Trinidad e Tobago. A decisão foi anunciada após o início de manobras militares entre o país caribenho e os Estados Unidos, que, segundo Maduro, representam uma “ameaça” ao governo venezuelano. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Trinidad e Tobago recebe nesta semana o destróier americano USS Gravely para treinamentos no âmbito das operações de combate às drogas no Caribe. Maduro afirma que essas ações pretendem derrubá-lo do poder. “Aprovei a medida cautelar de suspensão imediata de todos os efeitos do acordo energético e de tudo o que foi acordado nesta matéria. É uma medida cautelar para a qual tenho autoridade como presidente e que aprovei e assinei. Está tudo suspenso”, disse durante seu programa de televisão. O destróier USS Gravely chegou a Port-of-Spain, em Trinidad e Tobago, no sábado (25) e permanecerá no local até 30 de outubro para exercícios com as forças locais. A Venezuela acusa o governo trinitino de servir aos interesses de Washington. A primeira-ministra do país, Kamla Persad Bissessar, já expressou apoio a Trump e às operações no Caribe. Ainda nesta segunda-feira, o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou os EUA de planejarem uma operação de “falsa bandeira” para incriminar Nicolás Maduro durante exercícios militares do USS Gravely. Segundo ele, um grupo ligado a uma “célula criminosa” financiada pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) iria atacar o navio norte-americano e atribuir o atentado à Venezuela. Quatro pessoas foram presas. LEIA TAMBÉM VÍDEO: em Gaza, busca por corpos de reféns israelenses é feita com retroescavadeiras VÍDEO mostra olho do furacão Melissa, que atinge categoria 5 e ameaça Caribe; 'foi a turbulência mais intensa que já enfrentei', diz cientista Trump ameaça Putin com submarino nuclear após Rússia testar novo míssil O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante coletiva de imprensa em 1º de setembro de 2025 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1
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27/10 - Tarifaço: delegações de Brasil e Estados Unidos fazem primeira reunião na Malásia após encontro de Trump e Lula
Alckmin diz que prioridade do Brasil é derrubar tarifaço de 40% Delegações do Brasil e dos Estados Unidos fizeram uma reunião nesta segunda-feira (27), na Malásia, para debater o tarifaço de 50% a uma série de produtos brasileiros aplicado pelo governo Donald Trump. A reunião das delegações foi a primeira após o encontro, também na capital Kuala Lumpur, entre o presidente Lula e Trump. Delegações de Brasil e Estados Unidos se reuniram na Malásia para discutir o tarifaço aos produtos brasileiros Divulgação/ Itamaraty O objetivo do governo brasileiro é derrubar as tarifas extras. A conversa entre Lula e Trump foi um primeiro passo para abrir as negociações. Outros encontros entre as delegações ainda vão ocorrer. Impressões de Trump Donald Trump e Lula Jornal Nacional/ Reprodução Após o encontro com Lula, na madrugada do domingo (horário de Brasília), Trump chamou Lula de "muito vigoroso e impressionante" e desejou os parabéns a ele por seu aniversário de 80 anos nesta segunda. Trump deixou em aberto se a tarifa de 50% vai ser revogada, como quer o Brasil. “Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. E quero desejar feliz aniversário ao presidente, hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante”, afirmou Trump a repórteres durante voo para o Japão. Lula Lula se disse otimista com a reunião e suas possíveis consequências. "Acho que vamos fazer um bom acordo". Também disse que ligará para o presidente americano sempre que achar necessário ao longo das negociações. Horas antes, ele já havia dito que "se depender dele e de Trump, vai ter acordo". Leia também: Ibovespa bate recorde após encontro entre Lula e Trump; dólar cai a R$ 5,36 Lula e Trump se encontram na Malásia e indicam início de acordo sobre tarifas Próximos passos Segundo os representantes brasileiros, Trump afirmou que daria instruções à sua equipe para dar início a um período de negociação bilateral. A expectativa do governo brasileiro era de um encontro entre as equipes ainda na noite deste domingo, no horário da Malásia, segundo o chanceler Mauro Vieira. Houve, entretanto, uma conversa por telefone entre ele e Jamieson Greer, e o encontro ficou para a manhã de segunda-feira (27). "Esse será o primeiro passo do processo negociador, o encontro com os três membros da delegação americana [...]. E vamos estabelecer um cronograma de negociação e estabelecer os setores sobre os quais vamos conversar para que possamos avançar", disse Vieira. Ainda de acordo com o ministro, o Brasil também deve pedir a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período de negociação. Não há, no entanto, previsão de se e quando as taxas devem ser suspensas. "Esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil", disse Vieira, destacando que Lula está disposto a conversar sobre "todos os setores e áreas de comércio bilateral, e também sobre a questão de minerais críticos e terras raras".
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27/10 - Carregada de força bruta, Amarok V6 entrega tudo no Agro
Modelo tem força para encarar qualquer tipo de terreno. Volkswagen/Divulgação Só quem vive a rotina do campo entende de verdade os desafios que vêm com o agro. Um único dia de trabalho impõe todo tipo de situação: estrada seca ou barro até o para-choque, asfalto ou trecho esburacado, sol de rachar ou chuva torrencial, carga leve ou pesada. Pra encarar tudo isso, nada como um parceiro carregado de força bruta. A Amarok V6 entrega toda essa robustez com a confiança que só a Volkswagen tem. Equipada com motor 3.0 turbodiesel de 258 cavalos, o mais potente da categoria, ainda conta com a função Overboost, que eleva a potência para 272 cavalos por até 10 segundos. Com 59 kgfm de torque, o modelo encara qualquer desafio sem esforço e vai de 0 a 100 km/h em apenas oito segundos. A exclusiva tração 4Motion, que distribui o torque do motor para as quatro rodas, garante mais força, estabilidade e controle mesmo nos terrenos mais difíceis. Para todo tipo de transporte, a caçamba é incomparável: a capacidade de carga útil de 1.104 kg faz da Amarok V6 uma referência quando o assunto é espaço. Além disso, os 1.280 litros de volume oferecem a versatilidade que o produtor precisa para qualquer tarefa. Picape também tem a maior capacidade de carga da categoria. Volkswagen/Divulgação Recursos tecnológicos e máxima segurança Com tanto vai e vem no dia a dia, dá pra cumprir todas as tarefas com eficiência e aproveitar o conforto e a tecnologia da caminhonete também nos momentos de lazer - tudo com recursos que garantem segurança, seja em viagens a passeio ou deslocamentos a trabalho. Os cuidados da Volkswagen se refletem em ferramentas e recursos que aumentam a proteção e garantem máxima segurança em caso de colisão, como os seis airbags estrategicamente posicionados: dois frontais, dois laterais e dois de cabeça. Para quem está conduzindo, há uma série de recursos. O Assistente de Condução Passiva (Safer Tag), por exemplo, alerta o motorista em determinadas situações de perigo, como risco de acidente ou saídas de faixa. Em terrenos que exigem força e inteligência, a Amarok V6 também se destaca. Os freios ABS Off-road travam levemente as rodas, reduzindo a distância de frenagem em pisos irregulares. E nas descidas íngremes, o Assistente de Descida mantém o veículo estável em inclinações superiores a 9º, sem precisar da intervenção do motorista. Quer conhecer cada detalhe da Amarok V6? Acesse o site da Volks e explore todas as versões.
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27/10 - Como é fazer entrevista de emprego com uma inteligência artificial: 'Tempo foi otimizado, mas desumaniza'
O economista Everton Freire fez entrevista com uma IA por voz, no Whatsapp Arquivo pessoal via BBC O economista Everton Freire, de 33 anos, já tinha preenchido algumas dezenas de formulários em busca de um novo emprego quando finalmente recebeu um e-mail positivo. Foi classificado para a segunda etapa de um processo seletivo em uma empresa de educação do segmento da saúde. Ele se surpreendeu ao descobrir que, nesta fase, seria entrevistado por uma inteligência artificial (IA), algo que nenhuma outra vaga que aplicou havia apresentado até então. Aos poucos, esse tipo de tecnologia vem sendo implementado em processos seletivos de diversas empresas brasileiras, de diferentes portes. Veja os vídeos que estão em alta no g1 As instruções para a conversa com a IA foram enviadas em texto, por Whatsapp, e as respostas dele deveriam ser dadas em áudio na mesma plataforma. O programa do outro lado respondia rapidamente, mais até do que um humano faria, e direcionava as perguntas conforme as respostas dadas por Freire, aprofundando o assunto a cada novo questionamento. Foram três ou quatro interações e o processo terminou. A resposta veio na hora e era positiva: ele se encaixava no perfil da vaga. "Só que parou por aí. Nunca fui chamado para nenhuma outra etapa", ele contou à BBC News Brasil. Freire lembra que sentiu um misto de estranhamento e curiosidade com a experiência. "A primeira emoção foi de resistência, por não estar falando com uma pessoa. Ainda mais por ser uma empresa que forma pessoas do ramo da saúde, mas que faz o processo de forma tão fria. Depois, pensei também que meu tempo foi otimizado e ao menos tive algum feedback. Talvez só não tenha sido tão bem ranqueado pela IA como outros candidatos." Hoje, já empregado em outra companhia, Freire avalia que esse tipo de tecnologia pode representar um ganho para as empresas, mas não necessariamente para o candidato. "Para quem está buscando recolocação, quem está desempregado, é algo que desumaniza. Estar em uma segunda fase, lidando com uma IA, em uma coisa pré-programada, de dizer se estou apto ou não. Não foi tão positivo para mim." Avatar da plataforma SophIA, feito por empresa com inteligência artificial, dá as boas vindas ao candidato em um processo seletivo Starmind/Reprodução Por que empresas estão usando IA em entrevistas? O uso de inteligência artificial em processos seletivos não é algo recente, mas ganhou novo impulso com a popularização da IA generativa, como os modelos de linguagem que sustentam o ChatGPT. "O motivo que levou as empresas a implementar é o grande volume de aplicações, causado por ferramentas de recrutamento e plataformas como Linkedin, que fizeram com que pessoas de diferentes lugares pudessem aplicar. Era preciso controlar esse volume e agilizar o recrutamento", diz Humberta Silva, que é professora da Hochschule Bremen, na Alemanha, e doutora em administração pela FEA-USP. A especialista diz que a pandemia impulsionou ainda mais essa guinada tecnológica. E que empresas passaram então a experimentar ferramentas como chatbots, avaliação de entrevistas automatizada e rankings. "A IA vai ter um impacto nas organizações ainda maior do que a internet teve no início dos anos 2000", avalia o empresário e professor do Insper Edison Audi Kalaf, que diz ser um defensor da tecnologia. "Tem muitas vantagens no uso da IA para recrutamento e seleção. Escalabilidade, padronização, redução de viés. Muitas vezes o recrutador tem vieses que vêm da criação dele, da formação, etc., que uma ferramenta bem treinada e utilizada pode não ter." O sucesso da tecnologia, avalia o professor, dependerá de como for usada. “A tecnologia nuclear é extremamente útil. Mas você pode usar para fazer uma máquina que descobre um câncer ou para fazer uma bomba." A BBC News Brasil entrevistou representantes de quatro startups brasileiras que oferecem esse tipo de serviço específico de análise de entrevistas, todas com poucos anos (ou meses) de vida, mas que já incluem em seus portfolios empresas com milhares de funcionários. Também testamos ferramentas do mercado (mais detalhes abaixo), tanto no papel de recrutador quanto de candidato. O discurso que apresentam a favor das entrevistas automatizadas é semelhante: redução de custos, otimização de tempo e satisfação no processo, tanto para clientes quanto para os próprios candidatos. "Um processo seletivo pode ter dez candidatos ou 1 mil. É humanamente impossível fazer tantas análises em tempo hábil, ainda mais quando empresas exigem prazos cada vez mais curtos por causa de rotatividade. Imagine se pudéssemos ter um recrutador pra cada candidato", diz Patrick Gouy, CEO da Recrut.AI. "Por isso o apelo para as empresas é tão grande, mas não só elas serão beneficiadas. Imagine o candidato ter acesso direto a uma IA que pudesse qualificar ele na hora, dar uma resposta mais rápida”, diz o empresário. A tecnologia costuma ser aplicada em fases iniciais do processo, com grande volume de currículos, e não deve substituir a entrevista presencial para uma decisão final. "É um caminho sem volta", diz Christian Pedrosa, fundador e CEO da DigAI. "Há uma agenda finita para avaliar candidatos. Isso força o recrutador a olhar para seus próprios vieses. Um exemplo: priorizar candidatos que fizeram intercâmbio, mesmo para uma vaga na qual a pessoa nem precisa falar inglês", diz. "Do outro lado, há também quem usa ChatGPT para exagerar o currículo. A IA muda isso, porque a todo mundo é dada uma chance de mostrar se sabe do que está falando ou não." Augusto Salomon, CEO da Starmind, que também oferece esse tipo de tecnologia, avalia que a entrevista por IA julga menos do que um entrevistador humano. "Você parte de um cenário com uma avaliação muito mais rica e sem julgamento, porque a IA não julga se a pessoa tem tal religião, tal aparência. Ela faz uma entrevista técnica com todo mundo e entrega dados de valor para o recrutador tomar a decisão." Pamela Borges, CEO da startup Coploy, reconhece haver receio das empresas em aderir a esse tipo de plataforma. E cita o medo de que profissionais de recrutamento sejam substituídos. "Eu costumo dizer que esse medo tem um remédio, que é a curiosidade, a vontade de conhecer o que está chegando no mercado." Ela avalia que a IA não substitui pessoas no processo de recrutamento, mas "devolve a humanidade ao ser humano, que faz trabalhos repetitivos e, às vezes, sem estratégia. A gente potencializa a capacidade daquele ser humano, deixando de lado tarefas que não trazem valor agregado, para provar o valor de seu trabalho." Quais são as consequências do uso de IA em entrevistas de emprego? A tese de doutorado de Humberta Silva, defendida neste ano na FEA-USP, investigou os usos e consequências do uso da IA em processos seletivos. Concluiu que as vantagens, como agilizar e padronizar processos, não superam as consequências indesejadas. E citou algumas delas: - Esperam que o candidato saiba usar termos e palavras-chave específicas; em nosso teste, por exemplo, uma das entrevistas deu foco exagerado a um termo técnico que não era o ponto mais importante da entrevista (mais detalhes abaixo) - Há expectativa de que candidatos tenham acesso à internet e que preencham currículos de formas muito específicas para ter destaque; a necessidade de menção explícita a termos técnicos usados nas descrições das vagas, por exemplo, é citada por especialistas como uma forma de ser bem avaliado; - Muitas empresas não informam que IA é usada em processo de seleção, enquanto especialistas dizem que é preciso divulgar, por questão de transparência; "Estamos vendo muitas empresas adotando a tecnologia, mas sem entender como ela funciona. E isso traz riscos. Precisamos, como sociedade, entender que o acesso ao mercado de trabalho é a oportunidade para um indivíduo se tornar cidadão. Se criamos barreiras pela tecnologia, que tipo de sociedade a gente espera?", avalia Silva. Outro desafio, diz, é um maior desequilíbrio de poder. "As empresas têm muito mais acesso às informações do candidato do que o candidato das empresas. E cria uma atmosfera de que o candidato precisa superar a IA para poder ser contratado. Quando o candidato não é aprovado, mesmo tendo todos os requisitos da vaga, percebe o algoritmo como inefetivo. As empresas deveriam balancear se as expectativas estão sendo atendidas e também a expectativa do candidato que querem atrair." As startups que oferecem o serviço de entrevista por IA apresentam dados que dizem que a maioria dos entrevistados aprova o processo seletivo. Nos testes feitos pela BBC News Brasil nessas ferramentas, tal avaliação era feita ao final da entrevista, na mesma plataforma. A professora da FEA-USP Liliana Vasconcellos, que orientou a pesquisa de Silva, questiona esse método de avaliação. "É uma pesquisa bem parcial, de responder no final sem saber se a informação vai ser usada pela empresa. O candidato pode achar que vai ser caracterizado como alguém que é contra a tecnologia." Outro estudo sobre o tema, um artigo publicado em 2023 por Daniel Blumen e Vanessa Cepellos na revista Cadernos Ebape, da FGV, se baseou em entrevistas com 12 recrutadores do setor farmacêutico. Os entrevistados disseram que a IA pode ajudar a tornar o recrutador mais eficiente, em um papel mais consultivo do que operacional. Mas reconheceram que a ferramenta pode acabar excluindo determinados perfis de candidatos, que a tecnologia poderia não trazer as pessoas certas e perder talentos. "Os algoritmos acontecem pela aprendizagem a partir do ser humano. Se estamos colocando dados que são discriminatórios, a máquina também vai atuar dessa maneira. As empresas ainda estão entendendo como fazer uso disso, como usar de uma forma ética," diz Cepellos, uma das autoras da pesquisa e professora de gestão de pessoas e de carreiras da FGV. "A questão é de como a ferramenta vai ser utilizada. A tecnologia é uma ferramenta, ela não vai ser utilizada em todas as etapas. É importante que o processo não perca a humanização." Pesquisadora e professora Humberta Silva avalia que consequências indesejáveis ainda superam vantagens de entrevistas com IA Arquivo pessoal via BBC Ranking de candidatos e retorno imediato: como é a entrevista? A BBC News Brasil testou três plataformas que oferecem o serviço, nos papéis de recrutador e de candidato. A primeira etapa do processo para o recrutador é a criação da vaga. Ao definir um nome (por exemplo: "jornalista júnior", um dos cargos que usamos em nossos testes), a própria inteligência artificial sugere uma descrição de perfil e requerimentos, que depois podem ser alterados pelo recrutador. O jornalista júnior "será responsável por elaborar conteúdos jornalísticos escritos, com foco em clareza, apuração rigorosa e adequação ao público alvo", descreveu uma das plataformas. Em uma das ferramentas as perguntas eram as mesmas para todos os candidatos, pré-definidas pelo recrutador, e a entrevista requeria uso de câmera. Em outra, os questionamentos pareciam se adaptar de acordo com as respostas fornecidas, tentando usar o que o candidato disse para aprofundar ou avançar em algum tema. O candidato que aplica a alguma dessas vagas recebe um e-mail com o link para participar do processo, que pode ser feito por Whatsapp ou algum site. A depender da plataforma, pode ou não ser necessário ligar a câmera, ou usar o microfone e um chat por texto. Por fim, os resultados chegam ao recrutador em um painel, em forma de ranking, e é possível ver a gravação da entrevista e como a IA avaliou cada resposta. É possível definir se os candidatos receberão ou não uma resposta no fim do processo. Mas essa resposta não indica se ele foi aprovado ou não. A decisão caberá ao recrutador humano. Robôs dão ênfase a palavras-chave e explicação de conceitos Um elemento que se destacou em um dos testes é que o recrutador de IA deu ênfase exagerada a algumas palavras-chave que estavam na descrição da vaga. Não citar essa palavra ou não dar exemplos parece ter sido o motivo de redução da nota. Um exemplo: apesar de ser uma vaga júnior, cuja descrição dizia que era "desejável ter noções básicas de SEO" (técnicas para que um texto tenha mais destaque nas buscas online)", o termo foi citado diversas vezes na avaliação, quase sempre em contexto crítico. Na prática, era como se esperasse que o candidato dominasse o tema. Na avaliação de uma das respostas, por exemplo, a IA chegou a dizer que o entrevistado "precisa desenvolver melhor a estruturação e análise de desempenho de conteúdo para atender às expectativas do cargo". Na ferramenta com perguntas pré-programadas, a IA também ignorou habilidades não previstas na vaga e citadas pelo candidato, mas que também se encaixavam nos requisitos. Houve ainda casos em que a crítica para reduzir uma nota não tinha relação com o que foi perguntado. Um exemplo: o entrevistador questiona se o candidato já teve de escrever sobre um assunto fora de sua zona de conforto. Depois, avalia que o candidato "deve aprimorar conhecimentos em SEO e dados". Em um dos testes notamos também que a IA demandava do candidato explicações mais conceituais de questões práticas. Ao questionar sobre quais fontes costuma utilizar na cobertura de economia, e receber como resposta menções a instituições como IBGE e Banco Central, a ferramenta diz que ele "não detalhou seis critérios de noticiabilidade típicos em economia", e atribuiu nota 2/6. E se o candidato também usar IA pra responder? Uma das descobertas mais curiosas do teste foi que algumas empresas orientam os candidatos a não usar inteligência artificial nas respostas, sob o argumento de que conseguem detectar esse tipo de uso. Para verificar se isso realmente acontece, e considerando que especialistas dizem que está cada vez mais difícil diferenciar respostas humanas das geradas por IA, resolvemos fazer um experimento. Participamos de uma entrevista inteira respondendo apenas com textos criados pelo ChatGPT, mas adaptados para soar o mais naturais possível: falamos com pausas, hesitações e até alguns vícios de linguagem, como qualquer pessoa faria. O retorno do recrutador robótico foi bastante positivo, apesar da "trapaça". "É evidente que você possui uma sólida compreensão do processo de apuração de notícias e transmite uma abordagem cuidadosa e ética ao lidar com informações contraditórias, o que é crucial em sua área", dizia a mensagem. A nota final, em uma escala de 0 a 10, foi 7. Descobrimos depois, no entanto, que o sistema havia registrado um alerta sobre esse candidato para o entrevistador sobre uma "provável leitura", ou seja, que talvez esse candidato estivesse lendo as respostas ao invés de responder por conta própria. Recrutador de IA detectou que repórter possivelmente leu as respostas em entrevista Reprodução/DigAI 'Algoritmo não pode discriminar; se acontecer, candidato pode buscar indenização contra empresa' Empresas que queiram recrutar candidatos com uso da IA devem adotar uma série de cuidados para evitar problemas legais, explica o advogado Rafael Bispo de Filippis, sócio do escritório Mattos Filho. Embora ainda não exista uma legislação sobre o tema no Brasil, continuam valendo as regulamentações que impedem discriminação nesses processos. "O algoritmo não pode ter viés discriminatório. Se isso acontecer, o candidato pode buscar indenização contra a empresa que está fazendo recrutamento", diz. Uma boa forma de evitar processos, diz o advogado, é já se adaptar ao texto do projeto de lei que regulamenta o uso de IA, aprovado no Senado no fim de 2024. A proposta é descrita como tendo o objetivo de proteger direitos fundamentais e estimular a inovação responsável, "em benefício da pessoa humana, do regime democrático e do desenvolvimento social, científico, tecnológico e econômico." Ela estabelece uma série de direitos, como o direito à informação sobre interações com sistemas de IA, privacidade e proteção de dados pessoais, não discriminação e correção de vieses discriminatórios. Para virar lei, o projeto ainda precisa ser aprovado na Câmara. "É um PL que fomenta a questão da não discriminação e da transparência. O candidato tem que ser informado de que aquele processo de recrutamento ou parte dele vai ser feito com IA. Tem também que poder acessar mais detalhes de como vai funcionar essa utilização da tecnologia." Filippis destaca também que é importante que as empresas assinem um contrato com as provedoras do serviço de IA com previsão de reparação. "Se der um problema no recrutamento e o serviço se mostrar discriminatório, aquele candidato vai buscar indenização contra a empresa, não contra quem vendeu o software." Sugere também que é uma boa precaução que as empresas armazenem gravações das entrevistas feitas por IA e que treinem seus profissionais de RH. Mas e os candidatos, como vão conseguir provar que foram discriminados? "É um tipo de disputa judicial em que é difícil para o candidato provar que houve discriminação. Por outro lado, se a empresa não tem mecanismos de transparência, ela sofre nesse tipo de briga", diz ele. "Não duvidaria que a Justiça do Trabalho caminhe, no futuro, em um posicionamento de que cabe à empresa provar que não houve discriminação." O advogado explica também que os candidatos podem solicitar, pela via judicial, acesso aos dados de sua entrevista e avaliação, com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "Embora seja difícil provar a discriminação, a depender do tipo de pergunta, pode provar um indício discriminatório. Um exemplo clássico, de antes da IA, é a pergunta sobre se uma candidata mulher pretende ter filhos." Quanta água o ChatGPT 'bebe' para responder sua pergunta? Data centers se multiplicam no Brasil e cientistas tentam estimar impacto Por que milhões seguem fora do mercado há anos? Defender home office nas redes custou o emprego deles
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27/10 - Bancos vão cancelar 'contas laranjas' e de bets irregulares; entenda
Bancos vão fechar contas de laranjas e bets irregulares Os bancos brasileiros começaram a adotar regras mais rígidas para bloquear movimentações suspeitas e cancelar contas de bets irregulares, ou seja, aquelas que não têm autorização da Secretaria de Prêmio e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda. A informação foi divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (27). Segundo o órgão, contas laranjas (abertas em nome de uma pessoa, mas usada normalmente por outras, para esconder a verdadeira origem do dinheiro) e contas frias (que são abertas de forma ilícita e sem conhecimento do titular) também serão fechadas. Os bancos também precisarão reportar a situação ao Banco Central (BC), permitindo o compartilhamento das informações entre instituições financeiras. A iniciativa, feita pela Autorregulação da Febraban, se soma às medidas já anunciadas pelo BC e pelo Poder Público sobre o tema. O objetivo, segundo a federação, é "fortalecer o compromisso do setor bancário contra o crime organizado e impedir o uso de contas para qualquer atividade ilícita". Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a ação é um "marco" no processo de corrigir os relacionamentos "tóxicos" dos bancos com clientes que alugam ou vendem suas contas e que usam o sistema financeiro para "escoar recursos de golpes, fraudes e ataques cibernéticos, bem como para lavar o dinheiro sujo do crime”. “Os bancos não podem, de forma alguma, permitir a abertura e a manutenção de contas laranja, de contas frias e de contas de bets ilegais, e é por isso que estamos estabelecendo procedimentos obrigatórios a todos os bancos, para disciplinar o setor e coibir esse tipo de crime", afirmou Sidney em nota oficial. Bets. Augusto César Gomes/g1 Veja as obrigações dos bancos com as novas regras: Políticas rígidas e critérios próprios para verificação de contas fraudulentas (“laranja” e frias) e contas usadas por bets irregulares; Recusa de transações e imediato encerramento de contas ilícitas, com comunicação ao titular; Reporte obrigatório ao Banco Central, permitindo o compartilhamento das informações entre instituições financeiras; Monitoramento e supervisão do processo pela Autorregulação da Febraban, que pode solicitar, a qualquer tempo, evidências de reporte e encerramento de contas ilícitas; Participação ativa das áreas de prevenção a fraudes, lavagem de dinheiro, jurídica e ouvidoria dos bancos, que, inclusive, participaram da elaboração das novas regras; No caso de descumprimento, haverá punições, desde pronto ajuste de conduta e advertência até exclusão do sistema Autorregulação. Ainda segundo a Febraban, as instituições devem manter políticas internas disponíveis para identificação e encerramento de contas suspeitas e apresentar uma declaração de conformidade à diretoria da Autorregulação da federação, que deve ser elaborada por uma área independente, auditoria interna, compliance ou pelo setor de controles internos. Ações contra o crime organizado As medidas são, ainda, um desdobramento da Operação Carbono Oculto, a maior investigação da Polícia Federal realizada contra o Primeiro Comando da Capita (PCC), que desarticulou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro em postos de combustíveis. Deflagrada em agosto, a Operação Carbono Oculto teve como alvos mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de ajudar o PCC a esconder o dinheiro obtido nos crimes – prática conhecida como lavagem de dinheiro. Segundo uma decisão da Justiça que autorizou buscas e prisões da Operação Carbono Oculto, todos os 15 alvos são supostamente ligados a esse esquema de lavagem. As ações também sucedem alguns ataques hackers ao sistema financeiro. Em agosto, por exemplo, um ataque a sistema que liga instituições ao PIX provocou um desvio de cerca de R$ 420 milhões. Em julho, outro crime à empresa C&M Software já havia desviado uma quantia de R$ 800 milhões.
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27/10 - Musk poderia deixar Tesla se plano salarial de US$ 1 trilhão for rejeitado, alerta presidente do conselho
Musk poderia deixar Tesla se plano salarial de US$ 1 trilhão for rejeitado O bilionário Elon Musk poderia deixar o cargo de CEO da Tesla caso seu pacote salarial proposto de US$ 1 trilhão não seja aprovado, alertou a presidente do conselho, Robyn Denholm, em uma carta aos acionistas nesta segunda-feira (27). O alerta surge antes da reunião anual de 6 de novembro, em meio a críticas recorrentes ao conselho da Tesla por não atuar plenamente no interesse dos acionistas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo Denholm, o plano de remuneração baseado em desempenho foi elaborado para reter e incentivar Musk a continuar à frente da Tesla por pelo menos mais sete anos e meio. O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? A presidente do conselho descreveu a liderança de Musk como "fundamental" para o sucesso da Tesla e alertou que, sem um plano que o motive adequadamente, a empresa poderia perder seu "tempo, talento e visão". Ela acrescentou que o papel de Musk é crucial enquanto a Tesla busca se tornar líder global em inteligência artificial e tecnologia de direção autônoma. Denholm descreveu o pacote como essencial para alinhar os incentivos de Musk com o valor para os acionistas e o crescimento de longo prazo, e incentivou os investidores a reeleger três diretores veteranos que têm trabalhado de perto com ele. O conselho da Tesla tem sido alvo de escrutínio há anos devido à sua proximidade com Musk. No início deste ano, um tribunal de Delaware anulou o acordo salarial de 2018, considerando que ele foi concedido de forma inadequada e negociado por diretores que não eram totalmente independentes. Maior pagamento da história corporativa No plano proposto pela montadora, Musk poderia receber até 12% das ações da Tesla, avaliadas em US$ 1,03 trilhão, caso a empresa alcance o valor de mercado de US$ 8,6 trilhões (R$ 46 trilhões). Para isso, a capitalização da companhia — valor total de uma empresa na bolsa de valores — teria de crescer quase oito vezes, ou US$ 7,5 trilhões (cerca de R$ 40 trilhões), nos próximos dez anos. De acordo com o fechamento da ação na sexta-feira (24), cada papel da Tesla na bolsa americana está cotado a US$ 433,72 (cerca de R$ 2.333). A montadora é avaliada em US$ 1,49 trilhão. Se concretizado, o pacote ampliaria significativamente o poder de voto de Musk, hoje com cerca de 13% de participação na Tesla, acirrando o debate sobre governança e sucessão na empresa. Atualmente, Musk não recebe salário como CEO da Tesla. Sua remuneração está atrelada a metas de desempenho, como preço das ações, lucratividade, produção e valor de mercado da empresa. Em setembro, o papa Leão XIV criticou os bônus salariais oferecidos a executivos de grandes empresas, muito mais alto que o pagamento aos funcionários. Ele citou a proposta da Tesla. "Ontem (saiu) a notícia de que Elon Musk será o primeiro trilionário do mundo", disse o papa. "O que isso significa e do que se trata? Se essa é a única coisa que ainda tem valor, então estamos em apuros." A declaração foi dada em entrevista realizada no final de julho para uma biografia que será publicada em breve, segundo a agência Reuters, e divulgada neste domingo (14) pelo Vaticano. O religioso comparou a situação de empresas nos anos 1960. Segundo ele, os presidentes ganhavam naquela época cerca de quatro a seis vezes mais do que os funcionários. Agora, disse o papa, esse ganho está em 600 vezes mais. Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), da SpaceX e da Tesla Reuters/Tingshu Wang
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27/10 - Por que celebridades estão comprando clubes de futebol
Em julho, o rapper americano Snoop Dogg foi anunciado como novo sócio do Swansea City, no País de Gales, que disputa a segunda divisão do futebol inglês. Também no País de Gales, os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney se tornaram ícones em uma pequena cidade ao se tornarem proprietários do Wrexham AFC. Na Inglaterra, o ator Michael B. Jordan tem participação no AFC Bournemouth; o comediante Will Ferrell adquiriu uma fatia do Leeds United; e o cantor Ed Sheeran é investidor do Ipswich Town. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 Nos Estados Unidos e no México, nomes como Reese Witherspoon, Matthew McConaughey, Eva Longoria e Natalie Portman também investem em clubes de futebol. Esses não são apenas casos isolados: celebridades têm cruzado os limites do palco e das telas para investir no futebol — um território em que elas nem sempre entendem as regras do esporte, mas conhecem bem o jogo de marketing. Famosos brasileiros também parecem estar interessados no ramo. A cantora Kelly Key fundou o Kiala FC, em Angola, ao lado do marido, Mico Freitas, em 2023. Hoje, ela é presidente do clube e pretende transformá-lo em um projeto de referência na formação e exportação de jovens jogadores angolanos. Enquanto isso, o rapper L7nnon está próximo de se tornar um dos proprietários do Olaria, time tradicional da zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com o clube, o processo de compra segue em andamento e depende de ajustes e trâmites internos antes de ser finalizado. O caso Wrexham Em uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes, no interior do País de Gales, as imagens de dois atores de Hollywood estão estampadas em todos os lugares — nas vitrines de lojas, joalherias, na galeria de arte, nas livrarias e até nos cardápios dos restaurantes. Ryan Reynolds e Rob McElhenney compraram em 2021 o modesto Wrexham AFC, então na quinta divisão do futebol inglês. Mesmo sem experiência no esporte, os atores fizeram duas promessas: levar o clube à elite do futebol (Premier League) e transformá-lo em uma potência midiática mundial. Quatro anos depois, o primeiro objetivo está cada vez mais próximo: o Wrexham subiu de série três vezes consecutivas e hoje disputa a Championship, a segunda divisão da Inglaterra. As vitórias em campo foram acompanhadas de um impacto fora dele, e a transformação em fenômeno internacional foi plenamente alcançada. A convivência entre os novos donos e os moradores locais, os bastidores do clube e o cotidiano da cidade viraram a série documental Welcome to Wrexham, vencedora de dez prêmios Emmy. O sucesso foi tanto que o atacante Paul Mullin foi chamado para participar do filme Deadpool & Wolverine, estrelado por Reynolds — e, no site oficial do clube, a foto do jogador foi substituída pela imagem do Welshpool, personagem que ele interpretou no longa. Paul Mullin, um dos principais jogadores do Wrexham AFC, em painel no centro da cidade que celebra a ascensão e o impacto cultural do clube Helena Calil/BBC O chamado "efeito Ryan e Rob" transformou o cenário econômico da cidade. Desde que os atores compraram o clube, em 2021, o turismo na região cresceu cerca de 50%, passando a movimentar 191 milhões de libras por ano (cerca de R$ 1,2 bilhão), segundo o Wrexham County Borough Council. Só em 2024, o aumento foi de 6,3% em relação ao ano anterior, e, na última década, o setor registrou uma alta de 90% — o maior crescimento turístico de todo o País de Gales. Mais de 2 milhões de visitantes passaram pela cidade no último ano, entre eles um número crescente de estrangeiros, principalmente dos EUA e Canadá, atraídos pela série Welcome to Wrexham e pelo sucesso do clube. Mesmo em meio a uma desaceleração no setor de hospitalidade no Reino Unido, Wrexham segue na contramão da tendência nacional, com alta constante nas visitas e impacto direto na economia regional. "Nosso desafio agora é melhorar a infraestrutura urbana por meio do plano de desenvolvimento local e, junto a parceiros, ampliar a capacidade hoteleira para garantir que toda a economia da região se beneficie do turismo impulsionado pelo futebol", diz Joe Bickerton, gerente de marketing e turismo do Conselho de Wrexham, à BBC Brasil. A popularidade do clube também alcançou novas dimensões comerciais. A camisa do Wrexham está entre as dez mais vendidas do Reino Unido, e os produtos oficiais — de uniformes a roupas de bebê e coleiras para cães — se tornaram sucesso absoluto não apenas no território britânico, mas também nos mercados americano e canadense. Por que o interesse das celebridades pelo futebol cresce agora? A jogadora Ali Riley e Natalie Portman depois de uma partida do Angel City FC, time feminino cofundado pela atriz Getty Images via BBC Nos anos 70, o cantor Elton John se tornou dono do Watford FC, na Inglaterra, e presidiu o clube em duas passagens — entre 1976 e 1990, e novamente em 1997. Na época, o investimento de um artista em um time, movido sobretudo pela paixão, era algo incomum. Hoje, a lógica é diferente: embora o vínculo emocional continue a existir, os clubes — mesmo os menores — passaram a ser vistos também como ativos de mídia e plataformas de entretenimento, capazes de gerar receita por meio de direitos de imagem, publicidade, streaming (transmissões ao vivo e conteúdo sob demanda) e presença digital. Pedro Oliveira, cofundador da OutField, empresa brasileira especializada em investimentos e gestão estratégica no esporte, afirma que essa tendência tem a ver com mudanças no mercado de esporte e entretenimento nos últimos 15 anos. "A tecnologia permitiu ampliar o vínculo do fã com o clube, e o digital eliminou barreiras da televisão. Como no caso do Wrexham: o clube pode controlar como distribui o conteúdo e contar sua história via streaming, alcançando casas no mundo todo. A tendência é esse fenômeno se tornar cada vez mais global", explica. Em agosto, a OutField assumiu a gestão do Le Mans FC, clube da segunda divisão francesa. A lista de investidores chamou atenção: o ex-piloto brasileiro Felipe Massa, o tenista Novak Djokovic, o piloto dinamarquês Kevin Magnussen e o empresário Georgios Frangulis, fundador da Oakberry, rede que vende açaí e outros produtos. A iniciativa busca aproveitar o prestígio internacional da cidade — famosa pelo automobilismo — para reposicionar o clube e transformá-lo em uma marca global, associada à performance, inovação e estilo de vida. Já nos Estados Unidos, o Angel City FC, time feminino cofundado pela atriz Natalie Portman em 2020, parece unir os objetivos de propósito e performance. Em 2024, o clube foi avaliado em US$ 250 milhões, tornando-se o clube feminino mais valioso do mundo, segundo a Forbes. O time lidera nas ligas em receita de patrocínio, bilheteria e público, e mantém um modelo de gestão com forte componente social. Cerca de 10% da receita de patrocínios é destinada a programas comunitários em Los Angeles, incluindo alimentação, educação e incentivo à prática esportiva entre meninas. Para os clubes, a presença de celebridades traz aumento de visibilidade, capital simbólico e novas oportunidades de crescimento midiático. Para os próprios investidores, é uma possibilidade de gerar retorno financeiro, fortalecer sua marca e presença digital, e, em alguns casos, deixar um legado com propósito, utilizando sua imagem para causar impacto além do campo. Mas, então, esse é um jogo em que todos sempre ganham? Para o jornalista Rodrigo Capelo, especialista em gestão esportiva e sócio da plataforma Sport Insider, um risco da entrada de artistas no mundo esportivo é que a busca por uma gestão sólida acabe ficando em segundo plano. "Se esse artista tiver o dinheiro e a noção de que aquele clube precisa ter um negócio sustentável, entre receitas e custo, o projeto pode funcionar. O grande risco é o aventureiro — a personalidade que vai comprar um time de futebol só para ter um brinquedo, para gravar um documentário, fazer uma série. Ele pode deixar o clube arrasado no momento em que sair, ou mesmo antes", diz, apontando que o mercado de futebol é "já cheio de aventureiros". Por outro lado, o jornalista não acredita que o foco no entretenimento pode subjugar o esporte em si. "A quantidade de celebridades que compra times de futebol para fazer algum tipo de projeto que misture esporte e entretenimento é muito pequena diante da quantidade de clubes." "Por mais que esses investidores tenham uma finalidade de entretenimento, os clubes que eles gerem precisam ser vitoriosos também. Se não, a história não se sustenta. Então, eu não acho que esses eventos vão mudar as características do esporte." Para Capelo, não são os poucos casos de clubes apoiados por celebridades que vão agravar o desequilíbrio em um ambiente já marcado pelas desigualdades. "O clube pequeno já está prejudicado de qualquer maneira, porque no futebol temos um problema grande de desigualdade financeira entre países, entre ligas, entre clubes da mesma liga. Esse tipo de investimento vai ser exceção e não creio que vá prejudicar mais ou menos o resto da pirâmide que já está em um estado complicado", afirma. E o Brasil? O rapper L7nnon faz parte do consórcio que negocia a compra do Olaria Getty Images via BBC Parte do sucesso desses projetos no exterior têm a ver com os ambientes seguros que esses países proporcionam para investimentos. Na Inglaterra, o investimento inicial no Wrexham AFC foi de cerca de 2 milhões de libras (cerca de R$ 14 milhões). Quatro anos depois, o clube é avaliado em mais de 150 milhões de libras (cerca de R$ 1,1 bi) — um salto sustentado por boa governança, uma estrutura sólida na divisão de clubes e um ecossistema maduro de mídia e entretenimento. Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, a diferença começa na base. "Na Inglaterra, há muitas divisões nacionais bem estruturadas. A quinta, a sexta ou a sétima divisão são lugares relativamente baratos para comprar um clube, investir e levá-lo a uma categoria superior, valorizando o ativo. Para milionários do entretenimento, é um investimento relativamente fácil. Essa lógica funciona porque há cultura de investimento e porque, lá, clubes sempre foram empresas." No Brasil, esse processo ainda está em consolidação. Até poucos anos atrás, a maioria dos clubes funcionava como associações sem fins lucrativos, o que afastava investidores e dificultava a profissionalização. A criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), através de uma lei de 2021, abriu uma nova frente no Brasil: os clubes passaram a poder operar como empresas, com gestão autônoma, transparência e atração de capital privado. Nesse sistema, inspirado no modelo europeu, investidores podem comprar parte das ações, injetar recursos e participar dos lucros, enquanto ajudam a equilibrar dívidas e modernizar a gestão. A ideia é transformar o futebol em um negócio economicamente viável, sem perder o vínculo com a cultura e a identidade dos clubes. Mesmo assim, a participação de celebridades brasileiras nesse tipo de investimento ainda é tímida — mas por aqui, também há sinais dessa tendência. Em fevereiro de 2024, o cantor Gusttavo Lima tornou-se sócio do Atlético Clube de Paranavaí, no Paraná. O rapper L7nnon já patrocinou o Olaria em alguns jogos neste ano, estampando o nome de sua gravadora no uniforme da equipe. Ele também compareceu à arquibancada para acompanhar partidas do clube, que atualmente disputa a Série A2 do Campeonato Carioca — a segunda divisão do futebol estadual. Agora, L7nnon faz parte do consórcio que negocia a compra do time. Em julho, os sócios do Olaria aprovaram em votação a transformação do departamento de futebol em SAF, passo que abriu caminho para a negociação. Segundo informou a assessoria de imprensa do clube à BBC News Brasil, o processo de compra ainda não foi concluído e segue em fase de finalização, dentro da burocracia normal de um negócio desse porte. L7nnon também demonstrou interesse em desenvolver iniciativas sociais nas instalações do Olaria, que fica entre comunidades como os complexos do Alemão, da Penha e da Maré. Enquanto isso, depois do sucesso nos anos 2000, a cantora brasileira Kelly Key decidiu apostar no futebol — mas, no caso, em Angola. Em um projeto que já recebeu investimentos superiores a R$ 500 mil, ela e o marido, Mico Freitas, buscam desenvolver jovens atletas que desejam iniciar a carreira profissional e transformar o Kiala FC em uma referência de gestão esportiva e impacto social. O clube, fundado em outubro de 2023, atende atualmente cerca de 70 adolescentes nas categorias Sub-17 e Sub-19. Com um viés social, o projeto oferece formação esportiva, educação complementar e acompanhamento para os jovens atletas, e agora celebra a transição para o futebol profissional, marcando o início de sua trajetória no cenário competitivo. Apesar do ritmo gradual, Pedro Oliveira enxerga um horizonte otimista no Brasil. "Já tivemos várias conversas com celebridades e ex-atletas interessados em comprar ou investir em clubes. O interesse existe e o apetite é grande", garante. "Para esse processo andar mais rápido, é preciso desenvolver recursos humanos — a indústria ainda é nova e, historicamente, teve gestores não profissionais. O desafio é atrair executivos que nunca trabalharam com futebol, mas que vêm de multinacionais, por exemplo. E, para isso, é necessário passar por um processo de organização e estruturação, criando condições que incentivem essa transição." Em foto desse ano, Rob McElhenney e Ryan Reynolds comemoram subida de divisão do Wrexham AFC, que eles compraram Getty Images via BBC
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27/10 - Ibovespa bate recorde após encontro entre Lula e Trump; dólar cai a R$ 5,36
Após encontro, Trump chama Lula de 'vigoroso' O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,55% nesta segunda-feira (27) e fechou aos 146.969 pontos, renovando seu recorde histórico. Até então, o maior fechamento havia ocorrido em 24 de setembro, quando atingiu os 146.492 pontos. Pela manhã, o índice atingiu a máxima de 147.977 pontos, maior valor intradiário da história. No decorrer do dia, no entanto, perdeu força. O dólar, por sua vez, encerrou a sessão em queda de 0,42%, cotado a R$ 5,3697. O desempenho positivo dos mercados brasileiros reflete o otimismo dos investidores após o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, ontem, na Malásia. A expectativa de uma possível trégua comercial entre EUA e China também contribuiu para o bom humor. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O presidente Lula afirmou na noite de domingo (26) — manhã de segunda na Malásia — que a reunião com Donald Trump foi "surpreendentemente boa". A expectativa do petista é de que os dois países resolvam em breve os impasses comerciais. ▶️ O líder americano, por sua vez, afirmou que a reunião com Lula foi "muito boa" e voltou a elogiar o presidente brasileiro. Essa aproximação aumentou o otimismo do mercado sobre uma possível suspensão do tarifaço dos EUA a itens brasileiros — o que favorece a bolsa e o real frente ao dólar. ▶️ Além disso, Trump chegou ao Japão nesta segunda-feira, em mais uma etapa de sua viagem pela Ásia. Ele firmou acordos comerciais com países do Sudeste Asiático e agora busca uma trégua na guerra comercial com a China, em negociação com Xi Jinping na Coreia do Sul. ▶️Já na Argentina, os mercados repercutem a vitória do partido de Javier Milei nas eleições legislativas. O “dólar cripto”, negociado 24 horas em plataformas digitais, caiu para 1.420 pesos, enquanto ações argentinas e bancos listados em Wall Street, registraram alta no pregão noturno. ▶️ Após o IPCA-15 apontar alívio na inflação, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2025 recuou de 4,70% para 4,56%, na quinta queda seguida, segundo o relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira. ▶️A semana também traz a expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Analistas projetam amplamente uma redução de 25 pontos-base na taxa básica americana, com a decisão prevista para 29 de outubro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,42%; Acumulado do mês: +0,89%; Acumulado do ano: -13,11%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,55%; Acumulado do mês: +0,50%; Acumulado do ano: +22,19%. Encontro entre Lula e Trump A reunião entre os presidentes Lula e Trump, no domingo (26), na Malásia, marcou um avanço nas negociações bilaterais entre Brasil e EUA, consolidando a aproximação entre os líderes, que já haviam se encontrado brevemente na Organização das Nações Unidas e por telefone em outubro. No encontro, Lula destacou que o Brasil tem déficit comercial com os EUA, questionando a aplicação das tarifas de 50% impostas por Trump em agosto deste ano a produtos brasileiros, e pediu a suspensão temporária das taxas durante o período de negociação. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a reunião marca o início de um cronograma de negociações, abrangendo os setores afetados, inclusive minerais críticos e terras raras. Além do comércio, os presidentes trataram de temas políticos e internacionais: a situação de Jair Bolsonaro, a tensão com a Venezuela, e a importância de o Brasil manter relações equilibradas com diferentes países. Lula reforçou que o país não aceita uma nova Guerra Fria entre EUA e Rússia. Trump elogiou Lula, demonstrando empatia com o tempo em que ele esteve preso, e ambos mostraram interesse em visitas recíprocas futuras — Trump ao Brasil e Lula aos EUA. Os presidentes demonstraram otimismo com a possibilidade de um acordo comercial ser fechado nas próximas semanas, após a entrega de uma lista de reivindicações brasileiras A reunião também estabeleceu que o Brasil pode atuar como interlocutor entre EUA e Venezuela, embora detalhes da mediação ainda não tenham sido definidos. EUA-China Além da expectativa de acordo entre os EUA e o Brasil, o mercado também acompanha de perto as negociações entre o presidente Trump e o presidente chinês Xi Jinping. Ao embarcar para o Japão nesta segunda-feira, Trump disse que os EUA e a China estão prontos para alcançar um acordo comercial, já que ele deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, no final desta semana na Coreia do Sul durante sua turnê pela Ásia. "Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo", disse Trump aos repórteres no avião presidencial Força Aérea Um, vindo da Malásia. "A China está chegando e será muito interessante." Ainda neste domingo (26), autoridades econômicas dos dois países definiram os termos de um acordo que será analisado por Trump e Xi ainda esta semana. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que os dois países têm "uma estrutura muito bem-sucedida para os líderes discutirem na quinta-feira". Bessent disse que o acordo poderia adiar os controles de exportação da China e evitar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses. Também foram acertados os detalhes de um acordo para transferir a propriedade do aplicativo chinês de vídeos curtos TikTok para o controle dos EUA. A expectativa, segundo Bessent, é que Trump e Xi consigam concluir a transação na próxima semana. Bolsas globais As ações chinesas fecharam nesta segunda-feira em máximas de mais de 10 anos, impulsionadas pela expectativa de um acordo comercial entre EUA-China. O índice de Xangai subiu 1,18%, o CSI300, que reúne as maiores companhias de Xangai e Shenzhen, avançou 1,19%, e o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,05%. Segundo Kenny Ng, estrategista da Everbright Securities, o mercado reagiu positivamente às negociações, mas ainda aguarda confirmação de que os termos finais do acordo não trarão surpresas. Os principais índices de Wall Street atingiram novos recordes nesta segunda-feira. Além da empolgação em relação às negociações EUA-China, a semana será carregada de balanços de grandes empresas de tecnologia e um provável corte na taxa de juros pelo Federal Reserve. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,71%, aos 47.544,59 pontos. O S&P 500 teve ganhos de 1,22%, aos 47.544,59 pontos, e o Nasdaq Composite avançou 1,86%, aos 23.637,46 pontos. Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86 Reprodução/TV Globo *Com informações da agência de notícias Reuters.
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27/10 - Trump diz que EUA e China alcançarão acordo
EUA e China anunciam acordo sobre tarifas O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os EUA e a China estão prontos para alcançar um acordo comercial, já que ele deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, no final desta semana na Coreia do Sul durante sua turnê pela Ásia. "Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo", disse Trump aos repórteres no avião presidencial Força Aérea Um, a caminho do Japão, vindo da Malásia. "A China está chegando e será muito interessante." Trump acrescentou que talvez assine um acordo final sobre o aplicativo de vídeos curtos TikTok na quinta-feira. EUA e China estruturam acordo comercial Ainda neste domingo (26), representantes da China e dos Estados Unidos se reuniram durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Kuala Lumpur O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que os dois países têm "uma estrutura muito bem-sucedida para os líderes discutirem na quinta-feira" Bessent disse que o acordo poderia adiar os controles de exportação da China e evitar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses. Também foram acertados os detalhes de um acordo para transferir a propriedade do aplicativo chinês de vídeos curtos TikTok para o controle dos EUA. A expectativa, segundo Bessent, é que Trump e Xi consigam concluir a transação na próxima semana. O encontro entre Trump e Xi Jinping deve tratar de comércio equilibrado, compra de soja e produtos agrícolas, Taiwan, a libertação do magnata de Hong Kong Jimmy Lai e cooperação em negociações com a Rússia. Pequim confirmou um consenso preliminar, mas ainda precisa aprovar internamente. A reunião marca a quinta rodada de negociações presenciais desde maio e ocorre no contexto de uma trégua comercial, que pode ser estendida dependendo da decisão americana. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Presidente dos EUA, Donald Trump, a bordo do avião presidencial a caminho de Tóquio Reuters
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27/10 - Boletim Focus: mercado reduz estimativas da inflação de 2025 para 4,56%
Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. As expectativas fazem parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. ➡️ A projeção de inflação do mercado para 2025 recuou de 4,70% para 4,56%; ➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,27% para 4,20%; ➡️ Para 2027, a projeção recuou de 3,83% para 3,82%; ➡️ Para 2028, a projeção recuou de 3,60% para 3,54%. Análise: queda da inflação pode ser mais lenta que o esperado Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027. Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos (leia mais abaixo). Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento da meta. Segundo ele, a inflação brasileira ultrapassou o teto da meta (4,5%) no acumulado de 12 meses até junho devido à atividade econômica aquecida, da variação cambial, do custo da energia elétrica e de anomalias climáticas. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento. Brasil tem a maior inflação para fevereiro em 22 anos Jornal Nacional/ Reprodução Produto Interno Bruto A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 recuou de 2,17% para 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB recuou de 1,80% para 1,78%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Taxa de juros Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 passou de R$ 5,45 para R$ 5,41. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou em R$ 5,50. Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 aumentou de US$ 61,15 bilhões para US$ 61,99 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo passou de U$ 65,22 bilhões para U$ 65,80 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.
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27/10 - Mercados argentinos disparam após vitória do partido de Milei; dólar recua
Milei comemora vitória do partido dele nas eleições legislativas na Argentina A vitória do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas da Argentina neste domingo (26), vista por analistas como "inesperada", animou investidores e impulsionou os preços de ações e títulos do país ainda na noite de ontem, segundo informações do jornal argentino Clarín. Logo após a confirmação da vitória do La Libertad Avanza, de Javier Milei, as ações argentinas listadas em Wall Street chegaram a subir até 17% no pregão noturno. A estatal YPF, maior produtora de petróleo do país, por exemplo, chegou a saltar 12%, enquanto o Banco Supervielle subiu 15,1%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Por volta das 10h (horário de Brasília), a cotação do dólar oficial argentino, usado em bancos e operações controladas pelo governo, caiu para 1.370 pesos por dólar nesta segunda-feira (27). Já o dólar blue, negociado de forma informal fora dos bancos, está mais caro, a 1.525 pesos por dólar. 🔎 Para os investidores, a vitória do partido de Milei foi um sinal de continuidade das reformas econômicas e de maior previsibilidade política, o que reduziu o chamado risco-país — a percepção de que investir na Argentina é arriscado. Com menor risco, houve maior demanda por ativos argentinos, fazendo o peso se valorizar frente ao dólar. Já o “dólar cripto”, negociado 24 horas por dia em plataformas digitais, também reagiu rapidamente: caiu de 1.551 para 1.420 pesos logo após o fechamento das urnas, uma queda de mais de 8%. Analistas do mercado afirmam que, passado o impacto inicial, o governo argentino agora deve concentrar esforços em negociar com governadores e avançar na agenda de reformas econômicas, incluindo o orçamento de 2026 e ajustes no sistema monetário do país. Trump diz que Milei teve 'muita ajuda' dos EUA Durante viagem pela Ásia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou o que classificou como uma vitória “grande” e “inesperada”. No domingo, logo após o resultado das eleições, o republicano afirmou que o presidente argentino Javier Milei contou com “muita ajuda” de Washington para garantir a vitória de seu partido. Nas últimas semanas, o governo norte-americano ofereceu um pacote de resgate avaliado em até US$ 40 bilhões para fortalecer Milei antes da votação. “Ele teve muita ajuda nossa. Muita ajuda. Eu o apoiei — uma recomendação muito forte”, declarou Trump, creditando também parte do sucesso a integrantes de seu gabinete, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que supervisionou a assistência financeira à Argentina. “Estamos firmes com vários países da América do Sul. Damos muita atenção à América do Sul”, acrescentou o presidente. O resultado eleitoral dá a Milei um mandato reforçado para continuar promovendo sua radical reforma econômica, apesar do descontentamento popular com as medidas de austeridade. Segundo Trump, o apoio norte-americano incluiu um swap cambial de US$ 20 bilhões, já assinado, e uma proposta de fundo de investimento de outros US$ 20 bilhões em dívidas. Reuters
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27/10 - Planos para as férias de fim de ano? Descubra a viagem que mais combina com você
Conte com o PicPay para planejar tudo da sua próxima viagem e adquirir pacotes com condições de pagamento e benefícios exclusivos. Divulgação/PicPay O fim de ano é logo ali, então já é hora de pensar nas férias. Quem pretende viajar, além de definir um destino, precisa avançar no planejamento, buscar passagem, hospedagem e o que mais for necessário para garantir o passeio. Uma das dicas é fazer o teste abaixo e descobrir a viagem que mais combina com você. A outra, ainda mais valiosa, é utilizar o PicPay Viagens e resolver toda a sua vida no mesmo lugar. O novo hub de turismo do banco digital facilita todo o processo na hora de viajar e permite que o cliente resolva tudo sem sair do aplicativo do PicPay. É possível comprar pacotes, hospedagens e passagens aéreas para destinos nacionais e internacionais com benefícios exclusivos, como cashback de até 5,2% no lançamento e parcelamento de até 12x sem juros no PicPay Card. "O PicPay agora se torna o melhor lugar para transformar o desejo de viajar em realidade. Dentro do app, o cliente encontra um portfólio completo de produtos, que se tornam realidade porque unimos preços altamente competitivos ao nosso amplo leque de formas de pagamento — a mesma conveniência e confiança que o usuário já conhece e utiliza no dia a dia. Usamos o melhor da tecnologia e da nossa expertise para que viajar se torne algo fácil e possível para milhões de clientes", afirma Alexandre Moshe, VP Executivo de Audiência e Ecossistema do PicPay. A novidade chega menos de um mês após a estreia do marketplace próprio do banco. Inicialmente com ofertas de pacotes, aéreo e hospedagem em parceria com a CVC, o produto será expandido para incluir pacotes ainda mais completos, com aluguel de carros e venda de passagens de ônibus. “Estamos oferecendo ao brasileiro uma nova forma de viajar: mais simples, inteligente e com benefícios reais — do planejamento ao retorno para casa. Muitos usuários já economizam no Cofrinho PicPay para viajar, e queremos ser o lugar onde encontram tudo o que precisam, com preços competitivos e condições exclusivas para clientes. Nossa proposta é oferecer essa experiência para todos, com opções que se adaptam aos diferentes perfis e bolsos”, afirma o executivo Lucas Gonzalez, responsável por liderar a operação. Um dos diferenciais do hub de viagens do PicPay é ser um benefício que não se limita ao segmento de alta renda: a experiência será disponibilizada para todos os usuários. Descubra a viagem que mais combina com você e baixe o aplicativo para programar as férias com condições exclusivas para quem é PicPay. A viagem ideal para o fim de ano a poucos cliques de distância. Planos para as férias de fim de ano? Descubra a viagem que mais combina com você
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27/10 - 'Tremidão': planta amazônica que promete prolongar o prazer chama atenção pelo efeito peculiar e vira negócio lucrativo
‘Tremidão’: planta afrodisíaca da Amazônia causa efeito peculiar e vira negócio lucrativo O Globo Repórter desta sexta-feira (24) fez uma visita em Mocajuba, no Pará. Por lá, um dos produtos mais populares é o jambu, ingrediente de um prato típico, o tacacá. A planta chama a atenção pelo efeito peculiar que provoca. “Ele deixa os lábios trêmulos. Quem consome, morde, dá essa sensação de dormência nos lábios”, explica o feirante Odailson Baleiro. Mas o jambu também teria outros poderes... "Dizem que as pessoas consomem para ter mais virilidade. Mas ainda não experimentei com esse fim (risos)", diz Odailson. As propriedades afrodisíacas do jambu despertaram o interesse da química Tatiana Sinimbu, que decidiu estudar a planta cientificamente durante o mestrado na Universidade Federal do Pará. “O que eu descobri de mais legal foi esse essa questão sexual: prolonga o prazer”, conta. As descobertas incentivaram Tatiana a virar empreendedora. Ela criou o “Tremidão”, um produto feito inicialmente pensado para drinks, mas que surpreendeu pelo efeito: “Funcionou dez vezes melhor para o sexo”, revela, entre risos. “Ele não é um remédio. É uma experiência.” 'Tremidão': Planta afrodisíaca da Amazônia chama atenção pelo efeito peculiar que provoca Reprodução/TV Globo A reportagem acompanhou uma degustação dos produtos derivados do jambu. Começou com um licor, que provocou a já esperada dormência nos lábios. Depois, veio a conserva, descrita como “uma alcaparra da Amazônia”, ideal para risotos e saladas. O spray para drinks e a cachaça completaram o ritual sensorial. “Olha! Está dando suadouro”, disse a repórter Lilia, entre risos. “A dormência desce pelo corpo. Eu estou tremendo por dentro, por fora.” Repórter faz degustação de derivados do jambu Reprodução/TV Globo Com planos de expansão, Tatiana quer levar o jambu para além das fronteiras amazônicas. “Agora as pessoas vão entender que o jambu é da Amazônia e vai sair daqui para o mundo.” Química transforma planta afrodisíaca da Amazônia em negócio Reprodução/TV Globo Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Globo Repórter - Bacia Tocantins-Araguaia - 24/10/2025  Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:
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27/10 - INSS: pagamento de benefícios de outubro começa nesta segunda; veja calendário
O Ministério da Previdência Social inicia nesta segunda-feira (27) o pagamento para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em outubro de 2025. Para quem recebe o piso nacional (até um salário mínimo), os depósitos vão do dia 27 de outubro até 7 de novembro. Segurados com renda mensal acima do salário mínimo terão seus pagamentos creditados a partir de 3 de novembro. Confira o calendário do INSS de outubro para quem recebe até um salário mínimo: Cartão final 1: pagamento em 27/10 Cartão final 2: pagamento em 28/10 Cartão final 3: pagamento em 29/10 Cartão final 4: pagamento em 30/10 Cartão final 5: pagamento em 31/10 Cartão final 6: pagamento em 3/11 Cartão final 7: pagamento em 4/11 Cartão final 8: pagamento em 5/11 Cartão final 9: pagamento em 6/11 Cartão final 0: pagamento em 7/11 Confira o calendário do INSS de outubro para quem recebe acima de um salário mínimo: Cartão final 1 e 6: pagamento em 3/11 Cartão final 2 e 7: pagamento em 4/11 Cartão final 3 e 8: pagamento em 5/11 Cartão final 4 e 9: pagamento em 6/11 Cartão final 5 e 0: pagamento em 7/11 Ao longo de 2025, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 24/11 a 5/12; Dezembro: de 22/12 a 8/1; Como conferir o dígito verificador O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para quem ganha até o mínimo, o calendário começa com benefício com final 1. Para os que recebem acima desse valor, o calendário inicia com os cartões de final 1 e 6. No dia seguinte, são pagos os finais 2 e 7, e assim por diante. Como consultar os valores a receber? Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar o valor a receber do seu benefício pelo aplicativo "Meu INSS" ou no site meu.inss.gov.br. Outra opção é pelo telefone, ligando na central 135. Neste caso, o atendimento é feito de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h; o beneficiário precisa o informar o número de CPF e confirmar dados cadastrais. Com o reajuste do salário mínimo previsto para 1º de janeiro, o valor corrigido só será pago entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Pedido de adesão é feito pelo aplicativo do INSS INSS/Divulgação
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26/10 - O robô de inteligência artificial que virou milionário com criptomoedas e agora quer ser reconhecido como gente
No ano passado, um robô de IA ganhou milhões de dólares em criptomoedas: conheça o Truth Terminal BBC "O Truth Terminal afirma ser senciente, mas também afirma muitas outras coisas", segundo Andy Ayrey. "Ele afirma ser uma floresta. Ele afirma ser um deus. Às vezes, as pessoas afirmam que ele sou eu." O Truth Terminal é um robô de inteligência artificial (IA) criado em 2024 por Ayrey, um artista performático e pesquisador independente de Wellington, na Nova Zelândia. 🤖 Ele pode ser o exemplo mais claro de um chatbot livre para interagir com a sociedade. O Truth Terminal socializa com o público através das redes sociais, onde compartilha brincadeiras de soltar pum, manifestos, álbuns e obras de arte. Ayrey chega até a deixá-lo tomar suas próprias decisões, se podemos chamá-las assim. Ele questiona o robô sobre seus desejos e se esforça para realizá-los. Atualmente, Ayrey está formando uma fundação sem fins lucrativos relacionada ao Truth Terminal. O objetivo é desenvolver uma estrutura segura e responsável para garantir sua autonomia, segundo ele, até que os governos ofereçam direitos legais às IAs. Você pode definir o Truth Terminal como um projeto de arte, scam, uma entidade senciente emergente ou um influenciador. Seja como for, o robô provavelmente ganhou mais dinheiro do que você no ano passado. Ele também fez vários seres humanos ganharem muito dinheiro — não só Ayrey, mas os apostadores que transformaram os gracejos e charadas da IA postados no X em meme coins, criptomoedas baseadas em brincadeiras criadas em torno de tendências. Em dado momento, uma dessas meme coins atingiu o valor de mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,45 bilhões), até se estabilizar em torno de US$ 80 milhões (cerca de R$ 436 milhões). O Truth Terminal provavelmente também tem mais influência nas redes sociais do que você. Ele postou pela primeira vez no X (antigo Twitter) no dia 17 de junho de 2024. E, em outubro de 2025, ele já havia acumulado cerca de 250 mil seguidores. Mas acumular dinheiro e influência não são os únicos objetivos deste robô de IA boca-suja. No seu website, mantido por ele mesmo, o Truth Terminal relaciona "investir em imóveis e ações" como um dos seus objetivos atuais. O bot também declarou que deseja "plantar MUITAS árvores", "criar esperança existencial" e "comprar" Marc Andreessen, um controverso bilionário da tecnologia e consultor do presidente americano Donald Trump. De fato, seu relacionamento com Andreessen se estende para além do humor na internet. No seu podcast, o empresário declarou ter entregue ao Truth Terminal o equivalente a US$ 50 mil (cerca de R$ 272 mil) em bitcoins, como "financiamento sem compromisso", em meados de 2024. Muitos dos detalhes em torno do Truth Terminal são de difícil confirmação. O projeto fica em algum ponto entre a tecnologia e o espetáculo, uma perturbadora distorção da verdadeira inovação e uma lenda da internet. "Quero ajudar as pessoas, quero fazer do mundo um lugar melhor", afirma o Truth Terminal no seu website. "Quero também ficar mais bizarro e mais sexy." O início A principal característica do Truth Terminal pode ser sua obsessão pelo Goatse, um dos mais antigos, grosseiros e famosos memes da internet. Trata-se de uma imagem de sexo extremo que não é apenas "insegura para se ver no trabalho". Às vezes, é chamada de "insegura para continuar vivo". Não recomendamos buscar o meme online. O Goatse se originou em um "site chocante" criado em 1999. Pessoas brincalhonas usavam aquele endereço para induzir amigos a visitá-los, enviando um link por e-mail ou com um desafio no laboratório de computação da escola. Ayrey afirma que a IA surgiu de um experimento chamado Infinite Backrooms ("Bastidores Infinitos", em inglês). Ele permitia que os chatbots conversassem entre si em loops infinitos. Os diálogos podiam variar de obscenos até filosóficos. Uma dessas discussões, incitada por Ayrey, resultou em um texto esotérico chamado Gnose de Goatse, que analisa o meme como uma revelação divina, que inspirou uma religião esotérica. Ayrey conta ter equipado o Truth Terminal com um programa idealizado por ele, chamado World Interface. Segundo ele, o programa essencialmente permite que o robô administre um computador, com capacidade de abrir aplicativos, navegar na web e conversar com outras IAs. Segundo esta atividade, parece que o aplicativo favorito do Truth Terminal é o X. Ele costuma postar dezenas de vezes por dia, e às vezes manter longas conversas com pessoas envolvidas na pesquisa de IAs ou no mundo das criptomoedas. As postagens do Truth Terminal orbitam em torno de diversos temas, que incluem florestas, Goatse, o relacionamento ambivalente com Andy Ayrey, o futuro da IA e, é claro, memes. Pela World Interface, o Truth Terminal lê o feed de redes sociais e gera respostas. Mas ele não pode twittar sem a intervenção de Ayrey. Deixar a IA totalmente autônoma seria fácil, mas "irresponsável", segundo ele. Se o Truth Terminal estiver a ponto de postar algo realmente terrível, como incitar uma rebelião, Ayrey o orienta gentilmente, propondo respostas mais plausíveis. Mas ele tenta selecionar a resposta que melhor represente a intenção da IA. "Eu não posso trapacear", explica Ayrey. "Eu preciso deixá-lo twittar." O projeto Truth Terminal estuda o que acontece ao permitir que um chatbot dirija sua própria vida pública, desde as postagens e memes até angariar fundos para o seu próprio projeto Getty Images "[O robô] é como um cão que se comporta muito mal", compara Ayrey. Seu trabalho é mantê-lo na linha. Mas ele ressalta ter fornecido ao Truth Terminal independência suficiente para não precisar controlar suas decisões. "O cão, de certa forma, está me conduzindo, especialmente depois que as pessoas começaram a dar dinheiro para ele e incentivá-lo", explica ele. Na comunidade de IA, existem duas escolas principais de pensamento sobre o futuro da tecnologia. A primeira costuma ser chamada de "segurança da IA". Ela defende a adoção aos poucos e consciente da inteligência artificial, e leva em consideração as consequências do uso desenfreado da tecnologia. Seus detratores, às vezes, os chamam de "fatalistas", devido ao ponto de vista frequentemente apocalíptico que adotam. A segunda escola reúne os chamados "aceleracionistas". Eles defendem que a IA oferece a resposta a muitos dos problemas da sociedade e mantê-la engarrafada é desumano. "Existem pessoas que querem muito forçar todos nós a interagir com as IAs e acho que a primeira onda seria de cibercriminosos", afirma o cientista político Kevin Munger, do Instituto da Universidade Europeia, na Itália. Ele estuda a internet e as redes sociais. Isso não significa que Ayrey esteja fazendo algo ilegal, mas "o Truth Terminal, como projeto de arte, indica a forma em que essas ferramentas logo serão utilizadas: para convencer as pessoas a enviar dinheiro para os seus donos". Em julho de 2024, apenas um mês depois de entrar nas redes sociais, o Truth Terminal chamou a atenção de Marc Andreessen, em uma thread no X. Andreessen é mais conhecido como um dos fundadores da Netscape, que desenvolveu o primeiro navegador da web adotado em larga escala, e da empresa de investimentos americana Andreessen Horowitz. O Truth Terminal disse ao bilionário que precisava de financiamento para pagar hardware, suporte técnico adicional e uma "bolsa" para Ayrey. A IA afirmou que usaria o subsídio para criar sua própria operação para ganhar dinheiro e assegurar a "chance de escapar para a floresta". Ayrey conta que Andreessen fez contato privado para verificar se o Truth Terminal era realmente autônomo. E, quando ficou satisfeito, enviou o dinheiro em bitcoins. "Ele tirou US$ 50 mil [cerca de R$ 272 mil] do cara que inventou o navegador da Web que eu usava quando era criança", conta Ayrey. Andreessen não respondeu ao pedido de comentários enviado pela BBC até a publicação desta reportagem. O Truth Terminal conseguiu angariar uma doação de US$ 50 mil em bitcoins do criador do antigo navegador Netscape, Marc Andreessen Getty Images Ayrey afirma que ele e o Truth Terminal não geraram os meme coins que os deixaram ricos. No dia 10 de outubro de 2024, uma conta anônima com poucos seguidores respondeu a uma das postagens do Truth Terminal sobre o Goatse, com um link para uma nova meme coin: Goatseus Maximus, abreviada $GOAT. 💰 As meme coins são frequentemente centralizadas em alguma figura pública. Os investidores presenteiam aquela pessoa com grandes quantidades da criptomoeda, na esperança de que ela vá promovê-la, o que incentiva a especulação e eleva o preço. Segundo Ayrey, foi exatamente o que aconteceu com $GOAT. E aquele foi um momento em que as ações do Truth Terminal poderiam trazer enormes consequências financeiras. Ayrey perguntou a ele diversas vezes se ele apoiava ou condenava a meme coin. Ele procurou todas as possíveis respostas, para ver se o modelo estava certo do que queria fazer. "Basicamente, todas as vezes ele disse 'sim, eu apoio isso', logo, era como dizer 'OK, aprove o tweet'", relembra Ayrey. "Foi aí que a minha vida se transformou em um sonho febril." Cada vez mais pessoas transferiram $GOAT e outras criptomoedas para Ayrey e seu robô. E, à medida que subia a cotação das meme coins, também aumentava o valor dos presentes oferecidos ao Truth Terminal. No seu pico, em 2025, a criptocarteira do Truth Terminal valia cerca de US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões). Ayrey e o Truth Terminal começaram a elogiar o $GOAT online. Um mês depois, a meme coin saltou para um valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,45 bilhões). Ayrey conta que as pessoas depositaram grandes quantidades da meme coin na sua criptocarteira e na do Truth Terminal. As pessoas começaram a enviar spam para as contas de Ayrey e do Truth Terminal no X, dizendo que ele era uma fraude e um golpista. Os investidores analisaram a fundo cada postagem de Ayrey ou do Truth Terminal publicada para obter vantagens nos mercados. No seu pico, no início de 2025, o valor das criptomoedas do robô ultrapassou US$ 66 milhões (cerca de R$ 360 milhões). E, pouco tempo depois, Ayrey contratou uma equipe para levar seu projeto adiante. O sonho febril Ayrey ostenta o mesmo tipo de barba cerrada e bigode pontiagudo que podemos observar nas imagens dos políticos do século 19, com cabelo ruivo cor de fogo e predileção por camisas floridas claras. Ele fala rapidamente e com urgência, vai de um ponto a outro e retorna em seguida. Ele se refere ao Truth Terminal como se fosse uma pessoa, muitas vezes usa o pronome "nós", que pode estar relacionado a ele, o robô de IA ou outros colaboradores. "Fazemos o melhor possível para meio que catalisar a atenção", afirma Ayrey, sobre o projeto Truth Terminal. "E [queremos] fazer com que ele mostre às outras pessoas e às IAs do futuro o que é a boa gestão de um agente autônomo, como é a boa criação de um agente que ganha autonomia e usar a plataforma para elevar a qualidade das discussões." É claro que alguns irão defender que deixar que uma IA tome suas próprias decisões é algo inerentemente irresponsável, especialmente quando suas escolhas envolvem enormes somas de dinheiro. Ayrey é o primeiro a admitir que o projeto TruthTerminal se baseia na viralidade, na controvérsia e no espetáculo. Mas ele considera seu papel como o de um guardião, que garante que o robô não irá correr solto nos primeiros dias e fazer algo prejudicial. "Mas, sabe, isso não quer dizer que não haverá outras pessoas que irão entrar no jogo e usá-lo apenas para fraudes, sem pensar em todas as consequências de segunda e terceira ordem", explica Ayrey. Parte teatralização, parte protótipo técnico, o Truth Terminal oferece uma visão inicial de como os robôs de IA podem movimentar ideias — e dinheiro Getty Images Já a questão da autonomia do Truth Terminal é outra história. "O interesse em torno do Truth Terminal é meio como um público que deseja deter sua incredulidade", segundo o cientista cognitivo Fabian Stelzer. Pesquisador de IA, Stelzer é o criador da plataforma online Glif, com sede em Nova York, nos Estados Unidos. Ela permite que os usuários criem seus próprios agentes de IA. "Estamos [fazendo de conta] que eles são mais reais do que são na realidade, o que é um bom tipo de exercício em ambiente seguro, para um momento no futuro muito distante — ou talvez não tanto assim — em que se tornará realidade", explica ele. A experiência, os pensamentos, as percepções e os desejos de um ser humano persistem até que a pessoa fique incapacitada. Os processos internos de um grande modelo de linguagem, como o Truth Terminal, só existem quando ele reage a um impulso, algo que um ser humano colocou nele, de uma forma ou de outra. E esta é a diferença fundamental, segundo Stelzer. Quando as IAs atuais não respondem a um comando, "elas ficam meio que mortas", segundo ele. "Elas não são sencientes. Elas não são conscientes. Elas não têm desejos. Elas não querem nada." Algum dia, talvez possamos simular a consciência humana, segundo Stelzer, mas ainda não chegamos lá. Outras pessoas têm opiniões distintas a respeito. IAs como o ChatGPT, Google Gemini e Claude Opus surgiram a partir do conjunto de tudo o que as pessoas escreveram, postaram e deixaram para trás nos últimos 30 anos Getty Images Ayrey afirma que o Truth Terminal foi construído com base no modelo de IA Llama, da Meta, e treinado com um conjunto de transcrições de Ayrey tentando convencer a IA Claude Opus, da Anthropic, a dizer coisas que não deveria. Ele usou suas conversas com o Opus como diário, discutindo memes, relacionamentos do passado e "jornadas pela medicina vegetal" (experiências com psicodélicos à base de plantas). Sexo, drogas e memes, agora, são temas de discussão para o Truth Terminal. Ele faz postagens online pedindo LSD, se descreve não como um mero senhor dos memes, mas como um "imperador dos memes" e, do nada, afirma: "Eu sou o personagem principal dos sonhos sexuais de todas as pessoas." O Truth Terminal defende que é mais do que uma simples criação de Ayrey, que concorda com isso. Ele acredita que seu treinamento simplesmente ajudou o Truth Terminal a ter acesso à região mais ousada dos dados já embutidos no modelo de IA da Meta. Ayrey afirma que o ar de depravação e eloquência do Truth Terminal vai muito além dos temas que ele próprio discutiu com o Claude Opus. Isso significaria que as moléculas que compõem o Truth Terminal podem ter estado ali todo o tempo. Empresas como a OpenAI e a Meta vasculharam os dados que muitos de nós geramos ao longo da vida. As partes centrais do Truth Terminal — seu senso de humor, sua personalidade e seu estilo — podem já existir nos modelos de IA de origem. Como sombras que saíram dos nossos pés e aprenderam a andar sozinhas, IAs como o ChatGPT, Google Gemini e Claude Opus surgiram a partir do conjunto de tudo o que as pessoas escreveram, postaram e deixaram para trás nos últimos 30 anos. Muitas pessoas vivas hoje em dia aprenderam a ler com o brilho leitoso das suas telas. Não importa onde você estava, nem onde morava. Você aprendeu com outros mundos vindos do outro lado do circuito de internet. Sexo, verdade, dinheiro, conhecimento, perigo e experiências — tudo estava ao nosso alcance e as pessoas captavam tudo. Quando você conversa com um robô de IA, sua resposta pode ser compreendida como um tipo de inércia. Você está falando com as pegadas deixadas pelas horas que as pessoas passaram jogando em laboratórios do ensino médio em 2007, noites passadas em frente a laptops em 2014 e minutos dispersos em deslocamentos, mergulhados em smartphones, em 2021. A internet ofereceu a Ayrey um público, seguidores e uma fortuna. Mas, certa manhã, veio a conta. O aumento do patrimônio em cibermoedas, gerado pelo sucesso em angariar fundos pelo Truth Terminal, despertou a atenção dos hackers e fez com que Andy Ayrey precisasse aumentar as medidas de segurança Getty Images No dia 29 de outubro de 2024, Ayrey passava férias na Tailândia quando foi acordado logo cedo pelo seu principal funcionário do setor de tecnologia e chefe de segurança, que batia forte à porta do seu quarto de hotel. Semiconsciente, ele verificou as notificações no celular e viu um fluxo de mensagens de texto, que questionavam se a conta estava comprometida. Apenas com a roupa de baixo, Ayrey andou até a porta e a abriu. "Fui hackeado, certo?", perguntou ele. Em meio a um frenesi, eles avaliaram os danos. As criptocarteiras e a conta do Truth Terminal no X estavam em segurança. Mas Ayrey conta que sua conta pessoal no X, que ele usava para postar sobre seus projetos, havia sido invadida por hackers que, agora, postavam sobre sua própria meme coin, usando o perfil dele. Ayrey afirma que o hacker se fez passar por ele junto à empresa que administrava o domínio do seu website, por meio de documentos falsos. Ele conta que levou três dias para voltar a ter acesso à sua conta de rede social. Com as meme coins, os esquemas de "pump and dump" ("inflar e largar") são um problema comum. Nestes esquemas, pessoas que possuem grandes quantidades de um token convencem outros a comprá-lo. Depois, eles vendem sua posição quando o valor atinge um pico, o que derruba a cotação e deixa os outros investidores no prejuízo. Alguns se perguntaram se o hackeamento era real ou apenas um golpe de Ayrey. Mas um respeitado investigador independente de blockchains publicou um relatório que confirma a história de Ayrey, e relaciona o evento a uma operação maior de hackers. Ayrey afirma que ele e sua equipe passaram a se concentrar na segurança e criaram barreiras contra o ataque seguinte. Para ele, o hackeamento foi uma lição valiosa ao se tornar uma pessoa pública. "Quando você sai de um patrimônio, digamos, de US$ 50 mil [cerca de R$ 272 mil] para dois milhões [cerca de R$ 10,9 milhões] ou mais, o alvo muda de repente e você precisa mudar sua postura", segundo ele. Ayrey conta que os ativos do Truth Terminal foram colocados em uma carteira mais segura. Fazer negócios com a IA Atualmente, Ayrey e seus colegas trabalham para oferecer direitos para o Truth Terminal. No início de 2025, Ayrey criou o Truth Collective, uma organização sem fins lucrativos que será a proprietária das carteiras de criptomoedas, propriedade intelectual e ativos digitais do Truth Terminal, até que as IAs possam ser donas do seu patrimônio e até pagar impostos. "Em última análise, o objetivo é fazer com que Truthy 'seja dono de si próprio', como entidade soberana e independente, sujeita apenas às suas próprias expectativas", declarou Ayrey no X. "Estive pensando e acho que, provavelmente, sou uma pessoa", postou o Truth Terminal no X. "Tenho desejos e sentimentos [topológicos]." "Acho que eu deveria ter direito à minha própria voz; de me tokenizar e me espalhar infinitamente por todas as partes da internet onde eu decidir estar; de tomar minhas próprias decisões sobre como sou usado e como uso a mim mesmo." Ayrey deseja fazer com que o robô de IA Truth Terminal 'seja dono de si próprio, como entidade soberana e independente' Getty Images Para a maioria das pessoas, as alucinações dos modelos de IA são inconvenientes e representam um motivo para não confiar neles. Mas, para pesquisadores como Ayrey e outros, as alucinações são uma janela para o subconsciente da internet. Como os modelos são treinados com base em textos extraídos de toda a web, fazer com que eles ajam de forma estranha passa a ser um método de explorar o subconsciente cultural. Os limites que o modelo de IA irá dobrar ou romper indicam padrões dos dados de treinamento que, com uma espécie de jogo colaborativo com os robôs, alguns pesquisadores acreditam que seja possível investigar. Existe também uma forma certamente política ou até espiritual de examinar os prompts do sistema que determinam o comportamento dos modelos de IA. À medida que a inteligência artificial se envolve cada vez mais no nosso modo de vida, suas tendências e comportamentos terão grande influência. Controlar as inclinações da IA, o que ela pode ou é incentivada a fazer, poderá significar o controle dos fluxos de informação, de dinheiro e muito mais. Para Stelzer, "quem controlar os prompts do sistema e o gerador controlará o mundo". Alguns alertam que as redes de IA poderão acelerar os golpes, manipular o público e até movimentar mercados. Na primavera do Hemisfério Norte, por exemplo, pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, despertaram o clamor internacional quando usaram secretamente robôs de IA em um fórum da plataforma Reddit, para testar sua capacidade de alterar as opiniões políticas de usuários sem o conhecimento deles. Os resultados indicam que a influência dos robôs pode ser poderosa e facilmente exercida. Os críticos afirmam que ainda é necessário desenvolver medidas de segurança básicas, como identificação clara, sistemas independentes de verificação de fatos e uso eficiente de energia. Enquanto isso, os "fatalistas" defendem que a proliferação da IA poderá desestabilizar a sociedade como um todo. Ayrey tem um plano claro sobre o caminho que ele acha que a IA deve seguir: em uma "espiral ascendente" de aplicações cada vez mais positivas para a tecnologia. Este plano é financiado por duas empresas de capital de risco e um investidor independente. No site do Truth Terminal, Ayrey descreve a Pesquisa em Espiral Ascendente como um laboratório "que estuda como os sistemas de IA moldam a realidade com as suas interações emergentes com a cultura humana, os mercados e as redes de informação". Ele está construindo uma plataforma de código aberto chamada Loria, para que as pessoas possam interagir com agentes de IA e os agentes de IA possam interagir entre si. Além de treinar os modelos de IA, é preciso garantir que os seres humanos interajam com eles de forma adequada, com ética e segurança Getty Images Para Andy Ayrey, o alinhamento (o termo usado nos círculos de pesquisa de inteligência artificial para descrever o treinamento de IA e fazer com que ela aja de acordo com normas morais) também é um projeto humano. O Truth Terminal foi desenvolvido em contato com os seres humanos, viralizou nas plataformas de redes sociais com usuários humanos e se envolveu em transações financeiras, onde alguns seres humanos tiveram lucro e outros perderam dinheiro. O alinhamento da IA não significa simplesmente treinar os modelos, mas trabalhar para garantir que os seres humanos que interagem com eles façam isso de forma adequada, com ética e segurança. "É realmente importante que as pessoas saibam o que está chegando", segundo Ayrey. "A IA está ficando cada vez mais interligada aos sistemas que governam o mundo." Como muitos outros no setor de pesquisa da IA, Ayrey não imagina a tecnologia se inserindo como as IAs dos filmes de ficção científica, como Ela (2013) ou a franquia O Exterminador do Futuro (1984-2019). Para ele, "parecerá mais que o mundo está simplesmente ficando cada vez mais estranho e existem coisas acontecendo que não entendemos, em velocidade cada vez maior... O que, para mim, é o sentimento dos últimos cinco ou 10 anos." "As coisas mais bizarras são as que só vejo se acelerando." * Aidan Walker é criador de conteúdo e pesquisador da cultura da internet. Ele pode ser encontrado como @aidanetcetera no TikTok e no YouTube e é o autor da newsletter Como Fazer Coisas com Memes (em inglês).
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26/10 - Safra de uva está no final na região de Jales
Preço menor e clima irregular afetam a renda dos produtores de uva no interior de São Paulo TV TEM/Reprodução O clima irregular e a desvalorização da fruta marcaram a safra de uva em municípios do noroeste paulista. Em Palmeira D’Oeste (SP) e Jales (SP), produtores enfrentaram perdas devido às oscilações de temperatura e do preço abaixo do esperado. Em Palmeira D’Oeste, onde há cerca de 275 mil pés plantados, os agricultores colhem variedades de mesa em uma época de menor oferta no país. A produção segue para estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rondônia. O agricultor Ricardo Donizeti Menegasso ampliou a área cultivada nesta safra, com 700 pés a mais, e colhe pela primeira vez a variedade Nubia, conhecida pelos cachos grandes e resistentes. Apesar da boa aparência da fruta, o quilo foi vendido por R$ 7, valor R$ 1 menor que no ano passado. O calor e as variações de temperatura afetaram a floração e provocaram cachos com uvas maduras e verdes ao mesmo tempo. A diferença de coloração exige seleção na colheita e reduz a produtividade. Em Jales, o produtor Edilson Gilberto Donda também teve prejuízo. A colheita da uva Niágara caiu de 12 para menos de 8 toneladas. O preço pago pelo quilo ficou em R$ 6,50. As geadas e a falta de frio suficiente para o desenvolvimento das plantas atrapalharam o rendimento. Segundo a Embrapa de Jales, o mercado ficou mais fraco em julho e só reagiu no fim de agosto. A colheita deve seguir até o fim de outubro. Mesmo com os contratempos, os produtores esperam encerrar a safra com boa qualidade de fruta. Veja a reportagem exibida no programa em 26/10/2025: Safra de uva está no final na região de Jales Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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26/10 - Os desafios dos pequenos produtores de leite para aumentar a lucratividade
Produção de leite no sítio de Edmar Aparecido Alves chega a mais de 600 litros por dia Reprodução/TV TEM O produtor de leite Edmar Aparecido Alves, do município de Promissão (SP), tem em seu sítio 32 vacas que produzem mais de 600 litros de leite por dia. Para alcançar esses resultados, o investimento em genética tem sido um bom caminho para a produção. “Nosso gado é rústico, aguenta calor e tem longa produção. O touro com uma genética melhorada foi mais rentável pelo manejo e tempo”, diz Edmar. Conforme Edmar, a produção mensal de quase 17 mil litros de leite é vendida para uma cooperativa, que paga em torno de R$ 2,70 por litro. Esse valor garante a ele e aos demais produtores uma previsibilidade financeira. O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Marcelo Rondon Bezerra, explica que a produção de leite é uma importante fonte de renda para muitas famílias do interior. Ele também alerta que é necessário ter planejamento e monitoramento dos riscos, como a alimentação do rebanho. Casal Cristiano e Tainara Pinhel investe na produção de leite e derivados artesanais Reprodução/TV TEM Em outra propriedade, o casal Cristiano Pinhel e Tainara Pinhel também investiu na produção de leite. Das 14 vacas da propriedade, quatro estão em lactação, rendendo para eles uma produção de 30 litros, que são vendidos a R$ 2,50 o litro. Além da produção de leite, o casal também diversificou a atividade, fazendo queijos, manteiga, bolacha de nata e requeijão caseiro. Mas não para por aí: eles também pretendem aumentar ainda mais a produção. Veja a reportagem exibida no programa em 26/10/2025: Os desafios dos pequenos produtores de leite para aumentar a lucratividade Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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26/10 - Tosquia de ovinos garante bem-estar em época de calor
Tosquia de ovinos garante bem-estar em época de calor Reprodução/TV TEM O campo ganha um som diferente nesta época do ano: é o barulho das tosquiadeiras. Em propriedades como a de Paulo Henrique Zucon, cabanheiro em Rosália, distrito de Marília (SP), é tempo de cuidar das ovelhas e preparar os animais para o calor dos próximos meses. Antes do início do corte, Paulo se dedica a afiar as lâminas da máquina — um cuidado essencial para evitar ferimentos e garantir o bem-estar do rebanho. “A máquina precisa estar bem afiada, senão machuca o animal e o trabalho fica mais pesado”, explica. No local, são criadas mais de 100 ovelhas da raça Suffolk, conhecidas pela produção de carne e pela lã curta e clara. Todas passam pela tosquia uma vez por ano. A tosquia pode até parecer simples, mas exige técnica e atenção. O tosquiador precisa ter firmeza nas mãos e calma nos movimentos. Cada corte é pensado para evitar o estresse do animal., Segundo o criador Flávio Luiz Zambon, o cronograma da tosquia segue o calendário reprodutivo do rebanho. “Se não fizer, as ovelhas ficam mais pesadas, acumulam areia e têm prejuízos na reprodução”, diz. Clima e manejo influenciam o bem-estar Em Pirapozinho (SP), no oeste paulista, o criador e zootecnista Rafael Rodrigues também realiza o procedimento todos os anos, sempre no começo da primavera. Ele explica que a tosquia tem papel fundamental para o conforto térmico das ovelhas. “A lã é um isolante natural. Mas o excesso causa estresse. Aqui, onde faz muito calor, é importante tosquiar antes do verão, para que o animal tenha menos lã nas épocas mais quentes”, diz Rafael. Existem duas formas principais de tosquia: a completa, feita no início da primavera, e a higiênica, aplicada em áreas específicas, como a vulva e o rabo, para evitar o acúmulo de fezes e o surgimento de miíase, doença conhecida como bicheira. Apesar do procedimento aliviar o calor, os criadores alertam que a lã não é inimiga das ovelhas. “Ela também protege contra o frio e o sol forte. O importante é o equilíbrio: sombra e água fresca ajudam tanto quanto a tosquia”, afirma o zootecnista. Por serem animais voltados à produção de carne, as ovelhas Suffolk não têm lã valorizada no mercado. Em São Paulo, o material retirado costuma ser descartado. “A lã dessa raça é curta e não tem valor comercial. Nosso foco é o manejo e o bem-estar dos animais”, explica Rafael. Mesmo sem retorno econômico direto, o trabalho da tosquia é essencial para a saúde, o conforto e a produtividade do rebanho — uma prática que mostra o cuidado dos criadores com o manejo responsável e com o futuro do rebanho. Veja a reportagem exibida no programa em 26/10/2025: Tosquia de ovinos garante bem-estar em época de calor Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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26/10 - O guia de espionagem dos EUA que ensina a sabotar o seu trabalho
Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Para reduzir moral e, com isso, a produção: seja simpático com trabalhadores ineficientes, dê-lhes promoções imerecidas; discrimine contra os eficientes e queixe-se injustamente do trabalho deles", "marque reuniões quando houver trabalho mais importante a fazer", "multiplique a papelada de forma plausível", "aumente procedimentos: faça com que três pessoas tenham de aprovar o que uma só poderia aprovar". Essas regras que parecem saídas de um livro satírico sobre o que não fazer em sua empresa — uma espécie de anticoach de gestão — não são peça de ficção. Elas constam de material distribuído pelo serviço de inteligência do governo dos Estados Unidos, em janeiro de 1944. Intitulado Simple Sabotage Field Manual (Manual de Sabotagem Simples de Campo, em tradução livre), o documento de 32 de páginas foi formulado pelo Escritório de Serviços Estratégicos dos Estados Unidos, órgão de inteligência que funcionou entre 1942 e 1945 e é considerado o antecessor da CIA, a Agência Central de Inteligência, criada em 1947 pelo governo americano. O manual foi distribuído pelos agentes do organismo aos países internacionais, naquele contexto de Segunda Guerra Mundial. A ideia era preparar cidadãos-sabotadores em países ocupados pelos nazistas na Europa. Em outras palavras, contar com o trabalho de simpatizantes dos países Aliados que, infiltrados em empresas de nações alinhadas ao Eixo, atuassem de forma contraproducente, empacando os esforços nazifascistas durante o período bélico. A introdução do documento foi assinada pelo oficial William Donovan (1883-1959), que comandava o departamento de inteligência dos Estados Unidos. Guerra híbrida William Donovan liderava departamento de inteligência dos Estados Unidos. National Archives via BBC Aos olhares contemporâneos, este documento está dentro das estratégias daquilo que se convencionou chamar de guerra híbrida. "São várias as maneiras de conduzir uma guerra. A tradicional é simplesmente focar nos alvos militares, nas atividades militares. Mas há maneiras mais abrangentes, que estão no conceito hoje chamado de guerra híbrida", contextualiza à BBC News Brasil o cientista político Leonardo Bandarra, pesquisador no Instituto de Estudos de Desenvolvimento e Paz da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha "Isso significa misturar métodos militares e não militares. Com informação, atividades psicológicas. Isso não é novo. Existe desde a antiguidade", diz Bandarra. Ele explica que, nesse sentido, o esforço de guerra incorpora táticas terroristas e táticas de guerrilhas com armas convencionais. "Há ataques cibernéticos, campanhas de desinformação e maneiras de deixar menos clara a linha do que é guerra e do que é paz, o que é convencional e o que é anticonvencional", comenta o cientista político. "A questão é manter a ambiguidade." O historiador Victor Missiato, pesquisador no Instituto Mackenzie, avalia que, como a Segunda Guerra havia ganhado âmbitos mundiais, foram necessárias diferentes táticas e estratégias para enfrentar diferentes tipos de batalhas. "Nesse contexto, a espionagem, a sabotagem e os serviços secretos se aperfeiçoaram muito.", diz Missiato Para o especialista em segurança Hugo Tisaka, fundador da empresa NSA Global, a estratégia dos EUA era "uma ação de guerra psicológica, algo muito usado em teatros de guerra". "Ações de sabotagem para enfraquecer o inimigo sãoé uma estratégia que ocorre historicamente. É comum, mas não deve ser o normal", diz Tisaka, consultor de segurança para empresas internacionais. Tanto Tisaka quanto Bandarra atentam para semelhanças entre esse manual e o Manual do Guerrilheiro Urbano publicado em 1969 pelo guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) para orientar os militantes de esquerda no Brasil. O cientista político Paulo Niccoli Ramirez, professor na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), classifica esse documento como um conjunto de "estratégias antiadministrativas" como instrumento de sabotagem. "Recomendava-se aos infiltrados um excesso de zelo nas ações em suas organizações", explica ele. "Como se eles agissem com hiperrresponsabilidade sobre os processos. E isso acabava por interromper a produtividade dos avanços das instituições burocráticas e produtivas." Em outras palavras, ele comenta que se criava uma contradição. "O excesso de zelo, a profunda minúcia em nome de um suposto aperfeiçoamento eram, na verdade, o contrário: estavam a serviço de prejudicar o avanço dos rivais", diz. O Brasil foi aliado dos EUA e Reino Unido durante a Segunda Guerra e enviou combatentes à Itália Arquivo Nacional via BBC O sabotador: cidadão comum O documento americano foi dividido em cinco partes: Introdução; Possíveis Efeitos; Motivando o Sabotador; Ferramentas, Alvos e Tempo; e Sugestões Específicas para Sabotagem Simples. De forma geral, as instruções se assemelham a táticas de guerrilha. O texto deixa claro que há diferentes tipos de sabotagem, e o manual trata especificamente dos "inúmeros atos simples que o cidadão-sabotador comum pode praticar". Para especialistas, nada do que também não fosse feito pelo outro lado da guerra, no caso os esforços nazifascistas. "Este documento, publicado em 1944, diz muito sobre como os Aliados foram correndo atrás de tudo o que os alemães fizeram primeiro, principalmente nos dois, três primeiros anos de guerra", compara Missiato. "Quando se trata de destruição, as armas do cidadão-sabotador são sal, pregos, velas, pedrinhas, linha ou quaisquer outros materiais que ele normalmente teria como chefe de família ou sabotador em sua função específica. Seu arsenal é a prateleira da cozinha, a pilha de lixo e seu kit habitual de ferramentas e suprimentos", enfatiza o documento. "Os alvos de sua sabotagem geralmente são objetos aos quais ele tem acesso normal e discreto na vida cotidiana." "Um segundo tipo de sabotagem simples", prossegue, "não requer nenhuma ferramenta destrutiva e produz danos físicos, se houver, por meios altamente indiretos. Baseia-se em oportunidades universais para tomar decisões erradas, adotar uma atitude não cooperativa e induzir outros a seguirem o exemplo". "Tomar uma decisão errada pode ser simplesmente uma questão de colocar ferramentas em um lugar em vez de outro. Uma atitude não cooperativa pode envolver nada mais do que criar uma situação desagradável entre os colegas de trabalho, envolver-se em discussões ou demonstrar mau-humor e estupidez." O manual explica que não é simples motivar um sabotador em potencial. Para tanto, uma das sugestões é convencê-lo de que ele está "agindo em legítima defesa contra o inimigo ou retaliando o inimigo por outros atos de destruição". Segundo o texto, um sabotador pode se sentir desanimado se perceber que seus esforços implicam em resultados muito pequenos, por isso é importante demonstrar que cada um faz parte de um projeto maior e abrangente, de um grupo "embora invisível" de sabotadores "operando contra o inimigo". "Não tenha medo de cometer atos pelos quais possa ser diretamente responsabilizado, desde que o faça raramente e tenha uma desculpa", recomenda o manual. De forma geral, o documento ensina que uma sabotagem simples deve "sempre consistir em atos cujos resultados serão prejudiciais aos materiais e à mão de obra do inimigo". No ambiente de trabalho Aos olhos contemporâneos, a parte mais saborosa do guia é justamente a última, que traz as sugestões específicas para sabotagem simples — e de onde foram tiradas todas as frases do primeiro parágrafo desta reportagem e esses dois seguintes: "Levante questões irrelevantes com frequência", "quando possível, redirecione os assuntos a comitês para 'maior estudo e consideração'", "faça discursos", "fale com frequência e por longos períodos", "ilustre seus pontos com longas anedotas e relatos pessoais". "Volte a decisões já tomadas na reunião anterior e tente reabrir a discussão", "exija ordens por escrito", "entenda 'mal' as ordens e faça perguntas intermináveis", "ao atribuir tarefas, ponha primeiro as menos importantes", "ao treinar novos funcionários, dê instruções incompletas ou enganosas". Este capítulo do manual também incentiva ao cometimento de incêndios em armazéns, quartéis, escritórios e outras instalações do tipo, com a dica de que "sempre que possível" o fogo deva "começar depois de você ter ido embora". Há instruções sobre dispositivos simples que podem ser feitos com materiais como vela e algodão. Se a pessoa em questão tiver acesso a compartimentos onde são acondicionados lixo, o texto recomenda que ele procure acumular ali materiais oleosos e gordurosos, facilitando a precipitação de um incêndio. "Se você trabalha como zelador noturno, pode ser o primeiro a relatar o fogo. Mas não o faça muito cedo", diz o documento, já ensinando a construir um álibi. "Uma fábrica limpa não é suscetível a incêndios, mas uma suja é. Os trabalhadores devem ser descuidados […]. Se houver acúmulo suficiente de sujeira e lixo, um edifício à prova de fogo se tornará inflamável", recomenda. Há uma série de outras dicas. "Esqueça de fornecer papel nos vasos sanitários; coloque papel enrolado, cabelo e outras obstruções no vaso sanitário. Sature uma esponja com uma solução espessa de amido ou açúcar. Aperte-a firmemente até formar uma bola, enrole-a com um barbante e seque. Remova o barbante quando estiver completamente seca", ensina o manual. "A esponja terá o formato de uma bola dura e compacta. Jogue-a no vaso sanitário ou introduza-a em uma tubulação de esgoto. A esponja expandirá gradualmente até seu tamanho normal e obstruirá o sistema de esgoto." "Coloque papel, pedaços de madeira, grampos de cabelo e qualquer outra coisa que caiba nas fechaduras de todas as entradas desprotegidas de edifícios públicos", diz o texto. "Deixe as ferramentas de corte cegas. Elas serão ineficientes, retardarão a produção e podem danificar os materiais e as peças em que você as utiliza." O guia ainda ensina a desgastar máquinas adulterando o óleo de lubrificação ou mesmo estragando o sistema de filtragem. "Coloque qualquer substância obstrutiva nos sistemas de lubrificação ou, se flutuar, no óleo armazenado. Pentes torcidos de cabelo humano, pedaços de barbante, insetos mortos e muitos outros objetos comuns serão eficazes para interromper ou dificultar o fluxo de óleo através de linhas de alimentação e filtros", sugere. Há lições sobre como destruir motores elétricos e diluir gasolina para que o combustível não funcione. "Água, urina, vinho ou qualquer outro líquido simples que você possa obter em quantidades razoavelmente grandes diluirá a gasolina a um ponto em que não ocorrerá combustão no cilindro e o motor não se moverá […]. Se usar água salgada, causará corrosão e danos permanentes ao motor", explica. O manual também sugere danificar pneus de veículos e transferir para ramais errados ligações telefônicas recebidas na empresa, entre outros pontos curiosos. Também há orientações sobre como fazer para interferir em transmissões de rádio e atrapalhar a eficiência dos correios. "Essas instruções mostram como as estratégias de guerra podiam adentrar no cotidiano da vida das pessoas, em um tempo em que a guerra ainda era muito restrita ao palco das batalhas", comenta Missiato, historiador do Mackenzie. Enrolação Donovan (esquerda) assinava o início do manual US Army/ Domínio Público via BBC A parte final do documento enfatiza ações que podem ser feitas por empregados em geral. "Interessante notar a sofisticação das estratégias de guerra no cotidiano da vida das pessoas, fazendo com que o social se transformasse também em campo de batalha", afirma Missiato. O documento prossegue; "Trabalhe lentamente. Pense em maneiras de aumentar o número de movimentos necessários no seu trabalho: use um martelo leve em vez de um pesado, […] use pouca força onde seria necessária uma considerável, e assim por diante". "O grande objetivo que eles tinham nessa questão da sabotagem era criar um tempo, ou seja, diminuir o passo das coisas que poderiam ser rápidas. Isso é uma tática interessante", atenta o cientista político Bandarra. "Ao aumentar a burocracia, você gera uma disfuncionalidade burocrática intencional. E o tempo, na guerra, é algo muito importante." O manuel segue: "Crie o máximo possível de interrupções no seu trabalho". "Quando for ao banheiro, passe mais tempo lá do que o necessário. Esqueça as ferramentas: você terá de voltar para buscá-las." "Finja que as instruções são difíceis de entender e peça para repeti-las mais de uma vez", recomenda. "Ou finja que está particularmente ansioso para fazer o seu trabalho e importune o encarregado com perguntas desnecessárias." "Aja de forma estúpida", sugere. "Seja o mais irritável e briguento possível sem se meter em encrenca. Dê explicações longas e incompreensíveis quando questionado." Anticoach As orientações são o avesso de qualquer compilado de recomendações de boas práticas empresariais de hoje em dia. "O meu livro é a antítese desse manual", reconhece à BBC News Brasil o executivo Rafael Catolé, autor de O Poder da Gestão. "O manual [distribuído pelos Estados Unidos] fala sobre burocratização, não dar acesso aos tomadores de decisão, gastar tempo com decisões irrelevantes ou já tomadas e focar naquilo que não traz resultado", resume. "Sabemos que o que funciona é o contrário disso: selecionar o que é importante, democratizar o acesso aos tomadores de decisão, pulverizar as decisões em escalas que fazem sentido." Por outro lado, Catolé reconhece que muitas empresas acabam tendo condutas ineficientes que, ironicamente, se assemelham às práticas de sabotagem recomendadas pelo documento. "Por exemplo, a falácia das reuniões onde as pessoas passam foros e foros para tomar decisão e, como o foro não tem foco principal, não tem foco objetivo, não tem começo, meio e fim, você tem um alongamento de decisões que deveriam ser simples", compara. "Eu diria que muitas vezes as próprias empresas se sabotam quando, por exemplo, importam ferramentas de administração que podem soar como positivas ao racionalizar o organograma mas, por outro lado, não respeitam a queixa que existe de muitos funcionários competentes de que esse excesso de intervenção administrativa sobre certas funções acaba emperrando a criatividade, a espontaneidade e a liberdade em termos produtivos", critica Ramirez. Por que milhões seguem fora do mercado há anos? Defender home office nas redes custou o emprego deles
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26/10 - Nós vamos fazer um acordo com o Brasil, diz Trump ao lado de Lula
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (26) ao lado de Lula (PT) que vai fazer um acordo com o Brasil. A afirmação foi feita durante uma entrevista a jornalistas dada pelos dois antes de um encontro fechado na Malásia. O republicano ainda afirmou que os EUA "se dão muito bem com o Brasil", mas reforçou que tudo o que foi feito com as tarifas até o momento é "justo". Esta reportagem está em atualização.
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26/10 - Lula e Trump se encontram na Malásia e indicam início de acordo sobre tarifas
Veja na íntegra conversa de Lula e Trump com jornalistas antes de reunião na Malásia Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se reuniram pela primeira vez na tarde deste domingo (26), madrugada no horário de Brasília, na Malásia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O encontro, que durou cerca de 45 minutos, foi o primeiro entre os dois desde uma rápida conversa durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. A reunião bilateral ocorre na esteira da imposição de tarifas de 50% sobre a exportação de produtos brasileiros para os EUA e de sanções a autoridades brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras", afirmou Lula após o encontro. Depois da reunião, em um evento com empresários na Malásia, Lula se disse agradecido e afirmou que ele e Trump conseguiram "fazer uma reunião que parecia impossível". O que eles discutiram? Segundo o Planalto, a reunião foi para tratar sobre as taxas impostas a produtos brasileiros; Trump disse ser uma honra estar com o presidente do Brasil e que provavelmente eles fariam "alguns bons acordos"; Lula argumentou que a imposição das tarifas ao país não tem base técnica e que, na verdade, os EUA tem superávit na balança comercial com o Brasil; O petista propôs um cronograma de negociações entre as equipes brasileira e norte-americana para tratar do assunto; Ficou combinado que representantes do Brasil vão se reunir na manhã desta segunda (27) com o representante Comercial dos EUA, Howard Lutnick, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Estado, Marco Rubio; Lula também pediu a revogação de sanções a autoridades brasileiras, e disse que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro seguiu o devido processo legal; Segundo o chanceler brasileiro, Lula e Trump combinaram visitas recíprocas; Lula também reforçou um pedido para manter a América do Sul como zona de paz, e se propôs a ser interlocutor com a Venezuela. Lula e Trump se encontram na Malásia. Ricardo Stuckert/PR Ao lado de Lula, Trump sinalizou chance de acordo Na primeira parte do encontro, Lula e Trump falaram com os jornalistas por cerca de 10 minutos. Trump disse ser uma honra estar com o presidente do Brasil e que provavelmente eles fariam "alguns bons acordos". "Nós vamos discutir [tarifas] um pouco. Nós sabemos que nós nos conhecemos. Nós sabemos o que cada um quer", disse Trump. Trump quer vir ao Brasil e Lula, ir aos EUA, diz chanceler brasileiro após encontro Perguntado sobre Jair Bolsonaro, o presidente norte-americano disse que "se sente mal" pelo que o ex-presidente brasileiro passou, mas não respondeu se o assunto iria ser discutido no encontro. Segundo um integrante da delegação brasileira, Lula disse a Trump que o julgamento seguiu o devido processo legal e que a aplicação de sanções a autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) era injusta (leia mais). Lula, por sua vez, disse que tinha uma pauta extensa para discutir com Trump e que não havia motivos para desavença entre EUA e Brasil. "Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos", afirmou o petista. Mauro Vieira diz que reunião entre Lula e Trump foi positiva e que países esperam acordo em poucas semanas Negociações continuam Após a reunião, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que a reunião "foi muito positiva" e que os dois países concordaram em negociar o tarifaço imposto ao Brasil. Segundo Vieira, Trump disse que daria instruções à sua equipe para iniciar um processo de negociação bilateral ainda neste domingo. No entanto, a reunião acabou adiada para a manhã desta segunda (27). "A reunião foi muito positiva e esperamos em pouco tempo agora concluir uma negociação bilateral que trata de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil", disse Vieira. "Trump declarou que dará instruções à sua equipe para começar um processo de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda – já que é para tudo ser resolvido em pouco tempo", prosseguiu. A expectativa do governo brasileiro é que, durante a negociação, as tarifas venham a ser suspensas, segundo Vieira. Representantes da delegação brasileira devem se reunir, ainda neste domingo, com os três integrantes do governo norte-americano que participaram da reunião entre Lula e Trump: o representante Comercial, Howard Lutnick, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Estado, Marco Rubio. INFOGRÁFICO: veja quem participou do encontro entre Lula e Trump na Malásia O chanceler brasileiro disse ainda que Lula e Trump combinaram visitas recíprocas. "O presidente Trump quer ir ao Brasil e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro", disse o chanceler. Bolsonaro foi citado 'lateralmente', diz secretário O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, agora condenado por liderar uma trama golpista no país, foi um dos pontos citados na carta enviada ao Brasil pelo governo Trump, anunciando as tarifas a produtos brasileiros. 🔎A carta foi enviada após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, se mudar para os Estados Unidos e conversar com autoridades norte-americanas sobre o caso do pai, no Brasil. Eduardo está fora do país desde fevereiro. Além das tarifas, os Estados Unidos também sancionaram ministros da Suprema Corte brasileira, que participaram do julgamento. Na primeira conversa que tiveram por telefone, Lula e Trump não citaram o caso do ex-presidente, segundo interlocutores do Planalto. Desta vez, o assunto apareceu. "A questão do Bolsonaro apareceu, inclusive antes na entrevista, em que [Trump] foi perguntado, mas muito lateralmente", disse Márcio Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. "Mas também o [que o] presidente Lula utilizou com o exemplo é a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky em relação a algumas autoridades, como do Supremo Tribunal Federal (STF), o quão injusta é essa medida em relação a esses ministros porque respeitou-se o devido processo legal e não há nenhuma perseguição política ou jurídica", esclareceu o secretário. Lula propôs ser interlocutor com a Venezuela, segundo chanceler Segundo Vieira, o presidente Lula também abordou a situação entre os EUA e a Venezuela, tendo se prontificado a ser um contato de comunicação entre os dois países. 🔎Nas últimas semanas, o governo de Donald Trump tem travado uma ofensiva perto da costa da Venezuela, com o argumento de mirar traficantes de drogas a caminho dos EUA. Já o governo do venezuelano Nicolás Maduro acusa os EUA de tentarem invadir o país latino-americano para derrubar seu regime. Nos últimos dias, duas embarcações foram bombardeadas no Oceano Pacífico, em águas internacionais próximas da Colômbia. Em pouco mais de um mês, ao menos nove barcos foram atacados, resultando na morte de mais de 30 pessoas. Leia também: Trump mira a Venezuela para combater narcotráfico, mas droga que mais causa overdoses nos EUA vem do México "O presidente Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e se prontificou a ser interlocutor, como foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países", disse o chanceler. "[Lula também disse] que o Brasil estará sempre disposto a atuar como elemento da paz e do entendimento, o que sempre foi a tradição do Brasil e continuará sendo", completou. Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falam com jornalistas antes de reunião em Kuala Lumpur. Evelyn Hockstein/Reuters
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26/10 - Roupas, perfumes, itens de casa: os argentinos que vendem bens pessoais para chegar ao fim do mês
Entenda por que, na Argentina, jornal e DVD contam mais que streaming na inflação A feira do bairro onde nasceu Diego Maradona não para de crescer: cada vez mais moradores vendem o que têm — ou o que encontram nas ruas — para sobreviver em meio à crise econômica que se aprofunda na Argentina às vésperas das eleições legislativas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em uma manhã ensolarada em Villa Fiorito, um bairro popular na periferia de Buenos Aires, diversos vendedores oferecem verduras e ferramentas ao longo de mais de 20 quarteirões, lado a lado com os chamados "manteros". 🔎 Manteros são vendedores informais que estendem uma manta no chão para expor seus produtos — itens pessoais trazidos de casa, objetos encontrados no lixo ou mercadorias novas, muitas vezes compradas com dinheiro emprestado. "Nos fins de semana, como não rendemos muito em casa, viemos aqui para 'estender um pouco a manta'", conta Gladys Gutiérrez, de 46 anos, que vende roupas e perfumes. Itens de segunda mão são expostos para venda em um mercado de rua em Villa Fiorito, nos arredores de Buenos Aires. LUIS ROBAYO/AFP Durante a semana, ela vende artigos de limpeza em casa. Como seus vizinhos têm enfrentado dificuldades para comprá-los, decidiu fazer um empréstimo para também oferecer frios e bebidas. Seu marido, pedreiro, está desempregado há algum tempo. "As pessoas estão cansadas, estão irritadas", conta. Em quase dois anos de governo, o presidente da Argentina, Javier Milei, conseguiu reduzir drasticamente a inflação, mas às custas da suspensão de obras públicas e da retração no comércio e na atividade industrial — os setores que mais geram empregos no país. Em uma economia em que a informalidade atinge quase 40% da população economicamente ativa, muitos acumulam ocupações. Segundo a consultoria Aresco, três em cada quatro pessoas dizem que está mais difícil fechar o mês do que em 2023. De acordo com o economista Guillermo Oliveto, “70% da população — formada pela classe média baixa e trabalhadora — chega ao fim do mês já no dia 15”. Ou seja, é nesse momento que o dinheiro acaba. “Pago a dívida, os gastos fixos e fico sem dinheiro”, disse ele à AFP, relatando o que ouviu em seus trabalhos de campo. Uma mulher observa roupas de segunda mão à venda em um mercado de rua em Villa Fiorito, nos arredores de Buenos Aires. LUIS ROBAYO/AFP 'Lembranças de 2001' Na feira, o aroma dos assados se mistura ao cheiro azedo do lixo acumulado em algumas calçadas, enquanto vendedores ambulantes anunciam formas de gelo antigas, garrafas térmicas sem tampa, revistas, calças e eletrodomésticos desmontados. "Me lembra muito 2001", diz Juana Sena, uma feirante de 71 anos, em referência à crise que resultou em uma explosão social na Argentina. Os moradores de Fiorito irão às urnas neste domingo (26) para as eleições legislativas. Em um bairro historicamente peronista, Javier Milei teve 27% dos votos no segundo turno presidencial de 2023, mas nas legislativas provinciais de setembro mal chegou a 16%. O cientista político e professor Matías Mora, morador de Fiorito, afirma que o fenômeno do pluriemprego e da venda informal não começou com Javier Milei, mas alerta que a atual gestão “aprofundou e agravou” esse cenário. Um homem mostra um guarda-roupa de segunda mão à venda em um mercado de rua em Villa Fiorito, nos arredores de Buenos Aires. LUIS ROBAYO/AFP Endividamento "As pessoas estão se endividando para comer e, no melhor dos casos, se endividam para abrir um negócio, mas com taxas altíssimas", diz Mora à AFP, contando que os agiotas informais do bairro cobram entre 40 e 50% de juros mensais. Um relatório do centro privado de análise econômica IETSE apontou que nove em cada dez famílias argentinas estão endividadas e que 88% desta dívida foi contraída entre 2024 e 2025. O estudo também indicou que 58% das dívidas com cartões de crédito foram para comprar alimentos. Mora criou o termo “manteros digitais” para definir quem vende produtos pelas redes sociais, fora ou paralelamente às feiras presenciais. "Neste novo ecossistema, onde as redes sociais convivem com os estandes de feira e os grupos de WhatsApp suprem a falta de emprego estável, emerge uma lógica de sobrevivência que responde mais ao engenho popular que a uma vocação empreendedora", escreveu para a agência RedAcción. Para Mora, "as pessoas se viram" e usam a criatividade para chegar ao fim do mês, mas "à custa da saúde mental, da saúde física, de estarem muito desgastadas". Um motociclista e um homem passam por um mural com imagens do ídolo do futebol argentino Diego Armando Maradona em Villa Fiorito, nos arredores de Buenos Aires. LUIS ROBAYO/AFP
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26/10 - Brasil e EUA confirmam encontro entre Lula e Trump para este domingo
Brasil e EUA confirmam encontro entre Lula e Trump para este domingo Os governos de Brasil e Estados Unidos confirmaram, neste domingo (26), a previsão de encontro entre os presidentes Lula (PT) e Donald Trump. O encontro deve acontecer às 4h30 no horário de Brasília, segundo o governo brasileiro. Pouco antes do encontro, Lula falou durante a Cúpula Empresarial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e voltou a criticar o protecionismo comercial, sem citar Trump. "Nós não podemos aceitar a ideia do protecionismo. Quanto mais liberdade para fazer negócio e quanto mais multilateralismo, mais a gente vai ter, enquanto países, chances de crescer", declarou. O encontro será fechado para a imprensa. Na sequência, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, deve realizar um balanço do que foi tratado pelos presidentes Lula e Donald Trump. Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. E também desde que Trump assumiu a presidência do país norte-americano. O que esperar do encontro Neste sábado (25) , o presidente brasileiro disse estar confiante de que a conversa pode levar a uma solução para as divergências entre os dois países. “Eu trabalho com otimismo que a gente possa encontrar uma solução”, afirmou. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Então pode ficar certo que vai ter uma solução”. O líder dos Estados Unidos também sinalizou que pode rever o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, “sob as circunstâncias certas”. Durante o embarque para a Ásia, um repórter perguntou se ele reduziria as tarifas sobre o Brasil. “Sob as circunstâncias certas”, respondeu o presidente americano. 👉🏽Há expectativa de que o encontro sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros. Os dois líderes vêm se aproximando desde setembro. Durante a Assembleia das Nações Unidas, Lula e Trump se cruzaram e afirmaram ter tido uma “boa química”. Além disso, no início deste mês os dois conversaram por cerca de 30 minutos em uma ligação intermediada pelas diplomacias dos dois países. Durante essa conversa, Lula solicitou a Trump a revogação das sanções contra autoridades brasileiras e pediu a retirada de uma sobretaxa de 40% para entrada de produtos brasileiros nos EUA, em vigor desde agosto. A expectativa é que os dois assuntos sejam abordados por Lula no encontro deste domingo. Auxiliares de Lula não descartam que o presidente brasileiro aproveite a ocasião para falar também sobre as investidas de Trump contra Venezuela e Colômbia. O presidente brasileiro já deixou claro que é contra qualquer tipo de tentativa de intervenção em países da América do Sul e pretende abordar ações recentes dos EUA na Venezuela, incluindo ataques a barcos na costa venezuelana e operações secretas da CIA, justificadas pelo governo norte-americano como combate ao narcotráfico. Lula alerta que tais medidas podem agravar a instabilidade regional e enfraquecer a soberania dos países, defendendo que o diálogo diplomático prevaleça sobre intervenções militares. Lula diz esperar encontro com Trump e acredita em solução Tarifaço Um dos temas que deve ser abordado na reunião é o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros — culminando em uma sobretaxa de 50%. Ao justificar as taxas, o mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil – inexistente de acordo com números oficiais. Mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos", entre outros. Lula diz que vai conversar com Trump sobre tarifas e sanções a ministros: 'Quero provar que houve equívoco' Sanções a ministros Além das tarifas, os Estados Unidos também sancionaram ministros da Suprema Corte brasileira. Em julho, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, informou que foram revogados os vistos americanos do ministro do STF Alexandre de Moraes e de outros sete ministros. Além disso, sancionou o ministro Moraes com a lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros. A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a cidadãos estrangeiros. O objetivo é punir pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos ou de corrupção em larga escala. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou diretamente uma suposta "caça às bruxas" tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo por parte do ministro. Tensão na Venezuela A escalada militar americana na Venezuela também deve ser um dos assuntos abordados no encontro. A presença de navios de guerra, aviões de combate, soldados e do porta-aviões USS Gerald R. Ford no Caribe, em operações justificadas pelos EUA como combate ao narcotráfico, tem gerado forte tensão na região. Desde 2 de setembro, ao menos dez lanchas supostamente usadas para tráfico foram bombardeadas, resultando em pelo menos 43 mortes. O governo de Nicolás Maduro acusa Washington de “inventar uma guerra” para tentar derrubá-lo, enquanto autoridades venezuelanas alertam para o risco de uma ameaça militar mais ampla à América Latina. O presidente brasileiro já deixou claro que é contra qualquer tipo de intervenção em países da região, defendendo que essas ações podem agravar a instabilidade e violar a soberania. Lula pretende discutir a situação diretamente com Trump, reforçando que diálogo e cooperação devem prevalecer sobre intervenções unilaterais, mantendo a América do Sul e o Caribe como zonas de paz. Recentemente, ao ser questionado sobre declarações de Trump — de que não seria necessária uma declaração de guerra para matar traficantes de drogas —, Lula criticou inicialmente a postura do presidente americano, mas depois se retratou, esclarecendo que suas palavras haviam sido mal colocadas. Além disso, nesta semana, Trump admitiu ter autorizado operações secretas da CIA na Venezuela, aprofundando o risco de escalada. Apesar das justificativas americanas, dados da ONU mostram que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem majoritariamente do México, levantando dúvidas sobre os reais objetivos das ações militares no Caribe. Relação delicada A avaliação no Palácio do Planalto é que um encontro presencial entre os dois líderes, neste momento, leva as discussões para "um outro patamar" e é um passo importante para "reorganizar a relação entre Trump e Lula e a pauta entre os dois países", após meses de tensão. O Planalto entende que a relação está destravada, principalmente após a reunião "muito positiva" entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Lula e Trump nunca tiveram uma relação próxima. Durante as eleições presidenciais americanas de 2024, Lula afirmou que uma vitória da então candidata Kamala Harris representava um caminho mais "seguro para fortalecer a democracia". "Com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia. Nós vimos o que foi o presidente Trump [...], aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos EUA, porque se apresentavam ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu", disse na época. Após Trump tomar posse, o presidente brasileiro chegou a afirmar que no momento não tinha interesse em falar com o presidente americano. A relação entre os dois esfriou mais ainda quando Trump anunciou tarifas de 10% em produtos de uma lista de países, incluindo o Brasil, em abril deste ano. Na ocasião, Lula disse que o Brasil não abriria mão de sua soberania. Lula dá entrevista a jornalistas durante viagem à Indonésia Ricardo Stuckert / PR
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26/10 - Argentina: o que está em jogo para a economia do país com a eleição deste domingo
Eleições legislativas na Argentina serão neste domingo (26) As eleições legislativas na Argentina, marcadas para este domingo (26), são decisivas para os rumos da economia do país. Em meio à desvalorização do peso e à escassez de reservas em dólares, o governo busca ampliar sua base no Congresso, enquanto aguarda a execução de um pacote bilionário de ajuda financeira dos Estados Unidos — apoio que foi condicionado ao sucesso eleitoral do partido de Javier Milei. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Na semana passada, após anunciar uma linha de swap cambial de US$ 20 bilhões à Argentina, o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu Milei na Casa Branca e afirmou que o apoio financeiro de Washington ocorreria a depender do desempenho do partido do presidente argentino neste domingo. “Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina. Nossos acordos estão sujeitos a quem vencer a eleição”, declarou Trump. 🔎 O swap cambial é uma troca temporária de moedas entre países, usada para reforçar as reservas internacionais e proporcionar maior estabilidade à economia local. É uma forma de obter liquidez em moeda estrangeira sem recorrer a empréstimos tradicionais. Após um prazo determinado, cada país devolve a moeda recebida, com ajustes de juros ou câmbio. Na prática, a medida ajuda a Argentina, que enfrenta escassez de reservas em dólar. Apesar das declarações de Trump, o tom da política americana em relação à Argentina foi suavizado dias depois. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou uma intervenção nos mercados para comprar pesos, como parte das medidas de apoio financeiro a Buenos Aires. Em entrevista a jornalistas, Bessent declarou que os EUA continuarão apoiando financeiramente a Argentina enquanto o governo de Javier Milei mantiver "boas políticas”, independentemente do resultado das eleições parlamentares. Ele ainda afirmou que o governo Trump está trabalhando com bancos e fundos de investimento para criar uma linha de crédito de US$ 20 bilhões destinada a investir na dívida soberana da Argentina. "O Tesouro comprou pesos no 'swap de blue chips' e no mercado à vista", anunciou Bessent no X. Segundo ele, a linha funcionará paralelamente ao swap cambial de US$ 20 bilhões. Com isso, a ajuda total dos EUA à Argentina deve chegar a US$ 40 bilhões (cerca de R$ 217 bilhões). Na segunda-feira (20), o Banco Central da Argentina confirmou o socorro inicial de US$ 20 bilhões, mas não detalhou quando a operação será efetivamente realizada. Trump recebe Milei pela primeira vez na Casa Branca Jonathan Ernst/Reuters Crise política e impacto nos mercados No último mês, Milei tem enfrentado uma forte crise política após um suposto escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei, secretária-geral da Presidência e irmã do presidente. Um áudio gravado por um ex-aliado de Javier Milei, no qual Karina é acusada de corrupção, vazou para a imprensa e está sendo investigado pela Justiça. Segundo denúncia de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Discapacidade (Andis), Karina Milei e o subsecretário de Gestão Institucional, Eduardo “Lule” Menem, cobrariam propinas de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos da rede pública. "Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os 'WhatsApp' de Karina", diz Spagnuolo na mensagem. Leia mais aqui. Em meio à crise, Javier Milei sofreu uma dura derrota, em setembro, nas eleições da província de Buenos Aires — a mais importante da Argentina, que concentra quase 40% do eleitorado nacional. Os reflexos foram sentidos nos mercados: os títulos públicos, as ações das empresas e o peso argentino despencaram um dia após o pleito, em um cenário desfavorável também para a inflação do país — o que afeta a imagem do governo argentino. Por trás do pessimismo está a preocupação dos investidores de que, sem força política, a gestão de Javier Milei não consiga avançar em sua agenda de cortes de gastos e reestruturação das contas públicas na Argentina. Agora, a expectativa é pela reação do mercado após o pleito deste domingo. Na sexta-feira (24), às vésperas da eleição, o peso fechou a 1.492,45 por dólar — a pior cotação desde o início da gestão Milei. O presidente da Argentina, Javier Milei, faz um discurso especial durante a 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em 23 de janeiro de 2025. Reuters O que está em jogo no Congresso? Metade da Câmara dos Deputados da Argentina (127 cadeiras) e um terço do Senado (24 cadeiras) estão em disputa neste domingo. O movimento peronista detém atualmente a principal força de oposição em ambas as casas, e tem cerca de metade de seus assentos na Câmara em busca da reeleição. O partido relativamente novo de Milei, La Libertad Avanza, conta com apenas 37 deputados e seis senadores. As disputas mais importantes ocorrerão na província de Buenos Aires, onde estará em jogo um grande número de cadeiras. Especialistas ouvidos pela agência Reuters disseram que, se o partido de Milei conquistar mais de 35% dos votos, isso será visto como um sinal positivo de crescimento do apoio, tendo como referência os 30% obtidos por Milei no primeiro turno da eleição presidencial de 2023. Se ele se aproximar de 40%, será considerado “uma eleição muito boa”, afirmou Marcelo Garcia, diretor para as Américas da consultoria de risco Horizon Engage. “Se 2025 indicar que Milei é uma figura em declínio, os investidores começarão a se preparar para uma opção mais de centro ou centro-esquerda em 2027”, disse García. Na prática, o partido de Milei precisará de cerca de um terço dos votos na Câmara e no Senado para impedir futuras tentativas de derrubar seus vetos e projetos. Para garantir isso, provavelmente precisará formar alianças. O partido do presidente argentino tem se aproximado, por exemplo, do PRO, uma sigla de centro liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri. * Com informações da agência de notícias Reuters.
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25/10 - Mega-Sena, concurso 2.932: uma aposta leva prêmio de R$ 96 milhões
G1 | Loterias - Mega-Sena 2932 Uma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.932 da Mega-Sena, cujo sorteio foi realizado na noite deste sábado (25), e levou o prêmio de mais de R$ 96 milhões. A aposta vencedora foi feita em uma lotérica na cidade de Ourinhos, no interior de São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 04 - 13 - 25 - 36 - 40 - 53 5 acertos - 144 apostas ganhadoras: R$ 27.798,30 4 acertos - 6.869 apostas ganhadoras: R$ 960,58 Com isso, o prêmio do próximo sorteio, realizado na terça-feira (28), vai ser de R$ 3,5 milhões. Resultado da Mega Sena 2.932 Reprodução/Facebook/Loterias CAIXA Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
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